Just Look Out escrita por JP


Capítulo 16
FlashBack: Problemas


Notas iniciais do capítulo

Voltei...

Dessa vez não demorei, né?? O mês está acabando e logo na primeira semana de Maio tem o meu aniversário!! :)

Irei postar um capítulo nesse dia e o capítulo terá algo fundamental para a história haha



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PDV - Freddie

Depois de ter beijado a Sam na frente daquelas pessoas estranhas, que passavam pelo cinema; eu tive que me conter, pois queria beijá-la ainda mais.

Pela jeito que ela fez após o nosso ato, não tive dúvidas de que ela gostou de pelo menos alguma coisa no meu beijo. Bem, não treinei depois daquele péssimo dia, mas talvez não tenha sido tão ruim.

— "Nossa!" - pensei monotonamente, enquanto encarava os olhares da Sam para mim. - "TENHO SÉRIOS PROBLEMAS!"

— Como eu disse... - sussurrei para que somente eu e ela pudéssemos ouvir. - Eu te levo em casa.

— Olha só - Sam suspirou, mexendo nos cabelos de forma agitada. Pela atitude, eu sabia que ela estava indecisa sobre essa questão de aceitar que eu a levasse em sua casa. - Você faz o que você quiser, ok!?

Houve um pequeno momento silencioso entre nós dois e que só foi interrompida quando chegamos ao estacionamento do cinema, local onde a bicicleta da Puckett se encontrava:

— Isso aconteceu de verdade? - questionei a ela. Pois na minha cabeça tudo aquilo não passaria de um sonho, e sei muito bem que a Sam não permitiria que eu a tocasse de maneira alguma. 

— Eu faço a mesma pergunta - Ela disse quando foi procurar a bicicleta no estacionamento. Andou de um lado para o outro até ter a noção de que foi roubada.

Ela xingou bastante e quase chutou os carros, mas foi impedida por mim. Eu sabia que um dia a bicicleta da Sam seria furtada. O que poderia se esperar de alguém que não coloca uma simples proteção nos veículos e que, ainda, confia na sua má fama de valentia para se apropriar das coisas!?

Esta era a Sam sem dúvida.

— O jeito é ir a pé - falei, pousando minhas mãos no bolso. 

— Ah, claro! - Ela murmurou, extremamente chateada. - Mas isso não vai ficar assim!

Eu ri.

— O que você pretende fazer? Mal sabe quem roubou...

Foi a vez dela rir. 

— A mamãe aqui sabe das coisas, Benson - Ela olhou para os lados. - Não é muito difícil descobrir quem pegou a minha bicicleta. Aposto dez pratas que, até a próxima semana, eu consigo descobrir quem pegou ela.

— Apostado! - dei um soquinho na mão da Sam, confirmando a aposta.

 

(***)

Sam e eu seguimos o nosso caminho a pé. Sorte nossa que o cinema não ficava tão distante das nossas casas.

Íamos conversando sobre algumas besteiras daquele filme, fazendo comparações estúpidas com a realidade. Por um breve momento pensei na Geórgia, afinal ela estava lá conosco. Quem sabe ela venha a questionar sobre o meu sumiço e o da Sam...

— O que foi que houve para você ter saído da sala de cinema naquele momento? - questionei. - O filme estava começando a ficar interessante, não? 

Sam olhou com desprezo para mim, eu ri da careta que ela fez e, logo depois, caímos na gargalhada, por conta desse comentário estúpido meu.

— Depois que você saiu... - contou Sam, seriamente. - A chata da Geórgia começou com a implicância dela, sabe?

Eu fiz que não com a cabeça.

— Ela cismou que eu estivesse olhando para vocês dois durante o filme e até me ameaçou - Sam riu, talvez se relembrando da cena. - Mas eu consegui calar a idiota... 

Arregalei os olhos para ela, surpreso. 

— O que você fez!? - perguntei curioso e certamente com um pouco de medo.

— Atirei o meu gigante balde de pipoca na cabeça dela! - Sam não conseguia se conter de tanto rir. - Com aquele cabeção que ela tem, eu acho que o balde ainda esteja preso lá... 

Eu me segurei ao máximo para não rir, sendo que deixei escapar algo, que não deveria ter dito:

— Ah, ela até que é bonitinha...

— Está zoando, né? - Ela me questionou, sorridente, e eu não a respondi, constrangido. 

Então Sam deu um tapão na minha cabeça - justo quando eu estava distraído, olhando a lua. 

— AI! - Eu gritei, passando a mão na região em que a Sam me bateu.

Apesar desse forte tapa que levei, o meu momento com a Puckett estava incrível, pois era apenas nós dois, andando à noite numa vizinhança desconhecida, apreciando as casas - pelo menos eu estava - e gritando, feito loucos, quando passava um carro qualquer na rua.

Assim que viramos uma rua escura, avistei um cara muito semelhante ao Spencer, que estava se aproximando da nossa rua. Talvez eu não tenha sido o único, pois a Sam também percebeu:

— Logo, vamos por outra rua! - Ela disse rapidamente. 

— Que besteira... É apenas o Spencer...

— Ah, mas ele pode contar para a Carly que me viu ao seu lado! - Ela disse já me puxando com todas as suas forças. - Vem, Benson!

Resultado: não deu para seguir por uma outra rua e, mais uma vez, tivemos que nos esconder. Já estava começando a odiar essa coisa de se esconder para pessoas conhecidas...

— Ele já passou? - perguntou Sam, baixinho, para mim. Fomos nos esconder por trás de uma árvore e ele teria muita dificuldade para nos encontrar, pois estava muito escuro.

— Já... - avisei-lhe, sorrindo. - Acho que aquele cara não era o Spencer...

Percebi que a Sam ainda segurava o meu braço e ela estava muito próxima de mim naquele momento. Nossos rostos quase se encostavam e mais uma vez não estava conseguindo me segurar.

— "FREDDIE!! CONTROLE-SE!!" - Minha mente dizia.

Mas não consegui... Sam virou o rosto para falar algo e justo nesse momento em que trocamos olhares, eu lhe beijei. Pude notar que seus olhos se arregalaram, em alerta, enquanto íamos nos encostando na árvore. 

Depois do beijo, Sam me deu mais um tapão na cabeça e, além disso, chutou o meu tornozelo. 

— Ficou louco!? - Ela me perguntou, saindo de trás da árvore, enquanto eu alisava as áreas em que doía. 

— Desculpa, Sam... - Eu tentei falar, mas ela já ia na frente, furiosa. - Eu... Volta aqui... Eu... AI! - Senti as fortes dores no tornozelo no momento em que tentei andar.

— BOA NOITE! - Ela gritou para mim quando a avisei a vários metros de distância. 

Como pude estragar tudo!?

 

(***)

Cheguei no meu apartamento todo doído, embora eu tenha demonstrado isso para a minha mãe. Ela iria surtar se soubesse que eu voltei machucado.

— Como foi o cinema? - Ela me questionou, animada. 

— Foi legal! - apenas disse isso, enquanto encaminhava até o meu quarto, frustrado. 

— AH, QUASE IA ME ESQUECENDO, FREDDIE! - berrou a minha mãe, impaciente. - O Brad ligou assim que você saiu... Ele quer muito falar com você. 

Paralisei na porta do meu quarto. Naquele momento milhões de coisas passaram pela minha mente, principalmente o fato de eu ter beijado a Sam!

— Hmmm... Eh... Depois eu ligo de volta para ele. - avisei-lhe, passando a mão no meu rosto. - Estou muito cansado agora.

— Entendo - disse minha mãe - Quer que eu prepare a sua água? 

Fiz que "não" para ela e entrei no meu quarto, logo em seguida. A primeira coisa que fiz foi deitar em minha cama e refletir sobre as burradas que cometi.

Uma coisa era fato: estou realmente apaixonado pela Sam! Odeio ter que admitir isso, pois ela já é comprometida e logo do meu melhor amigo! Na verdade eu nunca pensei que fosse admitir isso...

Enfim, não acho certo ter que enganar o meu melhor amigo desta maneira, mas também não me arrependo de ter feito o que fiz... Apenas sinto um pouco de culpa.

— Coragem, Freddie... - falei para mim quando peguei o meu celular para fazer uma ligação para a Austrália. 

Estava disposto a contar tudo ao Brad - dos beijos a briga -, ou seja, toda a verdade entre Sam e eu...

Mas a minha ligação não completou, o que significava que ele não iria receber nenhuma mensagem ou chamada. Então, pensei em outra maneira de contar, uma maneira bem antiga:

 

"Antes de qualquer coisa eu quero pedir sinceras desculpas a uma das pessoas que sempre esteve ao meu lado. Quero me desculpar pelo que vem acontecendo há um mês...

Sei que não fui o único a quebrar com a sua confiança, mas fui o único a romper com o nosso acordo-nada-formal...

Você me pediu apenas para olhar e acabei me envolvendo mais do que podia... Desculpe-me!"

 

De: Freddie Benson

Para: Brad

 

Depois que finalizei a minha carta, guardei-a dentro da minha mochila, que estava em cima de uma estante.

 

(***)

Acordei no dia seguinte com a maior indisposição, já pensando em faltar a escola, se não fosse a minha mãe, que me motivou a levantar da cama.

— O Brad ligou agora a pouco - informou a minha mãe, sorridente. Estranhei o fato dele ter me ligado tão cedo. - Não passei o telefone para você porque não queria atrapalhar o seu sono, mas... Notei a tempo que você poderia se atrasar para a aula.

— Ok, mãe! - revirei os olhos, levantando da minha cama. - Já estou indo...

Arrumei-me rapidamente, tomei meu café da manhã e sai, mas antes de ir para o Ridgeway, eu deixei a minha carta para o Brad nos correios.

— Espero que chegue a tempo! - torci, enquanto tomava o percurso do meu colégio. Afinal, restava apenas poucos dias (sete dias) para que o Brad voltasse a Seattle.


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Notas finais do capítulo

Coitado do Freddie Kkkk
Conseguiu estragar tudo '---'



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