By The Sea escrita por Breatty, Ballus


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/678335/chapter/6

Vanessa

Acordo, olho o relógio no criado-mudo ao lado da cama e são 10 horas. Nossa, dormi muito. Me viro e Roland dorme tranquilamente ao meu lado, seu peito nu sobe e desce, sua respiração é tranquila e ele está sereno. Sorrio.

Meu corpo dói e minhas pernas protestam, nossa noite ontem acabou bem tarde, coisa de três horas da manhã. Aproveitamos muito nossa primeira noite juntos, Roland é insaciável e eu não fico atrás. Nem lembro quantos orgasmos tive sobe seu domínio, mas sei que passaram de três, acho que ele queria acabar comigo. Sorrio. Decido dormir mais um pouco, ainda estou com sono e acho que meu corpo ainda precisa de mais repouso.

Não sei quanto tempo depois eu acordo. Sinto algo acariciando minhas costas nuas, seus dedos descem e sobem por aquela região e meu corpo arrepia em resposta. Abro os olhos com dificuldade por conta da claridade e me viro, vejo Roland sentado ao meu lado sorrindo lindamente, e meu sorriso é instantâneo. Ele está vestido apenas com um samba canção preto, completamente delicioso.

— Bom dia! – diz.

Beija minha boca.

— Bom dia. – sorrio.

— Não vai acordar não?

— Que horas são?

— Meio-dia. – ele ri.

— Sério? Acho que nunca dormi até tarde assim.

Me espreguiço e sento na cama, estou nua e o lençol escorrega pelo meu corpo e meus seios ficam expostos, sinto o olhar de Roland.

— Acho que deve estar cansada. – sorri pretencioso.

— Um pouco. – arqueio as sobrancelhas. — Acordei umas 10 horas e você ainda estava dormindo... então decidi dormir mais um pouco.

— Eu estava bastante cansado. Você me cansou ontem.

Sorrio.

— Bom saber.

— Com fome?

— Bastante, sério.

Ele ri.

— Venha, vou preparar algo para a gente almoçar, porque café a essa hora não rola mais.

— Posso tomar banho antes?

— Claro. Vou adiantando a comida.

Levanto da cama enrolada no lençol. Ele me olha.

— Se bem que eu acho que deveria ir com você...

— Não, acho que você deve ir para a cozinha, espertinho.

Ele ri. Se levanta e me agarra, beijo seus lábios e ele chupa os meus.

— Não demoro. – digo.

Ele sorri e saí do quarto.

Entro no banheiro, dobro o lençol e coloco em cima de uma bancada, acho uma toalha guardada no armário. Entro no boxe e ligo o chuveiro, a água é quente e agradável e faz uma massagem no meu corpo dolorido. Pego seu sabonete e passo, tem o seu cheiro e é delicioso. Não demoro muito no banho, minha fome está alucinante e quero ir correndo para a cozinha. Me enxugo e vou para o quarto, visto minha roupa da noite passada e faço um coque improvisado no cabelo, passo um pouco do seu perfume e sigo para a cozinha.

Quando entro ele está concentrado mexendo algo no fogão, o cheiro é divino.

— Conheço esse cheiro. – ele diz.

Acho que ele está falando do perfume. Sorrio.

— Seu cheiro.

— Combina com você.

Sorrio.

— Qual o cardápio?

— Risoto de camarão.

— Sério? Adoro.

Minha boca enche de água.

— Já percebi que você gosta de frutos do mar.

— E você gosta?

— Adoro, principalmente camarão.

Ele continua apenas de samba canção preta, e a cena é muito engraçada e sexy.

De repente ele me olha, parece que lembrou de alguma coisa.

— E seu ensaio? Que horas é? Esqueci completamente. Já está atrasada?

Ele parece assustado. Começo a rir.

— Fique tranquilo. Não tenho ensaio hoje, ganhei um dia de folga.

Ele me olha e seus olhos estão iluminados.

— Então vai passar o dia aqui comigo?

— Vou. Ah não ser que tenha algum compromisso.

— Não, nenhum. Mesmo que tivesse eu desmarcava, não vou perder essa oportunidade de ficar com você.

— Eu vou adorar. Um dia bem caseiro, sem dança e sem estresse.

Nós conversamos enquanto ele termina o almoço, ele é muito rápido e tem domínio na cozinha e em menos de vinte minutos o risoto está pronto e o aroma invade o ambiente. Ele escolhe um vinho bem gelado para acompanhar, meu estômago se anima, acho que nunca estive com tanta fome.

Comemos e conversamos, parece que nosso papo nunca perde força, temos tanto assunto que parece que já nos conhecemos a anos.

Após o almoço sentamos no sofá para descansar, a comida pesou e a gente comeu muito, eu pelo menos comi mais do que estou acostumada.

— Nessa, você toma remédio? – ele me pergunta.

Estou com a cabeça encostada em seu pescoço.

— Remédio? – não entendo.

— Digo para não engravidar...

— Quer dizer pílula?

— Isso.

Ele parece meio constrangido, e eu quero rir.

— Sim. Porque?

Acho que ele está com vergonha de falar.

— Porque gozei dentro de você e nem me toquei... e hoje pensei nisso.

Começo a rir, era para ser um momento meio constrangedor, mas a cara dele está muito engraçada.

Ele me olha, e acho que está aliviado pela minha reação.

— Eu percebi Roly. Eu senti. Mas não se preocupe, eu tomo pílula. – sorrio. — Ficou com medo de me engravidar, é?

— Não. – ele sorri.

— Com certeza seu medo não seria maior do que o meu.

Rio e ele me acompanha. Ele alisa minha perna e eu faço carinho em sua barriga.

— Quem sabe no futuro...

Ele diz sorrindo e eu meio que tomo um susto. O quê? Mais já? Vamos com calma.

Desconverso e não respondo, do uma risadinha e mudo de assunto, deixando a resposta no ar.

— Acho que Charlotte deve estar se perguntando onde estou.

— Ela deve imaginar que você está aqui.

— Talvez sim. Ela já devia imaginar que a qualquer momento isso ia acontecer.

— E aconteceu naturalmente, na hora certa e no tempo certo. Acho que foi tudo perfeito.

— Também acho. Acho também que não dava para segurar mais.

Ele me olha e eu estou sorrindo maliciosa.

— Ah é? Mas no início você foi bem difícil.

— Claro. Eu sou.

Ele ri.

Continuo.

— Mas também quando me entrego eu aproveito bastante. Sem pudores e tudo mais.

— Eu percebi. – sorri safado. — Eu amei... ainda mais quando disse que está apaixonada por mim. É verdade?

— Sim. É verdade Roland, eu disse aquilo com toda a sinceridade. E diria de novo e de novo se fosse preciso. E você?

— Eu também Vanessa... já queria dizer a um tempo aquilo, pois desde o momento do nosso primeiro encontro eu senti algo especial e diferente crescer dentro de mim.

Sorrio, ele é tão lindo e diz coisas tão bonitas, fico toda boba. Seria estranho se eu não me apaixonasse por ele.

Encaro seu rosto e sua mão alisa a minha. Levanto do sofá de frente para ele e tiro meu vestido e a calcinha, jogo longe e estou nua em sua frente, seus olhos me comem por inteira e sua respiração falha. Tiro seu samba canção e ele está nu e livre para mim, é uma visão enlouquecedora. Seu corpo parece feito à mão e meus olhos não conseguem desviar dele, seu membro desperta e é outra parte de seu corpo que tem total destaque. Monto em seu colo e ele segura minha cintura, nos beijamos e nos chupamos dando continuidade ao que começamos noite passada.

Dormimos no sofá depois da transa. Eu e ele pelados e dormindo de lado. Quando abro os olhos já passava das 17 horas, sinto um calor e meu corpo está meio grudento, parece que não está tendo ventilação aqui na sala. Roland dorme ao meu lado, sua mão abraça minha cintura.

— Roly. Roly. Acorda.

Ele abre os olhos, parece sonolento e eu sorrio, seu cabelo está meio bagunçado e seu rosto com a expressão de cansado.

— Oi. Estou acabado.

Eu rio.

— Eu também.

— Quer tomar um banho?

— Quero. Mas apenas banho.

Digo. Minhas pernas doem.

— Tudo bem. Você que manda.

— Depois tenho que ir para casa.

— Já?

Sorrio.

— Sim. Amanhã volto a ensaiar bem cedo.

— Levo você.

— Pensei de antes a gente parar em algum lugar para comer.

— Acho ótimo.

Ele sorri e se levanta me acompanhando.

Tomamos banho bem rápido, e realmente foi só banho, acho que batemos nossa cota de sexo por enquanto.

Trocamos de roupa, visto novamente meu vestido e solto o cabelo para parecer apresentável.

Pego minha bolsa e descemos para pegar o carro. No caminho para minha casa paramos em uma pizzaria bem Italiana e aproveitamos uma deliciosa pizza de pepperoni.

Não demoramos muito na pizzaria, e logo estamos parados em frente ao meu prédio.

— Adorei passar o dia com você. – digo.

— Eu também. – sorri. — Vamos passar muitos outros dias juntos.

— Vamos sim.

— Estou ansioso para ver sua peça na sexta que vem.

Sorrio.

— Não vejo a hora. Pior que semana que vem vai ser correria pura, muitos ensaios técnicos no teatro e tudo mais... amanhã já retorno a minha rotina e só devo parar na quarta.

— Na quinta, na véspera do espetáculo, vocês ensaiam também?

— Não. Na véspera nós sempre ganhamos um dia para relaxar e se preparar mentalmente, essas coisas. – sorrio.

— É melhor mesmo, talvez isso ajude a diminuir a ansiedade.

— Ajuda um pouco.

— Vamos nos falando pelo telefone então?

— Vamos.

Sorrimos. Já estou com saudades dele.

Nos beijamos intensamente. Um beijo já recheado de saudades e futuras promessas.

— Tchau Roly.

— Tchau Nessa. Bom ensaio. – sorri. — E não deixe Patrick pegar muito em você.

Bato no peito dele de leve e ele ri.

Saio do carro e ele espera eu entrar no prédio, eu aceno dando tchau e ele dá partida no carro.

 

Roland

Na semana seguinte...

Ainda penso nos momentos que Vanessa e eu vivemos durante nossa primeira noite juntos, nosso primeiro sexo, foi algo totalmente inesperado e que não estava planejado, simplesmente aconteceu e foi sem dúvidas a melhor noite que já tive com uma mulher. Foi tudo tão natural e nós dois juntos curtimos muito cada sensação e cada suspiro, minhas mãos percorriam seu corpo como se já me pertencesse a tempos, e seu corpo sobre o meu me causa arrepios até hoje. Vanessa é uma deusa. Quero ela mais que tudo e quero algo sério.

Nós nos falamos algumas vezes pelo telefone durante os últimos dias. Hoje já é quarta, e sexta é a estreia da sua nova peça. A última vez que nos vimos foi quinta passada, quando ela passou o dia lá em casa, ela estava de folga e aproveitamos para curtir um programa mais caseiro. Obviamente já estou morrendo de saudades da minha dançarina maravilhosa.

Não fiz nada demais no meu fim de semana, fui algumas vezes na editora ver como andam as vendas do livro e acertar alguns detalhes da produção das cópias do mais novo livro. Tentei me concentrar no trabalho e Ricardo me chamou para sair um pouco, fomos ao centro na segunda para comprar umas coisas e almoçar fora, e a noite fomos jogar cartas e beber um pouco na casa de outro amigo nosso.

Vanessa e eu marcamos de sair hoje à noite, ela já havia me dito que ensaiaria até hoje, pois como sexta já é a estreia da peça eles terão folga amanhã para relaxarem para a apresentação. Decidimos ir à um restaurante de comida oriental que fica no centro da cidade, e quem sabe depois ir passear em algum outro lugar.

Ela marcou 21 horas na escola de balé, pois está ensaiando lá e vamos sair de lá mesmo. Já estou pronto, olho para o meu relógio de pulso e vejo que são 20:15, resolvo ir adiantando, quem sabe ainda pego um pouco do ensaio dela.

O trânsito está livre e chego em poucos minutos, estaciono na porta da escola e já são 20:30, cheguei bem cedo. Sorrio.

Entro e cumprimento o porteiro, ele me diz que Vanessa está na última sala de ensaio, e que os outros dançarinos já foram embora. Ainda bem, não queria assistir, neste momento, Patrick dançando com ela. Sigo pelo corredor e chego na última sala, não escuto nenhuma música e acho estranho, bato de leve na porta e giro a maçaneta abrindo, está destrancada.

Assim que entro na sala meu coração praticamente para, Vanessa está de roupão em frente aos espelhos segurando uma roupa, o roupão está aberto e ela está nua! Vejo seus seios e tudo lá embaixo, seu corpo ainda tem alguns respingos de água na parte do colo, ela deve ter acabado de tomar banho.

Não tenho reação. Ela me encara de onde está, não percebeu de imediato que eu estava ali parado na porta, não consigo decifrar totalmente sua expressão... acho que por um momento ela fica confusa e envergonhada, mas depois seus olhos adquirem um brilho diferente e atraente.

Não sei se olho para o seu corpo ou corro até ela. Mas estranhamente, a única coisa que domina meus pensamentos neste momento, é porque ela está nua dentro desta sala e com a porta destrancada. Em um lugar público! Essa mulher é doida?!

Acho que estou com ciúmes, sim, um sentimento irracional me dominou agora. Estou atraído e excitado com sua visão, mas ao mesmo tempo me perguntando porque ela está nua aqui dentro. Ela ainda me olha, parece que já se passaram minutos, mas não, foram só alguns segundos desde que abri a porta.

Entro na sala e fecho a porta, passando a chave.

— Vanessa, você sempre troca de roupa aqui dentro e deixa a porta destrancada?

Ela me encara e acho que quer rir. Não estou tão bravo quanto parece, mas estou incomodado com isso.

— Eu esqueci de trancar a porta. Sério. Mas não costumo fazer isso aqui não. - sorri sexy.

— Alguém podia entrar e vê você assim... o porteiro por exemplo, como ele iria reagir com essa cena? - nos encaramos, ela acha graça e eu sorrio. — Eu já estou aqui passando mal, imagine ele se visse.

Ela ri, está se divertindo e parece não se importar de ter sido pega desse jeito. Pelo menos foi eu que vi ela assim.

— Deixe de ser bobo. Eu realmente esqueci de trancar a porta. Mas que bom que foi você quem entrou pela porta.

Ela vem andando em minha direção, estou encostado em um espelho, seu olhar é provocativo e meu corpo desperta mais ainda. O roupão continua aberto e seu cheiro é doce e delicioso quando ela chega perto de mim. Os pingos de água que estavam em seu colo quando cheguei não estão mais.

— Não está com frio? - pergunto.

— Não. Estava me aprontando para nossa saída.

— Percebi. Quer continuar? Vou ficar aqui quieto esperando. Não vou atrapalhar. - sorrio.

— Quer que eu continue? Não quero atrasar nosso jantar.

Ela tem uma voz sensual, carregada de segundas intenções. Ela está me provocando e eu não estou nem um pouco afim de resistir aos seus encantos, e não vou resistir. Eu a quero sempre.

— Acho que podemos atrasar um pouco... vai ser por um bom motivo.

Ela segura minha nuca e meus lábios avançam no seu, lábios carnudos e molhados, é uma sensação deliciosa. Agarro sua cintura e aperto sua bunda por cima do pano grosso do roupão, seus seios esfregam em minha camisa e eu sinto uma onda de excitação invadir meu corpo. Nossas bocas se separam e eu mordo seu queixo, ela geme em resposta e aperta meus ombros. Vamos andando abraçados até o outro lado da sala onde tem um pequeno sofá de frente para os espelhos, suas mãos tentam abrir os botões da minha camisa e eu ajudo. De repente ela me olha e parece em dúvida sobre o que estamos prestes a iniciar.

— Estamos seguros aqui. Eu tranquei a porta, ninguém vai nos surpreender como eu surpreendi você agora a pouco. – sorrio e ela me acompanha, parece visivelmente mais tranquila.

— Temos que andar rápido, a escola fecha daqui a pouco.

— Não precisamos de muito tempo.

Tiro seu roupão e ela fica completamente nua em meus braços. Exploro seu corpo com minhas mãos, aperto sua bunda e subo para os seios, meus dedos estimulam seus mamilos e ela geme em meu ouvido. Chupo um mamilo de cada vez, sinto eles endurecerem entre meus lábios, eles ficam molhados e eu sopro, sinto Vanessa bambear em meus braços. Sorrio.

Ela termina de tirar minha camisa e desce para a calça, tira o sinto e em poucos segundos já estou nu em seus braços. Enquanto nos beijamos, uma de suas mãos desce pela minha barriga e eu sinto suas unhas arranharem minha virilha, é uma sensação gostosa. Meu corpo entra em expectativa sabendo o que ela vai fazer, meu membro já duro e rígido encosta em seu corpo e sua mão de repente o segura alisando a extensão delicadamente. Minha boca chupa sua nuca e sua mão continua me torturando lá embaixo, ela me masturba um pouco e eu não sei se consigo segurar por muito tempo.

Deito no minúsculo sofá, minhas pernas ficam apoiadas no chão, seguro as mãos de Vanessa e a ajudo a montar em mim. Quando meu membro está dentro dela suspiro fundo, ela está molhada e pronta para mim, e o fato de estarmos em um local proibido para isso torna tudo muito mais excitante e estimulante.

Vanessa se movimenta em cima de mim, ela se apoia em meu peito e se movimenta com delicadeza, sua expressão é de puro prazer e eu consigo observar e sentir cada suspiro seu. Nunca imaginei viver algo parecido como isso, nem nos meus livros eu acho, estou louco de tesão por essa mulher. Ela geme e me encara, seus movimentos aumentam e ela monta mais forte, o sofá balança um pouco e meu corpo pega fogo, deixo minhas mãos imóveis apoiadas em suas coxas, deixo que ela se movimente sozinha e estabeleça seu próprio ritmo. Minha respiração está entrecortada, meu membro protesta dentro dela e sinto ela deslizar em mim, ela mexe e geme e aproveita o momento.

Seus pés estão presos embaixo do meu corpo, ela tem total liberdade para se movimentar e eu apenas sinto e observo esse momento sensual. Sinto que ela está perto de gozar, ela se movimenta mais rápido e o atrito dos nossos corpos faz barulho, ela geme e fecha os olhos, tudo isso faz com que meu corpo queira se libertar dentro dela mais uma vez. Ela joga todo o peso do corpo nos braços que estão apoiados em meu peito e goza maravilhosamente, eu gemo com a cena, eu seguro e aguento o máximo que posso esperando ela terminar o orgasmo. Quando ela se movimenta pela última vez eu seguro sua cintura e me movimento gozando em seguida dentro dela, vejo ela sorrir. Respiro fundo.

Ela abaixa o corpo e deita em cima de mim, seu rosto em meu pescoço e minhas mãos acariciando seu cabelo. Nosso orgasmo deixa nossos corpos com uma sensação de exaustão, não conseguimos mexer um músculo, começamos a rir com a cena. Beijo sua boca e a ajudo a levantar.

— Ainda quer sair? – pergunto.

Ela sorri vestindo a calcinha e em seguida o vestido. Eu continuo sentado e pelado observando a cena.

— Sim. Estou com fome. Precisamos jantar. – sorri.

— Precisamos mesmo.

— Vai continuar sentado aí desse jeito?

Ela me olha com a sobrancelha arqueada, já está totalmente vestida. Rápida.

Sorrio e me levanto vestindo minha roupa. De repente, me ocorre um pensamento.

— Nessa, já fez algo desse tipo aqui antes?

Ela me olha e sorri, parece tímida.

— Não. Jamais.

— Melhor assim.

Aperto os olhos, ela ri.

Em poucos minutos nós saímos da escola de balé, passamos pelo porteiro e ele olha para nós meio inocente. Quero rir, mas Vanessa aperta meu braço e tenho que me conter.

Jantamos em um restaurante oriental muito famoso no centro da cidade, pedimos cogumelos na manteiga, guioza, sushi, sashimi e yakissoba. Nosso jantar foi farto, estávamos realmente com fome e animados. Saímos do restaurante e decidimos dá um passeio por ali mesmo, fomos a uma praça bem movimentada e caminhamos um pouco, a noite estava mais do que bonita.

— Vamos para minha casa? – diz.

— Será um prazer madame.

Sorrio.

Após finalizarmos o passeio comendo torta, seguimos para seu apartamento. Estou ansioso para descobrir o que mais a misteriosa Vanessa tem para me mostrar.

 

Vanessa

Estou no camarim, faltam apenas alguns minutos para a estreia da minha nova peça. Charlotte está ao meu lado terminando de se arrumar, conversamos um pouco para tentar espantar o nervosismo.

Minha noite de quarta terminou maravilhosamente bem, depois do passeio eu e Roland fomos para o meu apartamento e namoramos mais, fomos dormir de madrugada para variar, estamos com energia de sobra. Ontem Charlie e Ricardo passaram o dia lá em casa, Roland fez um almoço para nós e passamos a tarde juntos. Os meninos ensinaram a gente a jogar alguns jogos diferentes com as cartas, foi divertido, foi como um programa de casais amigos. De noite Roland voltou para a casa dele, pois eu teria que acordar cedo hoje para vir para o teatro.

Então hoje meu dia foi meio corrido, estou desde cedo aqui no teatro, sempre fazemos uma preparação em grupo durante o dia da primeira apresentação. Patrick parece animado, fico feliz por ele, acho que não ficou nenhum ressentimento entre a gente. Ele me trata profissionalmente e parece querer manter a amizade de antes, e eu não vejo problema nenhum nisso.

Estou terminando de arrumar o cabelo e alguém bate na porta, Charlie abre e Roland entra com a mão para trás e um sorriso no rosto, Ricardo está logo atrás sorrindo também.

— Roly!

Me levanto e vou ao seu encontro, ele coloca a mão para a frente e me entrega um buquê de rosas vermelhas. Fico emocionada, pego o buquê, cheiro as rosas e abraço ele. Trocamos um selinho.

— Obrigada! São lindas!

Ele é tão apaixonante.

— De nada! Desejo a você uma ótima estreia hoje, e um ótimo espetáculo, com certeza você vai brilhar como sempre. Estarei na primeira fileira te assistindo.

Ele sussurra para mim.

Ninguém fez isso comigo antes. Ele realmente é diferente de qualquer um.

— Obrigada! Com certeza depois de receber essas rosas lindas, essas palavras e essa visita eu entrarei mais feliz no palco.

Charlie e Ricardo conversam animados em um canto. Parecemos dois casais bobos de adolescentes.

— Está nervosa?

— Um pouco. É inevitável.

— Fique tranquila, Nessa. Não pense nisso, vai ser como das outras vezes. Certo?

— Certo. – sorrio.

Ele me agarra e beija minha boca. Acho que é um beijo de boa sorte.

De repente a porta do camarim abre e alguém entra, não bateram na porta, odeio isso. Quando paro para olhar vejo que é Patrick. Ele encara a mim e a Roland como se estivéssemos fazendo algo de errado, como se fossemos as piores pessoas do mundo para ele, Roland encara ele. Patrick tenta disfarçar e saí do camarim, mas não bate à porta.

— Relaxe amiga. Ele está superando. – Charlie diz com seu jeito despreocupado. Sorrio.

Roland parece tenso, mas relaxa aos poucos.

— Acho melhor vocês irem rapazes, antes que o diretor venha tirar vocês daqui. – digo sorrindo.

— Ok. Vamos indo. – Ricardo diz. — Boa sorte garotas.

— Boa sorte. Te vejo no palco. – Roland sussurra sorridente. — Boa sorte Charlie!

Eles saem do camarim. Sorrimos.

Minutos depois já estamos em formação para entrar no palco. Patrick está pronto ao meu lado em sua postura profissional. Somos anunciados e a música lenta começa a tocar indicando que é nossa hora. Eu entro primeiro redopiando abrindo a peça, faço meu número com alguns movimentos, giro no ar e escalo no chão. Meu rosto e movimentos são intensos, estou vivendo a personagem. De relance vejo Roland e Ricardo na primeira fila, mas não posso olhar muito pois cada passo é milimetricamente coreografado. Mas percebo que Roland tem uma expressão encantada no rosto, seus olhos parecem acompanhar cada movimento meu. Fico na ponta dos pés por um bom tempo enquanto todos os dançarinos entram. Patrick segura minha cintura e nós começamos o nosso número em dupla, reproduzindo todos os passos e movimentos ensaiados.

A peça vai muito bem, tudo dentro do planejado, eu me sinto em êxtase ali no palco, é o lugar onde descarrego todas as minhas energias e faço o que sei fazer de melhor.

Após uma hora de espetáculo executo meu número final, todos os dançarinos entram em posição e nós finalizamos a peça. Recebemos uma salva de palmas, as pessoas se levantam na plateia e seus aplausos são muito entusiásticos. Vejo Roland sorrindo na plateia orgulhoso, Ricardo parece encantado, não sei se ele já assistiu algum espetáculo de balé clássico. As pessoas continuam batendo palmas, algumas gritam elogios como “bravo” ou “fantástico”. Tenho muito orgulho de fazer parte desta companhia de balé.

Depois da estreia da peça vamos todos comemorar em um restaurante, o diretor já havia alugado um espaço reservado para a comemoração. Roland e Ricardo vão com a gente. Patrick se mantém distante conversando com outras pessoas. O clima é tranquilo e de satisfação.

Charlie vai ficar lá em casa hoje, mas essa noite vou deixar o apartamento livre para ela e Ricardo, eles estão avançando mais. Irei para casa de Roland hoje à noite, vamos fazer nossa própria comemoração.

Amanhã tenho mais uma apresentação da peça, mas não preciso ir tão cedo para o teatro como hoje, então terei a manhã livre para me recuperar das comemorações de hoje à noite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem. Beijos.