Five Nights at Teddy's escrita por Belle Cipher


Capítulo 2
The Worst One Minute Of My Life




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P.O.V. Arthur

Eu queria começar alguma investigação. Achar qualquer pista que pudesse me levar ao fechamento da antiga Teddy's. Mas é claro que haveria algo me atrapalhando. Eu teria que vigiar os robôs para não me matarem. Oba!

A primeira câmera que fiz questão de checar foi a 2B. Então, Annie acendeu aquela luz. Vou ficar olhando essa garota até ela cansar e voltar a dormir ou seja lá o que robôs assassinos fazem à noite além de matar.

Mas, quando cliquei na 2B, uma surpresa: ela estava de pé, olhando diretamente para a câmera. Eu gelei. Estava prestes a clicar no Sistema de Luzes, mas a imagem sumiu por um instante e, quando voltou, a ursinha já não estava mais lá.

Fodeu.

Cliquei em todas as câmeras enquanto xingava mentalmente. Ela estava na 9I. Merda, essa é a do corredor que leva para a minha sala.

Robôzinha bonitinha, por favor, fique aí coisa linda da minha vida.

Annie olhou diretamente para a câmera de novo e apontou para as orelhas. Era só eu ou essa garota estava mesmo tentando se comunincar comigo?

Liguei o Sistema de Som.

—Você consegue me ouvir?-perguntou de um modo que pareceu até meio tímido-Bem, se não consegue, isso não é problema meu. Estou indo até sua sala e não se atreva usar esse seu sistma de pisca pisca na minha cara.

E então, a tela escureceu.

MERDA.

Quando voltou a imagem, não havia mais ninguém. O bom é que não ouvi passos. Talvez ela tenha seguido outro caminho antes de vir na...minha...

Que sombra é essa?

Deve ser minha.

Hã...essa sombra tem orelhas de urso.

Eu não tenho orelhas de urso...

Socorro.

—Você é uma porcaria como vigia-disse uma voz robótica.

Nem vi quem era, já saí correndo e gritando.

Até uma mão fria segurar meu pulso.

Nesse momento, eu rezei para todos os deuses que já existiram na história das religiões.

E não é que deu certo?

Eu não morri.

UHUUUUU!

—Não saia dessa sala. Nem todos são legais como eu-disse Annie.

—E modestos como você? Eles são?

Ela me olhou de cara feia e me puxou de volta para dentro da sala.

—Então...quais por aqui matam?-perguntei.

—Bem, Catherine gosta só de dar sustos. E que sustos...-ela riu-Jenny, Julie e Jake matam.

—Por que está me ajudando?

—Porque sei o que te fez aceitar o emprego.

—Como...-comecei, mas ela me interrompeu.

—Ah, eu sei de muitas coisas-Annie disse, com um sorriso misterioso e até meio cruel.

Não gostei do fato de esses robôs conseguirem expressar emoções. É mais assustador do que seria se não o fizessem.

Ela riu.

—Brincadeira, cara. Te ouvi murmurando isso consigo mesmo há uns dois minutos.

Suspirei, aliviado. Mas, logo em seguida, ergui as sobrancelhas.

—Como é que você me ouviu?

—Minha sala no porão é logo aqui em baixo. A propósito, não deveria estar vigiando as câmeras?-essa foi a vez dela erguer as sobrancelhas de metal.

—Hã...é uma boa ideia.

Virei-me e estava pronto para ir até o celular quando vi que tinha alguém na minha frente. Dei um grito e um salto para trás.

—BRO BRO!-Annie exclamou.

—SIS!-outra voz disse.

Analizei a situação. Aquele era Teddy, o urso. Espera, ele e Annie são irmãos? Que robôs estranhos...

—Cara, você é o pior vigia noturno que já vi passando por aqui-Teddy comentou.

—Não é fácil não, tá, menino urso? Queria só ver você tentar...-murmurei a última parte.

—Teddy, ele vai nos ajudar a descobrir o que fez a antiga confeitaria fechar-Annie falou animadamente.

—Sério?-o urso me olhou.

—Hã...vocês não sabem o que levou a antiga Teddy's a fechar?-perguntei-Mas vocês tipo...moravam nela. Deveriam saber.

—Não exatamente. O último dia da antiga Teddy's não está armazenado nos sistemas de nenhum de nós-Annie explicou.

—É, como se alguém tivesse apagado toda e qualquer referência do nosso sistema em relação à esse dia-Teddy completou.

—Nenhum de nós lembra do que aconteceu. Só sei que no dia seguinte a Teddy's estava fechada e que eu estava trancada em uma sala no porão. Quando a abri, vi uma placa do lado de fora e, com algo que meu sistema detectou como ser sangue humano, estava escrito: DO NOT OPEN AT ALL COSTS! Na verdade, ainda está. A placa continua lá-Annie disse.

—Ah, algo parecido aconteceu com Catherine-lembrou Teddy-Ela estava trancada no Salão de Histórias e do lado de fora tinha uma placa onde estava escrito: Out of Use. Mas meu sistema detectou a tinta como sendo apenas tinta azul.

—Hm...então meu plano de tentar conseguir alguma informação com os robôs tem realmente muitos empecilhos. Vou esquecer isso e tentar recomeçar do zero-falei.

—Câmeras-Annie lembrou.

Peguei o celular e comecei a piscar a luz na cara de Jenny, que estava na Sala dos Doces. Enquanto fazia isso, continuei a conversar com os ursos.

—Talvez eu precise de mais ajuda. Já viram alguém passando por aqui e querendo encontrar alguma solução para esse mistério?-questionei.

—Hm...-Teddy pareceu pensar-Vasculhei alguns arquivos recentes do meu sistema e parece que o dono daqui, Jamie, e o vigia diurno, Ford, estavam conversando sobre isso há dois dias.

—Então falarei com Jamie quando ele chegar aqui às seis. Talvez ele e esse tal de Ford decidam se juntar à investigação.

—Câmeras-Annie repetiu.

Agora, Jake e Julie sumiram. Eu mereço, não mereço? Saí procurando aqueles dois igual um desesperado pelo sistema de câmeras.

—Bem, está meio ocupado, huh?-a ursa perguntou-Teddy e eu voltaremos aos nossos lugares e amanhã voltamos aqui para ver como foi com Jamie.

Os dois ursos saíram, me deixando sozinho em meu desespero para achar aqueles dois robôs fugitivos. Acabei voltando ao palco e Jenny estava sumida de novo.

AI QUE VONTADE DE DESMONTAR ESSES COISOS!

Achei Julie na ventilação da 11K e segui-a, piscando as luzes, em seu caminho de volta ao palco.

Jenny apareceu na 4D, onde, a propósito, Jake deveria estar, e fiz com ela o mesmo que fizera com Julie.

Já Jake...não estava achando esse cara em lugar nenhum. Olhei o relógio. 5:59.

Vira seis, vira seis, vira seis!, fiquei falando mentalmente, enquando passava de câmera em câmera.

Achei esse filho da puta! Corredor Principal! Há! Um a zero para mim!

Comecei a piscar as luzes na cara dele enquanto continuei pedindo para virar seis logo.

Parecia que as luzes não estavam fazendo efeito.

Ele estava correndo até a minha sala.

Socorro.

Aquele foi o minuto mais angustiante da minha vida.

Mas, quando ele estava em frente à minha porta, o relógio mudou para seis e começou a apitar, avisando o término do meu turno e fim do horário de ativação noturna dos robôs.

Devido à sua programação, Jake fora obrigado a voltar à sua sala assim que o relógio bateu as seis.

Caralho, por pouco não ficou um a um.

Eu amo relógios.

Amo o número seis.

Livre estou! Livre estou!

Assim que vi que Jake já estava quietinho no seu lugar, saí de minha sala para encontrar com Jamie na saída. Conversei com ele sobre minha investigação, mas não mencionei os robôs.

—Hm, eu estive querendo investigar sobre isso. Eu não estava aqui no dia, sabe? E meu pai, o dono da antiga Teddy's, nunca quis falar sobre isso-falou Jamie.

—Bem, podemos descobrir o que aconteceu-eu disse.

—Certo. Posso chamar Ford, o vigia diurno? Eu estava falando com ele sobre isso outro dia.

—Claro que pode. Conhece mais alguém que pode ajudar?

—Hm...-ele pensou um pouco-Minha prima! Ela se chama Jeanine e adora investigar casos como esses. Além disso, é bem esperta.

—Certo, então temos um time pronto para isso.

—Vai chamar algum conhecido para ajudar?-Jamie me perguntou.

Eu sorri misteriosamente.

—Vamos dizer que conheço dois "irmãos" que estão super interessados em se juntar à essa investigação.


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