Depois que Percy melhorou, Nico, Jason e Reyna se reuniram para resolverem como fazer a investigação. No caso de Percy não era mais necessário, pois souberam por seu meio que o seu agressor fora seu irmão. O caso de Nico era diferente, além da agressão ele também foi ameaçado por e-mail. Sem falar nos bilhetes que fora mandado pela mesma pessoa.

Percy recebeu alta da enfermaria e os quatro se dirigiram ao alojamento de Nico e Jason.

— Bem, temos todas as provas para a investigação. Por onde começamos? – perguntou Reyna.

— Já descartamos a Pâmela, embora ela tenha ameaçado a mim e ao Nico, ela não seria capaz de agredir alguém. Ela já começou a sua “vingança” por assim dizer – disse Percy.

— Não esqueça do seu irmão. Foi muita coincidência ele estar na floresta justamente na hora em que você entrou – disse Nico.

— Exato. Resta saber quem é essa pessoa – disse Jason.

— Bem, eu já descartei algumas garotas – disse Nico. – A maioria delas não se encaixa. Portanto tem que ser alguém que me conhece e tem meu telefone.

— Humm – resmungou Reyna. – Já pensou na possibilidade de não ser uma garota? – perguntou ela.

Todos a olham espantados.

— Veja bem, essa tal pessoa sabe que você é gay, se não fosse assim não diria na mensagem pra você parar de olhar pro Percy.

Nico ficou pensativo.

— E essa pessoa também viu quando vocês estavam na praia. A última ameaça deixa claro – disse Jason.

— Bom, seja quem for está no acampamento – disse Percy.

Suspira.

— Não fique assim Percy, você é admirado por muitos na escola, não ficaria surpresa se até garotos suspirassem por você – falou Reyna sorrindo solidária.

— Eu não me importo com isso. O único garoto que me interessa é o Nico – disse ele olhando e sorrindo para ele. – Mas eu não quero que você corra perigo por minha causa – disse pegando sua mão.

— É por isso que temos que descobrir quem está por trás disso – disse Nico.

— Vamos fazer o seguinte – disse Reyna -, ficaremos atentos a todo movimento suspeito. Vocês dois continuem como se nada tivesse acontecido, Jason e eu ficaremos em guarda. Qualquer ameaça que você venha receber seja por e-mail ou bilhete informe o Percy ou Jason – disse ela olhando para Nico. – Concordam?

— Sim – disseram os três.

— Ok, eu já vou indo – disse ela já se levantando. Jason foi levá-la até a porta.

— E agora? – perguntou Nico.

— Vamos seguir o plano da Reyna e ver o que acontece – disse Percy.

A concha do almoço soa e os três saem.

Percy e Nico andam de mãos dadas e são observados por todo o acampamento. Ao passarem pelas meninas da Gangue Cor de Rosa, notam a cara de fúria de Pâmela. Ela que espalhou para todos a sua “descoberta” esperava que assim intimidasse o par, mas não foi isso que aconteceu. Alguns campistas riam ou faziam cara de nojo. Algumas meninas olhavam tristes, pois nunca pensaram que seu objeto de veneração gostava de garotos. Annabeth olhava os dois com inveja, como gostaria de estar ao lado de Reyna da mesma forma. Pelo menos agora sabia que Percy não era ameaça para si. Ainda não tinha desistido da morena. Leo começou a entender as reações de Nico quando ele esteve no alojamento do Percy.

Mas tinha alguém que não estava gostando nada daquilo. Essa pessoa acompanhava o par com olhos furiosos. Toda a ameaça que fizera não adiantou nada. Aquele pivete branquelo ia pagar por isso. O Percy era seu e de mais ninguém.

— Octavian – chama.

— O que foi agora Rachel – fala o garoto.

— Vamos bolar um novo plano – diz Rachel. – Temos que afastar esse branquelo do Percy.

Octavian suspira.

Mais uma vez ela quer afastar Nico de Percy. Ele sabia que o interesse de Rachel por Percy era só obsessão, ela não admitia que um garoto lindo como Percy se interessasse justamente por Nico di Angelo, que em sua opinião era um garoto sem graça e apagado. Embora soubesse que seu objeto de cobiça era gay ela não se importava, não queria perder para um garoto.

— Rachel, não há nada que você possa fazer – tenta argumentar o rapaz. – Você está vendo com os próprios olhos que os dois estão juntos.

— Por isso mesmo – teima a garota. – Eu não admito isso. Eu não vou perder para aquele moleque. O Percy é meu – diz a garota ensandecida. – Você vai me ajudar ou não?

— Tá, eu ajudo. Como sempre – disse o garoto resignado.

— Ótimo – disse a garota alegre. – Vamos comer primeiro, depois a gente bola um plano.

E os dois se dirigem ao refeitório.