A Felicidade é Logo Ali... escrita por Safira


Capítulo 9
009- Memória Part. I.


Notas iniciais do capítulo

Bom... Esse capitulo iria ficar gigantesco se eu escrevesse tudo, então eu dividi!
Desculpe a demora! Boa leitura!
Sentem-se em seus banquinhos e peguem a pipoca que o caos vai reinar agora nesta fic.
Talvez vocês não entendam a gravidade de algumas coisas que aconteceram agora o que torna tudo isso mais divertido pra mim!kkkk
Que os jogos comecem!



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            Onde ela estava? Será que estava bem ou estaria ela dormindo em alguma viela escura de uma cidade qualquer? Mas ela partiu sem dizer ao menos um adeus, sem um beijo de despedida ou um abraço.

            Sempre que Shikamaru fechava os olhos e pensava nela, seu coração doía. O passado sempre se fez mais presente quando ele estava sentado no atelier de sua mãe, e ele sempre estava lá. A janela de madeira, quando aberta, servia de banco e as cortinas florais balançavam vez por outra.

            Suspirou pensando em onde sua mãe poderia estar, pensou em seus olhos e cabelos negros foscos. Abriu a gaveta da mesa que ficava logo do lado da janela, de lá tirou um porta-retrato onde havia sua mãe juntamente com a mãe de Ino, tirada há alguns anos atrás.

            Ele deveria se culpar por ela ter ido? Ele não foi um bom filho nos últimos messes deles juntos.

 

— Mãe, onde você está? – Ele olhou o porta-retrato.

 

            A porta do atelier rangeu. Seu pai estava parado do lado de fora do cômodo. Desde que ela se fora seu pai não havia entrado naquele atelier. Seu pai apertou a maçaneta se questionando qual seria a ação mais prudente a se tomar.

 

— Shikamaru. – Ele tirou os olhos da foto e olhou-o. – Eu sei... Filho. Eu não tenho sido a melhor pessoa do mundo, não tenho feito boas escolhas, mas... Eu ainda estou aqui do seu lado. – Ele falou delicadamente. – Eu sei que você sente falta da sua mãe... – Ele fez uma pausa. – Mas ela não te merece.

— Merece sim! Mais que você. – Shikamaru apertou as laterais da foto.

— Se ela te merecesse, se ela te amasse o suficiente... Ela não teria ficado?

— É tudo sua culpa.

— Não importa quanta merda eu tenha feito, fui eu. Ela poderia simplesmente pedir o divórcio e sua guarda, mas não! – Ele falou um pouco mais severo. – Ela te abandonou aqui comigo, ela nos abandonou Shikamaru, você não vê isso?

— Ela vai voltar.

— Já se passaram cinco messes e ela não deu sinal de vida. Está na hora de fazermos o que for necessário para sobreviver, é hora da gente se tornar novamente pai e filho. ‘Nós contra o mundo’ lembra?

 

Ele lembrava, bem de mais até!

 

— Não estou pedindo para você esquecer sua mãe, estou falando que não há mais tempo para ficar em cima do muro e esperar por fantasmas. Aceite que um dia irá parar de doer. Estou pedindo filho, fique comigo.

 

Shikamaru desviou o olhar para o céu.

 

— Eu vou dar um tempo para você pensar com calma.

 

Ele precisava muito pensar, tinha muito que pensar. A porta se fechou. Em algum lugar profundo do seu coração ele acreditou em todas as palavras do pai. O pai só queria ser feliz ao seu lado e esquecer o passado.

 

~*~

 

            Ela estava encolhida no sofá, sentia um pouco de frio, havia acabado de fazer os deveres e não estava com vontade de ver TV. Pegou o celular e olhou as mensagens que tinha.

 

Gaara:[15:30] Ino, você está aí?

            [16:00] Ino? Fia responde.

 

            Ela deu uma risada dela mesma por ler imaginando a voz e a expressão do ruivo.

 

Ino: [16:15] Oi! Fale-me.

Gaara: Já fez seu dever de Artes?

Ino: Já.

Gaara: Quem raios foi Mozart?

Ino: Pede ajuda pra sua irmã.

Gaara: Como se ela estivesse aqui.

            Ela ficou até mais tarde na escola hoje.

            Foi fazer uns trabalhos.

Ino: Você deveria ter ficado também.

Gaara: Qual é loira. Posso te ligar?

 

            Ino olhou para o visor do celular e viu a foto de perfil do ruivo aparecer e preencher a tela do celular, ele estava ligando para ela. Ela sorriu e atendeu.

 

— Mas você é muito chato. – Ela brincou.

— Eu também acho você linda.  – Ela riu. – É sério. Eu não sei quem foi esse tio.

— Esse tio foi tipo assim... Um dos maiores cabeças da música clássica.

— AH. Música clássica. Tá explicado.

— Você não gosta?

— Eu gosto de muitas coisas, mas essa não é uma delas.

— Já ouviu?

— Não, por isso mesmo.

— Você não pode dizer que não gostou se não ouviu. – Ele riu do outro lado da linha.

— Me obriga.

— Ahhh garoto.

 

~*~

 

Sai era uma pessoa passiva de gentileza, até de mais. Ele não era muito o tipo que chamava a atenção de muitas pessoas, ele não era de nenhum time esportivo e fazia parte do comitê de artes, daí por si já era uma grande carga.

Atualmente nem tanto, isso graças ao seu passado. Passado do qual estava bem vivo na mente dele. Alguns anos atrás ele era espancado e humilhado por pessoas que hoje em dia passam por ele e o cumprimentam com um bom-dia. Anos atrás no primeiro ano dele como presidente do comitê de artes ele descobriu que o diabo às vezes é uma criança segurando uma coca-cola zero. Alguns anos trás ele descobriu que os anjos podem vestir saia e que dão ótimas namoradas de mentira.

Isso porque Ino era seu anjo até hoje, mas não sua namorada, o passado às vezes era cruel.

 

— Ei cabeça de giz. – Karin sentou-se do lado dele no banco da praça. – Demorei?

— Não. – Sorriu. – Você está bonita.

— Eu sou bonita é diferente.

— E muito convencida também.

— O que você queria me falar de tão importante que não podia esperar amanhã? – Ela o olhou com curiosidade.

— Eu topo.

— Topa o quê? – Ela ajeitou os óculos.

Estava na hora de Ino ter o seu troco.

— Seu plano.

— O de namorar comigo pra fazer ciúmes no seu irmão? – Ela ficou animada.

 

Ele fez uma careta.

 

— Esse não, o outro.

— Ah. – Ela ficou desanimada. – Você ainda está pensando muito nela?

— Deus ama o pecador e não o pecado.

 

Karin ficou um tempo em silêncio pensando. Olhou para a grama verde em baixo de seus pés.

 

— Eu falei aquilo de brincadeira, não acredito que você levou a sério. – Falou cabisbaixa. – Eu queria que você tivesse superado.

— Não, só vou superar quando ela me der motivos que prestem.

— SAI ELA NÃO TE AMAVA. – Ela se exaltou. – É motivo suficiente.

— Vai me ajudar ou não?

— Só se você me ajudar a ficar com seu irmão.

 

Ela sabia que ele diria não, isso ia contra todos os princípios dele.

 

— Fechado.

 

Ela engoliu em seco.

 

~*~

 

Ela havia perdido Sai de vista, eles iriam passear um pouco pela praça e depois tomar um sorvete, mas onde estava o menino? Ele conhecia aquela praça como a palma de sua própria mão, como que ele se perdeu?

Ligou para o celular dele algumas vezes e depois cansada de ter suas chamadas ignoradas mandou uma mensagem para ele dizendo que iria tomar um sorvete e depois o encontraria em casa. Estava frustrada.

 

— Rosada? – Era a voz dele.

 

Ela suspirou. Era quinta-feira e eles ainda não tinham brigado ela só esperava que não fosse hoje que isso iria acontecer. Virou-se.

 

— Moreno emo.

— O que você faz aqui?

— Vim dar um passeio e você? – Respondeu da forma mais educada que conseguiu.

— Acompanhar meu pai.

— Papai está te levando para passear? Tá limpando as merdas do cachorrinho na praça?

Ele sorriu minimamente.

— Você não consegue ficar apenas cinco minutos sem ser chata garota?

— E você sorri direito? – Perguntou com sarcasmo.

— Só pra você, entre quatro paredes.

— Garoto vê se me erra. – Ela virou pisando fundo na direção oposta.

 

Ele foi atrás dela e segurou seu pulso para que ela parasse e ela parou, ele olhou para os lados procurando por alo e falou com uma cara que ela nunca tinha visto antes.

 

— Olha, eu estou te devendo uma. Eu só estou tentando ajudar.

— Me devendo um favor? – Ela levantou uma sobrancelha rosada.

— É! No dia em que a gente se conheceu... Nessa praça. Pode não parecer, mas você me livrou de um problemão.

— Escuta... Vamos fazer assim... Eu vi que você é muito bom em matemática e eu sou uma negação, você faz meus deveres pelo resto do ano e ficamos quites. – Ela sorriu.

— Eu estou falando sério.

— Eu também estou.

 

Ele pensou um pouco antes de falar.

 

— Assim você não vai aprender nada e não vai passar nas provas... Que tal... Aulas particulares?

 

Ela poderia contratar um professor com diploma para ensinar ela, mas algo no jeito dele falar a lembrava muito de como sua mãe contava certa história... Não foi em uma praça e não foram aulas de matemática... Mas esses pequenos detalhes a vida se encarregava de mudar para que a história não se repetisse.

 

— Tudo bem!

— Então fale com os seus pais pra depois da aula eu ir pra lá uma vez na semana pelo menos.

— Não se preocupe. Eles não estarão em casa.

— Mas é bom avisar.

— Acho que nós não nos conhecemos direito. Sakura Haruno prazer, eu não tenho pais.

 

Como assim ela não tinha pais? Ele pensou um pouco e resolveu tirar suas duvidas depois com a pessoa certa.

 

— Sasuke Uchiha. Você quer meus pais pra você?

 

Ela riu.

 

— Sasuke? – Uma voz fria falou.

— Pai. – Ele se virou finalmente largando o pulso da rosada. – Essa é...

— Não me interessa quem ela é. Vamos ou vai dormir para o lado de fora hoje.

— Tchau Sasuke.

— Tchau rosada.

 

~*~

 

Seus olhos estavam arregalados vendo a cena à frente, ele estava na sacada olhando sua vizinha da frente sentada nos degraus da entrada amarrando o tênis e jogando um par de sapatilhas de balé da bolsa. A vizinha era conhecida, a vizinha era Hinata. O tempo passou de presa e ele nem podia notar. Faltava um mês para o prazo de Sakura terminar, um mês para sua prima colocar a boca no microfone e falar tudo o que realmente aconteceu e ele deveria tomar coragem de falar com ela logo, amanhã se possível.

Uma verdade sempre é uma verdade, mas sempre é recebida diferente dependendo da pessoa que houve e da pessoa que fala.


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Notas finais do capítulo

Eaí pessoal, como vocês estão?
Espero que bem!
Eu vou muito bem obrigada por perguntar.
Não se esqueçam que eu sou movida a comentários. No plural.
O que vocês acharam deste cap. sinceridade por favor!!



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