A Felicidade é Logo Ali... escrita por Safira


Capítulo 7
007- Contentar-se.


Notas iniciais do capítulo

Hey buscadores da felicidade como vocês estão? Eu vou muito bem obrigado por perguntar. Peço desculpas pela demorar, bloqueios de criatividade sabe... Coisa muito ruim. Bom... Aqui está apesar disso mais um desenrolar da trama.



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007- Contentar-se.

 

Bendito seja o santo que era responsável pela paciência. Naruto odiava com todas as forças deveres de casa, ele havia perdido praticamente todo o domingo com eles, e no final das contas ele não havia conseguido terminar o de filosofia. O que diabos queriam dizer aqueles textos em latim? Ele não sabia e muito menos o google tradutor. 

No final das contas ele largou os livros de qualquer jeito na sala e foi para a cozinha atrás de comida, esquentou um molho de cachorro quente que ele achou abandonado na geladeira e colocou no pão dormido de ontem. Sua barriga se alegrou dando mil voltas com o cheiro de cebola e pimentão em uma só combinação. O sabor salgado e a fumaça fumegando do molho foram como se ele tivesse ganhado o melhor dos prêmios na escola e assim com esse pensamento ele deu a primeira mordida indo em direção à sala. Enquanto mastigava, seu tio abriu a porta de casa.

Ele era um cara com seus cabelos brancos e seu uniforme esquisitamente verde e vermelho. Jiraya, seu tio-avô tarado e roubador de refeição.

 

— Naruto ainda bem que te peguei em casa.

— Eu não vou sair hoje.

— Não? Pensei que você iria para a Sakura.

— Tenho dever de casa e estou tentando adiantar alguns trabalhos.

— Ahm sim. – O tio sentou no sofá e ligou a TV. – Encomendei uma pizza quando estava no caminho de casa. Vai querer ou passa?

— Vou. Acabei de esquentar um molho de cachorro quente, se você quiser tem mais na cozinha.

— Depois eu como. Quero falar com vocês.

— Se for sobre de onde vêm os bebês, fique sabendo que eu já sei. – Ele falou de boca cheia. Assustado, por temer esse assunto.

— Não é sobre isso... Espera, você sabe? – Ele afirmou. – Quem te contou? – Ele perguntou abismado.

— Tio. – Ele repreendeu o mais velho.

— Certo. – O mais velho suspirou. – Até quando você pretende me esconder?

— Esconder o quê? – Falou lambendo os dedos do resto de cachorro quente.

— Hinata.

 

Naruto fechou a cara.

 

— Eu não pretendia esconder isso.

— Mas também não pretendia falar. – O tio se levantou e ficou de frente para o loiro. – Olha... Naruto, bem antes da morte dos seus pais, você já era como um filho para mim e eu só quero que meu filho fique bem. – Jiraya disse com muito amor na voz.

— Eu estou bem.

— Não. – Ele segurou com a mão cada um de seus braços. – Não se esqueça de que mentir para si mesmo sempre é a pior mentira.

 

Naruto suspirou.

 

— Eu prometo que vou conversar com ela.

— E ela vai querer conversar com você?

— A Sakura falou com ela e pelo visto... A Hinata não é mais a minh... A Hinata não é mais ela mesma. – Naruto olhou dentro dos olhos do tio.

— Só conversa com ela, diz que ela entendeu tudo errado.

— Você sabia que ela nem fala mais com a Tenten por causa disso?

— Então acho que é a sua vez de mudar isso. A Tenten já carregou por muito tempo esse mal e sozinha. A Hinata coração mole vai entender.

— Ela não é mais a Hinata coração mole.

— E você também não é mais o Naruto idiota. Não deixe o passado te dominar.

— Eu não vou. – Mas ele sabia que iria.

 

~*~

 

Fugaku Uchiha olhou pela última vez para a tela do computador. Guardou em uma gaveta a lista que seu filho mais novo lhe deu. Ele estava decepcionado com Sasuke em grande parte, mas em geral havia muitos nomes naquela lista com grandes potências. Diamantes a serem lapidados com perfeição.

Como por exemplo, Ino Yamanaka. Seu pai trabalhava com relações internacionais além de estar começando com um pequeno negócio de empreendedorismo empresarial. Shikamaru Nara. Este já era conhecido do Uchiha mais velho, seu pai era um politico bem conceituado na região, brevemente concorreria para a vaga de prefeito e além do mais ele é um grande parceiro na mesa de jogo que Fugaku frequentava.  Até mesmo Tenten Mitsashi. Uma jovem e brilhante órfã, herdeira de uma companhia bélica invejável.

Se ele fizesse tudo certo ele finalmente teria a paz que tanto sonhou para sua pequena cidade e se ele tivesse sorte e dançasse conforme a música, quem sabe ele não faria isso com o mundo?

Mas ele estava satisfeito com sua pequena cidade.

Arrumou alguns papéis na mesa e não pode deixar de pensar no sobrenome que viu na lista há um tempo.

 

 “Uzumaki”.

 

Este sim, este era um sobrenome que ele havia dominado na ponta da língua e algumas lembranças não deixaram de vir em sua mente.

 

“Tome cuidado Uzumaki”.

 

~*~

 

— ESPERA. – Temari berrou.

 

Ino estava quase equilibrando a última fileira na torre de cartas.

 

— O que foi desta vez? – Ino se afastou da torre com as duas cartas na mão.

— Acho que foi uma péssima ideia isso.

— Acha que agente tinha que te colado antes às cartas? – Tenten falou observando a torre.

— Acho. E ter passado a melhor cola do mundo pra essa coisa não cair.

— Mas eu falei... – Tenten começou a se lamentar.

— Não chore pelas águas passadas Ten. Temos que resolver isso.

— Só não me faça começar a empilhar tudo de novo.

— Não vou fazer.

— Que tal esmalte? Acho que uma base resolve. – Tenten falou e desviou o olhar das cartas para elas.

— Tem isso aí Ino?

— Em casa de patricinha tem tudo meu amor. – Ela disse rindo.

A campainha tocou.

— Será que já é meu irmão?

— Ele não falou que ia vir só às seis? – Tenten perguntou.

Temari deu de ombros enquanto Ino abria a porta.

— Olá Gaara.

— Olá loira. Já terminaram de fazer a coisa?

— Auto lá. Decoração não é coisa. – Apontou o dedo indicador para o ruivo.

Ele pegou o dedo dela e o abaixou dando leves risadas.

— Calma loira, eu sei.

 

Ela sorriu. Temari se despediu das garotas e foi embora com o irmão reclamando sobre como Gaara era chato. Depois de alguns minutos compartilhando o silêncio só com a loira, Tenten disse séria:

 

— Então... É sério, não minta mais para mim.

— E quando eu menti para você?

— Quando você disse na mensagem que queria ajuda para estudar matemática.

— Eu disse que queria ajuda com algo muito importante, com relação à escola.

— O que pode ser mais importante do que matemática na escola? Matemática é a razão pra noventa por cento das reprovações.

— Não sei... – Ino se fez de desentendida. – Que tal ajudar alguém a se enturmar? Que tal sair um pouco de casa para variar?

— Se isso foi uma indireta... Fique sabendo que eu saio de casa sim e a Temari já tem amigos na escola.

— Para a escola? – A loira falou abismada. – Tenten é sério. Eu estou tentando te ajudar. Estou tentando ajudar todo mundo.

— Eu sei que é sério Ino, mas eu não quero ajuda, eu não preciso de ajuda.

 

Ino suspirou, estava andando em círculos.

 

— Tudo bem... Você quer estudar matemática?

 

~*~

 

Olhou seu reflexo no espelho, ela não precisava mais de maquiagem para esconder os roxos. Seus olhos opacos azuis violeta e sua pele pálida... Ela mais parecia um fantasma do que ela própria. Mas ele disse que iria mudar e se ele disse que iria mudar ela daria mais uma chance para ele, como recomeçar do zero ele disse, com uma cidade nova e pessoas novas para conhecer. Sem traições e sem violência. Ela poderia trabalhar se quisesse e o melhor de tudo ela poderia ser ela, sem nenhum tipo de ciúmes por nenhuma parte.

Ele estava cumprindo o combinado, havia conseguido um bom trabalho e estava procurando um grupo de apoio, então ela deveria cumprir a parte dela também. Ser uma boa esposa nunca foi fácil. Ela não ligava que ele a humilhasse ou a espancasse, ela só ligava se seus filhos estivessem bem.

Temari estava instável, Gaara parecia bem e Kankuro estava bem. Seus filhos estavam bem ela estava bem. Karura poderia ser ela mesma agora... Junto com seu marido Rasa.

— Mãe, chegamos. – Gaara gritou do andar de baixo.

Ajeitou as madeixas loiras e sorriu no automático.


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Notas finais do capítulo

;) Sou movida a comentários não se esqueça. Beijinhos até.