O Jogador de Basquete e o Gótico escrita por Creeper


Capítulo 35
Toda história tem sua moral...


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeee XD!
E chegamos ao último capítulo 0.0 :O ^-^ ;-; !
Toda história tem sua moral e essa chegou ao final!
Boa leitura, eu espero que gostem ♡♡♡♡!
Esse capítulo é especialmente dedicado a todos que me ajudaram, me apoiaram, me motivaram, me acompanharam e se tornaram grandes amigos e amigas, muito obrigada ♥!
Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/678006/chapter/35

Na manhã seguinte, me forcei a abrir os olhos quando o despertador do celular tocou, arruinando meu sono. O barulho irritante ecoou em minha cabeça, me deixando mau humorado.
Eu estava extremamente cansado.
Apalpei a cabiceira da cama, desativando o alarme, podendo finalmente disfrutar do silêncio.
Encarei o teto por um tempo, combatendo a vontade de voltar a dormir, tomando coragem para me levantar, eu tinha que me arrumar para me despedir de Nanda.
Fiz uma careta ao sentir meu corpo dolorido quando tentei me espreguiçar.
Suspirei e esfreguei meus olhos com as mãos, eu não estava nem um pouco afim de me levantar. Que preguiça!
Foi então que me dei conta de uma coisa...
Eu estava dormindo abraçado com Brady, ambos debaixo do cobertor. Certo, normal, ele era pervertido assim mesmo e costumava me abraçar quando dormiamos juntos. Só que o fato de não estarmos vestidos foi o que me fez lembrar da noite passada.
Não pude evitar e imediatamente corei.
Afundei meu rosto nas mãos, cara, a Nanda confiou em nós, nos fez prometer que não faríamos nada indecente.
—Brady...-o chamei.
—Volta a dormir, Drew.-ele murmurou sonolento me abraçando mais forte, o calor de seu corpo junto ao meu era reconfortante. Brady afundou o rosto em meu pescoço e deu um riso abafado.-Eu já adorava seu cheiro, imagina agora que está misturado com o meu...-abriu seus olhos, era notável seu cansaço.-Bom dia.-sorriu.
—Bom dia...-sorri sem jeito.
Nos encaramos por um tempo, ambos coramos e desviamos o olhar.
—V-Você...G-Gostou?-Brady perguntou receoso, voltando a me olhar.
Foi...Incrível!
Afirmei com a cabeça não contendo o sorriso, em troca recebi um beijo sereno e sem língua. Brady deu um largo sorriso, me olhando nos olhos, tão feliz, parecia uma criança que havia acabado de ganhar um doce.
—Temos compromisso...-bocejei.
—Ah, só porque eu queria ficar mais um tempinho curtindo meu amor...-Brady falou manhoso fazendo biquinho.
—Vamos ter tempo de sobra depois...-eu disse me levantando e pegando o lençol todo amarrotado para que pudesse cobrir meu corpo.
—Por que está se cobrindo? Não há nada que eu não tenha visto na noite anterior!-Brady sorriu malicioso cruzando os braços atrás da cabeça.
—Hum. Idiota.-murmurei constrangido.-Levanta!-peguei o travesseiro e joguei em seu rosto, o ouvindo rir.
Desviei o olhar para o chão aonde nossas roupas estavam espalhadas, andei até o banheiro vagarosamente, me senti um pouco incomodado com aquela dorzinha chata, era melhor tomar banho logo e ir encontrar a Nanda.
Fechei a porta e me apoiei na pia, encarei meu reflexo no espelho, meu cabelo estava um ninho de passarinho e carregava uma expressão sonolenta no rosto. Dei um sorriso fraco e lavei meu rosto, suspirando aliviado, a água fria foi capaz de me acordar, eu estava de bom humor, feliz com o que tinha acontecido, mais que satisfeito.
Foi tão bom!
Corei ao ter esse pensamento e disfarçadamente abrindo ainda mais o sorriso.
Após nós dois termos tomado banho, estávamos acabando de nos arrumar, peguei as roupas do chão e as dobrei desajeitadamente, as deixando em cima da cama já arrumada.
Minha cabeça deu um estalo, franzi a testa e olhei desconfiado para Brady.
—Brady...-chamei, atraindo sua atenção, ele acabava de vestir uma camiseta.
—Oi, amorzinho?-sorriu debochado.
—Posso saber...Por que você trouxe camisinha pro hotel?-cruzei os braços e arqueei uma sobrancelha, desconfortável.
—Ah, eu não sabia que faríamos algo do tipo, mas esperava...-Brady deu de ombros sorrindo sacana.
Corei violentamente. Ele tinha planejado? Ai, meu Deus!
Brady me encarou, com aquela cara de babaca, pervertido, por fim, se aproximando, encostando a boca em meu ouvido, me fazendo arrepiar e sussurrando de modo sedutor:
—E, de qualquer forma, eu ia fazer o possível pra isso acontecer.
Fechei a cara, ficando "irritado", pegando um travesseiro e acertando em sua cara.
☆☆☆
—Então, como passaram a noite?-Nanda sorriu inocente, estávamos todos no saguão.
—Perfeitamente bem.-respondi de modo nervoso.
—Ah...O que fizeram de bom?-Nanda arqueou uma sobrancelha, ainda sorrindo.
—Ficamos...-olhei para Brady pedindo por ajuda.
—Jogando!-Brady completou rapidamente.
—Um jogo muito bom!-acrescentei.
—Que eu baixei no meu celular!-Brady terminou.
Erick e Nanda se entreolharam confusos.
—Então, se divertiram.-Erick chegou a essa conclusão. É...Tu nem imagina. Sabe de nada, inocente.
—E vocês? Como foi a noite?-Brady perguntou sorrindo.
—Como é estarem casados?-perguntei também sorrindo.
—Uma maravilha.-Erick respondeu sorrindo abertamente, passando o braço pelos ombros de Nanda e a puxando para um abraço.
—Felicidades!-Brady lhes mandou uma piscadela.
—Obrigada.-Nanda sorriu docemente.
—Brady!-a voz do capeta, Jesus.
Eu não to pegando no pé do moleque. Nem tirando conclusões precipitadas. Nada disso.
—Ah, e aí Lucas!-Brady bagunçou os cabelos do garoto que parou ao nosso lado.
—Vocês estão bem? O que houve ontem a noite?-Lucas parecia confuso e assustado.-Eu e meus pais ouvimos sons estranhos vindo do quarto de vocês!-estava incrédulo.-Ficamos preocupados e eu quase fui lá ver o que estava acontecendo!
Aí eu fiquei com a cara no chão. Brady riu nervosamente, super sem graça, constrangido. E eu, vermelho como estava, não tive coragem de encarar Nanda, então olhei para baixo, encarando fixamente o chão.
—Bem, até mais!-Lucas acenou e saiu dali. Esse moleque veio só pra infernizar, só pode!
—Sons estranhos?-Nanda perguntou desconfiada, um pouco pasma.
Alguém me mata.
—É p-por causa do j-jogo!-Brady falou imediatamente.
—ISSO!-levantei a cabeça e gritei tão repentinamente que os assustei.-O objetivo do jogo é fazer o som mais estranho que conseguir!
—Batemos o record!-Brady disse.-Quanto mais estranho, maior a pontuação!-começou a suar.
A nossa cara nem queima, né.
Imagina.
Só to sentindo meu rosto pegar fogo.
—Certo...-Nanda concordou incerta.-Então...Vamos?
Ela e Erick andaram em direção a saída, enquanto eu e Brady ficamos parados envergonhados.
Me sentia tão culpado por ter quebrado a promessa e mentido para Nanda! Talvez ela até soubesse, mas preferiu disfarçar...
—Foi tão alto assim?-ousei perguntar, batendo com a mão na testa e balançando a cabeça negativamente.
—Você nem imagina...-Brady riu.
☆☆☆
Encontramos Cassie, Alana, Lily, Jack e Fernando em uma sorveteria perto da praia, apesar de ser cedo, tomamos sorvete de café da manhã e demos uma volta no centro comercial. Depois disso, Nanda e Erick já iam viajar para a lua de mel, acabamos nos despedindo e cada um foi pro seu canto. Por exemplo, Jack, Alana e Lily foram pescar e depois iam a um parque de diversões ali perto. Já Fernando e Cassie voltaram para o hotel para que pudessem dormir, ela daria muito trabalho a ele por estar de ressaca.
Eu e Brady decidimos dar uma volta na praia, estavamos andando rentes ao mar, uma das mãos entrelaçadas com a do outro e a outra segurando os sapatos. Apesar do sol estar castigando, ventava bastante.
Eu ia ficar todo queimado por não ter passado protetor solar, não queria nem ver o estrago!
—E então...-Brady puxou assunto.-Aonde vai ficar até Nanda e Erick voltarem?
—Ah, na casa de Jack.-falei.
Ficou combinado que ele e Alana eram responsáveis por mim.
—Não se esqueça que vou te buscar para irmos ao colégio juntos todo dia!-Brady me mandou uma piscadela.
—Certo.-ri revirando os olhos. Sempre chegávamos e saíamos do colégio juntos, mas com cuidado para não levantar suspeitas, sabe, por enquanto não queríamos ninguém comentando sobre nós.
—Olha só!-ouvi uma voz familiar. Mais a frente as garotas e os garotos estavam reunidos, sentados em toalhas debaixo do guarda-sol.
—É tão cedo e vocês já estão acordados?-arqueei uma sobrancelha.
—Ué, temos que aproveitar, né!-Danny sorriu.
Conversamos durante um tempo, todo mundo com preguiça, Bella até dormiu com a cabeça no colo de Jason, Danny disse em aproveitar, mas ficou jogando em seu celular, comentamos sobre a festa e o que aconteceu depois que eu e Brady saímos.
—Gray...-Leo chamou.
—Que cê quer?-Gray tava mais interessado em tentar olhar o que Lya estava fazendo no celular, ela estava sentada entre ele e Rafael.
—Já tá calor, né...Vai ficar mais quente se eu tirar a camisa?-Leo sorriu com segundas intenções, levando as mãos a barra da blusa.
Gray corou levemente e revirou os olhos.
—Ah, moleque...-Gray fez pouco caso.-A gente já até tomou banho juntos!
Nessa hora automaticamente todos os olhares foram dirigidos para Gray, até o meu. Bando de curioso.
—Quando crianças, ora!-Gray bufou olhando para o rosto de cada um.-Nos conhecemos desde pequenos, ué.
Isso pareceu satisfazer os curiosos.
—Então tá, né!-todos deram de ombros.
—Quem quer jogar vôlei?-Bárbara sorriu pegando a bola.
☆☆☆
Jogamos vôlei durante um bom tempo até cansarmos, depois fomos nadar, eu fiquei no raso, apesar de estar todo molhado, dos pés a cabeça, me negava a tirar a camiseta, não me sentia a vontade. Acabamos por fazer uma guerra de água e brincar de afogar um aos outros. E tava um sol dos quinto do zinferno.
—Migo!-Gray veio até mim.-Qual o babado?-sorriu animado.
—Que babado?-arqueei uma sobrancelha.
—Ah, Drew! Somos amigos, sabe que pode me contar tudo! De mano pra mano!-Gray insinuou.
—Não tenho nada pra falar.-cruzei os braços e virei o rosto.
—Como não? Acha que não notei seu anormal bom humor? E que tu e Brady andam trocando uns olhares diferentes?-Gray disse malicioso.-E essas marcas suspeitas no teu pescoço?
Engasguei com a própria saliva e corei.
—Eu não conto pra ninguém!-Gray falou.
—Gray, não vou te contar da minha vida pessoal!-falei.
Gray ficou emburrado.
—Pois saiba, Drew, que no futuro você vai precisar de meus conselhos!-Gray disse convencido.
Revirei os olhos.
—Drew!-Leo gritou no meu ouvido.-Não vai mesmo nos contar?
—O que? Até você?-o encarei incrédulo.
—Lógico, acha que eu e o Gray não ficamos fazendo teorias sobre sua vida?-Leo disse como se aquilo fosse normal, andando até Gray e se apoiando nele.
—Isso se chama desocupação!-falei.
Eu devia estar muito vermelho, droga, eu ia acabar me dedurando. Leo e Gray podiam ser meus amigos, mas não é como se eu fosse sair espalhando isso pra Deus, pro mundo e até pro capeta (Lê-se Lucas).
☆☆☆
Passamos o dia inteiro na praia, apenas se divertindo e comendo besteiras, ninguém estava afim de voltar para casa, assim que a noite caiu, Jack me ligou, dizendo que se atrasaria um pouco para ir me buscar, então eu ainda tinha tempo.
Fizemos uma fogueira e todos nos sentamos, formando uma roda.
Abracei os joelhos, admirando o fogo crepitando, as chamas queimando a madeira, a fumaça cinza subindo, tombei a cabeça para o lado, sonolento. Havia sido um dia cheio. Eu me diverti tanto ao lado de cada um, aquela galerinha animada, que me preenchia, passou pela minha mente lembranças do dia em que nos conhecemos.
—Ei...-sorri inclinando a cabeça para trás e encarando o céu.-Lembra de quando nos conhecemos?-olhei para o rosto de cada um.-Todos de um jeito diferente!
—É verdade...-Bella sussurrou olhando para cima.
—Ah, mas você se afastava da gente!-Gray fez drama.
—Mas agora...Não consigo viver longe.-admiti dando um riso abafado.
—Ah, Drew...-Izzy sorriu.-Fala logo que nos ama.
Revirei os olhos e ri.
Primeiro, os únicos com quem falava (e tentava evitar) na escola eram Bella e Gray, depois passei a conviver com Brady, consequentemente os três ficaram mais presentes em minha vida, depois, Bella me apresentou A União Fujoshi, onde conheci as garotas que eu nem sabia que bolavam planos para me juntar com Brady, pouco tempo depois, conheci os garotos, Grazi e assim foi.
—Eu me lembro da festa do pijama na casa do Gray!-Yuki sorriu.
—A gente lembra muito bem, né Lya!-Gray e Leo disseram sarcásticos olhando a garota.
—Pois deviam agradecer a mim e as meninas, foi um favor tê-los trancado no armário!-Lya disse superior.
—Foi no dia que essa loirinha aqui se apaixonou pelo Drew!-Bárbara brincou mexendo no cabelo de Grazi que estava preso em uma trança. Grazi inflou as bochechas vermelhas e cruzou os braços. Apesar dela ter aceitado (não totalmente) era normal de se esperar que ela não devolvesse minha jaqueta.
—Brincamos de esconde-esconde na chuva!-Nancy riu.
Continuamos a lembrar de mais momentos que passamos juntos, rindo e brincando, passando vergonha e envergonhando uns aos outros.
—Ei, Drew!-Lya me chamou se levantando, seguida de Leo.
—Temos uma coisa pra você!-Leo disse sorrindo. Lya tirou algo de dentro de uma bolsa que estava jogada ali com os pertences de todos, ela e o irmão vieram até mim e me estenderam um álbum de fotos.
Curioso, o abri, corei levemente ao ver que haviam fotos minhas com Brady desde o começo até os tempos atuais, minha cabeça deu um estalo.
—Vocês não tem vergonha?! Isso é invasão de privacidade!-eu disse indignado.
—Ah, pelo menos ficou registrado, Drew!-Brady riu apertando minha bochecha e encarando as fotos.
Tinha uma foto que ocupava a página inteira, havíamos a tirado no começo do ano, todos nós, em frente ao colégio após o primeiro dia de aula, estávamos um caos total graças a um acidente cometido na hora do intervalo que envolvia a gente entrando no laboratório sem permissão e fazendo experimentos sem supervisão. Não me pergunte o por que! Só sei que foi assim!
E foi por causa de um baguio que explodiu na minha cabeça que eu fiquei durante um dia inteiro com o cabelo verde fluorescente.
As fotos que ocupavam as outras páginas eram de todas as garotas da A.U.F. juntas dentro da casa da árvore, e depois individuais, com uma mensagem de cada em cima de sua foto.
Fechei o álbum sorrindo, me sentia tão bem ao lado daqueles e daquelas que podia chamar de amigos e amigas.
—Obrigado.-falei sincero.
—Ah, não a de que!-Lya sorriu.
—Abraço em grupo!-Brady gritou se jogando em cima de mim, assim como todos, acabei praticamente sufocado com todo mundo em cima de mim me abraçando.
Ri com dificuldades, já que já estava sem ar, com todo aquele peso em minha barriga, sendo incapaz de respirar.
Finalmente saíram de cima de mim, todos ficamos deitados uns ao lado dos outros.
Alguns deitaram-se na areia, nem se importando se incomodaria ou não, apenas com a cabeça em cima de uma toalha embolada como se fosse um travesseiro.
Notei que Lya e Rafael permaneceram sentados, lado a lado, um pouco mais afastados do grupo, de costas para nós. Os dois conversavam, não que eu fique de olho na vida dos outros, nada disso, eu só...
Ninguém prestava atenção neles, dei de ombros e quase voltando a me focar no grupo que conversava sobre algo aleatório. Quase!
Porque não sem antes ficar de boca aberta e piscar os olhos várias vezes ao ver Rafael dando um beijo em Lya, tão juntos, não demorou muito pra ela estar correspondendo, eles nem se deram conta que tinham platéia.
—Gray, tu tá vendo o mesmo que eu?-Leo também estava olhando, rindo maleficamente.
—Ué, normal, são namorados...-Gray revirou os olhos e bocejou.
—São?-virei a cabeça, encarando a Gray e Leo com uma sobrancelha arqueada. Eles se entreolharam incrédulos.
—Você não sabia?-perguntaram ao mesmo tempo.
—Não!-voltei a olhar para Lya e Rafael. É, não podia negar que dava a entender, que eu já achava, mas...
De repente, uma luz intensa com uma cauda soltando faíscas foi lançada no céu, acompanhada de um som agudo semelhante ao de um apito, pegando a todos de surpresa, principalmente o casal, que se separaram, e encararam aquela pequena bola de fogo se abrir e espalhar seu brilho colorido por todo céu, até ir sumindo aos poucos, virando fumaça. Mais daqueles foram lançados, deixando a todos admirados com o show de fogos de artifício. As faíscas com cores diversificadas e chocantes enfeitavam o céu azul escuro preenchido por milhares de estrelas que iluminavam a noite com seu brilho prata assim como a bela lua cheia.
—Que lindo!-as meninas ficaram maravilhadas.
Ficamos todos deitados, olhando fixamente para o céu, com os olhos brilhando, o calor da fogueira era capaz de nos aquecer apesar da brisa ser fresca, além de estarmos todos juntinhos compartilhando calor corporal.
Fechei os olhos por um momento, disfrutando de uma sensação de satisfação e bem estar, suspirei calmamente, me sentia em um sonho. Se me perguntassem onde é meu lugar no mundo, sem dúvidas responderia ao lado daquela turma.
Abri os olhos ao sentir minha bochecha ser beijada, olhei para o lado, dando de cara com Brady sorrindo docemente, levando sua mão ao meu cabelo e o deslizando seus dedos por meus fios.
Sorri.
Era bom estar ali, aquele era o tipo de dia que eu desejava que não acabasse. Tudo...Tão mágico!
☆☆☆
No dia seguinte, segunda-feira, tava todo mundo acabado no colégio, com preguiça e cansados, Cassie até mesmo tirou o dia de folga, como substituto tivemos o Fernando, que ao menos teve piedade dos alunos e não precisamos escrever nada, apenas conversar e interagir com o tema proposto. Estar no segundo ano havia sido uma conquista! Lembro-me que antes das férias eu estava com notas baixas, foi por isso que aceitei o cargo de ajudante do Benson. Falando em Benson...Ele tá de férias, mas em breve volta a dar aula.
Após as férias minha notas aumentaram consideravelmente, passando de ano acima da média. Enquanto um "certo alguém" tirou notas baixas (na verdade, nem fazer as tarefas, ele fez) de propósito só para repetir!
Após a aula, eu e Brady fomos a casa da vovó, antes passamos no cemitério, deixei um buquê de violetas azuis na lápide de mamãe e fiquei lá um longo tempo, sentado em frente ao túmulo, quieto e sério, perdido em meus pensamentos, dei um longo suspiro e me levantei pronto para ir embora. Não pude evitar que meus olhos ficassem lacrimejados e meus lábios tremessem, segurando a vontade de chorar. Saudade. Muita saudade...
Vovó e tia Gisele conversaram comigo e com Brady, em especial, queriam conhecê-lo melhor, tomamos chá e comemos biscoitos. Vovó estranhou meu namoro com outro garoto, aquilo não era comum no tempo em que ela era jovem, mas aceitou após minha tia tê-la convencida que Brady era uma boa pessoa e eu estava feliz. Pelo menos, minha avó não acha mais que eu tenho cara de drogado, depois que eu passei a me importar um pouquinho mais com minha aparência.
Minha avó saiu para jogar bingo com uma vizinha, tia Gisele estava respondendo a alguns e-mails relacionado ao seu trabalho.
Por falar em trabalho, na sala haviam inúmeras caixas com várias cópias de seu livro dentro. Ela havia se dedicado muito e conseguido nesse um ano.
—Eu estou ocupada no momento, mas sintam-se a vontade, explorem o quanto quiserem!-tia Gisele sorriu acabando de discar um número em seu celular e o levando ao ouvido, se virando de costas para nós e andando até o quintal.
—Sua tia é tão gente boa!-Brady comentou sorrindo e se espreguiçando.-Estou adorando sua família, sabia, Drew?-passou o braço por meus ombros.
Sorri e revirei os olhos.
—Podíamos explorar o sótão.-comentei, estava curioso quanto a isso.-Quero ver se encontro algo que pertenceu a mamãe...-suspirei.
Brady assentiu.
Fomos até o corredor, no teto havia uma cordinha pendurada, a qual Brady puxou já que eu não conseguia alcançar, uma escada de madeira surgiu acompanhada de uma chuva de poeira, me fazendo tossir, estava meio bamba e rangeu assim que coloquei meu pé no primeiro degrau. Respirei fundo e com a ajuda de Brady que me dava apoio, subi até chegar ao sótão, ali estava escuro e úmido, o cheiro de sujeira prevalecedor, vovó só costumava limpar aquele lugar uma vez ao ano, evitava o máximo entrar lá. Acabei achando um cordão, que ao puxa-lo, fez uma lâmpada amarela com pouca intensidade se acender e iluminar o local.
Haviam algumas caixas alinhadas e fechadas nos cantos, uma mesinha de estudos com alguns livros antigos, um toca-discos, bastante tralha e bugigangas inúteis, porém, todas arrumadas perfeitamente em seus devidos lugares. O sótão era apenas sujo, mas não bagunçado.
Espirrei várias vezes, meu nariz já irritado ao respirar aquele ar pesado carregado de impurezas.
Comecei a vasculhar algumas caixas, tomando cuidado para não tirar nada do lugar, Brady fazia o mesmo, mas não com tanta delicadeza. Meu olhar fixou em uma caixa de papelão com uma etiqueta onde estava escrito "Madeline". A peguei e me sentei no chão, já a abrindo e tirando de lá cuidadosamente alguns pertences que com toda certeza eram de mamãe.
Achei uma foto de mamãe quando adolescente, devia ter por volta dos 16 anos, minha idade, junto de tia Gisele. Mamãe estava encostada no batente da porta, que reconheci ser o da cozinha, com a cabeça reta para que tia Gisele pudesse tirar sua medida, registrando com um lápis sua altura na madeira.
Suspirei e peguei outra, essa era apenas mamãe, já adulta, visivelmente grávida pelo tamanho de sua barriga, sorrindo radiante, sentada em uma poltrona.
—Você estava aqui dentro!-Brady disse apontando com o dedo para a barriga de mamãe na foto.-Dá pra ver o quanto ela aguardava sua chegada, ansiosa...-me olhou solidário.
Dei um sorriso fraco e peguei a próxima, a mesma que estava na lápide de seu túmulo, fechei os olhos e a pressionei com as duas mãos contra o peito, sentindo as batidas de meu coração.
Depois disso, continuamos a ver fotos soltas, até pegarmos logo de uma vez um bolo delas, no meio de tudo, caiu um envelope branco, pousando como uma pluma sobre o chão. Peguei o envelope, o que parecia ser uma carta, a mão com uma bela letra cursiva redonda e puxadinha estava escrito " Para Drew, no seu aniversário de 17 anos ". Engoli em seco e encarei fixamente aquele papel.
Quase que não notei a assinatura no rodapé do envelope... Madeline .
—O que você acha?-perguntei para Brady que continuava a fuçar a caixa.-Devo abrir ou...-mordi o lábio inferior.
—De qualquer forma...Falta apenas um ano, acho que cabe a você decidir ou não.-Brady falou pensativo.-Olha só isso...-se admirou, tirando da caixa uma corrente prata com um pingente pequeno de cruz com detalhes pretos. Ele me entregou, e eu pude me surpreender, era tão lindo, estava bem cuidado por estar protegido dentro de uma caixinha de vidro a qual Brady segurava com cuidado.
Então, além das fotos, encontramos uma carta e um colar. Eu precisava tirar aquilo a limpo com tia Gisele!
Deixamos tudo no lugar, apenas levei comigo a carta, o colar e duas fotos (a que está na lápide e outra que eu estou em seu colo em frente a uma árvore de Natal), após sairmos do sótão, notamos que já estava tarde. Tia Gisele estava na cozinha preparando o jantar, vovó estava na sala assistindo a sua novela enquanto tricotava.
—Acharam algo de bom, meninos?-tia Gisele sorriu ao reparar nossa presença.-Estão a horas lá em cima!
—Achamos...-falei.-Isso!-mostrei o colar, a vendo ficar surpresa.-O que é, tia?
—É melhor pedir pra sua avó te explicar...-tia Gisele sorriu sem graça.-E...-olhou para o envelope em minha mão.
—E quanto a isso?-balancei o papel.
—Posso ver?-ela pediu educadamente, o entreguei, ela o olhou com atenção e balançou a cabeça negativamente.-Eu nunca botei reparo nisso, afinal, não fui eu quem encaixotei as coisas de Maddy e sim...-engoliu em seco.-Papai. Talvez ele soubesse de algo...Melhor perguntar a sua avó se ela sabe sobre algo, é ela quem arruma o sótão, Maddy nunca me disse nada sobre essa carta.
Vovô havia morrido alguns anos antes, pelo que tia Gisele me contou que ele faleceu por estar muito doente, ele era bem próximo de mamãe, apesar de sempre achar que ela e vovó eram mais unidas.
—Vó...-chamei, entrando na sala e me sentando ao seu lado e Brady ao meu.
—Oi, querido?-vovó sorriu me olhando por cima dos óculos de descanso.
—Bem...O que a senhora sabe sobre isso?-balancei o colar na ponta do indicador e lhe estendi a carta.
Vovó ficou surpresa ao encarar os objetos, voltou a me olhar calorosamente.
—Esse colar...-o pegou delicadamente.-Desde o começo pertenceu ao membro que formou essa família...Foi passado de geração em geração, até chegar em mim, eu daria para minha filha que fosse mãe primeiro, consequentemente dei a Madeline e ela desejava dar a você, assim seguindo a ordem, você dará ao seu filho.-explicou calmamente.-Eu até esqueci aonde ele estava...-comentou.
—Então...É uma relíquia de família?-perguntei surpreso e maravilhado.
Vovó assentiu serena me devolvendo o colar.
—Agora pertence a você, meu netinho.-sorriu.-E a carta...Essa você terá de descobrir sozinho o que sua mãe queria lhe dizer ao escrever isso e determinar que deveria apenas ler ao completar 17 anos.
Respirei fundo e assenti determinado, já me desligando aos poucos, viajando em meus pensamentos, perdido em devaneios.
Naquela tarde encontrei coisas importantes que me lembraram de mamãe, as emoções se embolaram dentro de mim, por um lado fiquei feliz ao ter lembranças, por outro me senti triste pela única maneira de vê-la ser aquela e não pessoalmente como desejava.
☆☆☆
Um mês se passou, estávamos todos no colégio, no meio da última aula, tudo normal como de costume, eu estava concentrado na matéria que Cassie estava passando, as provas dela não perdoavam ninguém, por isso que era bom prestar atenção na lição. Foi quando uma bolinha de papel acertou a minha cabeça, olhei de soslaio para a direção mais suspeita, que era a carteira ao lado, Brady me olhava com um sorrisinho. Abri a bolinha sem que Cassie notasse, estava escrito com uma letra garranchosa:
"Me encontre na quadra no fim da aula ".
Arqueei uma sobrancelha, era um tanto suspeito Brady estar me chamando para ir a quadra já que naquele dia não tinha treino. Bem, sorri de canto e o encarei, suspirando e assentindo. O que ele estaria tramando?
☆☆☆
Fui até a quadra no final da aula como o combinado, todos os alunos estavam indo embora, logo sobraria apenas nós ali. Lá estava Brady, sentado na arquibancada girando uma bola de basquete preta com seu indicador.
—Por que me chamou?-perguntei me aproximando.
—Lembra que eu disse que ia te ensinar a jogar basquete?-Brady deu um sorriso largo, todo animado.
—Ah, não...-caiu a ficha.
—Ah, sim ! Vai ser fácil!-ele veio até mim, ficando frente a frente comigo.-Foi difícil arranjar essa belezinha, okay? No mínimo fique agradecido.-me entregou a bola preta.
—Obrigado.-revirei os olhos e sorri.
—Vamos começar?-Brady tirou a jaqueta que estava amarrada em sua cintura e a jogou no chão. -Que tal começar com o básico? Eu posso te ensinar como se faz uma cesta...
—Isso não vai dar certo...-alertei.
—Confia em mim.-Brady sorriu me abraçando por trás.
—P-Precisa ficar perto assim?-senti meu rosto esquentar.
Brady deslizou suas mãos por meus braços, os orientando como deviam ficar e a maneira que devia segurar a bola.
—Mantenha seu cotovelo nessa posição e as mãos tem que...
Não consegui prestar atenção no que ele falava, simplesmente fiquei o admirando, corado, olhando para seu rosto como se aquela fosse a primeira vez que eu o visse, meu coração ia acelerando aos poucos, pisquei os olhos várias vezes e minha boca se abriu lentamente. Eu não ouvia mais nada, um silêncio prevaleceu na quadra, apesar de encarar sua boca que se mexia conforme as palavras saíam, eu não era capaz de entende-las, sentia as batidas intensas de meu coração ecoando internamente por meu corpo, aquele som preso em minha cabeça.
Eu tinha orgulho de chamar Brady de namorado.
—Pronto?-ele me tirou de meus pensamentos, repetindo aquela palavra até que eu assemelhasse as coisas e voltasse a mim.
—A-Acho que sim.-engoli em seco, suas mãos permaneciam sobre as minhas, me dando suporte para segurar a bola, o calor que seu corpo encostado no meu produzia me deixava seguro, me sentia maravilhosamente bem e relaxado.
—Não tenha medo de errar.-Brady sussurrou em meu ouvido. Assenti determinado e ele impulsionou suas mãos contra as minhas me fazendo atirar a bola para o alto em direção a cesta. Acabei errando, batendo de primeira na tabela, Brady riu e me soltou, indo pegar a bola.
—Não é tão fácil quanto parece...-murmurei franzindo a testa, pegando a bola outra vez e a jogando da maneira que Brady me ensinou. Passei perto de acertar.
—Você se acostuma!-Brady riu.-A prática leva a perfeição...-colocou a mãos firmemente em minha cintura, tirou meus pés do chão e me rodopiou pela quadra vazia, coloquei minhas mãos em seus ombros, tendo onde me segurar para não cair. Nos olhamos olhos nos olhos fixamente, foi aí que ele parou de rodopiar, ainda me encarando e me colocando de volta no chão. Uma mão de Brady deslizou desde minha cintura, até chegar ao meu rosto, segurando minha bochecha, a acariciando com o polegar, de modo que me deixasse relaxado a ponto de fechar os olhos e aproveitar do carinho.
Tudo era tão bom ao lado de Brady.
Ele fechou os olhos e aproximou o rosto do meu lentamente, sua respiração já estava misturada com a minha, compartilhavamos o mesmo ar quente, fechei os olhos e entre abri a boca, sentindo seus lábios tomando os meus, em um beijo lento, cheio de amor, bem calmo, era nessas horas que nossos sentimentos eram expostos. Apenas ter sua boca tocando a minha era o suficiente, era uma sensação a qual eu nunca iria me cansar, sempre seria diferente, me fazendo cada vez mais me apaixonar. Brady se afastou, respirando calmamente, quando sua respiração estava estabelecida, me deu um selinho bem demorado e barulhento, fazendo um estalo ao se separar de mim. Rimos juntos e nos separamos de vez, voltando a jogar.
Talvez tenham sido necessárias mais de dez tentativas para acertar aquela bola na cesta, pelo menos consegui, marcando meu primeiro ponto, sendo aplaudido por Brady.
Afinal, é errando que você achará a resposta certa. É tentando que se aprende. E disso eu fui testemunha.
Com medo de errar, nunca mostrei interesse em tentar aprender, de cara disse que não conseguiria, mas certas pessoas que as mantenho em meu coração me fizeram aprender...Digamos, que na marra! Se não vai por bem, vai por mal. Conheci coisas que tinha medo de explorar. Um exemplo disso? O amor.
As vezes precisamos de pessoas especiais ao nosso lado que nos dêem uma forcinha, abram nossos olhos e se necessário, nos dão um baita empurrão pra nós largarmos de sermos frouxos. São essas pessoas que me orgulho de chamar de amigos!
A vida tem muito a nos ensinar, é como um videogame, você vai passando as fases, que seriam momentos da nossa vida, e vai subindo de nível, que seriam nossas idades, haverão desafios, os conhecidos como chefões e terão as recompensas, que essas cada um olha de uma maneira diferente. Pense em um círculo grande, no meio desse círculo está uma pessoa e ao redor dessa pessoa há no mínimo quatro círculos pequenos a cercando. Vivemos entre os círculos pequenos (dentro), quando devíamos viver em torno (fora)! Para expandir nossos círculos que nada mais são que mundos, mundos que permitimos fazerem parte de nossa vida, devemos ir além do "entre", temos que sair da caixa, nossa mente é fechada demais, se não nos abrirmos, será impossível crescer e conhecer o mundo "em torno".
Mas...Pode ser difícil. Porém, não impossível.
E, bem, eu tive muita ajuda para sair da caixa. E digamos que...Do armário também.
☆☆☆
" De: Madeline
Para: Drew
Querido Drew,
Se está lendo isso, talvez eu não esteja mais aqui, pois se estivesse, estaríamos tratando desse assunto frente a frente. Talvez eu tenha escrito essa carta para previnir...Talvez você até nem leia.
Bem, filho, você agora já é um moço, tem 17 anos. Meus parabéns, querido.
Quando crescemos, as responsabilidades aumentam, as vezes aos poucos, as vezes drasticamente.
O que eu queria realmente dizer é que...Onde quer que eu esteja, estou apoiando as suas decisões, Drew, de alguma forma estou ciente de seus pensamentos mais profundos e sinto que você também está assim em relação a mim. Não estou com você no momento, mas nunca se esqueça, filho, que eu te amo. E protegemos a quem amamos, então, mamãe está olhando por ti, te protegendo, não sei o que aconteceu comigo, bem, não importa.
Nessa idade, amadurecemos, você enfrentará sentimentos e emoções mais drásticos do que quando menor...Drew, uma coisa que a vida ensina a todos é que: "Amor é amor, e dele ninguém foge!" . Me refiro a amor de amar amigos, familiares, ou até mesmo amar mesmo alguém! Aquele alguém que você quer passar o resto da vida ao lado...
Drew, posso ter feito a pior decisão da minha vida ao escolher seu pai, porém...A melhor decisão que fiz foi deixar você viver, eu seria uma tola se tivesse dado ouvidos a ele e te abortado. Então, querido, escolha alguém especial que você saiba que realmente te fará bem e te amará fielmente, e consequentemente você deve ser assim também com essa pessoa.
Drew, eu espero que você não seja uma pessoa fechada, pois as vezes devemos nos abrir, demonstrar emoções, são as pessoas ao nosso redor que constroem nosso mundo conosco, são elas quem nos preenchem, nos completam. Você deve deixar aberta a porta para amizades, permitir que essas pessoas entrem em sua vida, porque as vezes precisamos de um leve empurrão, uma pequena ajuda dos amigos para poder encarar um desafio fácil ou difícil .
Sabe, Drew, se tiver que escolher entre ser gentil ou estar certo, escolha ser gentil, porque antes tratar bem as pessoas do que ser arrogante com sua certeza. Talvez você esteja até errado, mas na sua visão está certo.
Drew, meu filho, eu quero que você seja feliz, siga seus sonhos, eu estou certa que no momento você deve estar rodeado por pessoas que lhe amam muito, é uma pena não estar com você agora...
Um conselho que te dou é que, não seja manipulado, não permita que as pessoas te ameacem, haverão alguém acima delas, você vai poder pedir ajuda, mas, por favor, não sofra calado por nada, nada...Não importa o desafio que esteja enfrentando, talvez seja bem diferente pelo que passei, porém saiba que você não está sozinho em nenhuma ocasião.
Será que fui ingênua? Tola ao ficar quieta sem protestos? Isso pode ter sido a causa de meu trágico fim...
Como Gisele, sua tia, gosta de dizer...A vida é um livro em branco, você é quem escreve, terá vários parágrafos, vírgulas, pontos, lacunas...
Se a vida há de ser provisória, que seja linda e louca a sua história.
Não somos o que éramos, mas podemos ser o que queríamos.
Gostar, amar, apaixonar...Sei lá, primeiro a gente enlouquece e depois vê no que dá.
Não se compreende o amor, se vive o amor.
Não esqueça que: O que é melhor é o que ainda está por vir.

Algo que seu avô gostava de me dizer quando eu era uma adolescente agindo de modo imprudente era:
"Será que a bala está no tambor? Será que ao puxar o gatilho você voltará para casa no caixão ou andando?"
Eu, na época, nunca entendi o que ele quis dizer, pouco caso eu fazia, mas não vou mentir que isso me deixava pensativa. O que ele realmente queria me falar era que...Será que eu estava realmente ciente de minhas ações? Se a bala estiver no tambor, o tiro irá acertar alguém. Será que ao agir por impulso eu vou me prejudicar ou sair ilesa? No caso, eu estaria dando um tiro em mim ou atirando em alguém? Ou você é afetado ou a quem você ama...
Drew, esse exemplo serve para que você aprenda a tomar consciência de suas ações, pois é isso que você deve ter. Você também deve aproveitar a vida, curti-la, se divertir, afinal, o mundo é seu playground, querido. Explore, viva, cresça, não se prenda a nada.
Eu te amo, filho. Beijos da mamãe."

~FIM~


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam :D? Gostaram ♡?
Comentem ^-^!
☆☆☆
~Bem, vamos primeiro aos créditos~.
A idéia de Drew questionando Brady quanto a camisinha foi da Blue, créditos e obrigada! Previnam-se!
A idéia da galera na praia deitada na areia, lembrando, admirando o céu, o beijo e tal foi do Leo e da Lya, créditos e obrigada!
Na carta de Madeline, os trechos em negrito não foram escritos por mim, a autoria respectivamente é: Lya e Leo, Blue, minha mãe (Algo interessante é que esse texto foi escrito em 22/04/1998, o achei em meio a álbuns de fotos escondidos no guarda-roupa), meu pai (06/07/2016). Então crédito e obrigada a todos ^-^ ♡!
☆☆☆
~Agora...Agradecimentos~.
Gente, MUITO OBRIGADA! Agradeço a todos, foram vocês que me deram força, me motivaram, me animaram, é graças a vocês que essa fic é o que é hoje, é por isso que ela cresceu, obrigada. Vocês tiveram paciência quando eu tive um bloqueio criativo e não postei durante um mês, admito que eu pensei que a fic ficaria empacada e entraria em hiatus. Lembro que na verdade essa fic pra mim era secundária, mas acabou virando a principal, que eu me dediquei e me esforcei, fico feliz e me emociono ao saber que os personagens que criei com essa minha mente maluca te cativaram e conquistaram e que a história os envolveu. Me alegrei com as amizades que fiz, pude estabelecer uma relação com vocês, é muito bom contar com vocês que eu tenho orgulho de chamar de amigas e amigos ♥!
Obrigada por aceitarem meus erros e defeitos, por me darem amor, porque é aqui no Nyah! que encontro minha família.
Foi muito apoio, muito carinho, muito amor, muita motivação que vocês me deram!
Então, do fundo do meu coração ♡, sinceramente, eu lhes agradeço por tudo, é uma sensação maravilhosa de satisfação ter meu trabalho reconhecido :,).
É bom ter feito vocês rirem com as coisas sem noção e palhaçadas dessa turma, lhes divertido.
OBRIGADA, MEUS AMORES, VOCÊS SÃO MINHA VIDA XD ^-^ ♥ ☆.☆!!!!!
☆☆☆
~O que vem por aí~
No final desse mês (Agosto), estarei postando a fic da A.U.F. (Prólogo+Capítulo), quem quiser acompanhar e ficar ligado/a no que eu escrevo, basta me avisar, que quando eu postar, lhes dou um toque!
Quanto a segunda temporada de O Jogador de Basquete e o Gótico, esta está prevista para Agosto de 2017, tudo depende da postagem das fics que estão por vir, quem sabe eu não antecipo?
No final do ano, pretendo postar dois especiais, ainda não é certeza, um seria de Natal, por enquanto Drew x Brady, outro seria de Ano Novo, por enquanto Gray x Leo.
Bem, é isso que tenho pra avisar, quem quiser continuar me acompanhando...Vou manter a todos informados por meio da fic da A.U.F. sobre meus futuros projetos.
☆☆☆
~Eu acho que é só~
Nossa...Chegamos ao final dessa fic.
Vou sentir falta do Drew e de todos até a segunda temporada ;-;
Eu lembro que disse que essa fic seria curta, com no máximo 20 capítulos...XD
Essa fic é meu xodó :3 É um filho pra mim. Eu criei, eu botei fé, eu vi crescer, eu vi conquistar pessoas, poxa...
Que emoção, cara...
Mais uma vez, obrigada por tudo. Vocês me deram forças para chegar até aqui. Eu quero continuar crescendo nesse ramo, e para isso preciso de vocês me ajudando.
Vou contar aqui algo para vocês...Que algum dia, no futuro, quando eu for mais velha, quem sabe...Não me dê na telha me dedicar, estudar e reescrever essa fic? Quem sabe ela não vira livro? Quem sabe...Não se torna um filme/série? Seria um sonho...Ou até mesmo, quem sabe, eu invista em uma faculdade de artes que é o que eu quero, vou para o Japão, acabe trabalhando com animação e produza um anime? Rs...É o que eu quero conquistar. Quem sabe né? Por isso vou me esforçar.
Bem, um feliz Dia dos Pais.
Acaba por aqui.
Rs...Eu nunca finalizei uma fic.
Até a próxima vez que nos encontrarmos ^-^ :D ♡! Não se esqueçam de comentar sua opinião e me avisarem se querem ler a fic da A.U.F. quando eu postar!
Amo muito todos vocês, vocês tem um espaço especial em meu kokoro, nunca vou me esquecer de vocês ♡!
Bjjjss ♥.
-☆ Tia Creeper ;) .



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Jogador de Basquete e o Gótico" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.