Descendentes escrita por beccadesings11, Naty Valdez


Capítulo 7
Fall down


Notas iniciais do capítulo

*E um milhão de anos depois...*

Hello guys!

Eu sei que eu demorei, tipo... Um milhão de anos, mas... EU TO AQUI!
Esse é o provável maior capitulo da fic inteira - que tem apenas cinco capitulos :D -, que eu fiz especialmente para a volta oficial de Descendentes.

Então... É.

Aproveitem *-*



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POV Becca

Ahhhhhhh!

Am?

O que?

Enfim, vamos começar. Ou continuar. Ou tanto faz.

Não acho necessário dizer meu nome. Pelo menos, não de novo.

Enfim, estávamos no topo daquela colina que tinha vista para um incrível acampamento. Sério, fico feliz em não ter ouvido as reclamações da Melissa.

Mas, voltando à história, a parte interessante da minha vida começou quando a minha irmã bateu a cabeça no ar. Isso é ridículo? É, mas foi exatamente isso o que aconteceu.

— O que é isso? – ela tentava passar com as mãos apoiadas no nada.

Não pude deixar de rir dela.

— Você parece um mímico dentro de uma caixa.

— Que engraçado, Becca – ela parecia meio brava – Porque eu não passo?

No momento em que ela disse isso, a parede invisível sumiu. Tina caiu em cima de mim e rolamos morro abaixo.

Já notou como é difícil ver a paisagem em um carro que está em movimento bem rápido? Foi assim que eu vi o mundo por uns quinze segundos. Depois, só pude sentir a minha irmã em cima de mim.

— Oh, desculpa – uma voz baixa de garota falou. – Eu acho que eu não pensei direito, desculpa.

Tina saiu de cima de mim, o que me deu a oportunidade de olhar para cima.

Ela era pequena, mas forte. Tinha cabelos dourados e olhos em tons de amarelo e verde. Em suas mãos, ela tinha uma prancheta. Ela também usava uma camiseta igual a minha, em um tom chamativo de laranja.

— Tudo bem? – ela perguntou, estendendo a mão.

Eu aceitei. Percebi que os dedos dela não estavam firmes.

— Bom... – ela segurou sua prancheta com mais força contra o corpo – Eu sou Giselle. E vocês devem ser Rebecca e Tina, certo?

— Sim – respondeu Tina, que agora estava de pé. – Como você...?

Tina foi interrompida por um grito. Em cima da colina, ninguém menos que Melissa, a fresca, estava parada próxima a um pinheiro gigante, cujo tronco estava rodeado por grandes cabos grossos e escuros, olhando para o mesmo assustada, com uma das mãos na boca e outra segurando a barriga.

Olhando bem, aquele amontoado era muito irregular para ser cabos. Parecia...

— Aquilo ali é um dragão? – perguntou Tina.

Giselle, a menina da prancheta, assentiu. Olhei boquiaberta para o amontoado de cabos – agora dragão – e achei particularmente a reação de Mel a ele exagerada. Mas era a Mel. Então era normal.

— Parece que o sonífero não funcionou no Peleu – disse Giselle.

Okay, agora o ex-amontoado de cabos, agora dragão, tinha um nome. E o nome era Peleu. Isso é tão legal!

Entenda, eu particularmente não me importo com nada do tipo anormal. Particularmente, eu acho que isso da, literalmente, mais magia ao mundo.

Tanto que, quando minha mãe disse: “Toma esta camiseta. Essa é a que você vai usar no acampamento de verão para onde eu vou levar você e sua irmã”, eu achei super legal! Caramba, uma aventura nova!

E desde que nós chegamos, tudo parece ficar cada vez melhor. Primeiro, minha irmã bate a cabeça no ar. Agora, tem um dragão de verdade ali no pé daquele pinheiro.

Seja lá o que for de verdade este acampamento, com certeza vai ser um dos lugares mais emocionantes a qual eu já fui.

Até que eu lembrei que Melissa estava aqui. Nada contra ela, de coração, mas frescura me tira do sério.

Então, de repente, ela estava próxima a nós.

— Eu não disse? Eu mal cheguei nesse lugar e já estou ficando maluca! – reclamou ela.

— Você não está maluca – disse Giselle, com calma. Sua voz era monótona, como se ela tivesse ensaiado isso – Aquele é Peleu, nosso vigia. – ela apontou para a criatura. – Ele é inofensivo, a não ser que você seja um monstro tentando invadir o acampamento.

— O que? – questionei.

— Bom, não importa. A questão é que ele só está aqui para proteger a árvore, porque a árvore protege o acampamento. Ah, claro, o dragão também vigia o...

— Velocino de ouro – interrompeu uma voz.

Olhei involuntariamente para o lado. A voz que disse a ultima frase pertencia a ninguém menos que Penélope Jackson, que apareceu magicamente ao meu lado. Como ela chegou ali tão silenciosamente era uma pergunta difícil de responder. Até ali tudo bem. Tipo, tudo bem.

Até eu reparar que ela estava acompanhada do seu irmão. Alan.

Fale alguma coisa, eu pensei quase desesperada.

Mas a minha irmã entrou no meio.

— Olá – Tina falou.

Está bem, eu admito. Eu tenho uma quedinha pelo Alan. Bem forte. Desde os cinco anos. Mas isso não vem a historia agora, vamos continuar.

Ahhh, não dá pra continuar! Tem mais alguém pra narrar? Tem. Então pode trazer.

Não ligo se ela irrita, eu não consigo falar essa parte. Tchau.

P.O.V. LISA

Meu pai é um cara muito excêntrico. E olha que eu nem sei o que essa palavra significa. Só uso essa palavra pra descrevê-lo porque minha mãe usa pra me descrever, e como somos pessoas extremamente iguais… TCHARÃÃ! É, pois é.

Mas afinal, Lisabella, porque seu pai é uma pessoa excêntrica?, vocês devem estar se perguntando.

Fácil.

Depois daquela confusão completa no refeitório da escola, logo após a minha chegada frustrante em casa – sim, frustrante, não vou negar – meu pai, com seu jeitinho agradável e nem um pouco suspeito – sarcasmo à parte – ficou me rodeando, como se quisesse que eu contasse alguma coisa.

Geralmente, eu diria: “PAI, VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR!”, mas daquela vez eu não quis contar.

Eu sei, porque eu não contaria para os meus pais que no meu dia de orientação uma grande e louca guerra de comida demoníaca protagonizada por caras gigantes e também meio demoníacos que estavam focados em nos acertar e que foram consumidos do nada deixando pra trás apenas uma poeira estranha e dourada, aconteceu? Sério, porque eu não diria isso aos meus pais?

Fácil mais uma vez.

Assim que cheguei em casa e olhei pro meu pai, notei que, além da costumeira sujeira de graxa e olho de tabaco, havia um pouco da mesma poeira cósmica brilhante que vi logo após sair debaixo das faixas na escola.

ALGO ERRADO NÃO ESTÁ CERTO!

Coincidência, será?

Acho que não.

Então, não contei.

QUAL O PROBLEMA? EU SEI QUE VOCÊ JÁ ESCONDEU COISAS DE SEUS PAIS, QUERIDINHOS!

Mas por mais que eu quisesse deixar assunto pra lá e seguir minha adorável vida, meu pai não queria deixar.

E então, não contei.

AH, NEM VEM! EU SEI QUE VOCÊS TAMBÉM ESCONDEM COISAS ESTRANHAS DOS SEUS PAIS!

Mas, relaxem. Como eu disse, eu tenho uma relação bem forte com meu pai. Tanto que meu segredo absurdo não durou dez segundos para ser revelado do momento em que meus pais chegaram para me acordar.

— Lis, acorda – meu pai me balançou na cama – Será que a orientação foi tão cansativa assim?

Eu já sou impulsiva com uma naturalidade incrível. Eu meio grogue tenho esta habilidade aumentada em 100x.

PS.: Apenas um comentário para o que vai acontecer a seguir.

— Se você acha guerra de comida no lanche orquestrada por um bando de caras brutamontes que apareciam estar querendo matar a mim e aos meus amigos, sim pai, foi extremamente cansativo – falei.

Sem pensar direito, me levantei, ficando sentada na cama. Então, gesticulando muito – que é o que eu faço quando fico muito nervosa – continuei:

— O mais engraçado é que esses mesmos caras brutamontes desapareceram no momento em que uma faixa gigante caiu em cima de nós.

Levantei da cama e comecei a perambular pelo quarto, meus pais me seguindo com os olhos, girando seus corpos sem sair do lugar.

— O mais engraçado de tudo isso, se é que tem algo engraçado em tudo isso, é o fato de que logo depois que os brutamontes desapareceram, uma poeira cosmológica dourada e brilhante ficou pairando no ar e no chão.

Parei na frente dos meus pais.

— O estranho que eu vi essa mesma poeira cosmológica dourada nas roupas. - apontei pro meu pai.

Foi quando reparei das roupas dos meus pais. Jeans, tênis e uma camiseta laranja escrita “ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE”. O cinto de utilidades do meu pai estava preso em sua cintura.

— O que pode significar que ou eu estou perdendo a minha cabeça de novo ou… vocês estavam realmente lá.

Meus pais trocaram olhares cúmplices. Mas não demonstraram nenhuma surpresa com a minha historia. MEU DEUS, O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?!

Apontei o dedo pra eles.

— Vocês já sabiam!

Outro olhar cúmplice. Meu pai sorriu torto.

— Filha, que tal irmos para o acampamento agora, em? - ele disse.

Ele não estava falando sério. Estava?

— Pai, você ouviu o que eu acabei de dizer que um bando de brutamontes tentou me matar com o lance da escola?

Eu não estava brava. Estava perdida mesmo.

— Sim e é por isso que perguntei: vamos ao acampamento? - ao dizer isso, ele tirou de dentro de um dos minúsculos bolsos do cinto de ferramentas uma camiseta laranja como a que usava. A camiseta não poderia caber ali de jeito nenhum.

— Que?! - foi o que eu disse – Pai, você está louco? – então, raciocinei por alguns segundos e me corrigi – Desculpe, eu quis dizer: pai, você está ainda mais louco? E, pelo amor de Deus, como tirou isso dai? Que tipo de truque maluco é esse?

— Filha, nós precisamos te contar algo – pronunciou-se minha mãe, agarrando o braço do meu pai.

— Vocês vão abrir um circo?

— Como?

— Não – meu pai riu – Embora a essa altura do campeonato seja uma boa ideia, o que você acha amor? – meu pai envolveu minha mãe com um braço e olhou pra ela sorrindo.

Minha mãe ponderou.

— Só se você for o palhaço principal.

— Mas é claro! A gente poderia…

— EI! VOCÊS ESQUECERAM DE MIM, É ISSO? – questionei, vendo que a conversa tomara um rumo completamente aleatório.

— Ah, claro – papai se aproximou de mim, colocou uma mão em meu ombro e, com a outra, me entregou a camiseta laranja igual a dele – Vista-se. Desça com a mochila. Sua mãe vai conversar no carro com você.

***

— Mãe, porque o papai não veio de carro com a gente?

— Você sabe que ele enjoa em carros.

— Porque eu tenho que usar essa blusa laranja esvoaçantemente esvoaçante?

— Porque é o uniforme do acampamento.

— Porque é laranja?

— Não sei.

— Que tipo de acampamento fica tão longe?

— Um especial.

— Como o papai vai acompanhar a gente?

— Você vai ver.

— Porque você está me respondendo tão vagamente?

— Eu realmente não sei do que você está falando.

Cruzei os braços no banco do carona. Passei a viagem inteira tentando conseguir informações importantes da minha mãe e tudo o que eu consegui foi um grande e maravilhoso nada. Ou eu estava perdendo a prática ou minha mãe realmente não queria me falar nada.

Meu pai sempre dizia que minha mãe sempre foi turrona assim mesmo. Autoritária, turrona… e também a dona do seu coração.

— Então deixa eu ver se eu entendi – continuei falando. Se eu não venceria no diálogo, ia ser no cansaço – Vocês dois vão me deixar em um acampamento supostamente especial que tem como uniforme uma camiseta laranja esvoaçante por três meses, sem celular ou qualquer meio de comunicação. Ah, ótimo. Estou começando a achar que eu sou a responsável da família.

Minha mãe apenas soltou uma risada. Papai dizia que ela só ri do meu sarcasmo. É uma vitória pra ele quando a faz rir de uma piada.

— Okay, então, supondo que o papai nos alcance, o que, na minha opinião é bem difícil, já que NÃO TEM MAIS NENHUM MEIO DE TRANSPORTE POR AQUI, nós vamos chegar lá e… o que tem lá?

— Campistas.

— Bem explicativo, mas… Porque é tão especial?

— Foi onde seu pai desenvolveu tudo o que ele sabe. – minha mãe não tirava os olhos da estrada.

— É UM ACAMPAMENTO DE FERREIROS?

— E também é… Onde eu passei a melhor época da minha vida – ela suspirou.

Ela fala assim de vez em quando, com aura de velha, como se tivesse vivido milênios. Sempre achei estranho, mas sempre ignorei. Agora…

— Mas e…

— Chegamos.

Paramos em frente a uma colina, no meio do nada. Só havia árvores e eu podia ver plantações de morango ali perto. Descemos do carro e paramos na encosta. Mamãe olhou para o relógio.

— Seu pai já deveria estar aqui.

— Mãe, como ele poderia ter chegado aqui antes de nós? A não ser que ele viesse…

Foi quando uma sombra negra pairou por cima de mim e de minha mãe. Uma máquina voadora gigante zigue-zagueava em cima de nós. Barulhos de asas mecânicas eram escutadas. Uma voz humana gritava em cima da máquina e, assim que ela pousou, pude compreender a forma que tinha… E não pude acreditar. Havia um dragão mecânico na minha frente, refletindo a luz do sol na casca brilhante. E em suas costas, encontrava-se ninguém menos que meu pai.

— Voando – completei a frase.

Meu pai desceu das costas do dragão, que continuava se mexendo como se tivesse vida própria. Meu pai não achou isso estranho – pelo contrário, sorria, vitorioso com seu óculos de aviador na testa –, minha mãe também não – ela apontava para o relógio, indicando o atraso do meu pai.

Mas o mais estranho disso tudo: eu não achava estranho. O casco de bronze do dragão não negava sua composição mecânica, mas o jeito como ele balançava as asas e mexia o corpo era tão realista e encantador que eu apenas queria chegar perto pra observar melhor.

— Está atrasado. – minha mãe disse.

— Desculpe, querida – meu pai de aproximou dela – Tive que calibrar Festus. Ele ficou muito tempo guardado.

O dragão soltou fumaça em resposta. Meu pai se aproximou de mim.

— O que achou, Lis?

— Eu posso encostar?

Ele riu, minha mãe riu e eu corri rindo enquanto meu pai assistia. O dragão era ainda maior de perto. Será que se eu me aproximasse demais ele me mandaria pelos ares?

— Pode chegar perto – meu pai encorajou – Festus não vai te machucar.

Dei um passo mais perto.

— Ouviu, não é, Festus? – falei para o dragão. Sua cabeça brilhante estava virada para mim. Foi quando reparei em seus olhos vermelhos, como rubi – Se você me machucar, vai se ver com o papai.

Festus não pareceu entender.

Mais um passo e encostei a mão no casco de Festus. Era quente e rígido. Com aquele simples toque, senti as engrenagens funcionando lá dentro. Era a coisa mais maravilhosa que eu já tinha tocado.

— Quem o construiu? - perguntei.

— Eu… - meu pai disse – Quero dizer, eu o reconstruí. Mas essa é uma longa historia que vou te contar no futuro – enquanto falava, ele andava ate mim. No fim da fala, já estava ao meu lado. - Agora, você vai para o acampamento. Mas antes…

Ele enfiou a mão em um dos bolsos de seu sinto esquisito de utilidades e por mais que era o maior dos bolsos, não havia como aquele outro cinto de utilidades – menor, claro – saiu dali de dentro. Sem se importar com a minha expressão de choque, papai me estendeu o cinto.

— Pra você. Tudo o que você precisar, você vai encontrar aqui. É só pedir. Mas nada muito grande, acredite, eu já tentei.

O que ele queria dizer com isso?

— Ah, quase esqueci – ele colocou a mão no bolso detrás da calça tirou um apito de treinador, preso em uma corda de pendurar no pescoço. A cor do apito era a mesma do casco de Festus e brilhava tanto quanto. - Apite se precisar de ajuda. Talvez seja útil. Talvez. - papai piscou enquanto eu pegava o cinto e o apito.

Eu não fiquei confiante com nenhum dos objetos. Como assim tudo o que eu quisesse, apenas pedindo? Que? E que tipo de ajuda eu precisaria? Alguém iria me assaltar? Papai estaria me preparando para a vida adulta?

— Agora suba a colina. - ele bateu o dedo na ponta do meu nariz.

Que? Como assim?

Sem mais nenhuma palavra, papai subiu em Festus. O mesmo ergueu suas asas gigantes e levantou voo. Eu me agastei no ato.

— Você vem, flor-do-dia? - ele perguntou pra minha mãe.

Ela deu de ombros.

— E o carro?

— Bufford busca mais tarde.

Sem esperar mais, minha mãe correu até mim, me abraçou, disse “Cuide-se!” e subiu em Festus, usando sua pata grande para escalar. Ela sentou atrás de meu pai e o abraçou por trás.

— Para o desconhecido? — papai gritou pra ela, enquanto abaixava seus óculos de aviador.

— Temos um prazo de volta dessa vez – ela contrapôs.

Papai riu e os dois olharam pra mim. Papai gritou:

— Te amamos, Lis.

Sem dizer mais nada, ele deu um tapinha nas costas de Festus e alçou voo. Em alguns segundos, as asas de Festus eram um borrão no céu azul da manha.

Eu tinha várias opções: desmaiar; correr pra longe; chorar; pegar o carro, tentar dirigir e me matar na estrada. Mas eu escolhi sabiamente subir a colina. Amarrei o cinto de ferramentas na cintura – que tinha o meu amanho, por sinal – e pendurei o apito no pescoço. Seria uma boa hora pra assoprá-lo? Afinal, eu precisava de ajuda. Mas eu tinha certeza de que ninguém poderia me ouvir por aqui.

Então, subi.

Assim que cheguei lá em cima, perdi o folego. Não porque estava quase morta de cansaço – ei, maratona não é pra mim não –, mas porque o lugar era maravilhoso. Porém, não tive tempo de processar tudo o que eu tinha visto. Afinal, eu dei um passo a frente sem ver a enorme pedra que estava no meu caminho.

E foi assim que eu entrei no acampamento: rolando morro abaixo.

P.O.V. Becca

Voltou pra mim? Mas por quê?

A minha vida tem um dilema: se está ruim, então significa que tudo vai piorar. É sério. Não é possível que exista no mundo pessoa mais azarada que eu.

Não bastava eu ter chegado rolando de morro abaixo. Não bastava eu ter ficado com cara de idiota quando Alan disse “Oi, Becca” pra mim e eu não consegui dizer nada de volta.

Lisa tinha que chegar no momento em que eu gaguejava tentando pronunciar a palavra “Oi” e cair em cima de mim, fazendo-me cair junto. Obrigada, Lisa, muito obrigada.

Então, finalmente, encontrei minha voz. Infelizmente, tudo o que meu cérebro pode processar pra dizer com Lisa em cima de mim foi:

— Ei! Eu sou um pouco gordinha, mas não sou um colchão!

Então ouvi todas as pessoas ao meu redor rindo. E… Alan era uma delas.

— Ah… Desculpa – Lisa se levantou, cambaleante – Foi uma descida perigosa.

Alan se aproximou de mim e eu fiquei ainda mais vermelha. Ai, meu Deus. Ai, meu Deus. Ai, meu Deus.

— Becca, tudo bem? – ele estendeu a mão.

Porque isso só acontece comigo?

Penélope

Alan

Perry

Lisa

Fran

Carlos

Wendy

Melissa

Tina

Becca


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Notas finais do capítulo

E ENTÃO, O QUE VOCÊS ACHARAM?
*isso é um grito mesmo, podem gritar de volta*

E, pra compensar a nossa sinceridade de demorar um milhão de anos, a partir de hoje, vamos ter uma sessão de artes de cada personagem inexistente no universo de Percy Jackson e em todas as séries do tio Rick. Pras artes oficiais, já temos a maravilhosa Viria (♥), então não vou desenhar de novo :D

É SÓ CLICAR NO NOMEZINHO PRA VER, TÁ?

Ah, elas são minhas, tá? MINHAS!

Se vocês verem em outro lugar essas artes, me avisem, porque dá muito trabalho fazer e eu vou querer saber onde viram :D

Enfim.


~Becca



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