Sociedade estranha - Interativa escrita por Amanda Julien


Capítulo 1
Fuga.




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Carol corria como nunca antes havia corrido em toda sua vida, a garota, com seus cabelos castanhos longos e enrolados, e olhos amarelos, usava roupas pretas com detalhes azuis muito curtas, e um par de braceletes, deixando quase todo seu corpo à mostra, ela entra na floresta, e isso se torna um problema, pois por mais cuidadosa que fosse, era impossível impedir os galhos de arranharem seu corpo pequeno, e embora a maior parte deles não pudesse realmente incomoda-la, por já ter sofrido castigos muito piores, não lhe saiam da cabeça as histórias sobre pessoas que morreram por terem sido cortadas por galhos infectados com doenças fatais, segundo ao que ouviu, graças a insetos contaminando a árvore, sangue de animais grudado a eles ou até mesmo veneno criado pela própria árvore como proteção, mesmo tentando dizer para si mesma que não podia ser verdade, afinal, era só uma lenda criada pelos caçadores para que escravos como ela não fugissem, certo?

Tentou não pensar nisso, se focando no balançar da garrafa, presente de seu pai, que ela havia tido grande dificuldade de manter consigo, estava amarrada à sua cintura, e batia contra sua coxa a cada passo, e de um modo estranho, era reconfortante, pois ela via o recipiente em sua mente, isso a fazia lembrar de sua casa, e quando ainda tinha uma família. Distraída, ela não notou a garota logo em frente, até esbarrar na mesma.

— O que você está fazendo aqui? – Perguntou a outra, ela tinha cabelo negro e brilhante, como a sombra que resulta de um reflexo, a pele branca como papel, olhos, vermelhos como sangue, pareciam perigosos. Usava uma regata vermelha, calças pretas e uma jaqueta vermelho vinho aberta, com quatro bolsos, feita de um material que parecia, na opinião de Carol, algum tipo de mistura de couro e plástico, basicamente, tinha um estilo que só era usado por caçadores, por um minuto, isso assustou a escrava, até perceber que já a conhecia.

— R-rebeca? Você... Você está... – Sussurra a última palavra, assustada – caçando?

— Céus, até parece que não conhece meu avô! É claro que eu não queria... Você está mudando de assunto. Eu estou vendo... Acabou de fugir.

— Por favor... – Ela cai de joelhos – não me denuncie, por favor...

Isso pareceu irrita-la ainda mais – droga, garota, nós éramos amigas, não vou te denunciar!

— Beca? – Uma garota de cabelo loiro médio estranhamente bem arrumado e olhos azuis aparece der repente – você se perdeu? Eu estava procurando por... – Finalmente vê Carol – Você...

As duas se encararam, se estudando. Carol percebeu que, apesar da liberdade que a outra demonstrou para com sua “amiga”, ela também era uma escrava, usava calça estilo legg cinza, e um suéter preto, que tinha um símbolo, e apesar de não conseguir ver inteiro, Carol apostou certo ao pensar que deveria ser o símbolo da família da outra, um retângulo amarelo, com três triângulos em cima, como uma coroa, circulada por chamas de um vermelho vivo. Uma escrava de confiança, mas o que chamava mais a atenção era sua tatuagem, pois, debaixo de seu olho, indo para baixo, havia três marcas no formato de X. Todos sabiam, era uma marca de poder de luta, simbolizava que ela já havia feito algo, ou usado habilidades que a tornavam mais apta para fugir.

— Amiga sua? – As duas subjugadas disseram ao mesmo tempo

— É, ela é minha amiga, – ela apontou uma e outra – Carol essa é Alana, Alana, essa é Carol. Agora, deixe-me te dar um conselho, se ainda não perceberam a sua fuga, volte, caso contrário... Eu não sei se algo pode te ajudar, então... Bem, faça suas orações. Esse é um péssimo momento para estar na floresta sem permissão.

— Eu odeio admitir, mas é verdade – Alana complementa enquanto olhava para baixo, soturna – deveria haver algum traidor entre os fugitivos, pois destruíram o ultimo refugio para ele há poucos dias.

— Você conhecia todos os refúgios para fugitivos? – a de olhos claros pensou que poderia ser útil ter Alana por perto caso quisesse tentar fugir de novo.

— Claro que não! Isso seria imponível, eu teria sido pega! Mas essa garota – ela apontou a “caçadora” – ela conhecia. Eu não faço ideia de como, mas ela descobriu tudo muito antes do governo.

— N-não é para tanto. Você sabe, avô quer que eu seja uma caçadora, apesar de me recusar, já fiz muitas caminhadas na floresta para agrada-lo – A outra decidiu que poderia ser uma boa ideia ter as duas como ajuda caso tentasse fugir de novo – mas falando sério, se tem mais algum poderoso que não foi capturado para caçarem, eu não conheço ele, portanto a função dos caçadores se tornou basicamente encontrar fugitivos, então seria inteligente deixar a poeira abaixar, entende. Qualquer caçador tarado adoraria encontrar uma garota como você.

— Nem brinque com isso.

—--

É incrível como tanta coisa pode acontecer em tão pouco tempo, isso foi o que Carol pensou no fim daquela semana. Um dia você tenta a sorte e não ouve quando te dizem para não fazer algo, no outro, você é capturada, passa alguns dias de pura tortura e não sabe exatamente quando aquela tatuagem que simbolizava tentativa de fuga foi feita nas suas bochechas.


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Notas finais do capítulo

Seguinte, gente, os personagens podem ser parentes de outros personagens famosos de filmes, séries e etc, mas com isso se corre o risco de que eu não conheça o personagem, então, por favor, mande o nome do personagem e de onde ele vem, segundo o exemplo que eu vou deixar, porque facilita muito a minha vida.
Ex: Filho do Steve (Minecraft) com a Sally (O estranho mundo de Jack) treinado pelo Sesshomaru (Inuyasha)

Fichas
Nome:
Idade:
Aparência(de preferencia com foto):
Ocupação (Selecione uma e responda as perguntas com _ abaixo dela):
()Caçador
— Se considera cruel? Por que?:
— Estratégia de caça favorita:
()Fugitivo
— Como e por que fugiu?:
— Sente falta de algo na vida que deixou para trás? Se sim, o que?:
()Escavo
— Função:
— Sobre seu senhor, você tem alguma exigência ou eu posso escolher?:
()Civil
— Emprego:
História:
Personalidade:
Habilidades e poderes:
Arma?:
Medo(s):
Algo mais: