A coluna formava um arco, as pernas estavam dobradas em ângulos surreais e os braços entrelaçavam com as pernas.

Sangue marcava a roupa azul clara igual a minha e seus cabelos loiros estavam tapando parte de seu rosto.

Estalos começaram a soar quando sua cabeça virou em nossa direção, alongando o pescoço desumanamente. Olhos pretos encaravam os meus e um sorriso doente formou-se no seu rosto. As pernas começaram a se desdobrar e os braços a apoiaram no chão.

—April corra! -então Harry me puxou porta a fora, logo que ela começou a correr também.

Fechou a porta do deposito e batidas começaram a ser ouvidas. Quando pararam nos olhamos e ele respirou fundo. Cobrindo o rosto com as mãos.

—que porra são essas coisas?- ele disse abafado.

Meus olhos marejaram e ele me abraçou.

—vamos sair Harry. Vamos sair daqui.

...

Harry sentou-se ao meu lado da mesa do refeitório, descansando sua mão na minha perna. Tate estava com a gente, com um cigarro entre os lábios.

—isso é horrível. - Tate disse.

—precisamos saber porque isso está acontecendo. - Harry falou irritado.

—e como vamos fazer? - Tate disse irônico. Eles se encaravam de uma forma nada amigável.

—Temos que prestar atenção em tudo. E contar se virmos algo estranho. -e disse um pouco alto. Tate concordou, depois levantou e com um sorriso para mim ele foi em bora.

—eu estou com medo Harry. -disse encostando minha cabeça em seu ombro.

—eu também. - ele sussurrou, apertando suavemente minha perna. -mas estou com medo por você.