Janeiro de Noventa e Oito escrita por Deh


Capítulo 1
Capítulo Unico


Notas iniciais do capítulo

Bem minha primeira história de SVU e Chicago PD. Então deem uma chance.
Espero que gostem *-*



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Eu simplesmente não poderia acreditar, no resultado do maldito teste. Eu sou a mãe dela, eu deveria ser compatível. Agora ela teria que tentar a sorte no banco nacional de órgãos, eu simplesmente não posso deixar minha menina tentar a sorte, eu vou tomar uma atitude.

E foi com esse pensamento que eu embarquei em um avião para Chicago, confesso que meu plano ainda não estava bem formulado, mas eu iria pensar em algo até chegar lá.

Era janeiro de noventa e oito, eu estava em Chicago por um caso e eu o conheci. Tudo aconteceu tão rápido que já não me lembro bem quem deu o primeiro passo.

“Confesso que quando recebi sua ligação, eu não acreditei que você estivesse realmente aqui” ele diz se sentando. Eu tinha ligado para ele e pedido para que ele me encontrasse no bar em que me levou na última vez em que estive na cidade. “O que faz aqui Benson?” ele me perguntou sorrindo, porém eu não consegui retribuir o sorriso. “Preciso da sua ajuda Voight” foi a única coisa que eu consegui dizer, antes de tudo o que treinei mais cedo ficasse preso em minha garganta e eu saísse do bar.

“Ei onde é o incêndio?” Ele conseguiu agarrar o meu braço, quando eu estava prestes a atravessar a rua, contudo foi só quando ele me virou que nós dois percebemos que eu estava chorando. “Acalme-se Olívia” ele me abraçou.

Depois de caminharmos por um tempo, e eu finalmente ter me acalmado ele começa “Pra que você precisa da minha ajuda Olivia?” eu suspirei “Eu e você... Nós temos... uma filha” eu disse a última parte tão baixo que eu pensei que ele não tinha escutado, “Como?” eu abaixei o olhar e peguei meu celular no bolso, “O nome dela é Helena” eu disse mostrando uma foto dela, ele encarou a foto em silêncio até dizer “Janeiro de noventa e oito” eu fiz que sim com a cabeça. “Por que agora Olívia?” eu respirei fundo “Ela está doente Hank. Ela precisa de um fígado”. Ficamos em silêncio, “Por que você não me disse antes Olivia? Tipo há dezessete anos atrás?” a essa altura eu já nem olhava mais em seu rosto, mas foi quando ele disse “Ela realmente é minha filha?” eu o encarei imediatamente, tudo bem que ele esteja bravo comigo, mas como ele ousa questionar minha palavra? “Ela é sua filha Hank. Sei que deveria ter contado a você, mas você era casado, eu conseguiria sozinha. E eu entendo se você não quer nada a ver com ela, mas você é minha última esperança. Ela vai morrer Voight!” A essa altura minha visão já estava embaçada “Por favor Hank” antes que ele pudesse responder minha suplica, seu celular tocou e ele apenas disse “Tenho que ir”.

Dois dias após o ocorrido, eu estava no hospital com Helena. “Eu odeio ficar aqui” ela disse deixando o celular de lado, “Mas precisa querida” ela rolou os olhos “Eu vou morrer de qualquer jeito mãe. Então que pelo menos não seja no hospital” eu me aproximei dela e a abracei “Não diga isso querida, nunca.” Ela me abraçou com força “Eu estou com medo mãe” “Vai ficar tudo bem”. Algumas horas mais tarde, a médica dela veio até mim “Senhorita Benson, seu amigo é compatível. Podemos fazer a cirurgia em breve” ela sorriu e eu sorri de volta, amigo? Será que ele mudou de ideia?

Ao chegar no quarto de Helena, vejo que minha mãe está esperando na porta “Por que não está lá dentro?” ela me olhou séria “Ela tem visita” eu franzi a testa e entrei. Não preciso dizer que eu congelei ao ver Helena e Hank rindo. “Oi mãe” ela disse ao me ver, “Oi Olivia” Hank disse em seguida. “Oi. Hank quer um café?” eu disse encarando ele “Que tal trazer alguma coisa para mim na volta?” Helena disse e eu sorri “Vou ver o que posso fazer por você” Nós saímos do quarto e minha mãe entrou.

Enquanto tomávamos o café eu disse “Você não me disse que viria” “Mas também não disse que não viria”. “Vocês são compatíveis” eu disse a ele “Acho que isso já era esperado” ele disse. “Você não contou a ela” eu mencionei o que temi quando eu o vi ali conversando com ela, “Ainda não” ele disse “Olívia você não espera que eu venha aqui, doe um pedaço do meu fígado para minha filha e depois simplesmente volto para Chicago não é mesmo? Eu quero que ela me conheça de verdade, como pai dela e não como o amigo da mãe dela.” Eu olhei para ele “Eu não esperava menos de você Hank”.

Uma semana depois do ocorrido, eu observava minha filha dormindo tranquilamente. Seus cabelos negros estavam presos em uma trança que minha mãe tinha feito, sua pele parecia já estar voltando ao tom normal, eu simplesmente não podia acreditar que tudo tinha ocorrido bem. Foi então que ela finalmente abriu os olhos, aqueles olhos cor de mel. “Bom dia bela adormecida” eu disse a ela, ela sorriu “Vejo que sentiu saudades mãe” eu sorri “Sempre”. Ficamos ali por um tempo, até minha mãe chegar “Bom dia meninas” ela disse. Enquanto as duas conversavam eu sai, para fazer uma visita a alguém.

Ele já estava acordado quando eu entrei “Vejo que está preocupada Liv” eu sorri de canto com a menção do meu apelido “A cirurgia foi bem sucedida Hank, obrigada” “Disponha” ele respondeu e eu me sentei ao seu lado “Acho que podemos contar para ela quando ela sair do hospital” ele fez que sim com a cabeça, “Eu gostaria de saber mais sobre ela” ele me disse.

“Bem eu descobri que estava gravida em março, eu realmente não sabia o que fazer, mas minha mãe me deu apoio. Ela nasceu saudável, no dia trinta de outubro, pesando dois quilos e novecentos gramas com quarenta e nove centímetros. Sabe, quando eu peguei ela pela primeira vez, eu realmente pensei em te ligar, mas você estava casado, eu não queria arruinar a sua vida” Contei a ele algumas histórias de quando ela era pequena. Quando cheguei no quarto de Helena, ela e mamãe estavam conversando, eu sorri. Serena Benson, pode não ter sido a melhor mãe do mundo, mas é uma avó incrível. Desde que Helena nasceu, ela sempre me ajudou no que eu precisava e sempre me apoiou em minhas decisões em relação a minha menina.

Duas semanas depois, eu observava Hank e Helena jogando vídeo game. Sem dúvida nenhuma foi uma boa ideia contar a verdade. Eu e ele não estamos exatamente em um relacionamento, mas ele estava cada vez mais presente em Nova York e bem, talvez um dia possamos visita-lo em Chicago.     


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Esperando ansiosamente os comentários.
Bjss e até breve.



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