Emília & Bernardo... amor além da vida escrita por Tah Madeira


Capítulo 5
Capitulo 5




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Ela sai vai para o seu quarto toma uma rápido banho, se veste e se penteia.
Quando desce volta a ser a Emília decidida e objetiva.
—Estou pronta, vamos por favor -pede ela estendendo a mão para Bernardo.
—Sim vamos - ele sabe que não adianta tentar fazê-la mudar de ideia.
Já no carro dirigindo ele pergunta se ela quer conversar
—Não, não a nada a ser dito.- ela mantém o olhar para frente, a pergunta de o porque ela  fez isso não lhe sai da cabeça.
—Estava tudo bem com vocês?
—Sim estava.. Esta tudo bem, - ela se corrige- Eu não sei o que aconteceu - ela olha pra ele - Não me olha assim eu juro que não fiz nada- a voz dela falha parece que vai desmoronar de novo, ele estica a mão e pega a dela.
—Tudo bem meu amor, já vamos chegar e resolver a situação, não chora, esta bem.
Ela encosta a cabeça no assento do banco e fecha os olhos, e pensa em como o dia aparenta ter mil.
—Chegamos - anuncia Bernardo um tempo depois.
Ela nem espera pra ele abrir a porta do carro e  já desce. Bate na porta da casa e quem abre e Severa, tranquila ela diz
—Oi Emília.
—Olá Severa, posso.- diz fazendo um gesto de quem quer entrar.
—Claro...por favor - e da passagem, logo Emília avista Zilda se aproximar, enquanto ouve os primos recém descobertos se cumprimentarem.
—Oi dona Zilda.
—Oi.. Como você está- Emília percebe a frieza na voz dela.
—Estou bem, eu gostaria de falar com minha mãe.
—Ela esta no quarto vou chamá-la.
—Não por favor eu gostaria de ir ate ela, se permitir.
—Sim, segunda porta a direita- Emília vai passar por Zilda, quando ela segura em sua mão - Vocês tem que esclarecerem as coisas, sem não cada uma sofre sem a outra, saber e já houve muito sofrimento.
Emília enche os olhos de lágrimas e segue até o quarto que a mãe esta.
Emília por impulso abre devagar a porta sem bater, bem no momento que ouve Vitória dizer:
—….Mily minha filha eu te amo tanto ..mas tanto ...
Emília percebe que ela fala com a corrente que ela carrega, que leva uma foto dela ainda pequena, é a única foto que a mãe tem dela pequena.
—Eu também te amo muito mãe.
Vitória se assusta e olha para trás e vê Emília parada na porta em lágrimas nos olhos.
—Oh minha filha...minha Mily- ela abre os braços e Emília corre para a mãe e se aconchega nos braços dela, um lugar que por muito tempo foi desejado, ela sente o mesmo doce perfume que sentiu na camisa esquecida no quarto, e sente que esse será sempre um de seus  lugares  preferido, ela adorava o abraço da mãe.
Quando passa um pouco a emoção, Emília olha para Vitória, que seca as lágrimas da filha com os dedos.
—Porque você saiu de casa mãe, nem conversou comigo.
—Ah minha filha- ela coloca uma mecha do cabelo da filha atrás da orelha e faz um carinho em seu rosto - Acho melhor assim, você já esta bem, se recuperou, voltou a rotina, logo estará casada, não precisa mais de mim.
—Quem disse isso ?
—Ninguém... mas eu vi que já era hora de eu ir.
—E .... E me abandonar ..de novo mãe- Emília começa a gaguejar por causa da emoção quer não quer demonstrar -...e ….e nem pra me ligar … eu não posso perdê-la novamente - cai em prantos mais uma vez- eu me senti com sete anos de novo, sentada no banco de trás de um carro gritando por uma mãe que ia embora sem olhar para trás. - e abraça a mãe.
—Ai minha filha...minha filha- ela abraça Emília o mais forte possível, ela parece a sua menininha de novo, como se arrependia de ter ido embora- Mas eu não ia deixar você, eu estou aqui na Zilda bem perto de você. ..eu...
—Mas não é mesma coisa, eu já fiquei tanto tempo longe da senhora que eu não quero mais ..não quero.
—Não fica assim por favor.- Vitória a embala em seus braços.
—Mãe vamos para casa, por favor.
—Mas porque se você vai se desfazer da casa e da Ventura?
Então Emília se solta dos braços da mãe e  lembra da conversa com o advogado mais cedo e tudo encaixa, e  do nada ela ri, compreendendo o que aconteceu.
—O que foi porque você ri minha filha.
—E que a senhora .. a senhora entendeu tudo errado.
—Eu não queria ouvir a sua conversa, - ela fica um pouco envergonhada- Você esqueceu os óculos e eu fui levar e.... e acabei por ouvir…que você vai se desfazer da ventura e do casarão, e eu acabei....- confessa.
—E acabou de estragar uma das minha melhores surpresas- interrompe Emília- Eu vou sim me desfazer dos dois.
Vitória fica confusa, Emília dá um sorriso e um beijo na mãe,e segura a mão dela entre as suas.
—Então não entendi nada errado…
—Mas a parte que a senhora não ouviu-diz Emília piscando para ela - e que eu vou devolver tudo para a verdadeira dona… Você ... você é a verdadeira dona da casa e da vinícula.
—Mas...mas..- Vitória esta mais confusa.
—Quando eu disse que nada daquilo era meu é verdade a casa e sua ...a Ventura também, e sua me tornei dona por um capricho, por birra, por vingança não é assim que devem ser as coisas, não mais.
—Como assim me devolver mas você comprou.
—Sim mas sem a autorização do terceiro herdeiro, Bernardo, que eu sabia da existência dele, não podemos colocar um panos quente sobre as coisas que fiz mãe, foi errado, foi feio, foi desleal.
—Mas e o que você gastou com a compra, não temos como reembolsar.
—Isso não tem importância, a casa e a Ventura voltam a ser sua, o Bento e o Bernardo já sabem, conversei com eles, mas não querem se envolver com a Ventura,  o Bernardo é dos livros a senhora sabe e o Bento ta ajudando a Rosa no restaurante, deixam tudo em suas mãos, e a casa sempre foi sua. 
—Eu não sei nem o que dizer…
—Diga apenas que volta para casa, por favor- os olhos de Emília brilham de emoção e expectativa.


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