Terminam o jantar e sobem calados, já no quarto ela vai para o banheiro, ele senta e espera ela sair, ela sai de pijama e vai para a cama.
–Então e isso não quer conversar.
Conversar o que,- e ela explode- quando eu cheguei eu te perguntei se foi tudo bem você disse que sim, aquele era o momento para conversar, não agora depois do veneno da sua ex.
–Emília eu ia contar só não agora.
–Quando então? amanhã no embarque ou pior quando já tivesse ido,dai me ligaria contando, agradeça a sua editora, ela fez esse favor.
–Mas Emília. ..
–Sabe o que me irrita, não e a viagem isso é o seu trabalho, não posso nem devo condená-lo, ou não ter me falando que ela seria mais longa, já deixei de contar coisas para você, mas o que deu em você para convidar ela para jantar com nós.
–Achei que vocês poderiam se dar bem
–Você realmente achou isso Bernardo?
–Sim.
–Você algumas vezes é muito ingênuo, me conhecendo e sabendo que ela ainda te ama.
–Quem disse isso
–É algo que não precisa dizer e só olhar para ela e perceber, que ela não só te ama, como ainda quer você.
–Mas eu amo você.
–Eu sei, mas mesmo assim não é fácil, vocês tiveram e tem uma história vão viajar juntos, o que quer que eu faça.
–Lembra que eu te amo, -ele se aproxima, ela tenta se afastar mas ele a segura pela cintura e dá um beijo - jamais duvide disso e ficará tudo bem, como você mesmo disse ela é passado, ela agora é só minha editora, só isso.
Ele a leva para a cama, onde fazem amor,
No meio da noite ele acorda com ela gritando.
–Emília, Emília meu amor acorda.
–Ai..ai Bernardo tive um pesadelo, horrível.
–Que me contar?
–Não… Não quero nem lembrar, só me abraça. - ele encosta a cabeça dela em seu peito e sente algumas lágrimas, ela o agarra o mais forte, tempos depois ela se perguntaria se esse sonho foi uma espécie de presságio do pesadelo que ia virar sua vida.
Na manhã seguinte eles estão arrumando a mala quando ela sente um arrepio apesar do calor.
–Tudo bem ?
–Sim, só to com um pouco de frio.- ele encosta a mão na testa dela.
–Com febre você não esta.- ele a abraça- já é saudades minha.
–Seu bobo, vamos terminar rápido que se não nos atrasamos.
Terminado tudo, encerram a conta e vão para o aeroporto onde encontram Gema e Raul. Ficam um tempo conversando quando ouvem o aviso de embarque, cada casal se despede cheio de juras amor.
–Você promete me ligar todos dias?- cai uma lágrima dela.
Emília não chora por favor- ele a abraça.- prometo, lembra eu te amo.
Elas embarcam primeiro que eles. Por algum tempo ficam caladas, mas depois como que uma para animar a outra começam a conversar .
O tempo passa como da outra vez os primeiros dias são difíceis, mas ela tem a empresa e os preparativos do casamento que será duas semana depois que ele voltar.
Todos os dias eles se falam, ela não queria que as ligações terminassem nunca, nesse meio tempo a barriga de Lívia cresce um pouco, ela consegue fechar ótimos negócios.
Duas semana depois eles estão ao telefone quando ela percebe que ele ta dando voltas querendo dizer algo.
–Bernardo fala de uma vez.
–O que.
–O que quer dizer, sem enrolação.
Eu não queria dizer por telefone, mas não posso esperar chegar e te dizer, vamos precisar adiar a data do casamento.
–Porque?
–Na semana, no dia tem uma importante bienal na Europa e me chamaram como convidado, será importante. - Ele percebe o silêncio ao que parece horas depois ela responde.
–Mas semana que vem você vem.
–Sim, essa sera a última grande viagem farei viagens pequenas de um ou dois dias.
–Tudo bem Bernardo.
Eles conversam mais e desligam, ele percebeu que ela ficou triste, ele também ficou, ele ainda olha para o telefone quando Marina chega.
–O que foi tudo bem ?
–Sim, tudo. - e sai, desde o dia do jantar ele se afastou dela .
Marina fica olhando e sorrindo por dentro Emília não quis jogar o casamento na cara dela, então, ela fez de tudo para chamarem Bernardo, até pagou, ela sabia que ele não se negaria a participar, sabia que era uma oportunidade única, mas ela pensava em outro ponto sabia o quanto Bernardo queria um filho isso ela estava guardado para mais tarde.