Foi quando Dumbledore pegou com força nos ombros de Harry, virando-o de costas, e o empurrou contra sua penseira. O jovem bruxo, que de início ficara confuso, logo percebeu as intenções do diretor e tentou evitar os próximas atos.
— Não, professor. Por mais que eu tenha vontade de conhecê-lo melhor, é ilegal esse tipo de relacionamento entre aluno e diretor...
— Quieto, Harry. Eu conheço muito bem as leis, tendo eu mesmo escrito algumas delas. Mas quem dá as cartas aqui é o diretor. Há vantagens em ser eu.
Mais conformado com a situação, Harry já começou a pensar em formas de amenizar a sofrência que seria receber a lendária varinha de Dumbledore - ou como alguns a chamavam, "a varinha das varinhas". O velho de barba branca já começava a subir suas vestes prateadas quando disse:
— Abaixe as calças e suba na penseira, Harry! Quero você de quatro sobre minhas lembranças.
Naquela noite, as lágrimas de Harry caíram diretamente na penseira. Diluíram-se no mesmo líquido viscoso que o jovem acabara de utilizar para aliviar seu suplício. Enquanto boa parte dos alunos da escola já estavam em suas camas, O Eleito, entre os gemidos de prazer de Dumbledore e seus próprios suspiros de dor, permanecia estático sobre as mais diversas memórias. Entre as quais, a de uma cena semelhante à que agora vivia, ocorrida há anos com um aluno chamado Tiago Potter.