Strange Suicide escrita por Yume Tokisaki, Bels


Capítulo 1
The Fall Of the Night (A caída da Noite)


Notas iniciais do capítulo

Bels: Oen povinho!
Yume: Gêmea, vamos maneirar pro povo não achar que somos loucas de cara.
Bels: Loucas? Quem? Somos normais!
Yume: Unicórnios...
Bels: É meu!
Yume: Como eu ia dizendo...
Bels: Os unicórnios.
Yume: Não. A fic.
Bels: Ah sim! Foi baseada em duas músicas, povo.
Yume: Yes, Strange (Tokio Hotel) e Suicide (Rihanna).
Bels: Altos devaneios.
Yume: Minha vida é um grande devaneio.
Bels: Cof... Cof...

Bels e Yume: Boa leitura e até lá embaixo seus lindos!

Link do Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=E514XImCgWc



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Embora o dia tivesse amanhecido o sol não se fazia presente, a adolescente havia despertado por conta das trovoadas no exterior do quarto. Levantou-se sem muita pressa, não tinha vontade alguma de se manter acordada. Tomou um banho rápido e vestiu uma saia preta, em conjunto com uma blusa de mangas compridas que era listrada e um par de botinas. Ao sair de seus aposentos já pode ouvir a gritaria no corredor, a voz feminina e um tanto madura estava chorosa enquanto a masculina estava completamente enfurecida.
A garota correu até o encontro das vozes, chegando lá viu uma morena com traços bem semelhantes aos seus e o homem careca em pé observando a mesma fixamente.
— Mãe! - A garota abaixou-se perto do corpo da mais velha, logo seu olhar enfurecido voltou-se ao padrasto que continuava em pé ali. - O que foi que você fez, maldito?
— Alícia, não.
— Não o que? Vai deixar esse filho de uma puta te bater por mais quanto tempo?
— Olha como fala comigo, vadiazinha. Eu banco essa casa, suas roupinhas e tudo mais.
— Eu não ligo, preferia viver na sarjeta a ter que depender de você mais um dia! Minha mãe pode se calar, mas eu vou até a polícia.
A resposta da garota veio como um tapa que lhe atingiu a face com força fazendo seu corpo tombar e cair ao chão deitado, não esperou por ali muito mais. Levantou-se com pressa e pegou sua mochila que ficava em uma cadeira próxima da porta de saída, do lado de fora já caíam algumas gotas de chuva que lhe molhariam bem pouco, pois esta vivia próxima ao colégio onde estudava. O caminho foi rápido e repleto de pensamentos malignos e homicidas, mas logo Alicia já cruzava o pátio de entrada, foi até a sua sala de aula e jogou sua mochila de qualquer modo em sua carteira ouvindo risinhos e palavras quaisquer das líderes de torcida, nada respondeu, apenas levantou o dedo do meio e saiu dali.
Retornou ao pátio e se sentou em um dos bancos com os fones de ouvido ligados no volume máximo, talvez a letra daquela canção fosse mais alta que seus pensamentos conturbados. (N/A: https://www.youtube.com/watch?v=xjX2KYuAJcA)

You can't wuit until you try
You can't live until you die
You can't leran to tell the truth
Ultin learn to lie.


(Você não pode desistir até que tente
Você não pode viver até que morra
Você não pode aprender a contar a verdade
Até que aprenda a mentir.)

Seus olhos ergueram-se a observar o ambiente ao seu redor, mas prenderam-se numa figura revestida totalmente na cor negra, desde a jaqueta de couro até os sapatos militares que usava.

You can't breathe until you choke
You gotta laugh when you're the joke
There's nothing like a funeral to make
you feel alive.


(Você não pode respirar até que sufoque
Você precisa rir quando você é piada
Não há nada como um funeral para
você se sentir vivo.)

Aquele ser parecia caminhar diretamente para si, com a proximidade podia ver o corte de cabelo irregular, os fios negros foram jogados para a direita formando uma franja que lhe cobria o olho. Acima da sobrancelha esquerda, podia-se ver o piercing também negro que ganhava destaque em relação à pele pálida e os olhos que pareciam buracos-negros, sem fundo e sem vida.


Just open your eyes
Just open your eyes
And see that life is beautiful.
Will you swear on your life,
That no one will cry at my funeral?


(Apenas abra seus olhos
Apenas abra seus olhos
E veja que a vida é linda
Você juraria por sua vida,
Que ninguém vai chorar no meu funeral?)

A garota retirou os fones de ouvido e manteve seu olhar preso naquela figura, não conseguiu controlar seus lábios que teimaram em ficar entreabertos. Ele a encarou por alguns segundos, o que a fez perder a habilidade de respirar, mas logo o perdeu de vista quando este entrou no corredor que o levaria até as salas de aula. Não teve mais muito tempo para ficar ali, o sinal soava irritante anunciando o começo das aulas.
Contragosto, Alícia foi para sua classe. Chegando lá, sequer deu importância a quem estava ou não ali, pendurou sua mochila na parte traseira de sua cadeira para poder se sentar ali, assim que a professora adentrou a classe esta virou-se para pegar o caderno que ainda estava guardado, novamente seus olhos fixaram no rapaz que vira a poucos minutos, ele estava com os fones de ouvido e uma expressão de poucos amigos, os braços cruzados e as pernas esticadas sem se preocupar com quem passaria ali.
A loira balançou a cabeça rapidamente, pegou os materiais necessários e pousou sobre a mesa. A aula passou arrastada para si, que sequer prestou atenção em qualquer palavra dita pelos professores.
Todos os alunos saíram de suas salas, no caminho de volta a garota recordou-se da raiva que sentia. Chutou uma tampinha de garrafa que aparecera em sua frente, foi então que duas garotas chamaram sua atenção a um salão de beleza, uma possuía os fios de cabelo verdes e a outra roxos, um sorriso um tanto malicioso brotou em seus lábios e não demorou muito para que entrasse ali.
—____________________________________$$$$$___________________________________
Um rapaz moreno e de corpo esbelto estava sentado sobre a arquibancada do campo de futebol da escola, estava com um livro em mãos e focado em sua leitura enquanto um lápis estava na parte posterior de sua orelha. Parecia concentrado em seus estudos quando algo lhe atingiu em cheio, fazendo-o cair para trás e, consequentemente, entre as fileiras da arquibancada. Ele sacudiu a cabeça um tanto confuso, parecia ver estrelas, foi quando ouviu uma voz que lhe era totalmentte estranha.
— Hey, cara! Você está bem? Me dê a mão, deixa eu te tirar daí!
Ele olhou para cima, o sol não lhe deixava ver com clareza a face do desconhecido, porém queria sair dali e não se importaria muito em receber ajuda. Já de pé, encarou o outro rapaz em sua frente. Este era loiro, um pouco mais alto e mais forte que si. Trazia na face um sorriso simpático que poderia derreter facilmente o coração de qualquer garota do colégio.
— Você está bem? É mudo?
— Não, não sou mudo. E sim, estou bem.
— Que susto!
— Eu estou estudando, cai uma bomba na minha cara e você quem se assusta?
— Aff... Modo de dizer. Mas você está bem mesmo?
— Estou cara, já disse que sim.
— Estressadinho.
— O que esperava?
— Já me desculpei!
— Na verdade, não desculpou não.
— Okay, okay. Me desculpe!
— Tudo bem, estou inteiro.
— Prazer, Tyler. Capitão do time de futebol.
— Pietro, nadador.
— Você é aquele guri que tem duas pintas no canto direito das costas não é?
— É o que?
— Nada, viajei aqui.
— Certo... - O rapaz encarou os lados, notando que estavam sozinhos ali. Aquilo realmente havia sido vergonhoso, nunca ninguém havia notado aquelas pintas que possuía.
— Então, o que você fazia aí?
— Eu estava estudando.
— E por que não está na sala? As aulas já começaram.
— Não curto muito socializar, além do mais... Já sei de tudo o que aquela professora xatonilda iria falar.
— Ui! Pequeno Einstein.
— Fuck. O que você faz aqui fora?
— Estava treinando. Eles nunca reprovam jogadores, ainda mais o capitão.
— Entendo, então me acha com cara de gol?
— Não, foi sem querer.
— Espero que tenha mira melhor durante os jogos.
— Eu tenho sim. Obrigado por ser tão amistoso.
— De nada.
— Além de tudo é irônico, gostei de você.
— Não é mútuo.
— Pra que tanto mau humor?
— Te interessa?
— Claro.
— Por quê?
— Porque sim.
— Vai sarrar tuas líderes de torcida, me deixa estudar.
— Sou péssimo em biologia, quer me ajudar?
— Se eu disser que não você vai continuar me enchendo o saco, não vai?
— Pode acreditar que sim.
— Então eu te ajudo.
—Ótimo então, cara. - O mais alto lhe estendeu a mão, para selar um acordo e possivelmente o começo de uma longa amizade.


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Notas finais do capítulo

Yume: Foi isso pessoal!Bels: Esperamos que tenham curtido.Yume: Foi curto? Um pouco.Bels: Mas é só a "introdução", não fiquem tristes!Yume: Prometemos capítulos maiores! Eu pelo menos...Bels: Hey!Yume: E vamos tentar atualizar isso antes do Natal, né dona Bels?Bels: Tu vai ver, viada.Bels e Yume: Até o próximo seus lindos!



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