Don't call me number two escrita por Sasazaki Akemi


Capítulo 20
O que realmente é possível?




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Narrativa: Akashi 

—Espero que possamos tornarmos amigas novamente, Suzuki Mei – Aquelas palavras que saíram em um tom de voz suave e tristonho fizeram-me surpreender, não entendendo o motivo daquelas palavras, sabendo apenas que ambas já conheciam-se antes mesmo daquela noite. A feição de minha gerente não estava como o de costume, estava mais pensativa e com os olhares mais sérios e antes mesmo que alguém pudesse proferir uma palavra naquele ginásio, chama o nosso Treinador – Treinador, sei que eu dei-lhe o cronograma desta semana inteira, mas eu gostaria de mudar. 

—Como? Mudar tão de repente desta forma? – O Treinador questiona, não aceitando sem motivos as palavras da menor da quadra que aproximava-se do mesmo, rodeado pelos outros jogadores – Qual o motivo disto, Yuuki? 

—Akashi e Mei, aproximem-se – Seu tom de voz era autoritária que diferente das outras vezes, não hesitei em obedecê-la, recebendo a companhia da albina. Chegando junto aos outros, Hikari começa sua explicação de suas palavras – Bem, analisei novamente todos os times que passaram para a InterHigh e concluí que não haverá a necessidade de Akashi participar dos jogos, sendo que os Reis não Coroados darão conta de tudo. 

—Mas haverá os jogadores da Geração Milagrosa em três destes times, está ciente disto? – O Treinador questiona-a, recebendo sua confirmação: 

—Sim, estou ciente. Mas mantive-me em contato com os três membros e pedi-os que não participassem dos jogos contra Rakuzan – Ela explica, recebendo minha curiosidade, sabendo que nenhum dos prodígios havia mudado o número do celular, com a exceção de nossa gerente que desapareceu sem avisar ninguém, então não havia argumentos que iriam contra as palavras da morena. 

—Entendo... – O Treinador diz pensativo, colocando uma de suas mãos em seu queixo. Enquanto o silêncio começava a predominar aquele ginásio, Hikari profere algumas palavras para chamar nossa atenção e logo fita Mei com um sorriso gentil nos lábios, recebendo apenas os olhares de desgosto da albina ao meu lado. 

—Mei, por sua reação há pouco, concluo que não lhe avisaram sobre nossa viagem de uma semana. Estou certa? – A gerente pergunta-a, recebendo logo sua confirmação – Gostaria de ir a Tóquio conosco? – Vi os olhares de Mei brilharem de ansiedade ao escutar esta pergunta, mas que logo voltaram ao seus olhares gélidos e furiosos ao receber um sorriso cínico e os olhares frios e calculistas da morena a nossa frente. Admitindo a mim mesmo que causara-me um calafrio ao ver Hikari daquela forma – Para que você possa ir conosco, terá algumas condições: 

*UM: Eu sei muito bem que sua família apresenta uma enorme mansão em Tóquio, quero que mantenha e sustente todos os membros do clube de basquete de Rakuzan sem nenhum custo financeiro retirado de nós. 

*DOIS: Homens e mulheres estarão proibidos de permanecerem em um mesmo quarto. 

*TRÊS: Os jogadores terão horário para acordar, dormir e alimentarem-se. Estando proibidos de comer nada fora do que o nutricionista que eu contratei. 

Ela não precisou continuar com suas exigências, recebendo a negação da albina que queimava em fúria: "Não serei babá de ninguém" que recebeu uma risada baixa vinda da morena que mantendo seu sorriso e seus olhares, fora manipulada facilmente pela gerente: 

—Pense um pouco, não iremos a Tóquio apenas por causa dos jogo, pretendo que meus jogadores descansem e saiam um pouco de suas rotinas. No período da manhã treinaremos, logo, no período da tarde iremos jogar ou mesmo assistir os jogos de outros participantes do campeonato – Explica observando o cronograma em suas mãos, logo continuando – Além do fato que você terá mais tempo ao lado de nosso Capitão por eu não estar presente em sua residência, passarei esta semana em meu próprio apartamento junto aos meus familiares. 

—Familiares...? – Mei pergunta irônica, soltando uma risada – Desculpe-me, não sou contra a sua decisão. Vou adorar ir junto a vocês a Tóquio. 

—Agradeço que tenha aceitado minha proposta – Hikari agradece pouco contrariada, com a voz hesitante ao receber a reação da albina após sua fala – E um último aviso, isto é a você Akashi. 

—O que seria gerente? – Pergunto mantendo a pose, não deixando que a curiosidade afetasse-me. 

—Quero que você vá apenas para assistir os jogos, como disse, não haverá a necessidade de você participar. Tenho a intenção de fortalecer nossos titulares a sua altura – Aquilo fora o suficiente para entender que ela havia achado os membros dos Reis não Coroados fracos e que não aceitava isto, recebendo minha confirmação, em seguida surpreende a todos com sua última fala antes de sair do local – Estão todos liberados, não haverá treinamento mais. Quero que descansem e estejam uma hora antes do voo, não se atrasem. 

Eu não entendia o motivo de Hikari estar agindo daquela forma, sendo que há pouco tempo ela estava normal e sorria como sempre, mas uma coisa era certa: o motivo de tanta rivalidade e a mudança de humor vinha de uma certa albina ao meu lado: 

—Seijuurou, vamos para casa? Gostaria de arrumar logo minhas malas – Era o que Mei dizia indo em direção a saída da quadra. Não neguei e caminhei ao lado dela até seu carro, mas ela implorava-me para ir junto a ela em sua casa, que pouco contrariado aceitei ir. Sua casa era grande, uma enorme mansão da coloração branca, que ao chegar no local, acompanhei-a até seu quarto. 

Ela escolhia cuidadosamente cada peça de roupa e colocava em sua mala pequena, fazendo-me dar minhas opiniões sobre algumas roupas que eram dadas inutilmente por ela simplesmente me ignorar. Sem que percebesse, perdi em meus pensamentos, relembrando do rosto alegre de Hikari e do rosto em que ela permanecia hoje durante as explicações, sendo apenas desperto pela doce voz de Mei que chamava-me: 

—Seijuurou! Akashi Seijuurou! 

—Perdão, eu estava pensativo – Digo colocando minha mão em minha testa e logo limpando meus olhos, recebendo apenas os olhares tristonhos da senhorita daquela residência: 

—Estou lhe chateando com tudo isto, não é? 

—Não, eu apenas estou ansioso e um pouco cansado – Digo, enquanto a mesma virava-se para escolher mais alguma roupa pendurados nos cabides de seu armário – Mei, por que você e Hikari odeiam-se? – Aquelas palavras fizeram a albina soltar um sorriso tristonho nos lábios e sentar-se em sua cama ao meu lado. 

—Achei que você perguntaria... – Ela murmura com um tom de voz tristonha, lembrando-me quando Hikari ameaçou transferir-se para Shutoku – Lembra quando nos conhecemos? 

—Desculpe-me, mas não... – Não lembrava-me de nada sobre a albina, estando provavelmente adormecido durante este acontecido. 

—Então, vou refrescar sua memória – Aguardei por alguns instantes para que ela começasse a explicação de tudo, enquanto a mesma respirava fundo – Conhecemo-nos quando havíamos apenas doze anos, em uma viagem à França. Como nossos pais são grandes amigos, não seria estranho nos encontrarmos, principalmente em um dos principais hotéis turísticos do lugar. Você havia sido tão gentil comigo que me apaixonei logo no primeiro contato – Ao dizer esta frase, ela corava envergonhada. Era surreal, esta história em que me contava, porém, eu não havia despertado no tempo em que ocorre e não tenho memórias de nada disto para contraria-la. 

—Mas isto não explica o porquê há tanta rivalidade com a Hikari – Intrometo-me, vendo o relógio na parede, vendo que logo não conseguiria passar em minha residência para alguns de meus deveres. 

—Bem... Isto aconteceu quando retornei de minha viagem... 

Narrativa: Autora 

Flash Back On 

O sol estava prestes a esconder-se, deixando transparecer as poucas estrelas brilhantes no céu alaranjado e o som das cigarras preencherem o ginásio silencioso que os alunos já encerravam seu treinamento. Todos os jogadores permaneciam nos vestiários para trocarem-se e finalmente irem para suas casas, enquanto apenas uma única jogadora permanecia no corredor, já vestida com o uniforme de Teiko, aguardando seus amigos. 

Hikari A voz em que a morena de cabelos longos escutava era alegre, chamando seu nome no fim do corredor. Era sua melhor amiga Mei, a albina que corria em sua direção para abraçar-lhe depois de umas longas férias  Que saudade! 

Eu também senti  A morena retribui o abraço forte. 

Tenho tanta coisa para lhe contar!  Mei continua sua fala, pulando de agitação  Vamos em um outro lugar para conversarmos tranquilamente. 

Claro, só um minuto  Ela bate algumas vezes na porta do vestiário masculino, chamando a atenção dos rapazes ainda lá dentro  Shinta, estarei lhe aguardando em frente à escola. Não demore. 

Ao dizer estas palavras, ambas retiram-se do lugar de mãos dadas, enquanto a albina puxava a morena para apressarem o passo e chegarem mais rápido no local. Hikari mantinha um sorriso nos lábios, dando pequenas risadas ao ver o desleixo de sua amiga toda contente. 

Então conte-me logo a novidade  Hikari pede, soltando-se dos braços da amiga. 

Eu conheci uma pessoa  Mei cora envergonhada, mas ao mesmo tempo contente. 

Ah é? Por quem?  Pergunta curiosa. 

Ele é lindo, gentil e muito cavalheiro! Tão perfeito...  Mei caracterizava o amor de sua vida com olhares sonhadores, enquanto a amiga apenas ria da cara da garota  Sua pele branca, fazendo destacar os fios ruivos e principalmente os olhos vermelhos como a paixão que cresce dentro de mim...  Hikari já não escutava mais nada, seu sorriso não existia mais em seu rosto. Olhares furiosos e sanguinários eram as únicas que predominavam no rosto da morena que via a albina almejar o futuro com seu "príncipe encantado". 

Qual é o nome deste sortudo, que conseguiu conquistar o coração de minha querida amiga?  O sorriso cínico surgia aos poucos em seus lábios, sendo notável o tom de voz ameaçador utilizada para proferir estas palavras. 

A.Akashi Seijuurou...  Mei gaguejava assustada com a reação da amiga ao seu lado, nunca vendo-a daquela forma  H.Hikari... Aconteceu alguma coisa? 

Não, não aconteceu nada  Era mentira e Mei sabia disto, assustando-se cada vez mais. Não era mais a amiga em que conhecia. 

Você está me assustando...  A albina murmurava chorosa, dando alguns passos para trás, logo tropeçando em seus próprios pés e caindo sentada quase em meio da avenida. Havia torcido seu pé com a queda, enquanto a morena aproximava-se da mesma com os mesmos olhares  Me ajuda, por favor  Pedia, estendendo sua mão para a amiga a sua frente para levantar-se. 

Deveria?  Aquela resposta vinda de sua amiga de infância era incompreensível, principalmente ao escutar o som da buzina e o alto farol do carro vindo em sua direção. A morena dava meia volta e afastava-se. 

Flash Back Off 

—E o que houve em seguida? – Akashi estava pasmo, não conseguia acreditar nas palavras da menor sentada ao seu lado. "Ela chegaria a este ponto?" Pensava confuso, lembrando-se que ela avançou sem hesitar e lutando o máximo para soltar-se dos braços de seus antigos companheiros para espancá-lo há alguns anos, e dos olhares sanguinários e calculistas que ela realmente apresentava; mas ao mesmo tempo, a imagem dos sorrisos, dos olhares brilhando de todas as formas possíveis, do rosto envergonhado, das lágrimas derramadas e dos momentos em que passaram neste ano percorriam pela cabeça do ruivo. Estava totalmente confuso. 

—Ela gostava de você Seijuurou... – Já não evitava as lágrimas, escorrendo uma a uma por seu rosto – Minha sorte fora que o motorista conseguiu frear a tempo. 

—Não consigo compreender... – Akashi recusava-se a confiar nesta história, torcia que fosse mentira. 

"O que é realmente possível?" 


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