Peões de Guerra escrita por Brenda Armstrong


Capítulo 1
A filha de Poseidon


Notas iniciais do capítulo

Olá você!
Só desejo uma boa leitura c:



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O gabinete do deus dos mares era muitíssimo executivo: as paredes brancas, os móveis escuros, um computador fechado sobre a mesa e uma infinidade de papéis. Havia algo de peculiar sobre os papéis: eles pareciam ser de todas as épocas possíveis. Havia papéis branquinhos e limpos, que poderiam ter sido impressos momentos antes. Havia papéis amarelados, que poderiam ter algumas décadas – talvez até séculos. E havia também pergaminhos. Era em um dos últimos que Poseidon prestava atenção quando o telefone tocou. A voz enrolada da recepcionista, do outro lado da linha, disse rapidamente:

—Senhor, o senhor Apolo está aqui para vê-lo.

—Mande que entre.

Não demorou mais do que alguns segundos para que o deus do sol adentrasse a sala. Diferente de Poseidon, que preferia usar terno quando usava o escritório, Apolo usava uma jeans, uma camiseta de uma banda mortal, óculos Ray Ban e All Star. Mesmo assim, a expressão do deus era séria quando se sentou e disse, respirando fundo:

—Há uma profecia.

Poseidon não respondeu, então, o outro prosseguiu:

— A semideusa escondida deverá buscar

Todas as respostas do futuro do Olimpo

No Elísio terrestre deverão encontrar

E o poder profético do semideus perdido

Mostrará a última saída do mar

Após um instante de silêncio, o deus dos mares, muito calmo, perguntou:

—Isso quer dizer minha destruição? – não se poupou: foi o mais direto que conseguiu.

—Não é porque sou o deus das profecias que sei interpretá-las, tio. Sequer sabemos quem é a “semideusa escondida”.

O deus dos mares suspirou:

—A última saída do mar...

Por um momento, ele e Apolo se encararam. Então, o deus do sol, sem mais nada a acrescentar, se levantou:

—Eu devo avisar o tio Hades sobre isso.

Poseidon assentiu com a cabeça, mas interrompeu Apolo assim que este chegou à porta.

—Apolo? “O poder profético”. Essa criança é sua prole.

—Imaginei.

—Tem certeza que deseja envolvê-la nisso tudo?

O outro deu um sorriso cansado.

—Se há algo que aprendi com esses milênios, tio, é que profecias são inevitáveis.

E saiu, deixando o deus dos mares com muito a pensar.

X-X

Naquele noite, quando Poseidon saiu do escritório, horas depois da conversa com Apolo, rumou à torre sul do palácio. Um ano após a guerra, o palácio ainda não estava totalmente reconstruído. Poseidon havia tido uma difícil distribuição de materiais e renda, não podendo permitir que o centro do governo oceânico ficasse totalmente destruído, porém incapaz de negar suporte às aldeias afetadas pela invasão de Oceano.

As escadas e o quarto na torre em questão estavam totalmente reconstruídas, e o deus teve de admirar o trabalho feito pelos arquitetos e construtores enquanto subia as escadas. Bateu na porta do quarto – mas não obteve resposta. Tentou novamente. Nada.

Certamente a ocupante estaria em outro lugar – na arena de treinamento, mais precisamente.

A arena de treinamento ficava do lado de fora do palácio, atrás dos jardins – bem ao lado de outra das construções imponentes do Reino Oceânico: a escola militar. O deus atravessou os jardins completamente mortos, com pedaços de paredes derrubadas do palácio na invasão ainda ocupando metade do espaço onde, antigamente, houvera um jardim de rosas salgadas.

Porém, não era com nada disso que o deus estava preocupado. Adentrou a arena, chamando a atenção de alguns recrutas mais novos, desacostumados à presença do governante, mas ignorou-os. Foi passando entre os soldados que lutavam uns contra os outros, treinando o uso das mais diversas armas. Somente no meio da arena encontrou a pessoa que estava buscando, mas, por um momento, se permitiu apenas observá-la.

A garota estava com roupas de treino e um rabo de cavalo que prendia os longos cabelos, saltando e avançando contra Tritão com um nunchako. O jovem se defendia com um bastão de madeira, fazendo a garota recuar um passo de tempos em tempos – espaço que ela logo recuperava. O deus dos mares esperou até que Tritão estivesse fora do círculo – o que significava o fim da batalha, e observou enquanto seus filhos, alheios a sua presença, trocavam armas. Antes que pudessem recomeçar, chamou:

—Lorena. Um minuto do seu tempo, por favor.

A garota virou-se, os olhos grandes e verdes focando no pai.

—Claro. – fez um aceno de cabeça para Tritão, entregando-lhe o bastão e seguindo o pai para fora da Arena.

Poseidon só falou quando estavam distantes de tudo.

—Devo ir direto ao ponto: está na hora de você ir ao Acampamento.

Lorena ficou chocada. Ela sabia da existência do Acampamento desde seus cinco anos, e, por muito tempo, implorara ao pai para que a deixasse ir. Com a imensa quantidade de negações, acabou aceitando que não iria para o Acampamento Meio-Sangue. Não iria nunca. Porém, ali estava Poseidon, lhe dizendo que ela precisava ir. A menina não conseguiu dizer nada.

—Deve arrumar suas coisas agora. Encontro-a no jantar.

E saiu em direção à cidade, tendo assuntos para tratar com algumas instituições locais.

X-X

Enquanto arrumava suas poucas coisas em uma mochila, Lorena fez uma breve lista sobre o que sabia do Acampamento Meio-Sangue. Primeiro, sabia que seu irmão passava os verões lá. Segundo, sabia que Quíron, o instrutor de Aquiles, era responsável por treinar semideuses diversos. Terceiro, sabia que a imensa maioria de semideuses havia lutado no Olimpo no ano anterior. Lorena implorara para ir ao pai – mas ele disse que não. Que ela precisava ficar fora disso e cuidar do povo oceânico.

A invasão ocorrida sob o mar havia sido brutal. O pai, ao decidir que lutaria pela integridade do Olimpo, não havia simplesmente abandonado a luta. Ao tomar tal decisão de última hora, ainda havia muitos habitantes na cidade, que precisaram ser evacuados. Essa evacuação foi feita por voluntários. O exército precisou segurar as forças de Oceano por uma hora, o tempo necessário para a evacuação completa da cidade. As perdas haviam sido colossais, e Lorena lutara na frente de batalha. Após isso, o exército marchou 8km, indo até as tendas onde os cidadãos evacuados se acumulavam, visando garantir que permanecessem seguros. Porém, felizmente, naquele dia, Oceano se contentou com a invasão do palácio.

Para alguém de 14 anos, Lorena já havia visto coisas demais. Porém, constatou, não queria ver o Acampamento Meio-Sangue. Gostava dali, do Reino, da reconstrução e do povo do mar. Se acostumara àquela realidade.

Enquanto descia as escadas para o jantar, mentalizou a conversa que teria com o pai.

Pai, eu não desejo ir ao Acampamento. Estou adaptada a viver aqui, onde o senhor pode usar das minhas habilidades para manter a segurança e reconstruir o Reino, onde estou perto de Tritão e...

Ao se sentar à mesa, o pai já estava na cabeceira. Segurou o garfo com a mão e girou-o, nervosa. Tritão já ocupava a outra cadeira ao lado do deus, e por hora, só haviam os três.

—Pai?

—Sim.

—Eu não desejo ir ao Acampamento Meio-Sangue.

—Você deve ir.

—Mas...

—Sem mas. Você deve ir, minha filha.

—Pai, eu não...

—Lorena. – o deus interrompeu, o tom severo, um pouco preocupado - Me pediu isso por anos. O que há de errado?

—Eu só quero ficar aqui com Tritão e o senhor.

Poseidon olhou a filha, condescente, sem saber direito para o que a mandava. Franziu a testa, quase desistindo da ideia de seguir a profecia que determinava algo que poderia muito bem ser seu fim. Porém, Apolo havia dito que profecias eram inevitáveis. E com seus milênios de experiência, Poseidon acreditava nele.

—Não há escolha, Lorena. Você irá amanhã, ao amanhecer. – finalizou a conversa em um tom extremamente sério, que deixou claro para a garota que não haveriam mais objeções.

O resto da refeição foi feita em silêncio. Lorena fitava o próprio prato, Poseidon tinha o olhar distante e pensativo, e Tritão observava a irmã. Ele sentiria saudades dela.

X-X

Percy caminhava na areia da praia. Seus pés descalços estavam cheios de grãos de areia e o resto de seu corpo estava molhado – já havia dado um mergulho, supôs. Ele se sentou na areia para observar as ondas dobrarem o mar e então que viu: seu pai saía do Oceano. E não estava sozinho.

O rosto de Poseidon era o costumeiro: amigável. Ele usava bermuda de praia e camiseta, e o cabelo estava despenteado. Sua companhia era uma garota: era mais baixa que Percy, e parecia mais nova. Carregava uma mochila nas costas, e algumas armas no corpo.

Quando ela abriu a boca, seu corpo mudou para o de Rachel. E a típica fumaça verde profética emanou por um instante.

Foi este sonho o motivo pelo qual Percy acordou as cinco e doze da manhã. Olhou pela janela: ainda estava escuro. Mas Percy costumava acreditar nos sonhos. Então, se levantou, se vestiu e foi até a praia.

Àquela hora da manhã, o Acampamento estava deserto. Literalmente. Alguns filhos de Apolo acordavam para se exercitar cedo, mas não tão cedo, definitivamente não. Tomou uma lata de Coke contrabandeada (um favor dos gêmeos Stoll) e desenhou figuras na areia. Entediado, foi até o mar.

Percy gostava de contar seus sonhos a Annabeth. Annabeth era muito inteligente, e descartava algumas hipóteses, sempre direcionando o sentido do sonho. Porém, tão cedo, a garota certamente estaria dormindo confortavelmente no seu beliche, no chalé 6. E Percy jamais a acordaria tão cedo.

Então aconteceu: a cabeça de Poseidon emergiu, e foi seguida por uma garota. Nenhum dos dois estava molhado e eles seguiram diretamente até Percy.

—Você teve um sonho, certo?

Percy confirmou com a cabeça para o deus.

—Percy, essa é Lorena. Sua irmã.

Apesar de parecer algo banal, Percy ficou realmente chocado. Certo que ele desconfiara de que a garota não era qualquer garota – mas nunca achou que fosse ser sua irmã. Até o ano anterior, quando a profecia se cumprira, qualquer filho dos Três Grandes representava uma ameaça – e ele nunca nem sequer havia ouvido falar de outro filho de Poseidon. Embasbacado, só conseguiu dizer uma palavra?

—Como...

O deus dos mares o cortou.

—Eu a mantive em segredo, Percy. Eu precisei. – o deus olhou o filho mais velho como quem se desculpasse, dando de ombros. O olhar de Percy mostrava certa compreensão quando este olhou para Lorena, estendendo a mão:

—Eu sou Percy.

Ela cumprimentou-o brevemente.

—Eu sei. Ouvi muito sobre você.

Tirando um único instante em que Lorena ergueu os olhos para fitar os de Percy – idênticos aos seus – a garota manteve o olhar baixo. Parecia chateada, o irmão constatou.

Não havia mais a ser dito entre os três, como o longo silêncio deixou claro.

—Devo me retirar. – e entregou uma carta a Percy. – Faça o favor de entregar a carta ao Quíron. Contém as informações necessárias sobre Lorena.

Poseidon apertou a mão do filho mais velho, e então se virou para Lorena.

O deus havia feito muito para protegê-la. Foi uma situação complicada, quando a menina nasceu. A melhor opção, tanto para Poseidon quanto para a criança, foi manter sua existência em segredo absoluto.

E agora estava ali, entregando sua filha a um destino profético sem nexo. O deus suspirou, nervoso – estaria fazendo a coisa certa? Por fim, abraçou suavemente a garota, por não mais do que alguns segundos. Olhou-a uma última vez e se afastou, voltando ao mar.

Sobraram então Percy e Lorena. Ambos olhavam um ao outro. Os olhos eram idênticos, mas Percy era um pouco mais bronzeado. Talvez isso se devesse ao tempo que Lorena passou no fundo do oceano.

Nenhum dos dois sabia o que dizer. Até aquele dia, não haviam se conhecido. Percy optou por se oferecer para mostrar o Acampamento e o chalé de Poseidon a ela – que aceitou.

Primeiro, foram ao chalé. Lorena precisava deixar suas coisas lá. Escolheu um dos beliches vazios, colocando suas coisas sobre ele. Percy observou enquanto ela guardou suas poucas roupas em gavetas e colocou todas as armas que havia trazido na parede (E não eram poucas! Era uma variedade imensa de instrumentos de luta – alguns de ataque, alguns de defesa, outros mais versáteis – de todos os tamanhos e culturas possíveis). Lorena escolheu um sabre, que embainhou numa bainha de costas, e colocou no ombro antes de saírem.

—Você... vai levar isso? – perguntou Percy, abaixando-se para pegar uma lata de Coke do fardo embaixo da cama.

—Ah... estou acostumada a carregar armas. É desnecessário, você acha? – perguntou, parecendo um pouco indecisa sobre como proceder.

—Aqui dentro não vai ser necessário.

A garota assentiu.

—Você quer uma?

Lorena sorriu.

—Papai não me deixa tomar muitas dessas.

Percy jogou uma pra irmã.

—Você... ficou lá o tempo todo? – perguntou, se sentando na própria cama.

Lorena já havia acabado de organizar os pertences que trouxera, e assentiu com a cabeça, abrindo um espaço para que se sentasse.

—Desde que me lembro.

—Deve ter sido... – Percy não teve palavras para completar o pensamento.

—Bom. Foi bom.

—Não era solitário? – as poucas vezes que Percy descera ao Reino do pai, se sentira um pouco sozinho lá. Não havia muito o que fazer, e pensar na ideia de uma criança crescendo lá parecia ainda mais solitário.

—Não muito. Papai sempre me deu um pouco de atenção. E tinha Tritão... ele é meu... nosso... irmão.

—Vocês eram próximos?

—É. A gente era sim.

Um clima de silêncio se estabeleceu novamente. Percy não sabia o que falar perto da garota – temia falar a coisa errada, então simplesmente (e, considerando que Percy é um filho de Poseidon, assustadoramente) ele estava pensando duas vezes antes de falar.

—Vamos?

X-X

Percy levou Lorena para a Arena primeiro. Ele sabia, só pela quantidade de armas que a garota possuía, que ela gostaria do local. A esta hora, passadas seis e meia, alguns campistas (aqueles de Apolo mencionados acima) já começavam a acordar, mas a Arena ainda estava vazia. Percy mostrou a Lorena o Arsenal – a irmã parecia conhecer (e até saber usar) cada uma das armas que havia ali.

Depois, levou-a aos estábulos, onde alguns cavalos amigáveis fizeram questão de se apresentar.

Quando chegaram aos campos de morangos, Lorena pareceu fascinada. Estavam na temporada, então, havia morangos em todos os lugares. Se ajoelharam e procuraram os mais vermelhos entre as folhas.

Após um ano sem comer os morangos do Acampamento, Percy tinha esquecido como eram doces e deliciosos.

—Nunca comi um morango tão gostoso – comentou a irmã, colocando os sentimentos dos dois em palavras.

Percy sorriu, concordando.

Passaram então pela Casa Grande, ambos com as mãos cheias de morangos. Percy explicou sobre o Sr. D e Quíron brevemente, mas certamente não era um lugar muito interessante.

—Você joga vôlei? – perguntou à irmã.

Lori mordeu o lábio.

—Ahm... vô...lei?

Por um momento, Percy olhou a irmã como se ela fosse um E.T.

—Você... não sabe o que é vôlei?

Lorena piscou, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

—Não.

Os dois se encararam por um momento antes de Percy explicar:

—É um esporte. Tá vendo aquela rede? – apontou, no campo de vôlei, visível não muito ao longe. – Você tem que passar a bola por ela. Não pode impedir que o outro time acerte a bola no chão do seu lado da quadra. Não pode acertar a bola fora. É bem simples. Talvez mais tarde você possa tentar.

Lorena não disse nada – só assentiu.

Passaram pelo Pavilhão de Artes e Ofícios – mas não era muito interessante para os filhos de Poseidon. O anfiteatro, onde eram feitas as fogueiras à noite, e por fim, a parede de escalada.

Lorena estava tão ansiosa para tentar o desafio que quase o fez ali mesmo – desarmada e despreparada. Felizmente, Percy conseguiu dissuadí-la.

Quando alcançaram o refeitório, o café da manhã já estava sendo servido. O que era ótimo, porque, estando acordado havia duas horas e sem comer nada, o estômago de Percy roncava e se contorcia. Quando sentiu o cheiro de pão de queijo, saiu praticamente correndo, com a irmã em seus calcanhares.

Ainda na fila, trombou com Annabeth. A loira sorriu, desejando bom dia, e perguntou a Lorena quando ela havia chego.

—Hoje mesmo.

Já ia abrir a boca para fazer outra pergunta quando reparou melhor os olhos da garota. Há um ditado popular que diz que, para um bom entendedor, meia palavra basta. Annabeth não precisou de nenhuma palavra. Aqueles olhos verdes diziam tudo.

Olhou para Percy, confusa, os olhos pedindo uma explicação.

—Poseidon deixou-a aqui hoje cedo. – deu de ombros, sem saber como explicar.

O fato de que Poseidon havia deixado-a ali não era nada. Onde essas garota tinha estado? E a profecia que Percy cumpriu? E os outros deuses? Mas ninguém possuía essas respostas.

Annabeth olhou a nova campista por um momento. Lorena, constrangida, estendeu a mão

—Eu sou Lorena.

Annabeth não perdeu tempo. Puxou a garota para um abraço.

—É um prazer, Lori. Acho que vamos ser muito amigas.

Lorena não recebia muitos abraços, mas retribuiu o melhor que conseguiu.

A tal altura da conversa, já haviam se servido.

—Você precisa se sentar na mesa do seu chalé. – Annabeth explicou, apontando a mesa de Poseidon – Percy senta lá com você.

Lorena acenou com a cabeça e seguiu na direção apontada.

Quando Percy tomou o lugar a sua frente, comentou:

—Não se preocupe. As pessoas estranham mesmo ter outra filha de Poseidon, principalmente por você ter ficado escondida esse tempo todo e a profecia...

Lorena franziu a testa, e por um momento, parou de olhar em volta e focou em Percy.

—Profecia?


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Notas finais do capítulo

E ai? Que acharam?