Deadland escrita por Evy


Capítulo 2
Cortem-lhe a cabeça!


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, e se acharem um erro por favor me avisem para eu vir correndo ver!



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Heather achou a toca do coelho engraçada.

Enquanto caia, perdeu o fôlego do grito que a acompanhara desde que tinha desequilibrado lá em cima. “É muito grande!” pensou, desesperando-se, “Eu vou morrer quando chegar lá embaixo!”. Ela fechou os olhos e desejou que acordasse em sua cama quentinha no campo da faculdade, onde tinha sua amiga como colega e que nunca tivesse a ideia de ir a maldita festa. Afinal, era muito orgulhosa para aceitar que a culpa de estar caindo infinitamente naquele buraco era total dela. Então culpava a festa

Heather sentiu uma sensação estranha como se tivesse entrado em um lugar diferente, com  uma atmosfera totalmente estranha. Uma claridade podia ser vista mesmo que estivesse de costas para o final da toca, que era o caso, fechou os olhos instintivamente. Já estava agradecendo mentalmente por todos os dezenove anos de vida, por todo o amor que ganhou. Já podia imaginar o baque do seu corpo no chão de sabe-se lá onde. Mas não aconteceu.

Sentiu um chão frio ao contrário de dor. Abriu as mãos que estavam fechadas até agora por culpa do nervosismo, as sentiu queimarem por causa da pressão, mas ignorou. Apalpou o chão ao seu redor e teve certeza que estava deitada. Não tinha se machucado. Mas como? Será que tinha morrido? Era assim que se morria? Você sente-se caindo, agradece a vida e simplesmente, puf, morre? Achou sem graça, ao mesmo agradeceu por não ter sentindo dor na morte.

Espera, ela tinha morrido?

— Você pode abrir os olhos, sabe disso não sabe senhorita? — Heather escutou a mesma voz que a assustou lá em cima soar atrás de si. Uma voz doce, autoritária sem ser arrogante, uma voz tranqüila e boa de escutar.

Abriu os olhos, se acostumando com a claridade ao seu redor. Sua primeira figura a forma-se foi uma arvore. Duas arvores. Três arvores. Várias arvores, uma floresta. Apoiou-se no chão, e sentou olhando em volta a quantidade imensa de natureza a sua volta. O lugar onde estava era um pouco mais elevado no chão, com um chão brilhante e limpo, com cercas provavelmente de madeira e com um telhado alto. Heather levou às mãos a cabeça, apertando-as e praguejando baixinho pela dor que sentia.

—  Onde estou? — Perguntou tentando levantar, porém quando conseguiu sentiu suas pernas falharem, e se não fosse por um par de mãos a segura-la, estaria de volta ao chão. A garota olhou quem a havia segurado e quase perdeu o fôlego mais uma vez naquele dia.

Alto, muito mais alto que ela, que não era nem tão pequena. Tinha um lindo cabelo platinado, com as pontas escuras, Heather também notou que ele era bastante forte e rápido, por ter conseguido pega-la a tempo antes de cair como uma jaca no chão. Mas nada chamou mais a atenção dela do que seus olhos, que tinham cores diferenciadas, o esquerdo verde e o direito âmbar. A garota teve certeza que ficou bastante tempo encarando-o o moço, até que notou algo bem... engraçado.

Levantou os olhos para sua cabeça e deu de cara com duas orelhas de coelho, e tinha certeza que era de coelho. Ficou alguns segundos perguntando-se porque alguém vestiria elas, e a julgar por sua roupa, que lembrava muito, muito mesmo as roupas do Coelho Branco, do livro de Alice, deveria ser uma fantasia.

— Você está bem, senhorita? — Perguntou, ajudando ela a sentar-se novamente no chão gelado. Por um momento sentiu-se envergonhada, ficou encarando-o descaradamente por bastante tempo, ele pareceu não se importar, mas ela sim. Mas lhe veio a mente que não sabia a onde estava, então sentiu irritação. Pois para ela, o culpado da situação seria ele.

— A onde eu estou? — Perguntou novamente, ajeitando a saia do vestido azul, mantendo sempre contato visual com o platinado.

— A onde mais deveria estar? — Ele respondeu a pergunta, elevando uma das sobrancelhas enquanto retribuía o contado visual da garota.

— Inglaterra... ? — Perguntou como se fosse óbvio, o homem com orelhas de coelho negou levemente com a cabeça, sorrindo gentilmente para ela, e Heather podia jurar ter visto as orelhinhas se mexerem — ... Han, então onde é aqui?

— O País das Maravilhas, é lógico! — Heather arregalou os olhos e levantou rapidamente, sentindo a tontura já melhor, mesmo sabendo que poderia cair a qualquer minuto.

— Maravilhas? País? Tipo o da Alice, Alice no país das maravilhas, com a Rainha de Copas e o Coelho branco? — Perguntou apressadamente, dando um passo para trás, e escorando na cerca do local.

— Bem, a única Alice que conheço ou já conheci é você — Ele disse, olhando para um ponto qualquer, pensando sobre o assunto — E temos sim uma Rainha de Copas, e um coelho branco também, que, aliás... — Ele curvou-se, como os cavaleiros antigos faziam — Sou eu, muito prazer, mas pode me chamar apenas de Lysandre!

Ele pegou a mão de Heather e depositou um beijo ali, depois voltando a sua postura formal de antes, porém sorrindo para ela. Ficou congelada, absorvendo tudo. Estava ficando louca, só podia ser, ou estava sonhando, será que era esquizofrenia ou algo assim? Pessoas normais não conversavam com homens meio coelhos, ou visitavam países estranhos.

— Meu nome não é Alice, é Heather — Foi a única coisa que consegui dizer, não conseguia comporta-se de boa maneira e cumprimentar, e se tentasse seria algo como “Olá Lysandre, é um prazer, eu não sou sua Alice, agora me leve de volta por favor”.

— Não não, toda pessoa que vem de fora, é Alice — Ele explicou enquanto fazia gestos com a mão.

Heather franziu o cenho.

— Eu estou sonhando não é mesmo? Isso tudo, não é real, não é? — Perguntou olhando em volta.

— Posso confiar em você, que nosso mundo é bem real — Ele disse, tirando o relógio do bolso do casaco e surpreendendo-se. — Vamos rápido Alice, ou a rainha vai se zangar conosco!

— Oh céus, eu já disse! Meu nome é Heather e... — Perguntou indo atrás dele, o mais rápido que pode. Já sentia sua cabeça tonta ou cansada. — Espere, a Rainha? O que a rainha quer comigo?

Lysandre andava apressadamente e decididamente em uma direção, olhava pelos lados de vez enquanto, para ter certeza que não estavam sendo seguidos ou espionados, afinal as arvores dali tinha olhos e ouvidos, e o mesmo o território sendo neutro era perigoso.

— Ela... — Deixou a frase morrer, parando no meio do caminho a encarando com um olhar de pena, e como se pedisse perdão —... Ela quer um entretenimento, por isso me fez ir te buscar...

Ele voltou a andar, dessa vez, mais apreensivo com a situação. Como ele seria capaz de entregá-la assim? Sabendo que as chances dela morrer eram maiores que sobreviver. Lysandre se viu mais uma pensando se deveria libertá-la e manda-la correr, e voltar para a Rainha de mãos fazias. Mas não podia, sabia que era errado, e que se não a manda-se para a suposta morte, outros iriam encarar o problema. Talvez muitos outros. 

Já pelo outro lado, Heather estava apavorada. Em menos de dez minutos, descobriu que estava onde era seu mundo favorito desde pequena, que estava a caminho para o castelo de uma louca e psicopata Rainha e que podia morrer. Se tudo ocorresse igual ao que sabia, a Rainha iria avalia-la, se a agradasse, ficaria sobe seu comando, se não... “Cortem-lhe a cabeça!”. Engoliu seco apenas de pensar nisso.

Lysandre pareceu notar o nervosismo e medo da garota.

— Fique calma, a Rainha tem um bom coração apesar de tudo, você vai ficar bem — Disse, pondo-se ao lado da garota e sorrindo para a mesma, tentando passar segurança, o que não deu certo afinal, apenas ficou mais nervosa. Como ele poderia querer passar algo que nem ele tem?

Heather ficou quieta, apenas concordou e andou ao lado dele. A situação era toda estranha, mas certo dia na faculdade, durante uma aula de teatro, um professor disse que se está em uma situação louca ou “zoada”, deveria apenas seguir o curso e não reclamar. Bem, isso para atuar, mas como o mesmo professor disse que deveriam levar o que aprenderam na sala para a vida fora de aula, decidiu apenas seguir o curso.”Meu professor ficaria orgulhoso vendo como estou realmente entrando no papel de Alice” Ironizou em seu pensamento.

Então ela decidiu prestar a atenção ao homem em seu lado. Ele não parecia ser muito mais velho que ela, deveria ter vinte e quatro anos, ou algo assim. Heather queria perguntar muitas coisas, já que tudo era muito novo para a garota, queria saber se o mundo tinha ligação com aquele livro, e a onde estava o coelhinho que a trouxe ali.

“As orelhas de Lysandre são parecidas com a daquele coelho...” Pensou enquanto pulava sobre uma poça de água em seu caminho. Olhou para Lysandre e decidiu arriscar perguntar, que mal faria?

— O coelho que me trouxa aqui, que eu persegui... — Ela chamou a atenção do platinado, que logo respondeu com um simples “hm” — É você?

Ele concordou. Heather sentiu-se eufórica por dentro, e sorriu alegremente.

— Sério?! Então você pode se transformar em um coelho? Que genial! — Ela disse enquanto segurava-lhe o braço, e o balançava, como se conhecessem a anos e tivesse bastante intimidade. Lysandre gostou disso, mesmo estranhando o contato físico e rápido dela.

— Nem tanto, serve quando quero chegar á algum lugar rápido, mas tirando isso é bem normal — Revelou enquanto andavam mais devagar, o platinado sentiu vontade de conversar com a garota, que de certa forma, era sua convidada, ou prisioneira.

— Então as orelhas são reais? — Ele concordou, mesmo não entendendo que tipo de real ela queria dizer com aquilo.

Os dois voltaram a ficar em silêncio, Heather secretamente planejava agarrar e acariciar as orelhas de Lysandre, enquanto o mesmo se divertia em apenas estar ao lado da garota. Porém os dois tiveram seus pensamentos perturbados quando viram a silueta do castelo de Copas, grande e majestoso como Heather imaginava. Se não estivesse tão perturbada, ficaria fascinada.

— Sei que tem muitas perguntas, você pode faze-las depois, quando falar com a rainha — Lysandre parecia cuidadoso com suas palavras, como se qualquer erro pudesse quebrar a jovem ao meio e faze-la desesperar-se.

Se eu sobreviver — Sussurrou enquanto encarava melancolicamente o castelo, que já se aproximava.

— Você vai sobreviver — Disse colocando a mão sobre seu ombro, logo depois se aproximando do portão lateral, pedindo que abrissem.

 

— — —

O Castelo da Rainha era muito bem decorado, tinha uma arquitetura criativa e original. Além de ser gigantesco e majestoso, na visão de uma Heather que nunca tinha visto um castelo, além de Hogwarts. Depois de andarem por um grande jardim, cheio de rosas vermelhas, deram na entrada principal, onde os guardas os acompanharam até a Rainha. A preocupação voltará a cair sobre o corpo e alma dela. E se não conseguisse a atenção da rainha, o que faria para conseguir afinal? Vestiria uma fantasia de palhaço e dançaria Macarena? Ou poderia contar-lhe piadas, mas duvidaria que ela entendesse, ou tivesse senso de humor.

Chegaram em frente á uma das portas do castelo, que era todo em tons de vermelho com branco, e detalhes em preto, imitando as cartas o baralho, Heather também observou que era dessas cores as bandeiras, mas para que serviam? Demarcar território? Ela não sabia, tinha de acrescentar á lista de perguntas que — talvez — ela poderia fazer.

— A Rainha espera vocês — Disse um guarda, abrindo assim as portas. 

Heather descobriu que aquilo dava na sala do trono, ou algo assim.  Descobriu também que não suportava mais a cor vermelha. Com vários pilares o estilo da sala era bem gótico, composto das cores preto e vermelho e, um pouco mais de vermelho. “A cor favorita dela é definitivamente vermelho”  Sussurrou para Lysandre que deu uma risada baixa e discreta. A tal Rainha estava sentada em seu trono, com um vestido cheio de babados e enchimentos, com quadrados, triângulos e várias formas nos tecidos. Era um vestido bonito, Heather tinha que admitir.

A Rainha não era tão horrível quando ela imaginava, tinha traços asiáticos, seu cabelo preto caia perfeitamente sobre seus ombros, e sua franja parecia minimamente acertada e sua testa. Era baixa, talvez Heather fosse maior que ela, mas á julgar pelo tamanho do salto que usava as duas teriam o mesmo tamanho ou pouco de diferença.  

— Demoraram heim? — A Rainha disse, Heather se retraiu parando em frente ao trono ao lado de Lysandre que se manteve quieto até agora.

Já mais perto, pode analisar mais os dois que acompanhavam a majestade em seu trono. Do lado direito, bem próximo a ela estava uma garota loira acobreada, seus cabelos eram curtos e lisos, com algumas ondulações as pontas. Sua pele era clara e seu olho verde esmeralda chamativo, bem bonito, porém Heather não gostou da expressão da loira, e logo viu que não se dariam bem.

Ao lado esquerdo dela, mais afastado, tinham um jovem. Ele tinha cabelo loiro também, porém mais claro, a pele um pouco bronzeada e através de seu traje deduziu que parecia ser roupas da burguesia, assim como a loira rabugenta. “Século dezenove? É isso mesmo?” Heather encarou o garoto loiro, gostou da cor mel dos olhos dele, ele também a encarou. Os dois se olharam por algum tempo, depois desviaram envergonhados.

— Aconteceram contratempos, majestade — Disse Lysandre, respondendo a rainha, o mesmo parecia não achar a situação estranha, mas Heather segurou para não fazer careta quando ouviu a palavra “majestade”.

— O importante é que estão aqui, não é mesmo? — Perguntou um empregado que estava parado a alguns metros do trono.

— Cale-se! — Gritou a rainha, batendo com seu cetro no chão, o mesmo tinha um coração vermelho na ponta, e parecia ser totalmente dourado tirando aquela parte. Heather levou um surto, dando um micro pulo no lugar, assustava-se facilmente. — Então, Alice, vai ser capaz de me entreter?

Em outras condições ela responderia que sim, e confiaria em suas habilidades de improviso. Porém a pergunta foi feita com tanta maldade e veneno, que podia jurar que viu um liquido do tipo escorrer da boca da rainha. Então apenas ficou quieta, a encarando.

— O que foi, o gato comeu a língua dela? — A loira perguntou, fazendo todos os empregados e a própria rainha rirem. Heather encolheu os ombros e recebeu um olhar preocupado de Lysandre que apenas suspirou.

O loiro não havia rido, pelo menos tinha uma boa consciência ao contrário de suas amigas.

— Muito bem Lysandre, está dispensado, vá ver como está os preparativos para o chá, vá! — A Rainha disse fazendo movimentos com a mão, como se o espantasse.  Antes de sair, olhou para Heather e sorriu para a mesma, torcia que tudo desse certo para a garota, não gostava de ver ninguém sofrendo nas mãos de sua rainha. E sem dizer nada, apenas concordou e saio em direção a uma porta qualquer acompanhado de dois empregados.

— Acho que aquele coelho inútil não explicou nada para você não é Alice? — A Majestade perguntou, inclinando a cabeça para o lado. Heather sentiu a língua coçando para dizer que seu nome não era Alice, pouco menos que Lysandre era um coelho inútil, mas viu que não adiantaria. Isso só faria sua morte ser adiantada, afinal a Rainha parecia não gostar de ser contrariada.

— Não, senhora — Disse apenas, forçando-se muito a falar a ultima palavra. A Senhora sorriu, um sorriso diabólico, então suspirou.

— Você não precisa saber de nada mesmo — Disse por fim, como se Heather fosse só mais algum brinquedo que acabara de ganhar, e estava testando se funcionava ou não, como uma grande criança. A pobre “Alice” apenas encolheu os ombros, sentindo vontade de pular em cima da rainha e rasgar seu vestido. — Bem eu estou cansada e quero logo meu chá para tirar meu sono da tarde, então vamos ao ponto...

Ela estendeu a mão para o garoto loiro, que até agora apenas encarava a cena. O mesmo fitou a mão da majestade sem entender, a mulher mexeu seus dedos indicando que queria ajuda para levantar-se, o mesmo o fez, suspirando.

— Você tem quinze segundos, Alice — A Rainha disse por fim, cruzando seus braços em baixo de seus seios, e encarando a garota a sua frente com desprezo — Você tem quinze segundos para me divertir, se não, perde sua cabeça, simples! Começando agora!

— Um... Dois... Três... — Um dos empregados contou baixinho, fazendo Heather arrepiar-se.

— Divertir? — Heather perguntou, enquanto arregalava os olhos. Ela estava brincando, não estava? Como ela queria que Heather fizesse aquilo?

Cinco... Seis... Sete... — A contagem do empregado misturou-se com o Tic-Tac do relógio fazendo a pobre garota entrar em desespero. Olhou para os lados mas não teve nenhuma Idea brilhante de entretenimento. — Dez... Onze... Doze...

Heather finalmente pois os olhos em um Piano preto localizado no salão. Piano. Aulas. Faculdade. Musica. Cantar. Cantar! Heather poderia cantar para a rainha, tratou de andar até o piano porém a voz do empregado a fez parar assim que deu dois passos.

— Quinze! Acabou seu tempo querida — Disse a empregada, parecendo realmente triste por aquilo. Heather olhou para a rainha que a encarou com tédio.

— Que perda de tempo essa Alice, não vejo salvação para ela Li — A Loira azeda disse enquanto suspirava, até parece que se importava.

O coração de Heather apertou.

—Eu também não vejo Ambre, avisem o Coelho Inútil que precisamos de outra Alice — A rainha dirigiu-se para a porta mas antes, virou-se para encarar Heather, que ainda tinha um fio de esperança mínimo que ela a desse mais uma chance, ou que a enviasse para seu mundo — Apenas, cortem-lhe a cabeça!

E assim, a majestade cortou o ultimo fino fio que Heather tinha de esperança.


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Notas finais do capítulo

É isso gente, nossa protagonista vai morrer muito obrigada por tudo... MENTIRINHA



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