Rachel encarava o quintal pela janela do quarto.
A foto em suas mãos estava um pouco desgastada pelo tempo, mas o rosto da garota ainda era visível.
A judia, agora com oitenta e três anos e cinco Tonys, nunca havia esquecido a primeira e única namorada.
Rachel até tentou, mas não conseguia estar com mais ninguém. Mesmo depois de anos, ela só conseguia pensar na loira.
O relógio atrás dela soou meia noite e uma lagrima solitária escorreu por seu rosto. Como todos os anos.
– Sessenta e quatro anos sem você. – murmurou antes de levantar e ir em direção a sua cama.
Estava cansada, pois havia acabado de voltar do aniversário de oito anos do seu primeiro bisneto. Não era como se isso fosse normal da judia, que as vezes ainda vazia uma participação ou outra em filmes e series, mas estava na hora de admitir: estava velha de mais para essas coisas.
Deitou e se cobriu até o pescoço, como fazia todas as noites.
Fechou os olhos, apertando a fotografia contra o peito, e respirou fundo, esperando que o sono a embalasse.
No dia seguinte, o nome de Rachel Berry estampava todos os jornais, revistas e sites de fofoca.
As manchetes?
Rachel Berry, atriz da Broadway, morre aos oitenta e três anos após ter um infarto em seu quarto no meio da noite.