—E então pessoal, gostaram da nova escola?  –Carol perguntou, enquanto olhava para as crianças, que já estavam jantando.

—Eu gostei! Lá é muito bonito!  –comentou Cristina sorrindo feliz

—A escola ou aquele garoto? Como é mesmo o nome dele? Ah, lembrei, Jorge. –disse Vivi sorrindo maliciosamente, fazendo Cris ficar envergonhada.

—Ah nada haver, Vivi! O Jorge é uma pessoa muito lega, mas somos apenas amigo  –falou a garoto de franjinha.

—Hun, sei!  –falou Thiago rindo, junto de todos os outros.

—Bem, deixando as brincadeirinhas de lado, vocês realmente gostaram da nova escola? –perguntou, novamente, Carol.

—Sim, lá é muito legal mesmo! –respondeu Tati

—Confesso que estava nervosa e com medo, de não me enturmar, mas acabou tudo certo! Claro que tem uns idiotas, mas lá é muito legal! –Ana, a ruivinha, falou.

—Isso é bom, crianças! Sabem, eu não estava concordando muito com a ideia de vocês mudarem de escola, pois eu estava com medo de se sentirem estranhos ou algo do tipo. Mas estou feliz que gostaram! –disse a mulher sorrindo, logo depois de falar, Carol se levanta da mesa e fala  -Agora eu vou para um encontro, com o Junior é claro, então, boa noite meu amores! –falou e logo apressou o passo, pois, além de estar atrasada para encontrar o namorado, não queria que as crianças ficassem enchendo a cabeça dela com os costumeiros “huunn”. Riu com os pensamentos e fechou o portão do orfanato.

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Suspirou talvez um pouco frustrado, aquela situação era ridícula, para si.

Era tão estranho estar gostando de alguém, verdadeiramente, mas, apesar da confusão em seu coração, Eduardo estava irritado consigo mesmo.

Era ridículo para um Almeida Campos não consegui chegar em uma garota e confessar os seus sentimentos, principalmente, por ele ser Eduardo.

Mas este era apenas mais uma coisa que Cristina lhe causava.

Quando era com Mili, as coisas eram tão diferentes. Não precisava ficar tão tímido perto de Milena, na verdade Duda nunca ficou tão afoito, como está agora, perto de Mili.

Estava pensando exatamente nisso, o que levou a afirmação: Na época em que dizia gostar de Mili era completamente diferente de agora, porque pôde perceber, nunca gostou de Milena verdadeiramente, percebeu isso quando finalmente percebeu, e aceitou, os seus sentimentos por Cristina.

Sorriu com os próprios pensamentos, realmente gostava de Cris.

Pata estava certa, quando lhe disse que Cris poderia se apaixonar por aquele garoto loiro, ou por qualquer outro, afinal a garota era de se apaixonar facilmente, mas isso não aconteceria! Cristina será sua!

Exatamente, Cristina será sua! Cristina será de Eduardo Almeida Campos!

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—Hun... Bibi, você sabe como é estar apaixonada? –perguntou Maria, baixinho.

—Como assim girl? Você está apaixonada? –perguntou a ruiva com os olhos levemente arregalados  -Por quem? Não me vai dizer que é pelo Jorge! –perguntou com um sorriso.

—Claro que não Bibi, eu não estou apaixonada por ninguém! Eu só queria saber como é estar apaixonada... –Maria Joaquina respondeu, envergonha. E Bibi apenas deu um pequeno sorriso, fingindo não ter notado o rosto levemente corado da melhor amiga.

—Estar apaixonada é uma sensação boa, mas ao mesmo tempo estranha. Você começa a pensar muito no amado, e quando está longe dele você apenas quer estar perto  –Bibi deu uma paradinha e olhou Maria, como o esperado. A amiga estava ainda com as bochechas vermelhas e prestando muito atenção.

—Por que você parou Bibi? Continua! –disse Maria

—Tá bom! Bem... Você o olha diferente, e quer apenas estar com a pessoa amada...

—Mas Bibi, você já falou isso! –protestou Maria

—Porque uma pessoa quando está apaixonado só quer estar perto da pessoa amada! –respondeu a ruivinha se cobrindo, já era tarde, estava com sono.

—Mas, como sabe de tudo isso? Você está apaixonada?! –perguntou Maria Joaquina, mas mais parecia uma afirmação.

—Hun?... Um dia... Eu te conto – respondeu Bibi se deixando levar pelo sono.

Maria sorriu, era óbvio que sua melhor amiga estava apaixonada, só faltava saber por quem! E Maria descobriria.

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—Jorge, meu filho. Você está meio estranho! –disse Alberto ao filho

—Estranho? –perguntou o loiro

—Sim... Quer dizer, diferente! Está todo alegre e sorridente. Aconteceu algo de bom? –perguntou o homem

—Ah... Não, eu só estou me dando bem com os meus colegas de classe... E chegaram vários outros colegas, eu acho que vou me dar bem com eles. –falou Jorge se lembrando de Cris... A garota de franjinha. Sorriu com o apelido.

—Sério? Isso é ótimo meu filho! Sabe, eu sempre quis que você parasse com aquele jeito superior. Um dos lados bons da vida, é os amigos, aprenda isso.

—Sim Pai, eu entendo isso agora, mas dessa vez eu farei diferente! –falou Jorge

—Eu espero e estou na torcida para que tudo dê certo! –falou Alberto – Agora filho, eu vou me deita, já é tarde e estou cansado, boa noite  –disse beijando o alto da cabeça de Jorge e subindo as escadas, que davam aos quartos.

Jorge ficou ali, na sala, por mais algum tempo, mas logo foi se deitar também.

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—Sabe Cirilo, você deveria parar de babar assim pela Maria Joaquina –disse o gordinho

—Ah Jaime! Eu gosto da Majô –falou o menor olhando sua paixão de longe.

—Eu sei amigão! E é exatamente por isso que estou falando isso. Você é o meu melhor amigo, e a Maria Joaquina nunca deu bola pra você... Não quero te ver triste, você sabe! –disse Jaime

—Sim, você também é o meu melhor amigo Jaime! Mas eu já tentei parar de gostar da Majô, mas eu nunca consigo, ela é tão linda e legal! –falou Cirilo com os olhos brilhando. Jaime riu.

—Sabe, agora já estamos na adolescência e acho que você deve abrir o jogo com ela. A Maria já sabe que você gosta dela, mas fale o REALMENTE você sente por ela. –aconselhou Jaime –Eu vou indo pra sala, tchau!

 Cirilo olhou novamente para Maria e sorriu, talvez Jaime estivesse certo. Mas... Hoje não.

"Talvez eu devesse olhar em teus olhos e te dizer
o quanto eu estou apaixonado por você;
mas... Acho que isso já não é nenhum segredo,
você certamente sabe disto tão perfeitamente quanto eu...
Mas, ainda assim, talvez eu devesse 
olhar em teus olhos e te dizer
o quanto estou apaixonado por você,
mas... Hoje não."

Augusto Branco