Alone Together escrita por Teru


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Eu só... Quis escrever e escrevi. Não é a melhor fanfic, mas eu gostei muito de trabalhar nela/talvez eu dê continuidade em algo mais concreto algum dia.
Me apaixonei mesmo nesses dois... Esse Jimin tão apaixonado e esse Jungkook que não trata ele feito lixo.
Mesmo que sendo o título, eu não me baseei em momento algum na música do Fall Out Boy. Ela simplesmente veio sambando na minha cara quando eu parei pra pensar em um nome para dar à história.
É bem curtinha, bem melosa e bem fofa -na minha opinião-.
Espero que gostem!
~Algumas observações lá embaixo!!



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De: Park Jimin.

Eu gosto de beber café sozinho.

Gosto de ter uma casa e um espaço só meu, sem ter que me preocupar com a bagunça dos outros.

Gosto de andar sozinho na rua e de ir para casa sozinho depois de um dia cheio no trabalho, ouvindo minhas músicas sozinho.

Gosto de cuidar dos meus deveres sozinho, do meu jeito.

Gosto de fazer tudo sozinho porque me acalma. Me ajuda a por minha mente em ordem e a clarear minhas ideias.

E por isso uma vida a um nunca me pareceu uma má ideia.

Mas depois de você, me dei conta de que meu apartamento é muito espaçoso para uma pessoa só. Notei que aquela cama de solteiro fica estranhamente desconfortável e imensamente grande quando não se tem alguém com quem entrelaçar as pernas durante o sono. Percebi que escutar sempre as mesmas melodias enjoa e que não sair da zona de conforto torna a vida monótona e sem gosto, tão igual ao meu cappuccino todas as manhãs.

Eu não tenho ninguém esses tempos. E eu achei que estava tudo bem assim, mas você apareceu de repente e me transformou em uma bagunça só. Em um momento eu tinha toda uma vida programada pela frente, feita e sem grandes complicações ou contratempos, para então não ter mais certeza de nada e voltar aos quinze anos, naquela época em que eu queria soltar o mundo para ir atrás dos meus sonhos. Hoje mesmo eu já pensei inúmeras vezes em jogar tudo para o alto e ir até você. Largar o meu mundo para segurar a sua mão.

Você me faz querer ser louco.

Eu... Não te entendo. Gosta de irritar os outros e fazer com que se sintam inferiores perto de si, mas odeia quando alguém se magoa de verdade com suas brincadeiras de mau gosto e insiste em dizer que “nunca te chamei de feio, Jimin hyung!” ou “eu nunca disse que você não tem talento, Jimin hyung!”, discordando e usando aquele tom de voz impertinente como se a culpa da chateação alheia não fosse propriamente sua.

Ah... Como você me irrita quando faz essas coisas. E são tantas coisas...

Quando aparece do nada, sem avisar, me pagando desprevenido nos meus momentos de vagabundo; Sempre que chega de fininho na madrugada e pede um afago manhoso e carente, apenas porque sentiu saudades e não dá à mínima quando eu reclamo que preciso dormir para ir trabalhar; Quando me chama de canto em lugares tumultuosos apenas para dizer que me ama e me deixar constrangido; Aquelas vezes em que desligou o despertador justamente para que eu perdesse a hora e passasse o dia com você de folga; Naquela ocasião em que você me fez gemer tão alto que eu fui obrigado a ouvir reclamações dos vizinhos no dia seguinte graças ao barulho profano; Todas as brigas em que você me acusa de não ter tempo para passar contigo e ameaça me deixar, somente para me assistir com medo de te perder...

Tudo isso me irrita. Todas essas situações me irritam.

Mas o que mais me irrita é que mesmo me deixando tão encabulado e furioso, eu sorrio. Porque eu gosto dos seus carinhos. Eu gosto do seu calor, eu gosto de quando você age feito um carente, eu gosto de quando você me surpreende, eu gosto de quando você me xinga de idiota e me chama de feio, porque você sorri ao fazê-lo. E eu amo o seu sorriso. Eu amo como você vê tudo como uma grande brincadeira, tão igual uma criança faria. Eu amo seu jeito pragmático de resolver as coisas. Mesmo que o nosso mundo esteja desmoronando, você me segura e não me deixa cair sozinho.

Jeon Jungkook, há tempos que eu tento te dizer tudo isso. Mas... Quando você está rente a mim, tão perto, eu esqueço de todo o discurso e só consigo me concentrar naquele sentimento massacrante, a vontade de te ter, de te ouvir, de te olhar.

Você sempre me cobra um “eu te amo” aqui, outro “eu te amo” ali, mas a verdade é que “eu te amo” é uma frase tão simples de falar e tão dita por ai que perdeu o valor que tem.

Eu quero que você reconheça o que eu sinto por você sem eu ter que te dizer. Eu quero que você consiga ver algum dia o que acontece com o meu organismo quando eu te encontro. Quero que você me olhe sem eu saber que você está por perto e perceba o quanto minha personalidade muda, do oito para o oitenta, com você.

Eu tenho medo de te perder. Tenho medo de que você se canse de mim. Tenho medo que algo de ruim te aconteça. Tenho medo de que você vá para longe e não me leve junto.

Contudo, eu sei que nada disso vai se tornar realidade.

Porque eu sei como você se sente em relação a mim.

E eu tenho inveja, porque nunca irei conseguir demonstrar como você demonstra. Talvez o que me impeça seja a lembrança de amores passados que não fincaram e acabaram deixando cicatrizes um tanto profundas ou eu sou apenas um idiota mesmo.

Eu aposto mais nessa segunda opção, já que ninguém jamais iria conseguir deixar uma marca mais forte do que a que você deixaria caso decidisse que eu não sou bom o suficiente.

Eu provavelmente nunca te esqueceria e jamais poderia seguir em frente.

Porém, tem algo dentro de mim que me sussurra todos os dias com certa convicção que você sabe como eu me sinto. Eu acho que em cada encontrar de olhares; cada sorriso que me escapa pelos lábios; a forma como eu permito que você me toque, sempre que quer; como eu brinco com seus cabelos; como eu te beijo completamente entregue e aéreo... Eu acho que em todas essas pequenas coisas, você é capaz de sentir o quanto eu te pertenço.

E por isso que eu quero uma vida a dois com você.

E só você.

Não porque eu não conseguiria viver sem você, mas... Na verdade... É por isso mesmo. Por egoísmo.

Você não é minha propriedade, mas eu virei dependente dessa droga maldita que você injetou no meu corpo enquanto eu estava distraído demais com o brilho dos teus olhos. E eu odeio saber que tenho que te dividir com o restante do nosso universo.

Você não conhece essa parte de mim, e se chegar a conhecer algum dia talvez então eu deixe de te ter comigo, já que não é o melhor ponto da minha pessoa.

Eu achava que sabia o que era ciúmes antes de te conhecer. Mas eu nunca tinha namorado alguém com uma vida social tão ativa e com tantos amigos e com tantas pessoas mais incríveis do que eu ao seu redor.

Pra ser sincero, eu não sei o que você viu em mim.

E eu prefiro não pensar nisso ou falar sobre isso. Tenho receio de que seja possível eu te convencer que você merece alguém mais semelhante a... Você.

Alguém que goste de sair às três da manhã para comer alguma besteira no McDonald’s e ficar conversando na calçada; Alguém que goste de pegar a estrada durante horas meramente por causa da sensação de estar longe de casa; Alguém que não se arrependa de nada; Alguém que fale as coisas que pensa; Alguém que tenha dezenove anos ou que pelo menos não seja quase dez anos mais velho que você; Alguém que te mereça...

Mesmo que eu tenha passado a gostar de todas essas suas manias e vontades, que me fazem sentir jovem de novo, ainda sim não sou como você. Ainda sim não terei ideias semelhantes as suas que te façam sentir tão vivo com tão pouco.

Eu ainda sou aquele cara que gosta de passar os dias livres lendo um bom livro, assistindo um bom filme, escutando uma boa música...

Eu sou um nada perto de você.

E mesmo assim você me deixou te amar.

E me amou de volta.

Bem... Engraçado como isso era pra ser uma conversa comigo sobre mim mesmo e acabou se tornando uma conversa com você sobre você.

Até aí, nada além do normal.

Essa não é a primeira carta que eu te escrevo, e é provável que também não seja a última, já que existem inúmeras e inúmeras cartas guardadas na minha gaveta, todas sobre o mesmo assunto e com o mesmo destinatário. Todas sobre a mesma pessoa.

Mas eu nunca as enviei. E essa será apenas mais uma que eu não irei entregar.

Você me ligou hoje cedo apenas para saber como eu estava. Disse que daria uma passada “aqui” após o trabalho, e desde esse instante eu estive ansioso esperando por você.

Já são quase onze e meia da noite. Logo mais estaremos juntos novamente.

Eu quero que você venha morar comigo.

Eu quero que você fique para sempre.

Eu quero acordar todo dia ao seu lado.

Eu quero querer te ter pela manhã, mas deixar você dormir mais um pouco.

Eu quero discutir, brigar, jogar tralhas no chão e dizer que não está dando certo, para então notar o erro que cometi e te pedir desculpas e dizer que você é tudo que eu mais desejo.

Eu não quero ter que esperar para te ver de novo.

Eu te quero todo dia.

Eu... Quero uma vida a dois.

Por sua causa eu percebi que... Mesmo que eu goste de ficar sozinho, eu não gosto de estar sozinho.

E com você eu me sinto tão bem.

Eu quero que... Fiquemos juntos.

Mesmo que desamparados.

Para: Jeon Jungkook

 


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Notas finais do capítulo

Tem MUITAS palavras repetidas, eu sei, mas nada que não tenha sido de propósito. Jimin não é um poeta ou escritor e eu achei que não faria sentido escrever algo com frases absurdamente elaboradas e coisa e tal. Suas ideias são confusas e entrelaçadas e é isso aí!
Eu imaginei muitas, muitas situações que eu poderia criar com esse Jungkook e esse Jimin, então é realmente provável que eu faça outra fic baseada nessa!!
Eu fiquei com preguiça de revisar HARCORMENTE, então com certeza há erros. Peço que me alertem!!!
Espero de coração que tenham gostado, e caso tenham, comentem ♥! Ficarei muito feliz em ler sugestões ou qualquer coisa do tipo xD Beijos e obrigada a quem leu até o final!