Porto Seguro - Uma Nova Chance II escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 17
Entre A Dor Nasce Um Novo Amor


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu peço desculpas pela demora, mas emprevistos acontecem. Espero que possam me perdoar.
Boa Leitura ❤



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Um filete de água escorre junto com o sangue e eu me desespero.

—Joana. —É a única pessoa que consigo gritar antes que tudo se apague.

Consigo ouvir vozes, mas meus olhos pesam um pouco, sinto que estou me movendo e meu ventre dói muito. Coloco as mãos sobre a barriga e sinta uma dor muito forte.

—Ana. —Sinto alguém segurar minha mão e abro os olhos lentamente.
—Grace. —Sussurro.
—Eu preciso que você seja forte e fique comigo. Não durma.
—E-eu, vou tentar. —Digo rouca.
—Você está em trabalho de parto, e nós temos que salvar o Teddy, certo?
—Certo. —Digo com um pouco de medo.

Só agora percebo que estou em uma maca e nós estamos correndo pelos corredores de parto.

—Pheobe... —Sussurro.
—Ela está com a sua mãe, agora tentar respirar. Você quer que eu chame o Christian?
—Não. —Digo sentindo sono.
—Você precisa dele Ana. —Grace diz assim que entramos na sala de cirurgia. —Não importa o que houve antes, você o Teddy precisam deles.

Os infermeiros me colocam em cima da mesa de parto e começam a tirar minhas roupas sem a menor cerimônia.
Começo a sentir meu corpo pesado e muito, muito sono.
Grace se aproxima e segura minha mão.

—Você tem que ser forte agora, pelo bem do Teddy, ok?
—Ok. —Digo e sinto uma contração. —Isso dói.
—Eu sei, ainda não está na hora, você tem oito dedos de dilatação. —Ela diz em frente as minhas pernas.

Isso é estranho...

—Pressão normal. —Diz uma enfermeira.
—Ótimo! —Exclama Grace. —Ana, você está com uma horragia e nós vamos tentar contê-la, o Teddy pode chegar à qualquer momento e essa não é a hora, mas ele se apressou um pouco, então eu vou te pedir algo, não durma.
—Eu vou tentar. —Digo e sinto outra contração.
—As contrações estão com intervalo de cinco minutos Dra. Trevelyan. —Diz outra enfermeira.
—Ótimo. —Grace diz.


Todos começam a correr de um lado para outro dentro da sala e eu começo a sentir mais sono do que antes, mas também sinto o intervalo entre as contrações diminuir muito e as dores vem mais fortes.
Fecho meus olhos quase, quase durmo.

—Ana! —Grace grita e vem para o meu lado. —Não durma! Pelo Teddy.
—Eu estou com muito sono. —Digo fechando os olhos.
—Não Ana! —Ela grita de novo. —Se você dormir nós podemos perder o Teddy, seja forte.
—Eu não consigo. —Digo entre lágrimas.
—Consegue sim! —Grace aperta minha mão. —Você não está sozinha, e você tem que lutar, por mais difícil que seja, por mais doloroso ou complicado. Você tem que lutar Anastásia, o Teddy precisa de você, entendeu? Não durma.
—Tudo bem. —Digo sentindo outra contração.
—Nove desdo de dilatação Dra. Trevelyan. —Diz a enfermeira.
—Contrações em dois minutos.
—Pressão abaixando.
—Merda... —Grace diz baixinho e volta para o seu lugar. —Ana, eu preciso que você se concentre em algo bom, nós não podemos perder o Teddy.
—Ok. —Digo e outra contração vem.
—Contrações em trinta segundos. —Diz a enfermeira.
—Vamos lá Ana.

Sinto outra contração e logo em seguida mais uma.

—Contrações quinze segundos.
—Está na hora. —Diz Grace. —Ana, eu preciso que você respire fundo e empurre assim que vier a próxima, ok?
—Ok.

Outra contração vem e eu faço o que Grace pede.
Meu corpo todo dói, o casanso está me dominando, mas eu preciso lutar pelo meu bebê.

—Vamos lá Ana, não podemos perder o Teddy. Força. Agora. —Grace diz e eu faço força.
—Pressão abaixando.

Minha cabeça tomba para trás pelo cansaso e eu meus olhos pesam mais, estamos há muito tempo aqui.

—Ana, não durma! —Grace grita.
—Eu não consigo mais. —Sussurro.

Eu preciso do Christian...

—Eu sei que é difícil, mas você tem que lutar, pelo Teddy.
—Eu não aguento Grace.

Uma enfermeira entra na sala e fala algo para Grace.
Grace me olha e eu vejo esperança em seu olhar.

—Ana, o Christian está ai. —Ela diz e eu sinto meu coração disparar. —Você quer que ele entre.
—Por favor... —Sussurro.

Segundos depois Christian entra e corre para o meu lado, ele segura minha mão e olha em meus olhos, de repente é como se toda a dor e desespero tivesse partido, ele está aqui ao meu lado, comigo... E com o nosos bebê.
Christian aperta minha mão e eu faço força mais uma vez.

—Vamos lá Ana. —Grace sorri. —Ele está coroando. Vamos. Força.

Fecho meus olhos e contraio meu ventre.
Tiro forças de onde não tenho por você pontinho.
Sinto outra contração e empurro, algo estranho acontece e eu ouço um chorinho invadir todo o quarto.

—Você conseguiu Ana. —Grace diz sorrindo.

Minha cabeça dói e tudo gira, fecho meus olhos e a última coisa que ouço é Christian me chamar e um barulho como uma tecla de piano pressionada, tudo é escuro.


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Notas finais do capítulo

Pessoas lindas, só para constar, eu não sei NADA sobre partos, isso acima foi pura invenção de uma mente fértil. Não sei se é assim que acontece, mas está ai, espero que tenham gostado ❤