Qualquer coisa escrita por Miss P


Capítulo 1
Qualquer coisa


Notas iniciais do capítulo

Só pra refrescar a memória de vocês:
“Segundo Uchiha Itachi, Uchiha Izuna não doou seus olhos para o seu irmão, Uchiha Madara. Eles foram cruelmente arrancados por Madara, durante o seu desespero, depois o matou e mentiu para todos os Uchihas que seu irmão havia doado seus olhos para ele proteger o clã.”



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Não sabia dizer o que nele era verdadeiro ou não.

Não sabia até que ponto as palavras, as ações e as insinuações eram verdade.

Nem até onde o mais velho correria para lhe salvar.

Mas sabia que ele faria tudo que pudesse pelo irmão.

Faria qualquer coisa.

Soltou um suspiro afastando a franja longa e bagunçada da testa.

Sentia-se muito frustrado por não saber o que Madara pensava, um interminável enigma era o que seu irmão parecia.

Curvou a cabeça para trás, olhando o sol através da cortina branca que cobria a janela que ficava atrás da cama, tentando imaginar que horas da manhã seriam.

Com um grunhido entediado, voltou à posição anterior e puxou a coberta branca por cima da cabeça com força, resmungando baixinho.

Segundos depois sentiu a mesma sendo levemente suspendida, e logo Madara se arrastava preguiçosamente para mais perto de si, ainda com uma cara sonolenta, lutando para manter os olhos abertos.

— O que foi Izuna? – o mais velho perguntou, deitando o lado direito do rosto no ombro do mais novo, puxando a coberta por cima da cabeça dos dois.

— Hn... Nada – murmurou Izuna levando a mão a nuca de Madara, fazendo um leve cafuné.

— Então volte a dormir – respondeu o mais velho, envolvendo a cintura dele com um dos braços e pondo umas das pernas no meio das dele, se aconchegando mais ao corpo menor – Eu te cansei muito noite passada – terminou, sorrindo de lado.

Izuna grunhiu irritado e puxou a coberta de cima da cabeça de ambos.

— Quem está caindo de sono aqui é você, aniki – retrucou com cinismo, se soltando do mais velho, o empurrando de leve e deitando metade do corpo em cima dele, escondendo o rosto em meio ao pescoço e os longos cabelos negros.

Madara riu, ajeitando a coberta em volta dos corpos nus e apertou o irmão de encontro ao seu corpo.

— Ei pirralho... – chamou ele, fazendo um leve cafuné no topo da cabeça de Izuna, que levantou a cabeça apenas o suficiente para que um dos olhos negros pudesse ser visto pelo outro – Você é meu, sabe disso, não é? – Madara perguntou, massageando a nuca do irmão mais novo.

Izuna arregalou os olhos de leve, mas logo ergueu a cabeça para conseguir dá um suave beijo nos lábios do irmão e voltou a esconder o rosto no pescoço dele.

Então ele sussurrou, o som saindo abafado de encontro a pele do outro:

— Eu sei, aniki.

Ele faria, sem se importar com as consequências... Faria qualquer coisa pelo irmão.

Fim.


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Notas finais do capítulo

Eu crio uns amorzinhos platônicos por personagens que mal aparecem nas histórias... Izuna ♥