Remember me escrita por Chubbs


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez sou muito grata aos reviews de vocês!!! ♥
Estou tentando atualizar o mais rápido possível em vista que estou escrevendo outra história em paralelo para postar assim que Remember me terminar ;)

Boa leitura!



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O dia estava nublado impossibilitando assim qualquer vestígio do sol, a grama molhada denunciava a fina chuva que caíra pela madrugada. As pessoas ali presentes ouviam atentamente as palavras sábias que o sacerdote pronunciava que se misturavam com os choros que por alguns eram abafados enquanto por outros eram altos soluços incensáveis. Cora, mãe de Regina, se mantinha em pé graças ao marido que a segurava fortemente pela cintura enquanto a mesma era consolada por Ingrid a sogra de sua querida filha. Entre todos os presentes, Emma estava logo de frente a aquela placa de metal brilhante jazida ali, presa a grama. A loira havia estado ali todo o tempo sem nem ao menos mover um músculo sequer, seu olhar estava tão perdido naquelas letras garrafais que formavam o nome da mulher que mais havia amado em toda sua vida. Junto com Regina, ela sabia, ia sua vontade de ser feliz, sua vontade de viver.

Quando o sacerdote terminou de dizer suas palavras e deu por encerrado o funeral um forte clarão invadiu o céu seguido pela grossa chuva, rapidamente todos se protegeram sobre seus guarda-chuvas, menos ela. Emma seguiu ali parada enquanto as gotas d’água encharcavam todo seu terninho preto, gotas essas que se misturavam com suas lagrimas que rolavam por seu rosto sem controle, seu peito doía de uma forma insuportável. Ela respirou profundamente puxando o ar para seus pulmões e fechou os olhos, por um segundo sentiu seu cheiro de maçã, por um segundo sentia a textura de sua pele sobre sua mão, por um segundo enxergou seu sorriso, sentiu seu abraço.

Um a um, todos foram embora a deixando sozinha. Lentamente Swan se abaixou até sentar ao lado da lápide de sua esposa e estão inclinou seu corpo quase deitando o mesmo. Contornou cada letra de seu nome, deitou seu rosto sobre a mesma e sorriu fracamente.

― Não é um adeus, minha rainha -suspirou fechando os olhos dando um leve beijo sobre aquele frio metal- Vamos nos encontrar novamente na eternidade e ficaremos para sempre juntas. Eu te prometo, meu amor.

...

Os raios de sol adentrando pelas frestas na cortina a fizeram despertar. Soltou um longo suspiro e se virou mirando aquele lado da cama, tão vazio já há dois anos. Espalmou sua mão, de olhos fechados, por aquele delicado algodão e por alguns segundos foi capaz de sentir o corpo quente e macio da esposa. Abriu lentamente os olhos e o leve sorriso que já começava a se abrir em seus lábios fechou-se rapidamente sentindo o gosto amargo e doloroso da verdade lhe vir com tudo. Regina já não estava mais lá, jamais poderia acordá-la a beijos para depois fazerem amor novamente, jamais sequer poderia vê-la. Uma solitária lagrima rolou por seu rosto e respirou profundamente deixando o ar adentrar em seus pulmões, ao menos precisava deixar de chorar, pensou se revirando na cama. Ouviu a porta ser empurrada e sorriu já sabendo quem era, fechou os olhos se fingindo adormecida, sentiu algo se mover em sua cama e logo uma pequena mãozinha deslizou pelo seu rosto e pôde ouvir um risinho sapeca abafado.

― Dispeta, mãe! – falou Lucille tentando balançá-la -

Emma sorriu e abriu os olhos para sua linda menina. Deus, ela era toda Regina, menos os cabelos que eram claros e os olhos verdes como os seus, mas o resto era todo da outra mãe, o formato do rosto, os olhos tão expressivos principalmente a manha. Suspirou levemente deslizando seus dedos pelo rosto de sua filha que lhe sorriu abertamente como sempre. Ah aquele sorriso tão lindo, tão parecido com o da mãe. Engoliu em seco o nó em sua garganta que parecia nunca ir embora, aquele vazio em seu peito aumentava cada dia mais. Forçou o melhor dos seus sorrisos para sua garotinha e com a voz doce como a de uma mãe carinhosa lhe respondeu.

― Já estou desperta, princesinha.

― Tia Mary está aqui - Emma abraçou sua filha e a trouxe para junto de seu corpo logo a cobrindo. Respirou profundamente inalando aquele cheirinho tão aconchegante de seu bebê e sorriu. Antes que pudesse responder ambas ouviram uma gostosa gargalhada e logo um rostinho alegre apareceu para elas já deitado ao lado de Lucille- Henry já acordou, mãe - a menina gargalhou sentindo seu irmão lhe dar um beijo no rosto enquanto ao mesmo tempo fazia cócegas na barriga- Para, Henry!

― Bom dia, filho - sorriu ao menino que retribuiu o sorriso e também lhe deu um estalado beijo no rosto, o mesmo se ajeitou embaixo as cobertas ao lado da irmã e suspirou fechando os olhos. Emma sentiu aquela tristeza já tão familiar voltar a lhe dominar por completo e em seus olhos se formaram várias lagrimas que ela lutava por controlar. Daria qualquer coisa para que Regina estivesse nesse momento com eles, entre seus braços e sorrindo. Sentiu novamente aquela mãozinha deslizar pelo seu rosto e abriu os olhos encharcados pelas lagrimas, plantou um forçado sorriso como acontecia sempre, depositou um beijo na têmpora de seus filhos e se levantou da cama adentrando ao banheiro.

― A mãe sente falta da mamãe -disse em tom baixo para a irmã que assentiu tristemente abaixando a sua loira cabecinha, brincou com seus dedos até sentir a mão de seu irmão sobre a sua e sorriu para o mesmo- Mas ela tem a nós, Lucy! -seu sorriso foi sincero e puro fazendo o rosto da pequena se iluminar- Vamos...tia Mary está fazendo panquecas para o café.

Emma pôde ouvir as gargalhadas ecoarem pela casa. Sorriu passando as mãos pelos molhados cabelos. Vestia roupas descontraídas, um jeans de boa marca, uma camiseta preta sem mangas e uma camisa xadrez por cima. Escorou na porta da cozinha e viu seus filhos sentados observando como Mary Margareth virava as panquecas ao ar como se fosse um ato de magia, soltou uma baixa gargalhada ao ver como sua filha arregalava os olhos e tinha as duas mãos sobre a boca. Todas as vezes que a morena de cabelos curtos lhes fazia panquecas aqueles dois admiravam tudo com os mesmos risos, as mesmas expressões.

― Ora, quem acordou – Mary Margareth sorriu para a cunhada que adentrou de vez a cozinha se aproximando da mesma lhe dando um beijo no rosto. Sentiu a loira lhe acariciar rapidamente o ventre e seus olhos brilharam pelo carinho que Emma tinha com seu bebê mesmo que ainda estivesse no segundo mês de gestação. Lembrava-se perfeitamente como havia até perdido o ar de tanto rir quando a cunhada lhe tinha dado uma pequena e decorada caixinha de presente onde dentro continha um uniforme do time de basquete em que ela e David torciam, aquela peça era tão pequena que cabia na palma de sua mão- Bom dia, dorminhoca!

― Bom dia para você também, Mary.

Emma sentou-se ao lado dos filhos e acariciou os cabelos de Lucy que desprendeu seu olhar de Mary Margareth e rapidamente voltou toda sua atenção a mãe e lhe abriu o maior sorriso possível, enquanto Henry apenas gargalhava ao sentir a loira lhe fazer cócegas.

― Joga de novo a panqueca, tia! – a garotinha riu apontando para a panqueca em formato de estrela que girava no ar-

― Como pode não cansar disso, minha pequena?

― É magia, mãe. - bateu palminhas -

A loira apenas assentiu e ficou observando a interação de seus pequenos. Magia...como ela queria ter a inocência de uma criança e acreditar em magia.


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Notas finais do capítulo

Então, pessoal, esse capitulo foi mais para mostrar como Emma lidou e vem lidando com a dor da perda de Regina. Foram anos difíceis para a loira e seus filhos, masssss vem reviravolta no próximo capitulo que é o que todas estão esperando.
Peço com carinho que comentem. Bjos!!!



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