Miserável escrita por Sevenaria


Capítulo 1
Miserável - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Heyooooo, primeira one-shot aqui.
Pequena idéia que tive em um bate-papo do facebook, confesso que chorei MUITO enquanto escrevia isso.
Chorem junto comigo, ou não.
Boa leitura~~



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Meu nome é Larissa. Como heroína, Volpina. Atualmente sinto um forte sentimento que acredito ser amor pela minha colega de equipe e de sala, Marinette. Não ria disso, não se pode controlar por quem você se apaixona. Sempre fui uma grande fã dela como Ladybug, fiquei muito surpresa e contente quando ganhei uma gargantilha do meu padrasto e uma pequena criatura que se intitulava Kwami apareceu na minha frente, era uma pequena raposa vermelha que se chamava Panna. Essa criatura me disse que poderia me dar poderes para derrotar um inimigo que já não era fácil de competir.

Foi nesse mesmo ano que comecei a estudar no Colégio Françoise Dupont, fiz vários amigos lá. Marinette já tinha me chamado muita atenção várias vezes, eu sempre observava ela e percebia o quão parecida ela era á Ladybug, comecei a gostar dela aos poucos.
Alguns meses depois, tive prova concreta de que ela era Ladybug, mas também descobri que meu maior rival na guerra estava ao alcance das mãos, Adrien. Ele sabia quem eu era, e de algum jeito, ele também descobriu quem era Marinette. Apenas ela, como Ladybug, se recusava a querer descobrir quem éramos. Se não, ela já saberia desde o começo das aventuras.
Não éramos mais os mesmos na presença de Marinette, levamos a guerra também para nossa vida como civís, Adrien e eu tentávamos chamar a atenção dela boa parte do tempo.
Hoje, 1 ano depois, continuamos com isso. O fim da aula chegou e tomei coragem para chamar ela para tomar um sorvete, ou algo assim. Parece que meu rival pensou a mesma coisa e a chamou no momento em que descemos da pequena escada do portão de entrada.

  - Então, Mari, quer sair comigo hoje para ir no cinema? - Ele disse normalmente, como se fosse da boca para fora, ela corou quando percebeu a pergunta. Isso realmente doeu. 

  - Adrikins, por que sair com ela? Você pode sair comigo. - Chloé disse se jogando nele, mas ele facilmente a tirou de cima dele com uma cara de desgosto. 

  - Não, Marinette, me acompanhe para um sorvete e uma caminhada no parque. - Eu me ajoelhei ao seu lado como aqueles cavalheiros de antigamente. Pude sentir um Adrien me encarando com raiva 

  - Espera, eu chamei primeiro. - Ele falou ainda me encarando e com os braços cruzados. Essa era uma cena rara para ADRIEN. 

  - Alguém como ela deve ganhar um convite perfeito. - Eu disse com um sorriso de canto, confesso que essa parte foi só para provocar ele um pouco. 

  - Está dizendo que eu não pedi direito? - Ele fala entre os dentes, com uma raiva aparente. 

  - Se a carapuça serviu.  

  - Marinette - Ele se ajoelhou e abaixou a cabeça - Concederia-me uma hora de seu tempo para assistir um filme junto a mim? 

  - My lady - Fiquei de boca aberta mas não deixer me passar por vencida. - Por obsequio me daria o prazer de me acompanhar pelo parque e talvez até uma pausa para um sorvete. 

  - Parem com isso. - Ela falou repentinamente. 

  - Ele começou. - Eu argumentei e ele não pareceu contente. 

  - Eu? Eu só convidei ela para ir no cinema. - Ele argumentou - Você que começou 

  - Ninguém que convide alguém sem nenhuma expressão como se estivesse dizendo da boca para fora merece a companhia dessa pessoa. - Eu falei na defensiva 

  - Que droga, Volpina, por que sempre tem que estragar tudo? - Ele praticamente gritou. 
  - Eu?! Não é por que você gosta dela que eu não posso ma-- - Demorou um tempo para eu perceber o que ele tinha falado, se eu estava com raiva, agora eu deveria estar branca como papel. 

  - Volpina? - Marinette disse me encarando. Merda, agora os poucos que ainda ficaram lá estavam com os olhos e os ouvidos vidrados na conversa. 

  - Volpina? Quem você chamou de Volpina? - Eu ri nervosamente. - Grande boca, CHAT. 

Por que eu falei isso? Me arrependi no mesmo segundo e tapei minha boca com as duas mãos. Se antes estava branca, agora eu estava sem cor. Marinette estava estática.

  - Preciso conversar com você a sós. - Ela puxou Adrien pelo braço para algum lugar mais escondido, eu segui eles de longe, minha curiosidade não pode ser ignorada. 

Eles ficaram lá, conversando por alguns minutos, o olhar de cachorrinho apaixonado voltou para Marinette, isso doeu. Eles ficaram conversando mais um pouco, provavelmente sobre o que ela iria pensar agora que sabia. Eles voltaram de mãos dadas.

  - Como ainda consegue gostar dele depois de tudo que ele fez? - Simplismente, saiu da minha boca sem eu poder segurar. 

  - Hã? - Ambos balbuciaram ao mesmo tempo sem entender do que eu estava exatamente falando. 

  - Ele nunca percebeu que você existia, ele mentiu para você e só começou a perceber que você existe por que pensou não ter mais chances com a Ladybug, te tratou como segunda opção. - As palavras fluíam sem eu perceber, apenas muitas vozes gritavam na minha cabeça de uma vez.

Eu não me importava mais com o fato de parecer uma idiota no meio da rua, as lágrimas apenas saíam. 

  - Você é um egoísta horrível, quer que ela te veja como ambos, Adrien e Chat, mas até hoje não aceitou que ela é a Marinette. 

Eu não consegui mais continuar com aquilo, não consegui controlar minhas pernas e fugi. Me senti uma inútil, nem mesmo minha própria mente eu consigo controlar.
Quando percebi, já estava na minha cama apertando meu travesseiro contra meu rosto. Nem mesmo Panna estava lá para me escutar, devo ser mesmo uma solitária miserável. Tirei a gargantilha do meu pescoço e joguei ela em algum canto do meu quarto, eu não conseguiria encarar nenhum dos dois depois disso, seria melhor a Kwami procurar outra pessoa para ajudar.

Meu nome é Larissa. Como vilã, Misapine. Apenas ouço uma voz agora, a voz de quem eu lutava contra quando ainda não tinha perdido a cabeça. Mas eu não me importo, não quero sequer sair debaixo do meu travesseiro. Talvez você devesse apenas procurar outra pessoa com conflitos para mandar um akuma, essa miserável não teria utilidade alguma.


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