Um diamante amaldiçoado, porém muito valioso... A população da cidade de Lavander estremece quando escutavam algo relacionado ao temido objeto; Ou será que muitos deles desejavam obter este?

Existe várias especulações referente ao diamante. Uns acreditam que é pura bobagem essa história de ele ser amaldiçoado; já outros morrem de medo só de ouvirem falar o nome. Embora seja aclamado ele pertence somente a família que é considerada uma das mais ricas da cidade. Nada mais nada menos que a nobreza de cujo sobrenome ''Castiel''...

Tito é um belo rapaz de 33 anos e é muito respeitado por todos na cidade e possui espírito de liderança, carregando no sangue o sobrenome ''Castiel'' … sempre educado e firme nas suas decisões estava aguardando a leitura do testamento que seu pai deixou antes de morrer; apesar da tristeza pois tinha falecido há uma semana. Pai de apenas uma menina chamada: Lyssia uma bela criança 2 anos de olhos claros e cabelos loiros cacheados.

No Casarão da família Natércio caminhava em ritmo acelerado de um lado para o outro coçando a cabeça.

— Que merda! Não aguento mais esperar por essa leitura do testamento. - Sentou-se cruzando a perna direita.

— Se acalme Natércio... não chame de merda o que nosso pai vai nos oferecer daqui alguns instantes. - Sentou-se dando um leve tapa nas costas de seu irmão.

— Ah! Você quer dizer o que ele vai oferecer pra você! Somente para você! Sempre foi o queridinho do vosso pai, pensa que eu não sei? Por isso não estou com tanta expectativa em relação ao que tá escrito lá.

— Você está equivocado! Tivemos tudo na mesma medida, jamais houve qualquer tipo de indiferença na nossa família e você sabe muito bem disso.

— O equivocado aqui é você! - Levantou rapidamento arregalando os olhos para Tito. — Como ousa a falar que nunca houve indifença entre nós, até seus filhinhos queridos sempre foram os netos preferidos. Minha filha Severa niguém a nota.

— Baixe o tom para falar comigo que eu já estou perdendo a paciência com você Natércio – Tito aponta o dedo na cara dele. — E cuidado ao se referir ao meus filhos! Eles são só uma criança e não tem culpa de nada. Se quer me atacar não coloque eles nessa conversa.

Finalmente é chegada a hora da abertura do testamento. Das pessoas presentes estavam Tito e Natércio (filhos do herdeiro) Maria(esposa de Tito e mãe de Lyssia e Mario) e o tabelião que já estava com o testamento em suas mãos. De todos o mais inquieto era Natércio sempre foi um filho de personalidade difícil de lidar; Nunca esteve com vontade de ajudar seu pai nas tarefas que lhe eram dadas. Ao contrário de seu irmão que com sua dedicação e responsabilidade estava sempre a dispor de seu eterno pai. Franscisco acreditava que seu filho tem inveja de Tito.

— O senhor não acha que já pode aglizar a leitura desse testamento? - Indagou Natércio.

— Claro! Agora mesmo...

Carta escrita por Franscisco:

''Meus filhos queridos. É com imensa dor que escrevo essa carta para vocês. A ideia de partir sempre foi uma palavra forte para mim. Vivemos e acabamos nos esquecendo da morte, como se ela nunca chegasse e fosse extinta adotando a vida eterna; infelizmente as coisas não acontecem da maneira que queremos. Primeiramente venho a dizer que sentirei muitas saudades de vocês dois, meus filhos.
Agradeço a você Tito por ter sido um filho incrível que sempre estava disposto ajudar seu velho pai. Você sabe que nunca exigir nada, na verdade nunca exigir nada de vocês, bom... vocês sabem. Natércio independente de nossas brigas saiba que eu te amo muito meu filho. Me preocupo com o que possa acontecer com você... na pessoa que você pode ser tornar daqui pra frente na minha ausência. As vezes sua personalidade me assustava. Por isso Natércio não alimente mágoas até porque não tem motivo, não deixer crescer dentro de você sentimentos sombrios. Sobre meus bens Tito deixarei 80% da herança ao seu dispor; nada mais justo e você merece. Nesse 80% inclui o casarão que já está em seu nome na cidade de Vermont, incluindo a imensa plantação de café que será de sua inteira responsabilidade.
Natércio meu filho, o diamante ficará em seu comando. Não acredito que ele seja amaldiçoado e você poderá vendê-lo, sendo assim adquirindo muito dinheiro. Encerro essa carta sem mais...''

Franscisco Castiel.

Natércio rapidamente entrou em desespero. E seguiu em direção ao seu irmão puxando-o pela camisa usando um punho. Olhava no fundo dos seus olhos com uma expressão raivosa. Suas vistas se lacrimejaram no mesmo instante. Tito demonstrou calma ao ataque de seu irmão tentando apensas desvencilhar segurando firme no antebraço do mesmo.

— Eu odeio você! Odeio fazer parte dessa família de merda! Como meu pai teve coragem... Aliás, paro para pensar se ainda devo chamar aquela criatura de meu pai.

— Eu entendo sua revolta, mas não se precipite meu irmão. Você está com um diamante valioso em mãos. Nosso pai não foi injusto com você. Olha! Você pode vendê-lo e comprar uma casa, abrir um negócio... esse objeto vai te dá muito dinheiro.

— Dane-se! - Deu um leve empurro em Tito. —Você sabe muito bem que esse diamante é amaldiçoado eu não vou ficar com essa porcaria... Vocês vão me pagar! Eu juro! Vão me pagar muito caro...

                                ….......

Maria estava no escritório do casarão muito ocupada. Sua mesa era uma bagunça cheio de contratos espalhados por todos os cantos. Deu uma tosse de leve logo após ter apanhado alguns documentos empoeirados colocando-os centralizados em cima da mesa. Abriu a gaveta do lado direito e pegou uma caneta que estava em fácil acesso e começou a assinar as papeladas...

João é empregado de muitos anos da família, aliás já é quase que um membro junto com sua filha Cibelle que tem a mesma idade que Lyssia.

Trabalha na plantação de café e é considerado uma pessoa de extrema confiança tomando conta das finanças exercidas da plantação.... assim como a exportação e importação de café gerando muito dinheiro para seus patrões.

Natércio entra no escritório completamente atordoado e Maria se assusta com sua expressão fora do normal. Ele estava suado, como se estivesse feito um esforço trabalhoso. Apanhou um pano que estava no armário ao lado da mesa de Maria e secou seu rosto fixando seu olhar em Maria.

— O que houve Natércio? Posso te ajudar em algo?

— Dispenso sua ajuda, só quero sumir de uma vez por todas dessa casa, para nunca mais olhar paravocês!

— Certamente está assim por conta da leitura do testamento... Mas enfim isso não importa, o que importa é que chegou a hora de eu revelar a verdade.

— Que verdade? - Arregalou os olhos, encarando atentamente, esperando a resposta.

— João precisa saber a verdade... - Susurrou.

— Você está louca? - Foi em direção a porta e trancou. - Jamais! Em hipótese alguma João ficará sabendo disso... você não tem esse direito, se contar eu nem sei do que sou capaz...

— Vocês está me ameaçando? -Gritou em um tom elevado. - Detesto injustiça Natércio e uma hora a verdade vai aparecer, agora saía imediatamente do meu escritório! Suma da minha frente eu não quero mais olha na tua cara, sem caráter.

2 dias depois...

Como a leitura do testamento já tinha sido lida, não tinha mais motivos para a família continuar na cidade de Lavander. Agora o próximo destino seria a cidade de Vermont. Tito e sua esposa já estavam de malas prontas; embora ambos estiveram acostumados com a cidade atual, a curiosidade em conhecer outro lugar relativamente distante dali era alta.

Natércio desapareceu nesses dois dias... Nenhum sinal dele e nem do diamante que ficou nas mãos deste. Tito e sua esposa imaginaram que o mesmo tenha mudado de ideia e que talvez tenha vendido o objeto e a partír daí tendo adquirido uma fortuna. Porque o diamante realmente é muito valioso.

Por mais que Tito esteja chateado com as atitudes de seu irmão, estava preocupado com o sumiço dele e de sua sobrinha. Mas sabia que ele é adulto o suficiente e certamente iria se dar bem...

Todos entram no carro, exceto Maria que arrumava Lyssia no banco traseiro, colocando o cinto de segurança na mesma. Já era noite a escuridão estava cada vez mais constante. O percurso estava tranquilo quase não se via carros no decorrer do caminho.

Lyssia sempre foi uma criança curiosa... Apesar que hoje em dia a maioria das crianças são curiosas. Curvou-se a cabeça a uma bolsa que estava com um zíper quase totalmente aberto. Esticou-se seu corpo com dificuldades mas conseguiu introduzir sua mão pequena dentro da bolsa. Era o diamante com um brilho imenso...

Maria rapidamente olhou do retrovisor do carro e viu sua filha com o diamante na mão. Tito também percebeu e ficou surpreso pois era o mesmo diamante que seu pai citou no testamento que seria do Natércio mas que raios aquele objeto estava fazendo ali?

— Maria esse diamante é do Natércio não me lembro de ter colocado ele na bolsa... Eu achava que ele tinha levado com ele...

— Sim Tito.... concordo com você, tá muito estranho esse diamante aqui na nossa mala! Eu não vi nem a sombra dele quando estava arrumando as coisas, tá parecendo que alguém colocou ele aqui.

De uma forma esquisita o velocímetro do carro chega aproximadamente a uma velocidade de 160 km por hora... Tito começa a ficar nervoso e pisa no freio; mas a velocidade não diminui. Agora tentou voltar a marcha que estava de quinta para a quarta marcha, porém sem sucesso também. Maria se desespera colocando sua mão esquerda sobre Tito... O carro perde controle e começa a capotar... na terceira o carro saí da pista e cai entre as arvores causando mais impacto. Maria bate muitas vezes com sua cabeça no teto e o sangue começa a esparramar da sua testa até a boca. A parte traseira do carro não sofreu muitos danos Lyssia permanecia conciente, mas chorava muito com o susto que tomou. Tito Estava com ferimentos menos agressivos testa machucada e a boca ensaguentada.

A pequena Lyssia permaneceu no seu assento presa no cinto. Fez uma careta, daquelas que as crianças fazem quando querem iniciar o choro e começou a derramar lágrimas, sacudindo constantemente os braços e os pés. Olhou para seu lado direito e pode observar o vidro estraçalhado e várias folhas escuras espalhadas pela terra firme. Era uma floresta negra.... A neblina estava forte no local.

A pequena menina parou de chorar quando percebeu vindo em sua direção uma sombra. Uma criatura com características humana. Um homem com chapéu de palha, com pisadas firme e bota de couro causando um barulho mergulhando entre as folhas negras. O rapaz foi em direção a Tito e pode obervar o estado crítico em que se encontrava e pode ouvir sua respiração, estampando um sorriso maquiavélico. Novamente voltou a observar Lyssia e viu que no tapete do banco tinha um diamante que brilhava constantemente. Apanhou com facilidade e ficou observando-o por alguns minutos. Pouco depois colocou o diamante dentro da boca de Lyssia que reagiu com movimentos sobre suas bochechas e engoliu o objeto com dificuldade.
O homem apresenta mais um sorriso maldoso e soa uma frase:

— Eu venci! - Desapareu entre a neblina...