Presente de Guerra escrita por Hellen Keller


Capítulo 1
Capítulo 1 - Nascida da guerra


Notas iniciais do capítulo

Tudo foi escrito e revisado com muito carinho e atenção. Espero que gostem. Dependendo da recepção de vocês a ideia pode ser que eu escreva uma continuação!



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O dia estava perfeito para Sarah, o sol brilhava, mas não a ponto de queimar a pele, o vento soprava tranquilo e no céu não havia uma única nuvem. Um dia extremamente atípico em Noxus, que sempre fora nublada e acinzentada, até meio fúnebre.

Enquanto a garota observava o tempo de sua janela ouviu batidas na porta.

— Entre – respondeu ela olhando pra trás.

Uma linda ruiva de olhos verde entrou no quarto: Katarina. Estava impecável com sua tradicional roupa de couro, roupa que denunciava que ela acabara de sair do trabalho. Katarina deu um meio sorriso simples e sentou a cama de Sarah.

A garota veio e a abraçou dizendo: - Oi mamãe. Como foi no trabalho?

— O mesmo de sempre – ela respondeu – esses moleques que não querem saber de treinar direito. Mas não vamos falar de trabalho, não hoje.

 A ruiva tirou uma caixinha prateada e retangular do bolso e entregou a Sarah dizendo: - Feliz 18º aniversário.

A garota pegou a caixinha com um sorriso enorme e a abriu. Dentro havia uma reluzente adaga e em seu cabo uma pulseira prateada. Katarina pegou a pulseira e começou a colocar no braço da menina observando-a. Ainda se impressionava como eram parecidas. Sarah era sua imagem 18 anos mais nova. Estatura mediana, magra, pele clara, longo cabelos ruivos e lábios grosso, sua cópia exceto pelos olhos, aqueles grandes olhos azuis eram o oposto de seus olhos verdes.

— Essa pulseira é pra você saber que eu posso não ser boa nesse negocio de ser mãe, mas eu me preocupo muito com você e sempre vou estar com você pra te proteger. E a adaga... A adaga foi do seu pai. Acho que a única que ele usou na vida.

A garota sorriu e disse: - Você sabe que minha cabeça esta cheia de perguntas, mas, pode ficar pra depois do nosso piquenique. Vamos?

Katarina fez que sim com a cabeça e as duas saíram juntas da casa. A casa era enorme, digna de uma general noxiana, Sarah sempre achou que poderiam morar umas 10 pessoas lá, no entanto moravam somente as duas. 

Elas andavam juntas pela cidade, cumprimentando conhecidos e desconhecidos que passavam por elas e exclamavam um bom dia. Elas conversavam sobre coisas aleatórias e depois de uns 15 minutos de caminhadas chegaram a uma clareira, localizada pouco depois da saída da cidade. O lugar era lindo, possuía grandes árvores ao redor de um espaço aberto e gramado. Havia pequenas flores espalhadas e de longe se ouvia um riacho que corria perto dali.

As duas sentaram e comeram. Depois de um tempo de conversa Sarah olhou pra mãe e não precisou dizer uma palavra pra que Katarina entendesse o que ela queria.

— Mãe, você não pode fugir pra sempre. Eu tenho o direito de saber e você prometeu que seria hoje.

A ruiva encostou a cabeça na arvore que estava encostada, fechou os olhos e respirou fundo.

— Eu imagino que seja uma história extremamente complicada. Primeiramente porque toda vez que eu falo do meu pai você desconversa e adia minhas perguntas. Quando eu pergunto pro tio Talon ou pra Tia Cassiopeia eles ficam extremamente bravos e dizem: Isso é assunto seu e da traidora da sua mãe. Mãe, ano que vem eu já vou pro exercito, eu já sei me cuidar, eu só quero saber de onde eu vim. É obvio que não foi uma gravidez planejada e pelo jeito meu pai não é uma das melhores pessoas do mundo, mas eu quero saber.

— Eu entendo – respondeu Katarina – e você tem todo o direito de saber, é só que como você disse: é complicado. Não só por ser uma história antiga, mas porque magoou muita gente e causou uma bagunça tremenda. Mas eu cumpro minhas promessas. Pergunte o que quiser, só vai com calma.

— OK. – respondeu à garota, ela respirou fundo e perguntou – Meu pai é de Demacia não é mesmo? Por isso meus tios te chamam de traidora e falam que eu tenho sangue ruim.

Katarina fez que sim com a cabeça e disse: - Mas Talon não sabe o que é traição, ele não faz ideia dos sacrifícios que a lealdade a Noxus me cobrou, nem ele e nem ninguém nessa cidade tem o direito de duvidar da minha lealdade.

— Ei calminha – disse Sarah – Não estou acusando você, os demacianos são em grande parte estúpidos, mas tenho certeza que meu pai é menos que a maioria.

Katarina pensou por um momento e sorriu. Um sorriso que a filha raramente via. – Ele era um idiota, mas sim, menos que a maioria.

— Ele esta vivo? – perguntou Sarah.

Katarina balançou a cabeça que sim.

— Ele sabe de mim?

— Não sei dizer – respondeu a mãe – quando você nasceu eu disse que você era filha de um soldado do exercito que morreu em uma emboscada, mas, saiu murmúrios por toda Valoran. Possivelmente chegou aos ouvidos dele, mas aí já não sei dizer se ele ouviu e se acreditou.

— Entendo. – disse a garota pensativa.

Houve um breve silencio até que Sarah disse: - Me conte do inicio, como o conheceu, como ele era, o que viu nele, tudinho. E mãe, eu não sou meus tios, eu não vou julgá-la.

Katarina olhou para a filha por um momento e começou a dizer:

— Você tem os olhos dele. Você podia ter puxado tudo, os cabelos castanhos, os lábios finos, tudo. Mas puxou logo os olhos, a coisa que mais me encantava nele – ela sorriu – e puxou a teimosia também. Enfim, seu pai não era qualquer um. Ele era um brilhante general Demaciano, comandou inúmeras tropas e emboscadas contra Noxus, era próximo ao rei Jarvan IV, que na época era príncipe. Em todas as reuniões do conselho eu ouvia seu nome: Garen, e eu o odiava e admirava, odiava o demaciano imbecil que avançava sobre nossas tropas e admirava o general que vencia até os melhores de nossos carrascos no campo de batalha. Eu sempre soube que teria que ser eu a mata-lo.

À medida que Katarina começou a contar os eventos daquele dia às imagens viam em sua mente de uma maneira tão real que ela podia senti-las.

— A guerra estava ficando mais complicada, tropas demacianas avançavam sobre o território noxiano e vice-versa. Foi o ano mais frio e chuvoso de toda Runeterra, o clima combinava com a guerra. Garen vinha tendo constantes vitorias e foi quando Swain mandou que eu o matasse silenciosamente. Acompanhei uma pequena frente de batalha até o acompanhamento demaciano, mas era somente minha aquela missão.

A noite estava fria e a lua clara demais pra meu gosto. Eu invadi o acampamento, matei cerca de 10 soldados até chegar a sua tenda.  A ideia era mata-lo sorrateiramente, mas eu desejava no meu interior que ele estivesse acordado. Eu tinha que ter a chance de lutar com ele, provar pra toda Valoran que eu era a melhor general.

Eu entrei na barraca e lá estava ele: Garen, de costas pra mim, sem armadura, sem camisa, somente com uma calça preta e uma longa espada na mão.

As imagens pareciam tão vivas e reais que já se passavam somente na cabeça de Katarina, já não saiam de sua boca mais. Um imenso e real flashback.

— Eu sabia que viria Lamina Sinistra, mas achei que faria mais barulho. – disse ele ainda de costa.

— Meu nome não é Lamina Sinistra atoa. – respondeu Katarina

Ele se virou, sua feição era de raiva. – Você matou meus homens! – disse quase gritando.

— Matei – respondeu ela – e vou matar você também!

Assim, começaram a lutar, ela arremessou sobre ele suas famosas adagas, ele girou a espada e se defendeu, avançou sobre ela com fúria, mas ela se esquivava de todos os seus golpes. Parecia uma dança, uma dança onde dois corpos não viam mais nada a não ser o outro.

Eles permaneceram naquela dança mortífera por um longo tempo, eles já estavam suados e cansados e ainda não havia um vencedor. Até que um momento de descuido o soldado avançou com a espada pra cima de Katarina, ela desviou com maestria, mas, ao desviar da espada percebeu que ele tinha na outra mão uma adaga. Ela tentou desviar, mas já era tarde. A adaga passou de raspão em seu rosto, fazendo um corte fino entre sua testa e seu olho direito. Ela levou a mão no rosto e foi o momento que o soldado a empurrou com extrema força no armário usado pra guardar sua armadura.

Ele caminhou até ela, enquanto ela permanecia caída no chão com dores. Ele subiu em cima dela segurando seus dois braços acima da cabeça e colocando peso sobre o corpo de Katarina pra que ela não conseguisse sair. Ela permanecia com os olhos fechados de dor.

— Olha pra mim – gritou ele.

— Foda-se você. – disse ela se agitando e abrindo os olhos. Seus olhos verdes tremiam de ódio enquanto uma fina camada de sangue parava de escorrer.

— Você é habilidosa Lamina Sinistra, tenho que reconhecer – disse ele – mas sem seus brinquedinhos parece um bichinho indefeso.

— Eu vou matar você – cuspiu ela.

— Não é o que parece.

Ela se debateu forte e para mantê-la presa ele teve que firmar com anda mais força seu corpo sobre o dela. Suas respirações estavam descompassadas e seus corpos estavam extremamente juntos. Ele podia sentir o quanto o corpo da ruiva extremamente curvilíneo e volumoso, delicado e feroz. E ela podia sentir o quanto o corpo do soldado era perfeitamente forte, capaz de prendê-la no chão apenas com a força do corpo. Seus corpos exalavam calor e tensão, o sangue de ambos fervia. Eles se encararam em silencio por longos minutos até que ele falou bem perto do rosto dela.

— Você é muito atraente...  Para uma noxiana é claro.

Ela sorriu sensualmente, aproximou sua boca da boca dele, ficando a milímetros de beija-lo e disse: - E você é só um demaciano, um pobre demaciano. – ela se debateu tentando se soltar, inutilmente.

— Você não está em posição de me ofender ou ofender meu país. – dizendo isso ele apertou ainda mais seu corpo no dela, deixando-a quase sem ar e arrancando-lhe um suspiro de dor. Ele segurou as duas mãos de Katarina com somente uma de suas mãos, colocou a outra mão na cintura dela e começou a descer para suas pernas. Passou a mão na lateral de sua coxa e apertou sua bunda, ela involuntariamente suspirou. Ele abaixou o rosto e levou seus lábios no ouvido de Katarina dizendo: - Você é um bichinho, um bichinho indefeso nas mãos desse pobre demaciano.

Ele então beijou o pescoço da ruiva fazendo a gemer, enquanto beijava e mordia seu pescoço, sua mão percorria todo o corpo dela, apertando e arranhando. Katarina sentia seu corpo tremer pelos toques do demaciano e podia sentir o corpo dele e quente sobre o seu. Ela queria empurra-lo e dizer o quanto ele era nojento. Mas não era isso que ela realmente sentia. Ambos perdiam os sentidos aos poucos naquela brincadeira.

Em um momento de descuido o soldado soltou as mãos de Katarina, ela juntou todas as forças que lhe restavam e empurrou o soldado pra o lado com extrema rapidez. Ela pegou uma adaga que estava a seu lado e subiu sobre ele aproximando a adaga de seu pescoço.

— Eu não sou seu bichinho – disse – e estou longe de ser indefesa. Você devia ter me matado quando teve a chance.

— Devia – respondeu ele calmamente, parecendo não ligar pra adaga apontada pra seu pescoço – Devia, por você ter matado meu homens, mas ir a um campo de batalha sem a chance de te encontrar não seria a mesma coisa.

A resposta dele a deixou pasma. Ela ficou em silencio e estática.

— Não matei você – ele começou a enquanto uma de suas mãos segurou uma das coxas da ruiva – porque espero que possamos ter mais lutas como essa. – Ele deslizou sua mão pela cintura de Katarina subindo até seu rosto e segurando seu pescoço. Ela não conseguia entender aquelas palavras e por qual motivo seu corpo ficava imóvel enquanto ele a tocava.

— Eu fui treinado pra matar você e você pra me matar – disse ele olhando no fundo de seus olhos - e isso um dia terá acontecer, mas enquanto esse dia não chega sugiro que aproveitemos nossos encontros de uma maneira melhor.

Aquilo não fazia sentido nenhum, a missão dela era mata-lo e vice-versa. Mas por algum motivo eles não conseguiam, não somente pelo imenso calor e atração que seus corpos exerciam um pelo outro naquele momento, mas pelo fato que ambos não queriam que o outro morresse. Qual seria o objetivo de amanha, qual seria a graça da batalha, a graça de treinar incansáveis horas imaginando o rosto do outro, se eles não estivessem vivos pra lutar? Ela concordava com ele, qual a graça de ir a um campo de batalha sem a chance de encontra-lo?

Katarina começou a tirar lentamente a lamina do pescoço de Garen, ela passou a lamina bem devagar em um lado do rosto dele, não a ponto de feri-lo.

— E como você sugere que aproveitemos melhor nossos encontros? – disse ela levantando uma das sobrancelhas e dando um sorriso sensual.

— Em primeiro lugar deixando de lado objetos cortantes – disse ele tirando a lamina da mão dela e jogando pra lá sorrindo, ele segurou na cintura da ruiva e a empurrou para o lado, se virando para ficar em cima dela. Mas dessa vez ele fez com gentileza e cuidado para não machuca-la.

— E em segundo lugar, assim. – disse ele antes de beija-la.

A ruiva não pensou duas vezes antes de correspondê-lo, eles se beijavam com extremo desejo e fúria. Ele beijava sua boca e seu pescoço enquanto apertava o corpo dela com as mãos. Ela gemia e arranhava suas costas. Ele tirou a blusa da ruiva e seus beijos aos poucos começaram a descer pra os seios dela e por todo o seu corpo fazendo a gemer e tremer de desejo.

Ela o empurrou pra que pudesse ficar em cima dele, beijou sua boca e seu pescoço enquanto ele segurava em seu quadril. Ela olhou pra ele e sorriu sensualmente enquanto mexeu o quadril rebolando. Ele gemeu instantaneamente e apertou o corpo dela ainda mais contra o seu.

Seus corpos dançavam, dessa vez uma dança diferente, com absoluta certeza tão mortífera como a outra, mas dessa vez, bem mais prazerosa.

Quando seus corpos chegaram ao ápice do prazer eles permaneceram deitados no chão, exaustos, mas extremamente satisfeitos. Eles se olhavam, nenhum dos dois queria pensar muito no que tinha acabado de acontecer, só queriam aproveitar o momento.

— Acho que vou te fazer minha prisioneira de guerra – disse ele olhando pra ela e tirando uma das mechas ruivas de seu cabelo dos seus olhos.

Ela sorriu e disse provocando: - Você poderia até tentar, mas acho que isso não aconteceria.

Ele somente sorriu e dessa vez concordou com ela: - Infelizmente acho que não. – dessa vez sem provocações e insultos, uma leve tristeza apreceu em seus olhos.

— Hora de ir – disse ela levantando e começando a vestir sua roupa.

Ele permaneceu no chão observando-a. Quando ela terminou ele perguntou: - Vejo você novamente?

— Fomos treinados pra matar um ao outro, agente vai se encontrar. – dizendo isso ela foi embora.

            Ambos não viam logica alguma no ocorrido, mas foda-se a lógica, foda-se Noxus e Demacia, ele só queriam estar juntos, no campo de batalha ou na cama.

— Mãe?... Mãe?... Você esta me ouvindo?

Katarina saiu de suas lembranças e olhou pra filha dizendo:- Oi? O que disse?

— Você viajou agora, muitas lembranças? – perguntou Sarah.

— Sim, onde parei?

— Você contou que ele te cortou, depois te jogou no chão no subiu em cima de você, eu acho que consigo imaginar o resto, não preciso de detalhes. Ele te machucou muito?

Katarina olhou por um momento pra filha sem entender até que a ficha caiu.

— Não filha, não entenda errado, seu pai não me estuprou. Sua honra de general querido não permitiria que ele fizesse isso, nem comigo. Eu quis tudo que aconteceu, de certa forma ele sempre me chamou atenção, e como ele me disse naquela noite nós nascemos um para o outro, pra matar um ao outro, mas um pro outro. Mas, se nos matássemos nossas vidas perderiam um pouco da graça e do objetivo. Não sei se você me entende.

            Sarah riu da mãe.

— Hum... Você o viu depois daquele dia? – perguntou Sarah.

— Vi. Duas vez.

Sarah ficou olhando a mãe na espera de detalhes. Katarina sorriu e disse: - Curiosa.

— Anda mãe – disse a garota.

 - No dia seguinte houve uma batalha, foi uma bagunça, nós lutamos novamente e estávamos a um paço de nos matar e não conseguimos. Eu poderia ter salvado vários soldados se eu tivesse o matado. Mas eu não consegui, eu só pensava em como ele brincava com meu cabelo, me olhava e me tocava na noite anterior. Na parte da noite eu fui a um riacho perto do local onde estávamos acampados e encontrei seu pai lá, não foi combinado. Nós conversamos e concordamos que todas aquelas pessoas que morreram era culpa nossa, pelo fato de que não conseguimos matar um ao outro na noite anterior e naquele dia. A culpa doía, mas sabíamos que não conseguiríamos matar um ao outro naquele momento para aliviar a culpa e talvez em nenhum outro momento. Então concordamos que não podiamos sacrificar amigos e soldados por sermos incapazes de cumprir ordens, então se não conseguíamos nos matar, não nos encontraríamos mais. Nós ficamos juntos a noite toda. Pela manha cada um seguiu pro seu acampamento. A outra vez que o vi você já tinha nascido, devia ter uns 5 anos. Eu acompanhei Swain numa reunião de tentativa de paz em Demacia. Ele foi no meu quarto anoite, nós conversamos e ficamos juntos. Eu não consegui contar a ele sobre você e ele não perguntou.

— Você poderiam ter ficado juntos, pra tudo se da um jeito. – disse Sarah.

— Não deixe o romantismo subir a sua cabeça. As coisas não são tão simples assim.

— Entendo – disse Sarah – Vocês amavam Noxus e Demacia mais do que amavam um ao outro.

As duas permaneceram em silêncio por alguns instantes.

— Será que ele encontrou outra mulher? - perguntou Sarah.

— Até onde eu sei não. Mas isso também não importa.

— Claro que importa mãe, eu estava conversando com a Riven e ela disse que acha que no final do ano Sawin e Jarvan devem assinar o maldito tratado de paz. Com o fim da guerra vocês poderiam se encontrar, não estou falando pelo romantismo, não estou falando que poderiam ficar juntos, porque sei que não é simples assim, mas eu poderia conhecê-lo.

Katarina olhou pra filha. Ela entendia o desejo da filha, entendia também o quanto tal desejo era complicado, mas, não quis desanimar a menina.

— Talvez um dia filha.

Sarah abraçou a mãe. – Obrigada, sei que não deve ter sido fácil pra você passar por cima de todo mundo por causa de mim e ainda ter que ver os olhos dele todos os dias nos meus.

Katarina segurou a mão da filha e disse: - A guerra me trouxe cicatrizes – apontando pro olho – mas, me trouxe também um presente, você, meu querido presente de guerra!


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Notas finais do capítulo

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