A cada versão, um novo nome, tantos quanto a memória pode lembrar. Em línguas distintas, em mundos diferentes, em lugares diferentes. Chamado de Minecraft em todo idioma, este vasto mundo está numa rota de colisão direta contra a guerra.

Aconteceu que três grandes casas foram criadas, lutando pelo domínio do mundo conhecido com unhas e dentes, prontas pra lançaram-se no pescoço uma da outra a cada passo em falso dado por seus membros. Olhemos mais atentamente o mundo abaixo de nós, segurem-se firme, não garantimos perca de celulares na viagem!

Minecraft é um mundo vasto e repleto de criaturas fantásticas que nem em imaginação seriam capazes de existir, desde as simples lulas marinhas até a sombria e destrutiva The Queen – um dragão com o poder de devastar mundos inteiros, faz muito tempo não vista. Minecraft é divido em três zonas (Leste, Oeste e o Sul) cada uma com uma particularidade que a distingue da anterior, com clima diferente e estações diferentes.

No Sul o que reina é o Verão, com uma temperatura excepcionalmente litorânea e quente, por aqui crescem coqueiros entre os mangues de água salgada – e mais além, o grande Azulão, como chamam o oceano. Ocupada marjoritariamente por desertos quentes, oásis espalhados uns dos outros, e vilas esquecidas no tempo, por aqui qualquer aventureiro pode embarcar em um navio pirata atracado nos portos e navegar além do horizonte aonde perigos e encantos incríveis esperam por um bravo guerreiro – ou guerreira, afinal de contas as mulheres também podem ser tão bravas quanto os homens – ou arriscar construir comércio nas ilhas do arquipélago traiçoeiro. Os habitantes desta região vivem primariamente da pesca de peixes, da catação de mariscos, e não sendo um emprego muito procurado, caçar relíquias nas catacumbas submarinas dos primeiros Steve’s. Também é por aqui que as melhores trutas são feitas, prato típico desta região, mas escasso devido a guerra. Vamos seguir viagem, cuidado pra não caírem na água, podem ser puxados por sereias pro fundo do mar!

Aqui no Oeste, o tempo é sempre primaveril. Não frio excessivo ou muito calor, o que torna a região muito propensa a agricultura e criação de gado de ovelhas-voadoras, vacas e pégasus. Pastores levam seu gado para pastorear muito frequentemente nas planícies sempre verdes desta região, em alguns meses do ano as planícies são cobertas por uma fina camada de neve – chuvas ocasionais também são vistas por aqui, tornando uma das regiões mais férteis do continente. Quase todo tipo de coisa cresce e nasce por aqui, domadores do continente seguem pra suas florestas afim de capturar um bisão-da-terra, catalogadores eram vistos com frequência nos bosques, boticários seguiam para a busca de flores novas para fabricar novos perfumes. . . era um lugar cheio de vida. Com a guerra isso se tornou uma lembrança amarga, as florestas ardem pouco a pouco nas fronteiras mágicas, as vilas são destruídas uma a uma a cada marcha orquestrada pelos senhores, animais fogem às pressas de seus ninhos, não há mais a paz famosa do Oeste por aqui. Com pesar, seguiremos a viagem.

O Leste é um lugar traiçoeiro e sombrio, quase como se as trevas fossem palpáveis nesse lugar desolado, aonde das fissuras na terra imerge enxofre e gases tóxicos a respiração humana. Quem ousa se aventurar por aqui enfrenta muitos perigos e adversidades: o ar é gelado, muito gelado, e rarefeito em qualquer localização, a madeira dos galhos nus das árvores não serve pra nada além de espetos, os animais sombrios que crocitam e rugem entre os arbustos secos tem carne com o gosto de cadáver e a terra é totalmente estéril. Nessa região dizem amaldiçoada, o mal reina. A atmosfera é completamente negra e obscura, a luz do Sol e a Lua não entra aqui, olhos espreitam na noite e tudo trama a sua morte a cada segundo passado por aqui. Há, porém, pessoas que conseguem viver aqui, mas não na superfície. Habitam túneis subterrâneos abaixo das montanhas na região das Garras, três braços continentais estendidos pro oceano em costa pedregosa, que vivem do cultivo de Grama do Limbo – uma gramínea amarga e comestível, que cresce em abundância longe da luz, usada frequentemente em poções e em comidas. . . excêntricas. Como a luz não consegue adentrar por aqui os habitantes do Leste usam cristais de luminosidade roxa e fria, e fazem suas casas nas paredes das escavações que cavam a cada ano. Dizem que um dia chegam ao abismo e libertarão um mal antigo, mas ninguém nunca soube se isso era a intenção daquele povo estranho.

Com o poder divido entre famílias, os aldeões de vilas espalhadas pelo continente desnivelado temem pelo pior. Senhoras e Senhores, Damas e Cavalheiros, apresento-lhes agora as Três Grandes Casas Nobres do continente de Minecraft; segurem-se firme!

 A primeira é a Casa Ondine de Rainharrmaré, fundada por Duncan, O Tritão, seu castelo ocupava o centro de uma cadeia de montanhas de um arquipélago ao  sul de Minecraft – supremos em barcos, criadores de grandes piratas e lordes dos mares. Os membros desta família acreditam ter uma linhagem traçada aos seres místicos do oceano, o qual são muito ligados, e mantiveram-se em silêncio desde o começo da guerra: atentos a quem saía vencedor no duelo continental, e quando a hora chegasse eles se lançariam por lá e destruiriam o inimigo fraquejado. Seu estandarte são ondas azuis num fundo escuro, com peixes roxos saltando, com o lema “Fluxos e Indomáveis”.

A segunda tem uma linhagem quase tão sombria quanto seus propósitos reais, as lendas acerca desta Casa são de dar medo em qualquer um. Com um castelo localizado entre os mais sombrios túneis subterrâneos à Leste, os Blackhearth de Negroburaco consumaram suas alianças a seres sombrios. A lenda é que seu fundador foi um homem amargurado chamado Seth, o Negro, que vagou pelo continente por muitos anos em busca de um poder capaz de dominar a todos, ele encontrou os túneis por onde, dizem, ter encontrado um besta  que lhe ofereceu poder de aceitasse levar um membro de sua família  a cada milênio pras profundezas sombrias do mundo. Prontamente ele aceitou, adquirindo o poder de magia negra, construindo por si mesmo um império grandioso. As pedras das muralhas de Negroburaco são tão escuras por causa deste pacto, segundo dizem.

A terceira grande casa nobre de Minecraft prospera à Oeste, entre os vales e planícies verdejantes, adorados por sua inquestionável honra e conduta nobre. A Casa Lyon traceja linhagem até Lauthus, o Iluminado. A história que os membros dessa família cultivam é: Lauthus era um homem que vivia em outro continente, muito semelhante ao nosso, que escapou velejando  do massacre que sua vila sofreu junto com sua família até o nosso continente; sendo os únicos sobreviventes desse fatídico episódio. Aqui, ele fundou um assentamento que prosperou até tornar-se a  grande cidade de Solaria. Lauthus construiu uma imensa muralha entre duas montanhas para proteger seu povo em ascensão aonde residem até hoje. Solaria se localiza no centro de um grande vale cercado de montanhas gigantescas, a única saída e entrada para a cidade é pelos portões da muralha, de proporção tão desumana  quanto. Foram várias as tentativas, mas nenhum inimigo conseguiu penetrar a ‘’Cidade Sol’’ e suas muralhas encantadas, dando a Solaria o título de “Cidade Inexpugnável”.

Com a guerra entre as famílias aumentando e ganhando proporções cada vez maiores, cada um faz a sua parte para a vitória de sua Casa, mas será suficiente para finalmente conseguirmos titular um  Rei? Criaturas sombrias se erguem longe da vista dos homens que lutam entre si pela supremacia, o mal está lá: esperando, paciente, pronto para surgir na hora menos esperada e dar o golpe de misericórdia nessas criaturas tão frágeis. Se haverão reis, ninguém sabe, o que se sabe é que existem sobreviventes. .  .