Pov's Diego

Abri meus olhos lentamente, minha cabeça parecia estar sendo martelada enquanto enviam um milhão de agulhas nela, acho que vou colocar na minha lista: “Nunca mais brigar com alguém em lugares que não sejam macios”. Virei minha cabeça com cuidado e me deparei com Ruggero me olhando e segurando a risada.

—O que quer seu idiota? _ Resmunguei colocando a mão na testa.

—E você ainda pergunta? _ Ele arqueou a sobrancelha e já imaginei do que se tratava. - Eu disse pra você pensar antes de fazer qualquer coisa em relação aquele homem, mas você não me ouve né!

—Ele a beijou e eu não me controle. _ Coloquei o travesseiro sobre minha cabeça, ele estava falando baixo, mas era como se cada palavra fosse uma martelada em minha cabeça.

—Isso foi errado, mas não importa, porque agora você e a Tini estão brigados e você está sofrendo. _ Ruggero elevou um pouco o tom de voz e tirou o travesseiro de cima de mim. – E não me interessa se não gostar disso, mas você vai ir agora falar com a Martina e pedir desculpas por ter sido um idiota e que vai ouvir o que ela tem a dizer.

—Eu? _ Sério que ele vai me obrigar a fazer isso? Só pode ser brincadeira. – Eu não quero ouvi-la, não agora.

—Não me interessa o que você quer, vai se arrumar agora. _ Ele me empurrou pra fora da cama.

Não tive chance de falar mais nada, Ruggero me empurrou para fora da casa, até seu carro e começou a dirigir até a casa da Tini.

Pov's Martina

A campainha tocava sem parar, me despertando de meus sonhos. Olhei para o relógio, eram 18:30hrs.

—Merda, esqueci do trabalho! _ Não adiantava mais reclamar, já tinha dado a hora de ir embora, agora só restar rezar pro Diego não estar com tanta raiva de mim. -Já vai, já vai. _ Gritei enquanto a campainha continuava a tocar.

Abri a porta, mas me arrependi ao ver quem estava do outro lado.

—Posso entrar? _ Falou passando por mim. -Preciso te explicar como aconteceram as coisas.

—Não precisa me explicar nada Jorge, apenas me deixe em paz. _ Exclamei fechando a porta atrás de mim.

—Mas eu quero falar, mas antes será que você poderia pegar um copo de água para mim, fazendo favor! _ Quem o vê assim pensa que é isso tudo, não imagina o que ele já foi capaz de fazer. -Por favor.

Assenti a contra gosto, mas fui pegar sua água. Quando abri a geladeira a campainha tocou de novo, será que estou tão importante assim?

—Abre a porta Jorge! _ Gritei e pude ouvir a porta se abrindo.

—Tin... Você? _ Merda, é o Diego.

Larguei tudo e corri para a sala me deparando com Diego e Jorge se fuzilando com os olhares. Quando me viu Diego apenas balançou a cabeça em sinal de reprovação e saiu, fui atrás dele e segurei seu braço quando o alcancei.

—Diego, não é o que você está pensando. O Jorge... _ Ele se virou para mim e me interrompeu.

—Não importa o que ele está fazendo lá Tini, eu só queria dizer que eu te amo, mas não sei se você sente o mesmo por mim. _ Sua voz era chorosa e se podia perceber que ele estava triste.

—Diego você sabe que eu gosto muito de você.

—Viu, você não consegue dizer que me ama. _ Ele elevou um pouco seu tom de voz e soltou seus braços de minha mão, prestes a ir embora, mas entrei em sua frente antes que o fizesse.

—Deixa de ser bobo Diego. _ Coloquei meus braços em volta do seu pescoço, o puxando para mim e colando nossos lábios em um beijo calmo e terno.

Diego retribuiu sem pensar duas vezes, seus braços envolveram minha cintura me puxando para mais perto, minhas mãos bagunçando seus cabelos enquanto as suas percorriam por minhas costas. Estava tão bom, mas o ar se fez necessário, fazendo com que nos separássemos com muitos selinhos.

—Eu te amo tanto minha donzela. _ Diego afirmou ainda um pouco ofegante, apenas sorri. -Se eu pudesse ficaria assim com você o resto do dia.

—Mas não podemos, tenho meus deveres da faculdade pra fazer e também você precisa descansar. _ Falei lhe dando o último beijo antes de me despedir e voltar pra casa.

Apenas quando entrei me lembrei que Jorge estava lá, ele me olhava segurando o riso.

—Quase vomitei depois daquela cena lá fora. _ Ele fez cara de nojo e se levantou do sofá e se aproximando de mim.

—Pelo menos o Diego é sincero, ao contrário de certas pessoas. _ Ele soltou uma leve risada e se aproximou mais até que pude sentir sua respiração quente sobre meu rosto.

—Ele pode ser sincero com você, mas será que você é sincera com ele? _ Jorge disse provocativo e olhando no fundo dos meus olhos, corei instantaneamente, ouvi-lo assim me causou uma sensação muito estranha. -Vermelho combina com seu rosto sabia?

Jorge segurou meu queixo e beijou minha boca, foi tão de repente que acabei retribuindo, sabia que não deveria fazer aquilo com Diego, mas era mais forte do que eu. As mãos dele percorrendo meu corpo me faziam perder o controle. Jorge meu corpo para mais perto do seu, deixando-os colados o bastante para poder ouvir nossos corações que batiam acelerados e desejosos um pelo o outro.

—Aposto que não sentiu isso quando o beijou. __ Jorge exclamou se separando e com um sorriso torto no rosto. -Você se sente melhor comigo, dá pra ver nos seus olhos.

—Acho melhor você ir embora antes que me arrume mais problemas. _ Exclamei o empurrando para fora.

Fechei a porta atrás de mim e me sentei no chão. Por um lado o Jorge está certo, eu não ne senti daquele jeito quando beijei o Diego, mas por outro lado o Diego sempre me apoiou e me ajudou e não seria justo fazer isso com ele. O que eu faço?