Percy:

Eu servia ao exército fazia mais ou menos dois anos, nesse momento eu estava na Síria por causa da Guerra Civil.
Porém no meu país eu tinha uma noiva que estava me esperando.
O nome dela era Annabeth Chase, ela era linda. Seus cabelos eram loiros e cacheados e seus olhos eram como um dia de tempestade. Eu a amava muito e não esperava a hora de tirar a minha licença para poder casar com a minha amada.
Direto ela me mandava cartas falando como estão todos e que está morrendo de saudades.
E eu devolvia dizendo que também estava morrendo de saudades, e prometia que voltaria logo. Eu evitava dizer sobre a guerra, pois isso só deixava ela mais preocupada e o que eu menos queria era deixar ela preocupada comigo.
A cada batalha eu ficava mais tenso, não conseguia dormir sem que os pesadelos me atormentassem. Mas era só eu olhar para uma foto da minha amada e eu me acalmava.
Eu era tenente, e estava doido para ver a minha pequena novamente.
Porém no dia 21 de janeiro de 2016, eu recebi uma  carta que acabou com todas as minhas forças:

Dia 19/01/16.
Querido Percy,
Não é a Annabeth, é a sua prima Thalia.
As notícias que eu tenho pra te dizer não sãos boas, por isso eu acho melhor você se preparar emocionalmente para o que eu vou dizer aqui.
No dia 16/01/16 a Annie estava voltando do trabalho, doida pra te escrever uma carta contando que ela finalmente havia conseguido a transferência para a França, pois assim, de certa forma, ela estaria mais perto de você.
Além disso ela estava começando a olhar os preparativos do casamento. Ela tinha achado o vestido perfeito, a Annie com ficou igual uma princesa.
Ela estava super animada, porém nesse dia aconteceu uma fatalidade. Ela estava dirigindo de volta para casa, quando um bêbado bateu no seu carro com muita brutalidade no lado do motorista.
O carro ficou irreconhecível, pois após a batida, o carro capotou várias vezes até bater em uma árvore.
A Annabeth ficou ferida em estado gravíssimo, e foi levada às pressas por uma ambulância ao hospital.
Ela ficou várias horas dentro de uma sala de cirurgia.
Quando ela saiu da cirurgia, os médicos me avisaram que o estado dela havia piorado, e que mesmo que eles quisessem, não poderiam fazer mais nada.
Ela foi encaminhada para a UTI, e quando, finalmente, o horário de visitas chegou, me surpreendi ao ver a minha amiga que sempre foi tão alegre e cheia de vida, naquela cama de hospital, cheia de aparelhos medindo sua respiração, seus batimentos cardíacos, e outras coisas que mesmo que que eu quisesse não saberia lhe dizer a função.
Ela estava muito fraca, pálida e cheias de machucados.Com muita dificuldade, ela abriu um pouco dos seus olhos, que antes eram brilhosos e alegres agora estavam opacos e sem vida, e disse com a voz muito fraca:
- Oi Thals.
- Oi Annie. Como você está? -perguntei  mesmo sabendo que era uma pergunta idiota.
- Não estou em nos meu melhores dias. - ela disse forçando um sorriso.- mas preciso que você faça um favor pra mim.
- Claro Annie, o que você precisa?
- Entregue isso para o Percy, fale pra ele que quando eu não estiver aqui é para ele seguir em frente. E não esqueça de dizer a ele que eu amo mais que tudo nessa vida. - ela disse tirando o anel de noivado que você tinha dado a ela.
- Eu não posso fazer isso, até por que daqui alguns meses você vai se casar com ele. - eu disse chorando, tentando convencer mais a mim do que a ela.
- Você sabe que eu vou morrer, Thals. E eu só vou poder ir paz se você me prometer que vai fazer o que eu te pedi. - ela disse com lágrimas nos olhos.
- Tudo bem, Annabeth. Eu prometo. - eu disse chorando também.
Logo após isso o horário de visitas acabou e eu tive que sair, sabendo que provavelmente essa seria a última vez que veria Annabeth viva.
Depois de 1 dia recebi a terrível notícia que a Annabeth Chase havia falecido no dia 17/01/16.
Eu fiquei desolada, a minha melhor amiga, minha irmã de consideração estava morta.
O velório foi no dia seguinte, ela parecia que estava dormindo.
O cara responsável pelo acidente já foi preso o nome dele é: Octavian Augustus.
Percy eu sei o que você está sentindo, mas por favor não faça nenhuma besteira. Não faça eu descumprir a promessa que eu fiz a Annie.
Eu estou mandando a aliança da Annie, junto com a carta. 
E me descupe por ter que te dar essa terrível notícia.
Fique com Deus.
Thalia Grace.

Quando terminei de ler essa carta estava chorando igual a uma criança que perdeu seu brinquedo.
Nesse momento não tinha mais por que voltar para casa, minha mãe havia morrido poucos minutos depois de eu nascer e meu pai, que também era tenente, morreu em batalha. Eu estava sozinho nesse mundo.
Já havia passado um mês depois que eu soube da morte da minha amada, eu estava depressivo.
Mas tentava me manter forte, pois tinha que proteger aqueles soldados. Tinha que fazer de tudo para que eles voltassem em segurança para casa.
Não podia deixar que as famílias desses meninos sofressem.
Nos tínhamos uma batalha muito difícil hoje e não poderia vacilar.
Eu guiei os rapazes para além das linhas inimigas, quando realizamos esse ato fomos recebidos com diversos tiros em todos os lados.
Porém em compensação nos atirávamos com toda força, não iríamos desistir facilmente. 
Já havia matado vários inimigos, não estava com remorso nenhum, antigamente quando a minha noiva estava viva, eu ficava morrendo de remorso depois das lutas, mesmo sabendo que se eu realizasse esse ato eles me matariam. Eu me sentia como a Annie Cresta dos jogos vorazes, às vezes sentia que ficaria louco a qualquer momento, mas a Annabeth sempre estava do meu lado, fazendo com que a minha sanidade não fosse embora.
Quando li a carta, eu pensei que iria ficar doido, pois era a minha amada que me não me deixava ficar doido, mas ao contrário das minhas suposições eu não fiquei maluco. Na verdade eu me tornei uma pessoa fria.
Estávamos correndo e atirando, torcendo para que nenhuma bala nos atingisse, tirando assim a nossa vida.
Só que um atirador inimigo iria atirar em um soldado meu, ele tinha uma esposa e uma bebê recém nascido esperando por ele em casa. Não podia deixar ele morrer, ele tinha uma família que precisava dele, mas eu não.
Por isso eu me joguei na frente dele, tomando um tiro no coração, mas não antes de matar o inimigo da mesma forma.
Sentia a dor me consumindo, sabia que a more estava na minha cola.
Ouvia os rapazes falando para eu não  fechar os olhos, pois se isso acontecesse eu faleceria.
Porém não me importava, pois assim finalmente poderia ver a minha Annie novamente.
Por isso me entreguei totalmente a escuridão.