A Gift escrita por Katniss Mellark


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem pessoal.



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A Gift

Anteriormente em A Gift...

   Ficamos bebendo uns drinques com uns amigos, eu estava particularmente curiosa pra conhecer esse tal amigo de Annie e Finn. Estava entretida nos altos papos dos nossos ex-amigos de faculdade, quando a campainha tocou, Finnick atendeu e veio com a pessoa pra perto da gente, louro de olhos azuis, ahh não, tinha que ser o Mellark.

—Você? Ta me seguindo?-Pergunto cruzando os braços.

—O que? Você é louca?-Ele pergunta sarcástico.

—Perai, vocês se conhecem? Íamos apresentar vocês hoje!-Finnick fala rindo.

—Ele é o irmão idiota do Gale.-Digo cruzando os braços.

—Ahh, qual é Everdeen? Você que é toda frufru.-Ele fala rindo.

—Escuta aqui, não fale assim co...-Eu estava falando quando fui interrompida por nosso celulares tocando ao mesmo tempo, que coisa bizarra. Não foi a melhor ligação do mundo, quando ouvi a notícia, meu chão sumiu, meu mundo acabou, só consegui olhar para o Peeta.

—Prim e Gale.-Digo com um suspiro rápido deixando uma lágrima escapar pela minha face.

—Eu sei, isso não pode estar acontecendo, Katniss!-Ele fala com os olhos marejados.

— 2º Capítulo

Katniss

—Mar calmo nunca fez bom marinheiro...

   Fatalidade, é uma circunstância marcada por uma infelicidade; desgraça: o acidente foi uma fatalidade. O som da sirene policial ecoava na frente da delegacia como um som em uma caverna que ecoa por todo canto. Depois daquela ligação, tudo mudou em poucos minutos, foi como se o mundo e todas as responsabilidades dele caíssem em minhas costas.

—Eii, eu sei que a situação é péssima, mas a gente precisa se recompor, pelas crianças... -A voz de Peeta ecoava em minha mente, mas tudo o que eu queria era chorar como uma criança que se perdeu da mãe no shopping.

—Isso não pode estar acontecendo. -Digo entre os soluços. Peeta parecia desesperado, mas estava contido apenas com os olhos marejados e tristeza no olhar.

—Precisamos procurar saber sobre as crianças. –Ele fala enxugando os olhos e tentando me consolar.

—Está bem, vamos perguntar, eu vou ficar bem, precisamos ficar fortes, pelas crianças...-Digo pegando minha bolsa, levantando-me da cadeira na recepção da delegacia e acompanhada de Peeta fomos procurar mais informações em relação ao acontecido.

   Caminhamos até o balcão com os dois policiais responsáveis pelo caso, assumiram desde que foram chamados ao local por pessoas que presenciaram o acidente.

—Boa noite, somos irmãos de Prim e Gale.-Peeta fala com um deles.

—Boa, como vocês já sabem o acidente foi fatal, o carro derrapou na pista devido a chuva e o óleo, o carro capotou. -O policial falou lamentável.

—Mas e as crianças?-Me apresso em perguntar pelos meus sobrinhos.

—Emma, Sophie e Ben, não são? Eles estavam em casa na hora do acidente, foram encaminhados para o conselho tutelar. -O policial fala.

—Como podemos buscá-los?-Peeta pergunta passando as mãos nos cabelos.

—Só amanhã, o responsável pela guarda deles poderá retirá-los, o advogado quer falar com vocês amanhã. –Ele fala e os dois se retiram.

—Acho bom irmos pra casa deles, já está tarde pra irmos pra New York. -Peeta fala e eu concordo. Depois que recebemos a notícia viemos pra New Jersey em meu carro.

   A delegacia não era muito longe da casa deles, chegamos rápido na casa deles.

—Pode ficar no quarto de hóspedes, eu vou ficar aqui na sala mesmo. -Peeta fala depois do nosso silêncio constrangedor. Parece que todas as nossas intrigas foram esquecidas por um bem maior. Passar a noite chorando não ia mudar nada, só ia me deixar com os olhos inchados e essa não era a melhor saída, o jeito era me recompor para enfrentar o dia seguinte sem maiores desafios.

—Bom dia.-Digo entrando na cozinha e encontro Peeta fazendo café na cafeteira e fritando uns ovos com bacon.

—Você não devia está no trabalho? Annie me falou que você era produtor do Today.-Falo enquanto encaro seus olhos azuis.

—Tenho alguns dias de folga, por causa do acidente... -Ele fala sentando-se no balcão e encarando o chão. -Gale era meu irmão mais velho, alguém que quando eu ligasse estava prestes a me ajudar a qualquer custo. -Ele completa deixando algumas lágrimas escorrerem.

—Eu sei o que você ta sentindo, eles eram excelente pais, parece que nasceram pra isso, e agora nada mais faz sentido. -Digo enquanto encaro um quadro com eles e as crianças na parede. A Emma era a filha mais velha deles, 15 anos; Ben era o do meio, o mais carinhoso, 7 aninhos e Sophie, a mais novinha 9 meses.

—Acho bom arrumarmos tudo, o advogado já deve estar chegando, melhor você comer antes que esfrie.-Ele fala lavando alguns pratos e se referindo aos ovos com bacon.

—Obrigada.-Falo. Ficamos em silencio por alguns minutos, mas somos interrompidos pela campainha que nos desperta do silêncio. O Advogado.

—Bom, como vocês já devem imaginar, Gale e Primrose deixaram a guarda das crianças com vocês dois.-O advogado falava naturalmente e minha mente parou. O QUE?! Como a guarda das crianças?

—O que? Perai. A guarda das crianças? Com a gente?-Peeta fala desesperado.

—É, eles nunca disseram nada sobre isso.-Digo em transe.

—Olha, eu também não sei o que eles estavam pensando, mas é a vontade deles, porém você podem escolher alguém da família de vocês pra honrar essa decisão.-O advogado fala e nós assentimos.-Eles deixaram uma carta pra vocês.-Ele fala nos entregando um pequeno envelope.

—Bom, até tomarmos a decisão podemos ao menos pegar as crianças do Conselho tutelar?-Pergunto angustiada.

—Podem, podemos ir agora.-O advogado fala e nós assentimos.

   Fomos em direção ao conselho tutelar, seguindo o carro do advogado.

—Olha, eu não sei você, mas eu não estou preparado para ler essa carta, é muita informação, só falta está escrito ai que deixaram uma barriga de aluguel para nós dois.-Peeta fala com a voz de pânico.

—Não que eu esteja me importando com você ou com o que você pensa, mas acho justo abrirmos quando nós dois estivermos preparados, isso não é por nós, é por eles, que sempre estiveram dispostos a nos ajudar, essa é a hora de retribuir.-Digo como se fosse a coisa mais óbvia.

—Você poderia ser mais gentil e menos autoritária. -Ele fala me encarando.

—Escuta aqui, eu não sei com o que a Prim estava na cabeça em me colocar nessa com você, mas eu vou honrar a decisão dela, meus sobrinhos não vão ficar desamparados.-Digo estacionando o carro na frente do Conselho tutelar.

—O que te faz pensar que vou largá-los, eles são meus sobrinhos também e vou amparar eles, eu fico com a guarda deles!-Ele fala saindo do carro.

—Olha só, a guarda é nossa, não sua, nem sei porque estamos brigando por isso, não é como ganhar na loteria, é assumir uma responsabilidade, não é brincadeira, eu sou a mais responsável!-Digo travando o carro e seguindo ele e o advogado.

—Eu não sei o que vocês estão pensando, mas isso não é como brincar de boneca, quando Primrose e Gale deixaram a guarda a guarde deles com vocês a intenção é que os três ficassem juntos e tivessem a vocês dois como se fossem eles dois!-O advogado fala irritado e nos calamos. -Vocês podem fazer isso por eles? Pelo menos uma vez, deixem as intrigas de lado!-Ele nos encara e assentimos.

   Só tivemos que assinar alguns papéis, que agora seríamos os responsáveis legais dos três e agora podíamos pegar as crianças.

—Tia Katniss, tio Peeta!-O Ben veio correndo nos abraçar com um olhar triste, mas conformado. -É verdade que a mamãe e o papai foram pro céu?

—A mamãe e o papai, meu bem, foram fazer uma viagem para um lugar diferente e não vamos mais poder vê-los, mas eles sempre estarão olhando por nós. -Digo abaixando-me para ficar do tamanho dele.

—Está tudo bem, querido. -Peeta fala abraçando-o.

—Emma, querida como você está?-Pergunto indo até Emma.

—Tanto faz. -Ela responde desgostosa.

—Ta tudo bem, Emma, estamos aqui. -Peeta fala abraçando-a e ela revira os olhos.

—Olha só, minha princesinha linda, não chora meu amor, titia ta aqui com você. -Digo pegando a Sophie e consolando-a de seu chorinho, ela não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas mesmo pequena parecia sentir tudo o que estava acontecendo.

—Ôhh querida, não chora ta? Vamos crianças... -Peeta fala abraçando Emma pelo ombro e dando as mãos a Bem, enquanto eu carregava Sophie e a sacolinha dela. Ele era mesmo um bom tio, isso eu não podia negar.

   Fomos pra casa de Prim e Gale, que tecnicamente era nossa agora, o que era assustador porque temos uma vida toda em New York.

—Eu vou fazer algo para comermos.-Peeta fala enquanto Bem e Emma sobem.

—Precisamos organizar o funeral para amanhã.-Sussurro para Peeta.

—O advoga já resolveu tudo, depois disso voltamos pra New York com eles e moramos na minha casa.-Ele fala como se fosse a coisa mais óbvia.

—Não mesmo, vamos morar na minha casa, tem quartos suficiente pra todo mundo!-Digo rapidamente.

—O que? Não, depois falamos sobre isso!

   O dia passou sem problemas maiores, o outro dia foi cheio, triste para as crianças é claro, e toda a nossa família veio para consolá-los, meus pais vieram de Kansas City, é óbvio que eles já estavam cansados demais pra criar as crianças, sem falar nos pais de Peeta, e só restou nós dois pra essa missão. Todos foram embora e agora precisamos viver a realidade e tomar grandes decisões.

—Acham mesmo que podem fazer isso? Vocês se odeiam. -Emma falou enquanto jantávamos.

—Emms, eu sei que é difícil, mas precisamos lidar com isso!-Digo firme mas mesmo assim chamando-a pelo apelido para não soar grosseiro.

—Isso só pode ser uma piada, não vai dar certo!-Ela grita e berra.

—Emma não fale assim com sua tia!-Peeta a repreende. Ok, depois dessa...Ele se importava comigo?


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