Volver a verte escrita por theparrilland


Capítulo 2
Donde estoy se te queria?


Notas iniciais do capítulo

Mais um pouquinho tentarei postar todos os dias no máximo um dia sim outro não caso não dê.

Dei uma escapada do trabalho e to aqui rs

Espero que gostem, nos vemos lá embaixo.



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— Alo, Vovó? – Emma atendeu o celular, fazendo uma cara de quem acaba de se lembrar de algo importante.

— Emma Swan! Por que não ligou ontem pra dizer que se chegou bem? – a senhora do outro lado da linha parecia brava.

— Desculpa, é que cheguei e fui dormir, estava muito cansada vovó – tentou se explicar.

— É eu tentei ligar no seu celular e ninguém atendeu, enfim como chegou? Esta tudo bem? Aconteceu alguma coisa? Está na casa da Mary?

— Ow, ow, ow, calma ai velhinha uma pergunta de cada vez. – disse divertida, sua avó sempre preocupada.

— Emma não brinca comigo, não sabe como fiquei preocupada.

— Esta bem me desculpa, olha, estou bem, a viajem foi longa, chata e cansativa Mais depois que cheguei em Storybrook melhorou, e sim estou hospedada na casa da Mary, mas agora não estou lá.

— Onde você está?

— Na casa da mamãe...

— Vocês não estão brigando né?

— Não vovó, esta tudo bem aqui, vou desligar ok?

— Não, espera tenho uma boa noticia pra você.

— O que? Me fala? É sobre o nosso projeto? – perguntou eufórica.

— Sim, aceitaram, Pequena! Os quatro patrocinadores principais! Aqueles que precisávamos pra continuar com o projeto!

— Não acredito vovó! – Emma deu um pulo da alegria, sorria que nem criança.

— Pode acreditar Emms! Agora que você esta ai vai ser mais fácil, é só ir na prefeitura e ver o terreno vou te mandar por e-mail as informações. Eu já liguei lá pra negociar, porém você precisa ver o local.

— Está bem, hoje mesmo vou lá! Ai vovó estou tão feliz!

— Eu também meu anjo, se cuida, mande beijos pra sua mãe.

— Ok, se cuida também Senhora Emma Marie Blanchard, não vai aprontar nada na minha ausência.

As duas sorriam e desligaram o aparelho. 

— A Vovó mandou um beijo. – disse se virando para a sua mãe e voltando a se sentar no sofá.

— Ah, e ela esta bem? – perguntou olhando para a mulher a sua frente. 

Emma havia mudado muito, Eva não podia negar. Deixou uma garotinha no internato e agora pra quem estava olhando era uma mulher, já feita. Claro que o seu jeito de menina sapeca nunca mudaria, más, agora ela tinha os sonhos e uma realidade. Eva não podia transformar a filha no que ela queria, já havia tentado de todas as formas possíveis, nada não funcionou. A mulher já havia desistido de mudar a menina-mulher a sua frente, isso era uma coisa que ela nunca confessaria, o orgulho não permitia.

— Esta sim, conseguimos os patrocínio necessário para o centro mãe!

— Ah que bom! Esse sempre foi o sonho da sua avó.

— É e agora é o meu também, estamos fazendo de tudo pra conseguir, estou tão feliz!

— Estou vendo, quer tomar mais um café?

— Não, eu já vou indo tenho que passar na prefeitura.

Se despediram e Emma voltou para a casa de Mary, precisava do seu notebook para pegar as informações sua avó ficou de enviar, para dar inicio ao seu projeto.

Regina estava em sua mesa organizando alguns papeis quando foi chamada a sala do seu chefe.

— Regina como você é uma das responsáveis pelo lar amanhecer vou passar as informações pra você. – Regina afirmou com a cabeça. – As noticias não são boas, você sabe esta difícil de manter o lugar, as doações estão baixas – a morena abaixou o olhar. – Eu sei que você ama aquelas crianças porém, não vai dar pra aguentar muito tempo. Hoje recebi a ligação da imobiliária, como você sabe aquele local onde o lar está não é da prefeitura, e ele vai ser vendido, não esta nada certo, a assistente social já está providenciando outro abrigo para os meninos do amanhecer, eu queria que você conversasse e explicasse que é para o bem deles.

Regina não tinha forças para dizer nada, de seus olhos brotavam lagrimas grossas de dor, não poderia se imaginar longe de seus pequenos, se dedicou tanto a eles que não conseguiria viver sem tê-los por perto. Eram seus filhos. Ela se apoiou na mesa e seu choro aumentou, o homem a sua frente não sabia o que fazer, se levantou e foi até ela, lhe deu um lenço de papel.

— Esta dispensada pelo resto do dia, pode ir pra casa.

Assim que se recuperou Regina saiu dali, não foi para casa, pegou sua bolsa e se dirigiu ao seu local favorito, se sentou à beira do laguinho e ali se permitiu chorar a sua tristeza.

Emma pegou as informações que precisava e foi para a prefeitura, pensou que encontraria Regina por lá, não foi o que aconteceu. Colheu algumas informações e foi para o endereço do terreno. Assim que entrou na rua sorriu conhecia muito bem aquele lugar, era o campinho onde brincavam sempre quando criança. Ali não havia mudado nada, foi andando e relembrando o passado, resolveu ir até o laguinho onde costumavam sentar para conversar com os amigos

Quando se aproximou percebeu que havia alguém ali. Foi nas pontas dos pés e pode ver Regina sentada encostada em uma arvore, seu rosto estava vermelho, e ela estava chorando. Emma sentiu um aperto no coração, nunca gostou de ver ninguém chorar, mas ver aquela ali foi pior, se aproximou agachando a sua frente, e a abraçou com força, querendo puxar qualquer dor que a morena estivesse sentindo.

Regina tomou um susto quando sentiu alguém a abraçando. De inicio não correspondeu,  não demorou por muito tempo, estava sensível precisava de um pouco de carinho.

— Por que esta chorando? – perguntou Emma ainda grudada afagando seus cabelos. A morena nada respondeu. Ficaram em silencio, Emma se afastou do abraço, coloco as mãos com carinho no rosto de Regina e limpou as lagrimas de com o polegar, deu um beijo em sua testa e se sentou ao seu lado.

O silencio já estava ficando chato, Emma queria falar alguma coisa, como Regina não havia respondido na primeira vez não se atreveu. Queria que a amiga se sentisse confortável pra falar, Emma respeitou seu silencio.

— Estou chorando por me sentir impotente – abaixou o olhar – por mais uma vez.

— Não fala assim Regina...

— Esquece Emma, você não vai entender mesmo.

— Tudo bem, mas quando quiser desabafar sei lá, não esquece que você ainda tem uma amiga que se chama Emma Swan.

Regina sorriu ao ouvir aquilo e olhou para a loirinha que a observava.

— Pensei que já nem me considerasse mais sua amiga.

— Claro que considero, nunca irei esquecer de tudo que passei com você e por você – Emma sorriu. Olhou para Regina que também sorria, seus olhares se encontraram. – E você me esqueceu?

— Não, impossível esquecer o inesquecível.

As duas sorriram.

— Que brega Gi – comentou Emma sorrindo.

— Eu sei – sorriu e mostrou a língua.

— Se não me esqueceu como disse – Emma fez uma pausa – Onde esta o colar que pedi pra Mary te entregar? Ou ela não te entregou?

— Entregou sim – Regina sorriu.

— Cadê? Você perdeu? Faz tanto tempo né – Emma a encarou com o olhar tristonho.

— Se eu te mostrar, o que você me dá em troca? – Regina sentiu seu coração palpitar.

— O que você quiser. -  Emma sentiu seu rosto queimar, as borboletas que ela jurava que não existiam mais, a anos, estavam de voltar, loucas e uma coreografia bagunçada se remexendo em seu estomago. 

Regina colocou a mão no bolso da calça e de lá tirou um paninho branco, se aproximou mais e pegou a mão de Emma e colocou na palma, foi abrindo. Deu para ver o colar, brilhando como se estivesse novinho. Emma sorriu quase não acreditou, deu um sorriso enorme e sentiu seu rosto rasgar.  

— Nossa eu jurava que você tinha perdido. – ainda sorrindo e pegando o colar nas mãos.

— Você se enganou – Regina sorriu e se aproximou mais. – E agora o trato. – ela colocou uma das mãos no rosto da loira passando os dedos de leve pela pele macia.

Regina resolveu cometer uma pequena loucura. Quem nunca? Sempre sonhou com o retorno de Emma, não sabia como seria, nem quando, mais sabia que aconteceria, sentia-se incompleta em todos os relacionamento que teve. Sempre procurava aquele olhar verde alegre que cintilavam quando estava felizes. Ninguém substituiu Emma Swan, ninguém poderia tomar tal lugar, mesmo depois de 17 anos separadas. Ali olhando aqueles olhos que tanto quis por anos sentiu-se com 13 anos novamente, se encorajou era o que queria, por que não?

— O que vai querer? – a respiração de Emma já ficava descompassada devido a aproximação.

— Isso...- Regina disse olhando nos olhos de Emma e sem pressa grudou os seus lábios naqueles rosados que tanto queria.

Emma sentiu um arrepio subir e passar pelo seu corpo inteiro. Nunca havia se sentido assim beijando alguém antes, já havia ficado com varias garotas, nenhuma era como Regina. A morena colocou a outra mão na nuca a puxando pra perto, passou a língua pelos lábios pedindo passagem, que foi concebida, Regina explorou cada cantinho da boca que tanto desejou por anos, o beijo estava começando a ficar intenso quando Emma sentiu uma vibração esquisita no bolso, era seu celular. Não quis parar, seja quem for poderia ligar depois. A velocidade do beijo foi diminuindo junto com o ar que já faltava, Regina passou os dedos pela nuca de Emma e sorrindo terminou o beijo com alguns selinhos, ficaram com as testas grudadas sorrindo uma para a outra.

O celular de Regina começou a tocar, ela olhou sorriu e esticou o braço para alcançar sua bolsa, olhou no visor. Era Mary, avisou que não voltaria pra casa hoje, Regina disse que estava com Emma, e a morena a encheu de perguntas, sempre foi a favor desse amor. 

Regina esta triste, nada mudava o fato de que ficaria sem suas crianças. Sentia-se incapaz de fazer algo por eles, lutou muito pra manter aquele lar, só que já sabia que uma hora ou outra teria que deixa-los. Seu desejo era adotar todos, mais não tinha condições para isso. 

Aquele momento que se permitiu viver com Emma serviu como um escape de sua realidade, e a fez sentir-se viva novamente, só sentia-se assim com suas crianças ultimamente, havia um bom tempo que não se relacionava com alguém. Não por falta de opção, mas, por falta de vontade mesmo. Emma era diferente, sempre foi, desde que tinha meio metro, cabelos desgrenhados, vivia suja, ah aquela moleca que não podia ver Regina que logo corria atrás dela. 

Foram para casa de mãos dadas estavam felizes, finalmente depois de muitos anos estavam sendo livres como sempre sonharam, Emma nem se lembrava mais dos problemas que a fizeram vir mais cedo para storybrooke, só queria saber daquele cheiro gostoso, daqueles lábios e dos olhos castanhos intensos. 

— Emma me conta o que andou fazendo, quando terminou o colégio? Aprontou muito? – Falou Regina se sentando no sofá.

— Não, na verdade só um pouquinho, basicamente me dediquei a ajudar a minha avó a concretizar um projeto social, conheci uma garota e iniciei um relacionamento que desde o começo eu já tinha certeza que não ia dar certo – Regina a fitou assustada –que felizmente acabou tudo bem, claro na medida do possível – sorriu docemente - Este é o meu pecado, qual é o seu? – Emma olhava Regina nos olhos.

— Mi pecado – fez cara de que pensava - eres tu, solo tu la razón...- Regina começou a cantarolar sorrindo.

— Ah cala a boca, Regina, sua palhaça! – Emma disse sorrindo e dando leves tapas na morena a sua frente.

— Estou falando serio – Regina respirou fundo tomando coragem, aproximou mais da outra, desta distância podia sentir sua respiração acelerar – Siempre te amé. - Sussurrou com os lábios quase se encostando aos de Emma. 

Passaram a noite trocando carinhos, tratavam-se como se estivessem se conhecendo, e realmente era isso que estava acontecendo, tanto tempo separadas, muitas coisas a contarem, foram dormi abraçadinhas, como duas adolescentes. Estavam vivendo algo que lhes foi roubado. 


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Notas finais do capítulo

Own que saudades elas deveriam estar *-*

Galera podem ver que al alguns momentos coloquei o apelidinho da Regina como Gi.

De boas sempre que leio fic e vejo chamarem ela de Gina eu penso besteira kkk então mudei rs

beijos até o próximo capitulo!



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