Meu desafio Meu amor escrita por Kyara


Capítulo 5
Complicações.


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, como vão?
Antes de mais nada, perdão pela demora. Estou em uma maratona na vida ks
Eu quase tive um ataque quando vir a recomendação da linda Aletty Salvatore, obrigada princesa, você me deixou muito mais muito feliz.
Não é fácil para mim está aqui o tempo todo, mais sempre estarei fazendo o melhor por vcs.
O cap de hoje ofereço em especial a você Aletty Salvatore.
Ainda não deu para responder vcs mais assim que der farei OK.
Boa leitura lindas



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Seus olhar era gélido e profundo. Estava me deixando paralisada.

Minhas mãos estava transbordando de suor.

Não sei o que esperar. Sua postura me assusta e me sufoca, essas sensações tomam conta do meu corpo.

Aperto os lábios com força. E  exijo de mim mesma uma reação ou algo do tipo.

Afinal não é nenhum crime se encantar com uma biblioteca!

Encho meus pulmões de ar, e digo a primeira coisa que me vem à cabeça.

— Vocês tem uma bela biblioteca. – minha voz é uma negação de tranquilidade.

Ele leva as mãos em gestos graciosos até os bolsos. Porém isso não o faz quebrar o contato comigo.

— O que faz aqui? – ele volta a perguntar, seu tom está mais sombrio.

— Desculpa, eu só estava olhando a cas…

— Bisbilhotando. - ele me interrompe, e caminha em direção de uma das estantes. – Você invade minha casa, e não se achando satisfeita, começa a barafustar!

Encaro suas costas largas, isso não é verdade. 

Invadir? Barafustar?

— Se esse fosse o caso Sr. Salvatore, já teria chamado a polícia.

— É tentador, existe muitos meios de arrancá-la daqui.

Seu tom ameaçador, está me irritando. 

Como não digo nada, ele vira voltando a posição anterior.

— Me responda uma curiosidade doutorazinha. – ele tira uma das mãos do bolso e aponta em minha direção. – Como conseguiu engana o Klaus?

— O quê?

— Não achei que ele era tão idiota, mas me enganei.

— O que você quer dizer? – estou perdida.

— Não é obvio! Você não passa de uma fraude.

Sei que estou de boca aberta.

— Sr. Salvatore acho que está equivocado.

Tento manter a tranquilidade, eu sou a profissional aqui.

— Hora é mesmo? Então me responda o que te perguntei.

— Eu não enganei ninguém. Estudei e me formei como todo mundo.

— Há muitas maneiras de se conseguir mais rápido um diploma. – suas insinuações me enoja mas não deixo isso me abalar.

— Documentos falsos são facilmente descobertos e profissionalismo é claramente notório, principalmente em um grupo hospitalar. - ele está calado. — Estou aqui somente para te ajudar. – finalizo.

— Eu não pedir ajuda de ninguém.

— Isso é óbvio, se não, eu não estaria aqui tendo uma conversa tosca com o senhor. Contudo pessoas que se importam com você não mediram esforços para te manter vivo, incluindo abrir espaço para uma médica desconhecida.

— Estão todos loucos!

— Desesperados é o termo mais apropriado.

— Odeio gente como você que acha que tem a solução para tudo. – Ele grita. — No final pestes como você só querem méritos para subir em suas carreirinhas de nada.

— Te manter vivo será suficiente.

— Vai se arrepender se ficar.

— Você irá se arrepender se não fizer alguma coisa sobre sua saúde. Só irei embora quando sua saúde melhorar.

— Acredita mesmo nisso? Você é mais estúpida que o Klaus.

Ele vem em minha direção, e dou um passo para trás, é automático.

— Eu sempre consigo o que quero. – está a centímetros de mim.

Está me fitando.

E volta se movimentar para a escada.

O quê foi isso?

Me jogo em um sofá que nem tinha notado ali.

Eu não acredito que isso acabou de  acontecer.

Ele é terrível... Céus!

Como vou me aproximar de alguém que parece que vive vinte quatro horas com raiva?

 

Já era tarde mas estava sem sono, acho que os últimos acontecimentos me deixaram assim. A única coisa que poderia fazer era lê.

Estava funcionando, estava relaxada e sonolenta. Contudo um grito em meio ao silêncio da casa me faz soltar da cama.

Céus o que foi isso?

Os gritos continuam e meu corpo sinaliza para correr para fora do quarto.

Então eu noto que vem do quarto dele!

— Elena.

Caroline surge visivelmente preocupada.

— Carol o que está acontecendo?

— Damon sofre com pesadelos quase todas as noites.

— Eu vou ajudá-lo. - sem demora abro a porta do seu quarto.

Ainda na porta vejo a luz do seu abajur ligado e ele está sentado de cabeça baixa muito ofegante como se tivesse corrido muito.

— Sr. Salvatore eu posso lhe ajudar?

— Não ouse entra aqui.

Sua voz estava trêmula mas seu tom  permanecia sombrio.

— Mas

— Elena deixa. — Carol está agarrando meu braço, e com outra  mão fecha a porta.

— É melhor deixá-lo por enquanto, ele ficará bem.

Meu olha estava na porta do quarto dele, como ele vai ficar bem?

— Ele pode precisar de ajuda Carol, não podemos deixá-lo assim.

— Por enquanto vamos deixa assim Elena, é delicado!

Seu olhar quer dizer muito mais, eu sei que ela está mais preocupada do que eu.

— Tudo bem, eu vou voltar para o meu quarto qualquer coisa me chame.

— Claro, obrigada Elena.

Eu não entendo muitas coisas sobre ele, e vejo que não será tão fácil.

 

 

Observo mais uma vez os papéis em minhas mãos.

É um cronograma que havia feito quando aceitei cuidar do Damon, tive bastante tempo já que custei vim pra cá.

Tinha me baseado nos últimos exames que Damon fez, este está incompleto, já que Damon se recusa a fazer novos exames.

Tinha varias cópias, e daria para todos nesta casa.

O coração de Damon é frágil. E não parece que pertence à ele.

Damon aparentemente demonstra o contrário.

Saio do quarto com objetivo de chegar na cozinha.

Ainda não tinha tomado café, era muito cedo.

— Bom dia Madalene.

— Bom dia Elena, preparei seu café.

— Obrigada.

— Dormiu bem criança?

— Como um anjo.

— A Caroline ainda está dormindo?

— Sim. Ainda é muito cedo.

— É verdade.

— O quê é isso?

— É uma pasta com um cronograma, fiz para ajudar o Sr. Salvatore.

— Este é o seu.

— Isso deve ter dado trabalho.

— Um pouco, todos da casa vão ganhar um.

— Isso inclui o Damon?

— Principalmente ele. – ela está pensativa. — Ele também está dormindo?

— Não vai tomar todo o seu café? – já estava me levantando.

Madalene está me olhando torto.

— É por isso que está tão magra. - Ela ralha, e só consigo sorrir.

— É coisa de médico!

— O que? Morrer de fome?

Ela é uma graça mesmo.

— Estava uma delícia, obrigada. - Madalene sorrir e aproveito para perguntar de novo sobre o meu paciente. 

— O Sr. Salvatore vai demorar a descer?

— Não! – ótimo vou esperar ele.

E como se Madalene pudesse lê meu pensamento comenta:

— O menino já desceu.

— E onde ele está?

— No jardim. - Damon e jardim na mesma frase parece até piada, não por ele se homem e sim por ser "Ele". No entanto Madalene está séria.

— Jardim? - pergunto como se não estivesse ouvindo direito.

— Sim, meu menino adora o jardim. – ok não consigo imaginar ele no meio das flores.

Sempre amei flores e a ideia de um Jardim cheio delas me encanta.

— Vou até lá. – ela nega me parando.

— Sinto muito criança, mais ninguém vai até lá, há não ser o Damon e o jardineiro de confiança. – até isso ele não permite? Eu não acredito nisso!

— Então está me dizendo que nunca foi lá? – pergunto desconfiada com essa descoberta maluca de mais pra levar a sério.

— Ninguém, como eu disse além dos dois. 

— Mais dá pra vê o que ele tanto faz lá? Ou melhor podemos chama-lo e…

— Você não entendeu criança, nunca vir o jardim. - O quê? 

— Eu não estou entendendo Madalene.

— Não dá pra ver!

— Como assim? É longe, é isso?

— Não como você está imaginando.

— E então? 

— Ele é coberto, como se fosse uma proteção contra olhares curiosos. – agora sim, estou curiosa.

— Seja mais clara, por favor. – Madalene suspira parecendo cansada. Ela pega minha mão esquerda e me puxa.

— Você entenderá melhor se vê.

— Como? Se você mesma disse que não dava e que nem mesmo já viu?!

— Só me segue minha querida.

Madalene me guia pela sala de estar me levando em direção da lareira. Ela segue um dos corredores e escolhe o  esquerdo. Seguimos por um corredor mais espaçoso e as paredes simplesmente mudam.

As paredes são de vidros, me lembrando do meu apartamento, só que cem vezes melhor. Paramos em uma pequena sala.

— Caroline tomar chá aqui. - Madalene comentar, a única coisa que faço é olhar o lugar.

O sofá branco é um só, porém ele é o suficiente pra tomar conta da sala toda, ele está pregado na parede seu formato parece um “ O ” no entanto cortado pela porta. 

Uma mesa discreta com rosas no centro.

Nem preciso falar das paredes, é simplesmente lindo.

— Vem Elena, o que precisa ver esta lá em cima.

Madalene está em uma escada discreta branca. 

Olho pra cima, ela quase tem o formato da biblioteca.

Acompanho Madalene, que sobe sem problemas.

O lugar está escuro, Madalene ligar a luz, e quase igual o andar de baixo, tirando o sofá que são dois o resto pra mim está igual.

Madalene começa abrir as cortinas, ela é bem rápida.

— Venha criança, acho que aquilo explica bem melhor. – ela me chama apontando para olhar pela parede que também é de vidro.

Tanto mistério. E bem não é a toa, o que os meus olhos estão vendo, me faz entender sem sombra de dúvidas. 

— Isso é… é 

— Um labirinto! - Madalene terminar minha frase.

Céus é incrível! Um pouco longe. O caminho é cercado por imensos pinheiros que alcançam o labirinto. Não fazia ideia do tamanho da propriedade.

Esse labirinto é enorme.

— Ele tem mais de cinquenta e seis entradas, eu acho, e dentro eu não faço ideia, a maioria são falsas é uma loucura aquilo. - a encaro.

— Nossa, ele é bem fácil de se perder.

— Muito, ninguém o conhece tão bem como o Damon.

— Madalene está me dizendo que o jardim fica lá? 

— No centro pra ser mais exata.

Céus, eu nem consigo ver o fim. A neblina não ajuda, até parece que foi colocada de propósito pra dificultar a visão, que loucura isso, mesmo eu achando tudo isso magnífico e extraordinário.

Sem tirar os olhos do labirinto pergunto:

— Você nunca teve vontade de ver? Sabe de olhar de perto?

— Não, aquilo é medonho, me assusta, não é nenhum lugar que você possa entrar e sair a hora que bem entende.

— Ele jamais permitiria também, certo? 

— Meu menino não gosta de dividir seus espaços com ninguém, na verdade nada. É um lugar reservado, só para ele entende? Longe de todos. – ela me olha de lado.

— Principalmente de mim, você quis dizer, certo? – ela olha para paisagem lá fora.

— Ele irá se acostumar.

— O quê? – Madalene de repente segura meu braço.

— Pela sua própria segurança Elena, não vá par lá. – assinto meio assustada com sua atitude.

— Quando ele volta?

— Talvez no jantar? – o quê?

— Talvez?

— Como você já deve estar sabendo, se não, vai saber agora. Damon não tem horários para nada. - infelizmente, penso.

— Carol havia me dito antes, preciso conversar com ele alguns assuntos, inclusive esse.

— Boa sorte você vai precisar. Um conselho vá com calma e paciência, ok? – suspiro, sabendo o que me espera. 

— Tudo bem.

— Eu vou indo.

— Vou ficar um pouco mais.

Observo a grandeza daquele labirinto, imaginando que se ele tiver um ataque, não poderei socorre-lo a tempo.

— Irresponsável!

 

 

Como Damon resolveu ficar o dia inteiro no seu jardim secreto, resolve vim para o hospital conversar com Klaus.

— Elena algum problema?

— Não, ainda não eu acho.

— Como assim? – Klaus está me olhando desconfiado.

— Precisa falar com você pessoalmente.

— Claro!

— Eu fiz um cronograma para Damon, é algo básico como não tenho todos os exames necessários achei que algo assim o ajudaria de início.

— Isso é muito bom. – comenta lendo o papel.

— É uma rotina bem elaborada.

— Klaus você já fez algo parecido? – ele assente. — Como ele reagiu?

— Não irei mentir pra você, Elena, Damon jamais aceitou ou realizou o que como médico pedir.

— Klaus como posso fazê-lo aderi isso se você nem chegou perto?

— Eu sei Elena, que isso é um ótimo motivo de você nem aos menos tentar. O conhecendo já sei que não irá aceitar de primeira, mas com a sua postura obterá sucesso. É só questão de tempo. Eu acredito em você!

— Isso não é o suficiente, e você sabe disso.

— Eu sei, mas é tudo o que temos no momento. – ele fica cabisbaixo e eu não gosto de vê-lo assim.

— Eu espero que tenha razão, ele é um idiota dos grandes. - Klaus abafa o sorriso.

— Sim, ele é!

— Eu vim pegar algumas coisas.

— Não precisa da minha autorização para isso Dr. Gilbert.

— Eu sei. – me levanto sorrindo.

— Se precisar me ligue.

 

 

Madalene havia me avisado da chegada do Damon.

Espero alguns minutos antes de ir até ele.

E em passos largos vou ao seu quarto. Aperto os papéis em minha mão e paro e solto a respiração.

Tenho plena consciência que ele não vai gostar da minha presença em seu quarto, mas é a única maneira de falar com ele, já que o mesmo só chegou agora.

Nove e meia exatamente, ele só pode está fora de si mesmo!

Então não perco tempo e bato repetidas vezes na porta.

A maçaneta está sendo girada e foco mais na porta.

— O você está fazendo aqui?

Caramba seu olhar é de congelar.

— Preciso falar com o senhor! – ele permanece neutro.

Damon faz um movimento de fechar a porta.

Sou rápida e coloco meu pé antes que ele feche.

— O senhor só precisa receber esses papéis, se não vou bater na porta até que não aguente mais.

Ele abre a porta de novo e cruza os braços.

— Do que se trata? – ok tenho atenção dele.

— Disto! – entrego os papéis.

Damon está lendo e me encara na mesma hora. 

— Que idiotice é essa?

— Não são idiotices.

— E como você define? Não irei fazer nada disso. 

— Você precisa, isso te ajudará a manter um equilíbrio mais controlado da sua saúde.

— Já disse que não preciso de ajuda. – ele joga os papéis no chão.

— O que está fazendo?

— Por acaso é cega? – Damon está destruindo os papéis, os pisando. 

— Aqui estão suas malditas regras. Faça um favor a você mesma saia daqui e de preferência da minha casa.

— O senhor não percebe que é o único prejudicado?

— Eu não quero ouvir suas ladainhas, mandei saí. 

— Se me quer tanto fora daqui, sugiro que faça algo a respeito da sua saúde, ao contrário permanecerei aqui até que crie juízo.

— Merca suas palavras comigo ou poderei acabar com sua carreirazinha de nada. Ouviu bem?

— É nisso que você pretende me ameaça? O senhor está se ouvido?

 Acho que alguém vai cuspir fogo a qualquer momento, ele está muito agitada e isso não é bom.

— Sr. Salvatore não pode ficar nesse estado.

Damon puxa a respiração e logo se curva.

Droga! Era disso que estou falando.

Me movo ficando ao seu lado.

— Sai-i. – Damon se solta das minhas mãos em seu ombro indo para a porta.

— Deixe de teimosia.

— Eu não quero a sua a-ajuda. – rosna colocando a mão no peito.

— Vou ajudar assim mesmo. – me jogo praticamente em sua frente, agarrando seu ombro.

Damon se curva e escorrega até está completamente no chão, eu estou igual, ele é pesado. Coloco minhas mãos sobre seu coração algo vai furar ali.

Faço uma massagem ali e repito sem parar.

Estou sem meu celular e ninguém aparece, droga.

— Não enfarte!

Damon está suando muito.

Preciso levá-lo até o quarto de emergência, todos os medicamentos estão lá.

— Consegue se levantar? – não obtenho nenhuma resposta. – Vou considerar isso como um sim.

 Pego seu braço e coloco sobre meus ombros e envolvo minha outra mão em sua cintura. 

Com muita dificuldade conseguimos ficar de pé.

Céus, ele é muito pesado sem falar que nossa altura e desproporcional o que dificulta minha ação de mantê-lo em pé.

— Falta pouco. – me apoio na porta e com muita complicação consigo abrir.

Arrasto Damon para a cama, que está muito pálido. Não perco tempo e abro o carrinho de emergência, onde pego todos os materiais que irei utilizar, e preparo a medicação. Aplico a mesma, observando Damon que reclama algo.

Pego seu pulso e a percebo que a medicação está fazendo efeito. Damon volta a respirar normal depois de alguns  minutos.

Tenho plena certeza que Damon não comeu o dia inteiro, isso contribuiu para o seu estado atual.

Aproveito para descer e procurar alguma comida. Damon está meio aéreo não irá sair de lá tão cedo.

Não encontro ninguém, faço uma salada, servirá no momento e aproveito e faço um chá.

Estou de volta ao quarto e Damon continua igual.

Vou esperar ele acordar pego um lençol é cobro ele.

Já faz uma hora depois do ocorrido, e noto Damon despertar.

Depois de uns segundos ele percebe onde está.

— Não se levante agora.

— Não me dê ordem.

— O senhor não se alimentou o dia inteiro. – ele não dá uma trégua. – Acho que deve fazer isso se quiser sair deste quarto sem caí. – pego a bandeja e levo em sua direção.

— Eu não vou comer nada.

— Precisa ou vai fica aqui a noite toda e comigo.

— Não seja estúpida!

— Então coma.

Ele olha para o prato e começa a comer. Escondo o sorriso não quero que ele pare, quando acaba toma o chá.

Pego a bandeja e coloco em cima de uma pia discreta ali.

 — Sr. Salvatore precisa tomar seus remédios e si alimentar melhor para evitar o que acabou de acontecer. O quanto antes melhor.

Damon aos poucos se levanta e vai em direção a porta sem dizer nada, fico encarando a cama bagunçada.

 

 

Sempre amei o que fiz, e não me arrependo do caminho que tomei. Salvar vidas não tem preço, era, e é magnífico participar das alegrias  da recuperação dos pacientes. Embora também participe das tristezas das famílias, ao perder um familiar.

Nunca me acostumei com a perda de uma vida, sempre que o corria era uma dor enorme.

Sempre me esforcei, passei vários vezes por cima dos meus limites pra ajudar vidas, sempre me cobrei dar o meu melhor.

Fiz um juramento e o mantenho vivo dentro de mim.

No entanto este novo caso está me deixando de mãos atadas.

Depois do ocorrido achei que tinha conseguido me aproximar de Damon, nem que fosse um pouco.

Estava totalmente enganada, Damon estava a cada dia pior em todos os sentidos. Ele só abre a boca para me expulsar de sua casa. Todas as tentativas de aproximação foram inúteis.

 Já faz uma semana que estou aqui e não conseguir nada. Era muito frustrante!

Estava na biblioteca, sempre que podia ficava aqui. Me ajudava a pensar melhor aqui, era afastado e tranquilo, se pudesse ficaria horas aqui.

Me movo colocando um livro na prateleira ao notar uma silhueta, que está  toda vestida de preto como sempre, caminho em direção a porta.

Damon não suporta minha presença ainda mais no mesmo espaço. E como sei que isso afeta seu estado não vou arriscar até encontrar um meio de mantê-lo equilibrado.

— Não saia!

Paro automaticamente. Ele não é de falar comigo.

— Não estou afim de discutir.

 — Quero conversar com você um assunto da sua importância.

Me volto para sua figura que se encontra no meio da sala.

— Que seria?

O que ele quer?

— Devo admite que você está durando mais do que imaginei, mais que qualquer uma. – seu tom é estranho. – Isso não me agrada nada, então decidir dá um basta, tanto pra mim quanto pra você.

— Não estou entendendo. – ele ergue uma maleta que até então não tinha visto. Ele colocar sobre a mesinha.

— Pode abrir, não se arrependerá eu garanto. – me a próximo da maleta, e a abro e sinto algo quebrar dentro de mim

— É mais do que qualquer uma enfermeira ganhou, e como você não é uma, achei que teria que ser mais. Tem cinco milhões aí, o suficiente pra você ir pra qualquer lugar, dê uma desculpa qualquer para Ric, Carol e Klaus. Eles acreditaram, todas se foram você não será uma exceção. Uma hora isso ia acontecer.

Meu estômago está embrulhado, levo minha mão a boca, meu corpo está tremendo como nunca mais tinha feito, minha cabeça dói, minha mente está uma bagunça.

Eu esperava tudo, no entanto isso jamais me passou pela cabeça. A que ponto ele foi.

— Eu sempre consigo o que quero, eles sabem disso.

Céus...Eu quero gritar. Continuo na mesma posição, não consigo me mover.

Meu corpo não para de tremer. Vamos Elena saia dessa, você sabe o que fazer. Não deixe isso te derrubar.

— Saia ainda hoje.

Isso é um pesadelo.

Me ergo trazendo a maldita maleta comigo. Me volto finalmente pra ele.

Fico cara a cara com ele.

E jogo o dinheiro no chão. Damon arregala os olhos.

— O que está fazendo?

— Por acaso é cego? - imito o gesto dele quando entreguei os papéis com cronograma. Piso com toda força sobre aquelas notas.

— Você é louca?

— Você vem com esse discurso imoral e eu sou a louca? O quão doente você é?

— Você não vale nem metade desse dinheiro se eu fosse você recolheria tudo e iria embora.

Não me contenho e acerto seu rosto ecoando um estralo bem merecido.

— Você não passa de um homem mimado, que nem ao menos sabe se posicionar para não perder o que lhe resta. Pelo contrário se isola como uma garotinha assustada.

— Cala a droga da sua boca. Isso não ficará assim. - Damon grita.

— Você não está em posição de ameaçar ninguém, eu pelo contrário posso te processar. Imagina a manchete com seu sobrenome, manchando a lembrança dos seus país, tenho certeza que eles ficariam chocados se pudessem ver o  que o filho deles se tornou.

— Eu mandei calar sua maldita boca.

— O quê está acontecendo aqui.

Klaus, Caroline e Ric nos encaram assustados.


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Notas finais do capítulo

Então estão gostando?????
Até mais
Xoxo.



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