– Quem é você? - Pergunto assustado com os olhos começando a lacrimejar por conta do medo. Mas mesmo morrendo de medo eu encarava o garoto a minha frente incrédulo e abismado ao mesmos tempo pois era como se eu me olhando em um espelho, ele possuia os mesmo olhos que eu o que eu nunca tinha visto antes pois meus olhos tinham uma variação de cores impressionante que o tornava único até esse momento. Mas não era só isso ele também era totalmente idêntico a mim desde os cabelos loiros até a marca de uma pequena estrela que eu tenho no pescoço, desde que nasci. A unica coisa que fazia diferença entre nós eram os tipos de roupas que ele estava vestindo que se tratava de uma camisa social branca e uma calça preta enquanto eu estava com a mesma calça jeans e camiseta de quando sai de casa para ir para a escola, e claro também a postura que ele empunha que era algo completamente diferente de qualquer uma que eu um dia pudesse vir a ter, ele tinha um ar muito sofisticado que chegava a me incomodar.
– Eu posso ser muitas coisas mas no momento sou você melhorado em diversas coisas. Sou mais forte, mais rápido, mais convincente, mais confiante entre muitas outras coisas. - O homem que tinha minha face e dizia ser eu fala com um sorriso de canto.
– Como assim você é eu? -pergunto já com diversas teorias rondando minha mente, teorias que provavelmente estavam completamente erradas.
– Acho que esqueci de acrescentar o mais inteligente quando disse no que eu sou melhor que você Adam, mas como sou um bom anfitrião vou lhe explicar novamente - O homem fala como se eu fosse um criança idiota - Eu sou Adam Smith e fui mandado para tomar seu lugar desde seus amigos até a sua adorada mamãe. E a partir deste momento você não irá passar de uma sombra trancada neste quarto enquanto eu transformo sua vida em algo útil - Ele arruma os botões da manga da camisa e começa a andar para a saída do quarto aonde eu me encontrava.
– E não se esqueça de agradecer ao seu querido pai... - ele diz me deixando mais confuso do que já me encontrava.
–Essa sua história é maluca demais, eu acho que você precisa de um psiquiatra e como assim agradecer ao meu pai? - digo revoltado e só então percebo que ele iria me deixar preso neste lugar - E você não pode me deixar preso aqui é contra a lei... Minha mãe irá perceber que você não é eu e vai chamar a polícia eu tenho certeza - falo para o nada pois o homem já havia ido.
Olho em volta procurando algo que possa vir a ser útil caso eu consiga achar um modo de escapar deste lugar. Vejo que o lugar é um quarto que poderia vir a ser confortável caso eu não houvesse sido sequestrado e um cara que se parece comigo não quisesse roubar minha vida.
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DUAS SEMANAS ANTES
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– Adam querido, acorde logo vai se atrasar para a escola e você sabe que o diretor já está cansado de seus atrasos - Ouso minha mãe gritar, mas ignoro como sempre e me viro para o lado voltando a dormir. -Adam não irei falar novamente.
– Ok mãe. Já irei levantar. - me levanto e caminho devagar até o pequeno banheiro que ficava em meu quarto. Após tomar um banho rápido me troco e começo a jogar minhas coisas dentro da mochila. Antes de sair do quarto olho em volta para a mesma parede azul que olho toda vez antes de sair de casa aonde continha um retrato de meu pai, a última foto que foi tirada dele antes de morrer, mas não era isso que deixava essa foto especial mas sim o que eu escondia nela, um carta que havia sido deixada para mim por ele. Respiro fundo e saio do quarto indo em direção a cozinha aonde minha mãe me espera.
– Adam rápido, você está atrasado.
– Pronto. -Digo dando um beijo em sua testa. - E eu nem estou tão atrasado mamãe.
– Claro que está sua aula começa as 7:00 horas e agora são 6:59. - Sorrio para ela da forma que eu sei que sempre a convence.
– Mas mamãe eu posso entrar na segunda aula, o que me dará tempo suficiente para chegar na escola e ainda não terei chegado atrasado, só estarei entrando em um horário fora do usual. - Falo tudo de uma forma muito firme tentando convencer a mim mesmo que estava correto.
– Vá logo e pare de tentar me enrolar, conheço todos os seus truques desde que você nasceu. - Fala e me dá um leve tapa no ombro.
– Tchau mamãe - Dou um beijo em sua bochecha.
– Tchau querido, tome cuidado e volte direto para casa. - Fala sorrindo.
Não respondo pois sei que não iria voltar para direto para casa tinha algo que eu precisava fazer e não podia esperar mais um dia, eu já havia esperado tempo demais e essa provavelmente seria minha última chance de fazer isso.
Corro em direção a escola que ficava a alguns minutos de minha casa e como já era esperado cheguei a escola no começo da segunda aula.
O meu dia seguiu normalmente até que algo muito improvável aconteceu no horário do almoço.
–Quem é você? -Digo olhando para a pessoa a minha frente.