Concrete Heart escrita por Carolina Muniz


Capítulo 7
Capítulo 6 - Sometimes Evil Can't be Controlled


Notas iniciais do capítulo

Depois de tempos e tempos i'm back kkk! Para quem gosta de ler escutando música, eu escrevi esse cap escutando a música "Decode" da banda Paramore. Na verdade, trilha sonora de Crepúsculo, né? rs Gente, essa música nunca cansa. ♥
Espero que gostem! Esse cap é dedicado a quem pediu e pediu para eu continuar rs
Adoro vocês! ♥



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Como eu posso decidir o que é certo?

Quando você está confundindo minha mente

Não consigo ganhar sua luta já perdida

Eu nunca vou possuir o que é meu

—--

Eu tinha a total consciência de que o dia havia amanhecido, mas Victor continuava possessivamente com o braço em cima de mim, o que não me deixava escolha a não ser esperar que ele acorde.

Ele se mexeu e abriu os olhos.

— Eu preciso caçar. Estou ficando com sede e odeio isso – eu sussussei, bagunçando seus cabelos já bagunçados.

Ele bocejou e me apertou mais, deitando a cabeça em meu peito.

— Ok – ele suspirou.

— Vou precisar que você fique com Esme e Emmett.

— O quê – ele levantou a cabeça e me encarou, subitamente acordado.

— Só por precaução – expliquei.

— Eu não preciso de babá – ele resmungou.

— Na verdade, você precisa – eu disse.

Ele passou a mão pelo rosto e pareceu contar até cinco.

— Vamos pular a discussão, porque eu to com fome. Nós fingimos que brigamos e aí...

— E aí você fica com a Jane – completei.

— Não era isso o que eu ia dizer.

— Mas é o que sempre acontece.

— Ela é só...

— Uma amiga.

— Isso.

— Uma amiga apaixonada por você – eu disse, me levantando da cama.

— Não vamos voltar a esse assunto – ele foi direto e me encarou sem emoção alguma.

— Por que você fica na defensiva quando eu falo dela? – perguntei.

— Por que você fala dela?

Era uma pergunta retórica. Eu sabia. Mas ainda assim eu não pude deixar de pensar na resposta.

Eu me sentia insegura às vezes. Admito. Mas é claro que eu não admitiria isso a ele. O problema é que ele não percebia o modo que ficava quando escutava o nome dela. Não importava quem tivesse dito.

Revirei os olhos.

***

Eu não queria ir muito longe, era só sede e eu não me importava muito com que animal seria. Contanto que ele tivesse sangue, para mim está no cardápio. Eu sei, é até meio nojento. Mas quando estou com sede... Sou pior que um gordo fazendo dieta com um pote de nutella na sua frente. Isso, é bem torturante.

Ele estava lá. Eu ouvia seus patas batendo devagar no chão, sentindo o terreno. Eu esperei que ele viesse até mim. Porém, ele demorou demais. O cheiro foi diferente. Humanos.

Tão fora da trilha? Ah, eu estou com sede e ainda aparecem por aqui. Me forcei a parar de respirar mas foi tarde demais. Alguém se cortou, o sangue fluiu e a vampira em mim tomou o controle.

***

Eu estava sentada na pedra mais alta da montanha, minhas mãos ainda estavam sujas, minha blusa perfeitamente branca manchada de sangue.

— O que aconteceu, Angel?

Me virei rápido demais e o vi a dois metros de mim. Ele analizou meu rosto e então se focou em meu corpo todo sujo de sangue. Passei as costas da mão pela boca e vi mais sangue. Um soluço escapou da minha garganta. Se eu pudesse chorar, com certeza já estaria desidratada.

— Ei - ele levantou meu queixo com o indicador e o polegar - me diz o que houve - pediu.

Respirei, finalmente e o encarei.

— Ephrain, eu... Eu não sei o que houve – sussurrei, com a voz presa na garganta.

Aquilo doía. Eu estava chorando, sem lágrimas.

— O Victor vai me odiar. Você não pode conta para ele. Entendeu? Não pode!

— O quê? Se acalma, eu não vou contar. Agora me diz o que houve – ele disse, tirando o casaco e colocando sobre meus ombros.

— Ele... – comecei mas minha voz estava rouca e se perdeu no meio do caminho. - Você não pode mudar o que já aconteceu – balancei a cabeça. - Eu gostaria que pudesse. Mas você simplesmente não pode, Eprhain. Então, o que adianta eu falar alguma coisa?

— O que vocês fez com o corpo? – ele perguntou.

— Eu... Eu joguei no rio.

— Apenas um?

O encarei e balancei a cabeça.

— Você acha que tem outros campistas?

— Não, a mente deles... Era só eles dois. Eu sei que não devia fazer aquilo... Eles não eram maus. Eu não resisti. Um deles tinha se machucado e sangue... – eu me sentei novamente na pedra.

— Você resistiu durante todo esse tempo, Angel, é normal que isso aconteça – ele se ajoelhou ao meu lado.

— Não! – minha voz saiu alta demais e eu me arrependi.

Ephrain só queria me ajudar e eu estava gritando com ele.

— Eu sou uma assassina. De novo.

— Não, você não é. Vai ficar tudo bem – ele disse, me puxando e fazendo minha cabeça tocar em seu peito.

Era quente, muito quente. E seu coração era muito rápido, a respiração mais quente e fazia meu cabelo ficar quente também. Depois de alguns segundos, parei de resistir e o abracei, ignorando o cheiro de lobo. Nenhum de nós dois se mexeu, até que ele deitou e me puxou junto. Eu queria protestar, não era certo. Mas aquela altura, eu não queria fazer o certo.

Eu não fazia ideia de quanto tempo havia se passado, mas o Sol já estava nascendo quando eu tirei a cabeça de cima do peito de Ephrain e o encarei. Ele ainda dormia e sua respiração regular para mim era estranha. Eu estava tão acostumada com o silêncio que quase não me simpatizava mais com o barulho. A respiração de Victor era tão calma quando dormia que eu precisava me concentrar para ver se ele estava bem.

Victor...

Fechei os olhos e me sentei ereta, tentando desvendar todo o inventário de coisas que estou sentindo.

Eu não ia conseguir esconder isso da minha família, não com Rosalie sentindo cada emoção minha. E consequentemente os fariam repensar sobre a segurança de Victor comigo. Honestamente, eu também estava assustada com o meu surto de descontrole. Mas não era algo que chegasse ao ponto de eu poder machucar a pessoa mais importante do mundo para mim. Não, eu não estava preocupada com sua segurança. Estou preocupada com sua reação. Eu nunca consigo esconder nada dele. E como Rosalie acha que confiança é a base de tudo, se eu não contar, ela mesma conta para ele. E ele vai odiar, depois vai ficar com medo de mim e por fim nunca mais vai querer me ver. Abri os olhos imediatamente. Não gostei da organização dos meus sentimentos, foram para um caminho sombrio e a minha mente imaginou tudo mil vezes pior. Revirei os olhos e suspirei

— Ele é um humano – Ephrain disse, se levantando e olhando para longe. - Humanos sentem de forma diferente que as dos seres sobrenaturais. E mesmo que você odeie essa verdade, você é um ser sobrenatural, querida. Mas me diz, o que você tem com ele? Não existem outros humanos desafiantes para você neste mundo? Eu realmente até agora não entendi o que ele tem de tão especial. O conheci na semana passada. Não que eu estivesse ansioso para isso, mas eu queria saber o que o torna tão fascinante para você. Eu não encontrei. Ele é comum. E ai eu imaginei que talvez não seja ele, e sim vocês dois. O que tem em vocês dois?

Suspirei de novo e olhei para o horizonte.

— A promessa de que o amor é real – respondi. - Eu tenho isso com o Victor.

— Eu imagino que seja bom sentir esse tipo de coisa.

— Mas é só isso. Eu quis tanto acreditar que havia uma saída. Quer dizer, eu vou perdê-lo. E não sei se conseguirei superar. Ele não nunca me perdoar pelo o que eu fiz e eu não posso mentir para ele.

— Seja amiga dele, então. O problema é que você não quer ficar longe dele. E eu imagino que ele também não quer ficar longe de você. Então, esse é o jeito.

— Acho que você pode ser amigo de alguém ou apaixonado por esse alguém. Não acho que dá pra ser os dois.Talvez se você tentar... Enfim, se você não desistiu até hoje é porque você sabe que vale a pena.

— Eu estou cansada. Muito cansada.

— A gente vai cansando sem perceber. Quando vê já não importa mais – ele disse, distraído e nós nos levantamos ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

Vish, Angel perdeu controle e matou alguém? Será que o Victor conhecia? Será que eram amigos deles??? Sim ou não, eis as respostas! kkk
Bom, espero comentários!!!! Adoro vocês e que Chuck os abençoe! Durmam com Cas e até mais.
XOXO



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