O Vampiro de Shadowstone: O Despertar escrita por James Fernando


Capítulo 6
Capítulo 6: Cercados


Notas iniciais do capítulo

Mais um...



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— E então? – Claire Delacoure perguntou entrando naquele lugar.

As três estavam no que parecia ser uma catacumba que foi feita em rocha pura. O local era espaçoso e pouco iluminado. Havia tochas acesas nas paredes. Havia um rio de água corrente no lado oposto da entrada.

A entrada era uma rocha que só podia ser aberta por um feitiço. Havia uma escada que levava para o porão da casa de Claire. Era basicamente um porão dentro de um porão.

Elena Miller estava de mãos dadas com Patrícia Moore. Entre as duas havia um tipo de altar de pedra vendo de longe, mas ao se aproximar notaria que na verdade era algum tipo de caldeirão esculpido em rocha pura.

Nas paredes havia algumas estantes com livros e poções. Havia uma mesa em particular que se destacava. Também era feito de rocha e como se estivesse em alguma vitrine, havia um enorme livro de aparência antiga.

Claire havia acabado de chegar.

— Encontramos eles. Estão no Campo do Luar. – Elena respondeu a pergunta de Claire.

Claire se aproximou e viu no liquido preto dentro do caldeirão a imagem de Brian e Cohen praticando no campo.

— Parece que Cohen esta quase conseguindo convencer Brian a tomar sangue humano. – Patrícia disse. Ela e Elena ainda estavam com as mãos dadas mantendo o feitiço de localização e transmissão ativos no caldeirão.

Claire sorriu.

— Tenho a solução perfeita para esse problema. – Claire disse com a palma da mão aberta.

Uma pequena caixa dourada antiga surgiu em sua mão. A caixa era parecida com uma caixa de música.

Dentro da caixa havia dois pedaços do que parecia ser uma fruta. Dois pedaços idênticos, mas de cores diferentes. Um era vermelho sangue brilhante e o outro era dourado como ouro puro e brilhante. Ambos emanavam uma aura brilhante.

A aura emanada pelo pedaço vermelho parecia tudo o que tinha de errado com o mundo. Já o dourado emanava uma aura sagrada, divino.

Claire fechou a caixa e a levou a te a mesa a colocando próxima ao livro. Ela foi ate o livro e virou algumas páginas ate encontrar o que procurava. Nas paginas do livro, a escrita era em uma língua estranha e antiga.

Memorizando o que deveria pegar, ela caminhou ate as poções e começou a recolher.

— Essência de lagrimas de fadas. Sangue de Vampiro. Asas de morcegos. Olhos de rãs...

Ao invés de segurar com as mãos, ela fez os ingredientes flutuarem. Demorou mais um minuto para ela pegar tudo o que precisava. Depois disso, ela caminhou ate o caldeirão.

— Tem certeza? – Patrícia perguntou. – Eles podem acabar nos localizando.

— Não se usarmos uma magia de reversão. – Claire disse.

— Fazer parecer que a magia foi lançada do lugar em que os extraímos. – Ele concluiu o pensamento de Claire.

— Seria bem mais fácil que tivéssemos sangue de um humano em transição. Assim não precisaríamos de Brian. – Elena disse.

— Você sabe tão bem quanto eu que isso não nos ajudaria. Se querermos nos livrar daquelas aberrações, precisamos de alguém que cumpra todos os requisitos. Já faz mais de duzentos anos que alguém como Brian não surge. Essa é nossa ultima chance. Não podemos falhar. – Claire a repreendeu.

— Acho que devemos agradecer Vladimir por isso... – Patrícia sorriu maliciosa.

— E vamos, minha irmã. – Claire disse.

Com um movimento de mão, Claire despejou os ingredientes um de cada vez seguindo a receita a risco.

A imagem de Brian e Cohen não sumiu, apenas ficou embaçada pelo movimento do liquido que se tornou borbulhante. Enquanto despejava, as três bruxas recitavam um feitiço na língua estranha e antiga.

O liquido preto e viscoso como sangue começou a girar como um redemoinho. Vários rostos surgiram como um reflexo no redemoinho dentro do caldeirão. Eram vinte no total. Todos homens. Todos entre vinte a quarenta anos. Todos de uma nacionalidade diferente. Todos vampiros.

Os olhos de todos os vampiros ficaram completamente negros como se fossem possuídos por algum tipo de demônio antes de se tornarem azuis gélidos.

Todos os vinte vampiros desapareceram em uma fumaça negra.

***

O sol havia acabado de se pôr, mas ainda estava claro. Cohen não estava nenhum pouco cansado, mas Brian estava com a língua pra fora como se fosse um cachorro.

Cohen havia treinado Brian no básico em como usar todas as habilidades que ele adquiriu. Não era tão forte quanto um vampiro, mas Brian era forte o suficiente para sobreviver a um vampiro.

— Você não pratica esportes, não é mesmo? – Cohen perguntou mais como uma afirmação. – Ouvi dizer que faz muito bem pra saúde.

— Não me diga! – Brian disse se lembrando que aquele maldito vampiro lhe disse a mesma coisa.

— Bom, por hoje chega. – Cohen disse.

Exausto, Brian se deixou cair deitado de costas na grama. Olhando para o céu nublado, Brian perguntou:

— Seus irmão, são seus irmãos biológicos ou apenas...?

Cohen demorou um pouco para responder. Brian olhou para o colega, ele estava com um olhar estranho para a floresta. Brian se sentou. Olhando para o mesmo lugar, ele viu que a nevoa ficou mais intensa.

— São meus irmãos biológicos. Corra para o carro!

— Como?

— Rápido! – Cohen exclamou.

Brian se levantou, no mesmo instante, uma brisa passou por eles e Brian pode sentir vários aromas parecidos com o de Cohen.

— Vampiros... – apesar de não ter certeza, era isso o que passou pela cabeça de Brian.

— Exatamente... – Cohen confirmou. – Agora, vá!

Brian se virou pra ir pro carro, mas ele travou.

Entre o carro e ele havia dois homens.

— Não vai dar não. – Brian disse.

Cohen se virou e viu.

— Droga! Estamos cercados.

Olhando em volta, ao todo tinha dezoito vampiros os cercando.

— O que vamos fazer? – Brian perguntou assustado.

— Só há uma alternativa, lutar.

— Estamos fritos. – Brian disse.

— Não, necessariamente. Se você usar suas habilidades corretamente, eu calculo uma porcentagem de 5% de chance de sairmos dessa vivos.

As chances eram demasiadas baixas. Lutar era loucura. Lutar contra dezoito vampiros era pedir pra ser morto, mas...

— Pra mim é bom o suficiente. Não passei por aquele inferno pra morrer agora! – Brian exclamou.

O céu já havia tomado sido pincelado pelo azul do que antecede ao crepúsculo. Naquele momento, tudo parecia mais frio. A pressão do ar estava mais pesada. Nenhuma palavra foi dita, os dois apenas encaravam os dezoito vampiros.

O barulho de um corvo saindo voando rapidamente foi o estopim. Em um piscar de olho, um vampiro surgiu atrás de Cohen pronto para arrancar a cabeça dele com suas garras.

Brian só era capaz de ver os vultos dos vampiros quando eles se moviam em sua velocidade anormal. Um humano normal não seria capaz de ver nem os vultos, a não ser se o vampiro diminuísse um pouco sua velocidade.

Cohen se moveu por instinto. Ele se virou e segurou o braço do vampiro. Ali ele sabia que era bem mais velho que o seu atacante.

O mais novo amigo de Brian torceu o braço do vampiro sem remorso e o quebrou. Ele o soltou e girou seu corpo arrancando a cabeça de seu agressor.

Brian só conseguia ver Cohen quando seu amigo parava por um momento antes de atacar. Cohen tirou algo do bolso. Era pequeno e prateado.

— Tome! – ele disse jogando o objeto para Brian. – Finalize enquanto eu os derrubo.

Brian pegou o objeto com seus reflexos. Ao ver o que era, ele logo entendeu. A lembrança ainda era fresca em sua cabeça.

Fogo só é efetivo se a cabeça tiver sido decepada e o vampiro ainda estiver vivo, somente assim o fogo matara o vampiro. Também pode matar um vampiro arrancando seu coração e o queimando.

Sem perder tempo, ele correu ate o vampiro caído no chão sem a cabeça e usou o isqueiro de Cohen para por fogo no infeliz.

Naquele momento Brian não estava sentindo se aquilo era errado ou não, ele apenas estava preocupado em sobreviver. Sua vida vinha em primeiro lugar.

Os outros dezessetes vampiros partiram pra cima de Cohen. Os momentos em que ele podia ver todos eles eram breves, depois era tudo um borrão.

Cohen lutava de forma espetacular. Sozinho contra dezessete vampiros.

O estomago de Brian embrulhou ao ver braços, cabeças e corações caindo um atrás do outro.

— Não é hora pra isso. Tenho que finalizar o que ele começou!

Brian se levantou e correu com sua velocidade acima do normal ate o vampiro caído mais próximo. Quando ele foi por fogo no vampiro, ele notou algo esquisito. Os olhos da cabeça decepada pareciam sem vida, mesmo o vampiro ainda se movendo. Parecia que ele estava ali, mas não estava. Um estranho pensamento passou por sua cabeça:

Controle mental.

Ao ouvir o urro de dor de Cohen, ele abanou a cabeça e continuou sua missão.

Aos poucos, o numero de vampiros foram diminuindo.

Cohen já havia derrubado oito, mas estava cada vez mais difícil. Os que sobraram eram quase fortes como ele, alguns era mais fortes que ele.

Brian já havia posto fogo em cinco e o sexto já estava a caminho. Ele teve que caminhar pelo campo inteiro para por fogo nos vampiros caídos. Era um milagre que nenhum vampiro o atacou, todos pareciam ter olhos apenas para Cohen. Ele se perguntou o por que.

Demorou mais de dez minutos para Brian atear fogo nos três vampiros restantes. O Campo do Luar parecia um cenário de guerra. Havia fogueiras espalhadas por quase todo o lugar. A grama ao redor estava sendo consumido pelo fogaréu. A fumaça subia ao céu dando a sensação de desespero.

Brian ficou de pé observando a luta de Cohen. Ainda restavam dez vampiros. Em apenas alguns momentos, ele viu que seu mais novo amigo estava tendo problemas para lidar com os restantes.

Dois minutos mais tarde, finalmente mais um vampiro caiu. Sem pensar duas vezes, ele correu ate o vampiro sem se importar se a luta estava ocorrendo a cinco passos dali.

No caminho, ele pegou um pedaço de pau. E continuou a correr. Usando de forma eficiente suas habilidades vampirescas, em um só movimento, ele usou o isqueiro e pôs fogo no vampiro sem cabeça e deslizou pela grama e pôs fogo em um vampiro que lutava contra Cohen. Seu amigo havia visto a ação de Brian e o que ele iria fazer três segundos antes, por isso ele já estava longe daquele vampiro.

O vampiro gritou de dor, mas aquilo não iria mata-lo, mas felizmente iria enfraquece-lo. Usando a força de suas mãos, ele se levantou em um único impulso e ficou de frente para o vampiro que estava pegando fogo e enfiou a madeira no coração dele, naquele exato momento o vampiro se tornou cinzas e o fogo se extinguiu.

Ao invés de sentir remorso, ele se sentiu estranhamente feliz. Era como se uma vingança pessoal fosse realizada. Como ele iria se sentir quando matasse Vladimir? Brian estava ansioso para descobrir.

— Brian! – Cohen gritou.

Ele saiu de seus pensamentos. Dois vampiros estava indo pra cima dele.

Brian usou o isqueiro e pôs fogo na madeira encharcada com o sangue de vampiro. Ele já havia percebido a muito tempo, vampiros são altamente inflamáveis.

Com um movimento cortante, Brian se imaginou segurando uma espada japonesa, uma katana. Ele se imaginou sendo um certo caçador de piratas usando o estilo de uma espada. Brian fez um corte imaginário nos dois vampiros ao mesmo tempo em que ele passava por eles usando o máximo de suas habilidades para desviar dos dois. De certa forma, era como se ele tivesse desaparecido e reaparecido atrás dos dois e em seguida eles surgissem cortados, mas ao invés de membros decepados, os dois estavam em chamas.

Ele se virou e enfiou a madeira nas costas de um dos dois vampiros. O vampiro se tornou cinzas.

Mesmo ainda em chamas, o segundo vampiro partiu pra cima de Brian. Sem ter habilidades o suficiente para vencer uma luta, ele se jogou para o lado.

O vampiro em chamas parecia um bêbado sem equilíbrio. Temendo por sua vida, Brian se levantou e atacou. A melhor defesa é o ataque.

Tomando cuidado para não se queimar, Brian desviou do ataque do vampiro e logo em seguida desferiu um chute na junta atrás do joelho. Brian pôde ouvir o som de ossos se quebrando.

O vampiro rugiu de dor ao mesmo tempo em que caia de joelhos. Usando a madeira em chamas, Brian usou toda a sua força vampiresca para cortar a cabeça da criatura fora como se estivesse usando uma espada.

O vampiro se tornou cinzas em instantes e assim só restavam 6 vampiros.

Rapidamente mais um foi morto por Cohen. Seu mais novo amigo estava com arranhões, com a roupa rasgada e bem cansado, mas infelizmente ainda restavam cinco vampiros.

Com a madeira em mão, Brian usou sua força vampiresca para jogar a madeira mirando as costas do vampiro na mesma direção onde o coração dele estava. Ele errou, mas acerto o coração do vampiro que estava prestes a atacar Cohen por trás.

Cohen parou de lutar e olhou assustado para Brian, pois ele quase o acertou. Brian deu de ombros.

Agora restavam apenas quatro vampiros.

Brian pegou outro pedaço de madeira e correu o mais rápido que pôde. Cohen já estava no seu limite. Já Brian, seu corpo inteiro estava tomado por adrenalina. Ele sabia que pensar aquilo era errado, já que suas vidas estavam por um fio, mas ele não podia negar que estava sendo libertador. Ate mesmo divertido.

Ele se jogou pro lado e rolou no chão e em seguida chutou com força a perna do vampiro. O som de ossos quebrados era audíveis. O vampiro caiu de joelhos no chão.

Brian se levantou e saltou girando no ar e sem seguida lançou o pedaço de madeira que acertou em cheio no coração do vampiro ao lado de Cohen.

Ele jamais imaginou que ele seria capaz de fazer algo do tipo, mas usando as habilidades vampirescas, aquilo era possível.

Restavam apenas três vampiros. Dois ainda estavam em pé.

Aproveitando que os vampiros foram pegos de surpresa, Cohen saltou e girou agarrando a cabeça de um dos dois vampiros que estavam em pé e a torceu arrancando e caindo em pé com a cabeça do vampiro em sua mão.

Brian caiu apoiando seu joelho no chão. Ele pegou o pedaço de madeira que caiu no chão depois do vampiro ter virado pô e se virou a enfiando no coração do vampiro em que ele havia quebrado a perna.

Restavam dois vampiros.

Ele apoiou a mão no chão e girou o corpo esticando a perna e assim derrubando o corpo do vampiro sem cabeça. Com uma velocidade próxima dos vampiros, ele se levantou e enfiou a estaca no coração do vampiro sem cabeça antes dele atingir o solo.

Restava apenas um vampiro.

Toda aquela ação ocorreu em apenas três segundos. Era como se Brian e Cohen soubessem o que o outro estava pensando.

Brian pulou para trás ao mesmo tempo em que Cohen estava girando seu corpo e chutando na altura do pescoço do ultimo vampiro.

O vampiro saltou dando um mortal para trás e em seguida ele correu em sua velocidade anormal ate Brian e usou a palma de sua mão para lançar o menino longe.

Brian sentiu uma dor excruciante em seu tórax. Era como se seus ossos fossem quebrado ao serem atingidos por uma bola de metal.

Com um esforço sobre-humano, Brian conseguiu se sentar. Seu corpo estava todo sujo de terra. Seus braços estavam todos arranhados. Com a visão turva, ele conseguiu ver Cohen trocando socos e chutes contra o vampiro.

Ele sentiu algo molhado tocar a ponta de seu nariz. Ele abriu a palma da mão e olhou pra cima. O céu estava coberta e estava começando a chover.

De alguma forma, ele sabia que aquele ultimo vampiro era diferente. Provavelmente era o mais velho dentro os dezoito vampiros, talvez ate mesmo mais velho que Cohen. Sua força era surpreendente. Seu mais novo amigo estava tendo trabalho para lidar com aquela criatura noturna e ele não fazia ideia se Cohen iria conseguir vencer. Ele tinha que ajuda-lo.

Brian tentou se levantar, mas seu corpo se recusou. Cada fibra de seu corpo estava reclamando de dor. Aquilo definitivamente não era divertido.

Com a respiração falhando, ele se levantou.

— Droga... – ele disse e sem aviso, ele vomitou sangue.

Passando a parte de trás da mão na boca, ele olhou para a luta que estava fora de seus limites.

Cada soco, cada chute parecia que iria fazer buraco em uma parede de concreto.

Brian respirou fundo. Tomou uma dose de coragem e correu.

Seu plano era simples

Ele não fazia ideia do por que, mas ele tinha certeza de que aquele vampiro queria ele e não Cohen. Cohen era apenas uma pedra em seu caminho. Se ele estava certo, então o vampiro não iria mata-lo.

Ele se agachou e pegou três pedras e um pedaço de madeira. O pedaço de madeira ele colocou atrás das costas como se estivesse escondendo uma arma, e as pedras ele as jogou enquanto corria tendo o maldito vampiro como alvo.

Lutando apenas com o braço esquerdo contra Cohen, o vampiro nem ao menos se virou, ele simplesmente pegou a pedra como se fosse um mosquito que não merece atenção.

As outras duas pedras foram jogadas consecutivamente sem hesitação ao mesmo tempo em que Brian correu para o lado entrando no ponto cego do vampiro e lançou a madeira como se fosse uma flecha.

O vampiro, em apenas um milésimo de segundo desviou das pedras, do chute e da madeira apenas girando o corpo em apenas um movimento. Brian não hesitou, ele partiu pra cima do vampiro chamando sua atenção. Um segundo foi o que bastou pra Cohen pegar o pedaço de madeira no ar e enfiar nas costas do vampiro direto em seu coração.

O vampiro se tornou cinzas e desapareceu na chuva torrencial.

Cansado, Brian se deixou cair deitado na grama e tomou chuva em seu rosto.

Olhando para o rosto de Cohen, ele viu que os olhos dele eram escarlates iguais aos de Vladimir.

Ele lhe havia explicado isso. A cor natural dos olhos de um vampiro é azul gélidos, mas quando ele estava com raiva, seus olhos se torna escarlates. De certa forma, neste estado o vampiro usa todo o seu poder.

Cohen estendeu a mão pra Brian para ajuda-lo a se levantar.

— Acho melhor irmos. Não quero correr o risco de haver mais vampiros a espreita.

Brian aceitou a ajuda.

— Sem objeção alguma. – ele disse se levantando.

Com a chuva, o inicio de incêndio havia se apagado. Os dois caminharam ate a Ferrari. Brian se virou antes de entrar no carro. A chuva estava caindo forte. Para um humano normal, a visão do Campo do Luar estaria ofuscada pela água, mas para ele, ele conseguia ver perfeitamente. Era como se a chuva não estivesse caindo.

Brian suspirou. Ele lutou contra vampiros psicopatas e viveu pra contar a história. E alguém lhe dissesse que tudo isso iria acontecer com ele só por ter comprado um maldito ingresso, ele gargalharia da cara do infeliz. Agora, ele realmente gostaria que alguém tivesse lhe avisado e o obrigasse a acreditar.

O caminho todo ate sua casa foi em completo silencio. Brian não estava afim de dizer uma única palavra. Ele ainda estava tentando digerir tudo o que aconteceu nos últimos três dias. Felizmente, Cohen acabou sendo um bom amigo, o que era surpreendente.

A Ferrari parou em frente a casa dos Fuller.

— Que estranho... – Brian comentou ao observar a casa de dentro do carro. – As luzes estão todas apagadas. – ele olhou nas casas ao redor e viu que elas tinham luz, então não havia acabado a força. – E a porta da sala esta escancarada.

Com a chuva caindo e os raios e trovões, a casa modesta dos Fuller parecia aquelas típicas casas assombradas.

Brian saiu do carro sentindo que havia algo errado.

— Brian...! – Cohen tentou impedir, mas Brian já estava entrando em casa apressado.

Seu coração apertou. Ele se sentiu nauseado. Desespero tomou conta de seu corpo.

Dentro da casa parecia que um furacão havia passado. Estava tudo revirado e o pior, havia sangue e sinais de luta, mas não havia nenhum corpo a vista.

— Mãe! Pai! Alec! – ele gritou enquanto corria procurando em cada cômodo da casa.

Brian subiu a escada e correu ate o quarto de seus pais.

— Mãe! Pai! – ele gritou ao mesmo tempo em que abria a porta. Estava tudo revirado.

Suas respiração já estava arfante. Seu coração estava acelerado.

— Alec! – ele adentrou no quarto do irmão.

Ele estacou. Na parede, escrito com sangue, havia uma mensagem para ele.

BRIAN + SANGUE HUMANO= FAMÍLIA MORTA


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Notas finais do capítulo

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