Pensando bem... a minha vida amorosa não poderia ter sido melhor. Depois de Hugo e eu assumirmos os ciúmes que sentíamos um pelo outro começamos a namorar o que aparentemente não foi surpresa nenhuma para nossos primos, eles falaram “nossa, finalmente” em uma carta, já que nenhum deles estavam mais com a gente, eu fiquei meio perdida, mas né!

Depois a formatura chegou e de volta para casa contamos do namoro para os nossos pais aparentemente também não foi nenhuma surpresa, mamãe e tinha Mione disse que desde sempre queriam isso e que foi uma realização de um sonho o nosso namoro, eu e Hugo só podíamos rir da situação.

Depois eu entrei para o curso de curandeira e Hugo começou o curso de auror, depois que nós formamos Hugo me pediu em noivado e nos casamos e estamos casados a oito anos. Temos dois filhos, era para termos três mais o primeiro filho eu acabei perdendo no segundo mês de gestação, acordei anoite sangrando e com muita dor, até fui para o hospital, mas já tinha perdido o bebe o que me fez demorar para engravidar novamente. Depois tivemos uma filha ruiva de olhos azuis Lyla é seu nome, Hugo que escolheu, ela tem quatro anos agora e temos mais uma menina, Lilou de seis meses, também ruiva de olhos azuis.

Abro os olhos e me acostumo com a claridade que entra pela varanda, sinto os braços de Hugo me rodear na cintura, viro um pouco o pescoço para olhar para ele me vejo que está com o cabelo ruivo todo bagunçado e um sorriso no rosto, ele vivia sorrindo enquanto dormia, escuto uma movimentação no correr de finjo que estou dormindo, escuto o ranger da porta se abrindo e passos até a cama, do meu lado a cama se abaixa um pouco pelo volume que acabou de subir nela.

— Mamãe? – Lyla me chama baixinho – Mamãe? Mamãe a Lilou está acordada! E sei que você também está! – essa garota é muito esperta então abro os olhos.

— Bom dia querida – digo abrindo os olhos.

— Bom dia mamãe... Lilou acordou – ela fala de novo.

— Então vamos até ela – digo saindo dos braços de Hugo sem acordá-lo e pego Lyla no colo. – Já escovou os deste?

— Sim mamãe – ela responde confiante.

— Que bom! – digo entrando no quarto de Lilou e realmente a pequena estava com lindos olhos azuis abertos olhando para tudo no quarto, coloco Lyla no chão. – Pequena o que você está olhando?

— Acho que tudo mamãe – Lyla responde para mim solto uma risadinha.

— Verdade, querida. Quer vim no colo? – pergunto mostrando minhas mãos a Lilou e ela estende as suas para eu a pegar. – Olha a sua irmã, Lyla, como esta grande – falo me sentando na poltrona para amamentar.

— Ela precisa crescer mais mamãe para poder brincar comigo – Lyla reclama.

— Logo, logo, ela vai poder – digo e começo a amentar e Lyla observa.

— Acho que vou acordar o papai – ela diz e sai em disparada sem me deixar intervir e pedir para não fazer isso só escuto. – PAPAI VOCE PRECISA ACORDAR!

Depois de alguns minutos os dois aparecem na porta.

— Acordei o papai, mamãe. Vou pegar minha boneca – ela fala e sai novamente, Hugo sorri para mim e se aproxima beijando meus lábios suavemente.

— Bom dia – ele diz e faz carinho na cabeça de Lilou mas ela não para de mamar.

— Bom dia, eu ia falar para Lyla não te acordar, mas ela foi mais rápida – digo.

— Não tem problema, preciso aproveitar cada minuto que tenho com a minha família – ele fala.

— Você chegou tarde ontem, tem que descansar mais – digo, Hugo faz várias missões, acaba saindo cedo ou chegando tarde me casa por conta delas.

— Estou bem, vou fazer o café – ele avisa e desce, termino de amenta Lilou e coloco ela de novo no berço passo no quarto de Lyla e ela está brincando no chão então desço para a cozinha, mas já na porta percebo que ele está chorando.

— Hugo? O que ouve? – digo me aproximando

— Ontem na missão pensei que iria morrer – ele conta. – Pensei que nunca mais iria ver você e as meninas, sei dos riscos da morte, já quase morri várias vezes, mas ontem eu reparei que tenho passado pouco tempo com você, Lyla e Lilou e eu não quero isso, não quero ir embora e deixar vocês achando que eu não ligo para vocês, por que eu amo vocês – ele conta rapidamente, desesperado, eu o abraço rapidamente e nem percebo que eu também estou chorando.

— Hugo não fale mais isso – digo. – Nos nunca iriamos pensar isso de você meu amor, nós sabemos que você está trabalhando e sempre, sempre, que você está por perto você é carinhoso, atencioso, sempre brinca com Lyla e com Lilou, sempre demostra que me ama, eu não poderia pedir alguém melhor, você é a única pessoa que eu posso amar e a única pessoa que eu nunca poderia falar mal ou pensar nisso que você falou – digo sorrindo. – Eu até amo, Lyla te ama, Lilou te ama, e nunca iriamos pensar isso Hugo – digo me sentado no seu colo e o olhando com ternura.

— Eu também te amo, eu amo Lyla, eu amo Lilou eu amo todas vocês – ele fala.

— Eu sei – eu afirmo

— Pensando bem... – ele diz. – Eu não poderia amar outras pessoas. – ele termina me beijando.