If I Could Fly escrita por Bahr


Capítulo 30
Little Things


Notas iniciais do capítulo

OLÁ OLÁ OLÁ
Chorei, solucei de chorar.
Terminei de escrever o capítulo e fiquei super emocionada.
Gente, eu nunca imaginei que ia ficar tão feliz escrevendo essa história. Nunca imaginei que teria tanta gente lendo, favoritando e comentando! (Somando o pessoal do Spirit e as lindas recomendações que recebi aqui ♥) Vocês são demais!!
Ai meus deus, nem sei o que dizer...
Eu escrevi esse capítulo ouvindo Little Things de novo e de novo e de novo.
Desculpa ter demorado pra postar os capítulos, mas eu sabia que ia sofrer e acabei procrastinando, hehe.

Tenho coisas para dizer nas notas finais, então até lá.
Boa leitura.

Ah, se não me engano a música foi indicação da Aninha1d_ ♥ (Spirit)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/676129/chapter/30

Your hand fits in mine like it's made just for me

But bear this in mind, It was meant to be

And I'm joining up the dots with the freckles on your cheeks

And it all makes sense to me

I know you've never loved the crinkles by your eyes when you smile

You've never loved your stomach or your thighs

The dimples in your back at the bottom of your spine

But I'll love them endlessly

(Sua mão se encaixa na minha como se fosse feita só para mim

Mas mantenha em mente, isto era destino

E estou ligando os pontos com as sardas em suas bochechas

E tudo faz sentido para mim

Sei que você nunca amou as rugas nos seus olhos quando você ri

Você nunca amou sua barriga e coxas

As covinhas em suas costas no final da sua espinha

Mas eu as amarei para sempre)

No dia seguinte Harry apareceu no loft cheio de sacolas. Ele era um viciado em compras e agora tinha um novo motivo para gastar dinheiro: Olívia. Olívia já tinha dois pares de sapatinhos, tip-tops de diversos modelos e cores, uma pulseirinha e brincos. Assim que vi o sapatinho comecei a chorar e permaneci chorando por muito tempo. Meus hormônios estavam fora de controle.

Eu havia contado para Harry que estava grávida há exatos 8 dias quando ele avisou que tinha encontrado um apartamento. Segundo ele era perfeito: cobertura, 4 vagas na garagem, 4 suítes e piscina. Pra quem estava num loft, só de poder ter um banheiro decente já estava bom pra mim. Quando fui visitar o apartamento fiquei perplexa, pois era imenso. Estava semi mobiliado e já começava com um hall de entrada; então uma sala de jantar/estar de uns 100m² dividida em 3 ambientes (incluindo uma lareira); as 4 suítes com banheira (só a nossa suíte com o closet já dava o tamanho do loft todo); a cozinha que se assemelhava muito à da antiga casa e a piscina com churrasqueira quase do mesmo tamanho do que as da casa. Era inacreditável, eu iria me mudar para uma cobertura de 300m². Contratamos uma equipe para decorar o apartamento e deixa-lo com a nossa cara.

Foi preciso quase um mês para que o apartamento ficasse pronto. Nesse tempo Haz vendeu a casa, colocando o dinheiro numa poupança para o futuro de Olívia, e os seguranças da casa se tornaram meus seguranças. Era bom conviver com eles novamente, nos meses em que tinha trabalhado na casa eles eram minha única companhia. E agora a mídia estava enlouquecida comigo, já que minha barriga já começava a aparecer. Haz continuava viajando bastante, mas quando estava em Londres ficava comigo no loft. Contratei outra equipe, mas essa para montar nosso casamento. Do dia que tinha contratado a equipe até a data do casamento eram 15 semanas. Precisávamos planejar um casamento inteiro em pouco mais de 3 meses, parecia impossível e altamente estressante. No dia do casamento eu estaria de 7 meses e meio, a barriga já estourando nas roupas, complicando a escolha do vestido. O que era só mais um motivo para me deixar nervosa. Com apartamento para redecorar, casamento para planejar e uma gravidez para cuidar, não consegui me manter no emprego. E Harry não me deixava pagar nada de qualquer jeito.

Harry estava me ajudando a empacotar meus últimos pertences pessoais antes da mudança definitiva. Lua e Sky enlouquecendo entre as caixas de papelão e Olívia já pesando em meu ventre. Mas, a única coisa em minha mente era a notícia que Haz tinha me dado mais cedo: Eu iria finalmente conhecer sua mãe no dia seguinte.

—Amor? – Harry me tirou de meus devaneios

—Sim? – Joguei minha última camiseta dentro da mala e a fechei.

—O que foi? – Ele me abraçou por trás e beijou meu pescoço suavemente

—Estava refletindo sobre tudo o que aconteceu. – Ele continuou abraçado em mim. – Faz pouco mais de 5 meses que fiz 22 anos. Desde meu aniversário minha vida já sofreu mil reviravoltas. – Suspirei

—Você está triste? – Ele perguntou preocupado, mas sem me soltar.

—Não amor. – Me virei para beijá-lo. Dei um leve selinho em seus lábios e encarei o verde de seus olhos. – Já é a segunda vez que me mudo, vou morar contigo para criarmos juntos nossa filha! – Meu tom de voz se alterou. – Tem paparazzi atrás de mim e com isso ando com seguranças, nós vamos nos casar e eu vou conhecer sua mãe! – Falei por fim e ele riu suavemente.

—Eu sabia que tinha algum motivo a mais. – Ele sorria perfeitamente pra mim. – Minha mãe é um amor.

—Eu tenho certeza que sim. – Esbocei um sorriso. – Mas, que mãe gosta de conhecer a nora já noiva de seu filho E grávida? – Meu corpo estremeceu.

—A situação é complicada. – Ele me abraçou forte. – Não vai ser nenhuma surpresa pra ela, já que ela já sabe de tudo isso.

—Pelo menos meu cabelo não é mais roxo. – Tentei brincar e Harry riu comigo.

Graças à gravidez eu já não podia mais pintar o cabelo e agora meus fios estavam naturais, castanhos. Ele beijou o topo da minha cabeça e terminamos de guardar minhas coisas.

Após uma breve despedida de meu loft, segui para meu novo apartamento. Ernest, John e Harry carregando tudo, mal me deixavam carregar minha própria bolsa. Quando chegamos ao apartamento novo senti um frio na barriga. Respirei fundo antes de dar o primeiro passo para dentro dele. Já estava acostumada ao espaço, tinha passado o último mês entrando e saindo várias vezes por semana, mas agora era diferente. Era definitivo. A maior mudança da minha vida: Casar e ter uma filha. Aquele apartamento deixava tudo mais real. Senti a mão de Harry suavemente pegando na minha, me dando forças e então entramos juntos no apartamento.

As primeiras horas no apartamento foram puro divertimento. Lua e Sky correndo livremente pela casa, tínhamos planejado algumas estantes e arranhadores pela casa, portanto elas teriam diversão infinita. Eu e Harry tentando arrumar nosso closet, já que ele tinha um milhão de coisas e era muito espaçoso. Depois estreamos a cozinha e fizemos o jantar juntos, nossa cozinha, do nosso apartamento... Meu coração estava pulando de alegria. Aproveitamos um pouco da noite em frente à piscina, a luz das estrelas refletida na água da piscina, me lembrando das noites que passava acordada conversando com Boo e sonhando estar nos braços de Harry. Parece que os sonhos tinham se tornado realidade, apesar das dificuldades e surpresas. Antes de dormir ficamos babando pelo quarto de Olívia. O quarto era branco, com alguns detalhes coloridos nas paredes e nos móveis. O grande berço com o móbile de borboletas, as estantes com bichos de pelúcia de todas as minhas animações preferidas, a cadeira para amamentar, a cadeira de balanço, o pequeno guarda-roupas que a essa altura já estava quase cheio, o trocador e um gaveteiro. Eu e Harry estávamos com grandes sorrisos nos rostos. Estava tudo encaminhado para a vinda de Olívia.

Acordei assustada no meio da madrugada com meu celular e o de Harry tocando. Atendemos juntos. Eram Louis e Liam. Freddie estava pra nascer. Nos trocamos apressados e seguimos para o hospital onde eles estavam. Louis estava uma pilha de nervos. Mesmo todos estando nós lá, Niall chegou pouco depois de nós, ele não se acalmava. Em certo momento comecei a ficar nervosa junto, aquilo era uma prévia para o nascimento de Olívia e eu definitivamente não estava pronta pra isso.

Assim que Freddie nasceu, Louis pôde vê-lo. Ele chorou como um bebê ao ver o filho pela primeira vez. Eu chorei junto, obviamente. Quando tudo finalmente se acalmou pudemos voltar para casa, Louis era o mais novo papai do pedaço e não podia estar mais orgulhoso.

—Como vamos saber se não é golpe da barriga? – Fazia dez minutos que eu estava na casa de minha sogra e Harry tinha acabado de avisar que se atrasaria para chegar.

—O quê?! – Fiquei perplexa com a pergunta.

—Meu filho é famoso e tem muito dinheiro, como vou saber se não é uma jogada para conseguir dinheiro? – Anne não parecia nada simpática.

Meu coração acelerou, minhas mãos começaram a suar e tremer. Eu estava ficando puta.

—Sinceramente? – Perguntei retoricamente. – Não vai. Vai ter que confiar em mim quando digo que amo seu filho e jamais faria nada que o afetasse ou magoasse. – Falei firme, fitando seus olhos, tentando controlar a raiva.

—A garota de origem humilde que consegue milagrosamente trabalhar na casa de seu ídolo e misteriosamente aparece grávida. – Anne falou debochada

—Olha Anne, eu sei que você quer proteger seu filho a todo custo, mas isso já é demais! – Me alterei. – Só porque minha família mora no Brasil e não é rica, não significa que eu engravidaria só por dinheiro e fama! – Eu estava quase gritando. – Assim que for possível e farei um teste de DNA e mandarei entregar a você. Sinceramente, depois do tanto que eu fugi da mídia você acha, realmente, que eu seria capaz disso? – Eu estava falando muito rapidamente e sem respirar direito.

—Fugiu tanto que deu uma entrevista e pediu meu filho em casamento em rede nacional! – Ela estava tão alterada quanto eu. – Você o encurralou. – Ela estava me acusando.

—Pra mim já deu! – Levantei do sofá. – Se você quer acreditar que eu quis engravidar aos 22 anos, sem minha família para me dar suporte, tendo que largar meu emprego e faculdade... Sinta-se à vontade!

—Mulheres da minha vida! – Harry entrou sorridente quebrando o clima tenso que havia se instalado. – Desculpem o atraso. – Ele pareceu perceber que algo não estava certo.

—Oi meu filho! – A expressão de Anne mudou radicalmente e ela se levantou para abraçar o filho.

—Oi meu amor. – Harry beijou minha testa depois que sua mãe havia o largado. – Como estamos? – Ele perguntou num misto de curiosidade e preocupação. Eu estava imóvel e muda, esperando uma reação de Anne.

—Eu a adorei! – Anne falou feliz e sorrindo, sorrindo de verdade. Fiquei confusa e voltei a me sentar.

—Impossível de não adorar! – Harry sorriu satisfeito e sentou-se ao meu lado.

—Apenas acho que sou muito nova para ser avó. – Ela brincou e piscou para mim. “Amanda, sua sogra é maluca.”

—Minha mãe disse o mesmo. – Tentei entrar na brincadeira.

—Falta quando tempo pro casamento? – Ela era outra pessoa.

—11 semanas, estarei com 29 semanas de gestação. – Senti um frio na barriga ao pensar no casamento, em 4 semanas nada tinha sido resolvido ainda.

—A barriga já vai estar estourando! – Ela encarou minha barriga que aos 5 meses de gestação já estava bem aparente.

—Estou preocupada com o vestido. – Admiti.

—Vai dar tudo certo. – Ela sorria. – Quero que me ligue sempre que precisar, serei sua mãe aqui em Londres.

Fiquei em choque. Quem era aquela mulher? E o que tinha feito com a Anne de minutos antes? Harry estava radiante ao ver sua mãe me aceitando.

Uma hora depois, conheci Gemma. Um verdadeiro amor de pessoa. Não tão tímida quanto Harry, mas tão acolhedora quanto ele.  Enquanto Anne paparicava Harry, Gemma me chamou para conversar. Ela me explicou que a mãe tinha ficado superprotetora com Harry depois da fama e que às vezes passava dos limites, mas que realmente tinha gostado de mim. Anne tinha revelado a Gemma que admirava minha coragem e confiança de desafiar minha sogra e o mundo, para poder ficar com Harry e Olívia. Senti minha autoconfiança voltar. Minha sogra tinha admirado minha atitude e realmente gostado de mim, talvez aquilo tudo tivesse sido pra ela ver como eu me sairia. Era maldoso, mas tratando-se de uma mãe superprotetora, até que era plausível.

Passamos o dia todo com Anne e Gemma, o padrasto de Harry chegou ao anoitecer. Ajudei Anne a preparar o jantar e no processo conversamos muito. Anne realmente queria me ajudar, estava sanando minhas dúvidas em relação à gravidez e tentava me acalmar. Depois que todo o choque passou, pude me sentir um pouco em casa. Era bom estar num ambiente familiar, num jantar em família.

Nas semanas que se seguiram recebi diversas visitas de Anne. Me levava alguns chás e cremes para o corpo, cozinhava para mim e Haz, me deixando descansar um pouco. Toda a organização do casamento e minhas dúvidas depois de ir aos médicos eram resolvidas em ligações para minha mãe e Anne.

Uma tarde, entre uma ligação e outra, sentei-me na cadeira de balanço no quarto de Olívia. Harry estava em Nova Iorque gravando uma entrevista e eu estava sozinha em casa. Balancei suavemente na cadeira enquanto acariciava minha barriga. Peguei meu celular e ouvi uma das diversas gravações de Harry cantando. Só a voz dele, acapella. Toda vez que eu me sentia nervosa ou ansiosa, pegava uma das gravações para me acalmar. Suavemente comecei a cantar junto quando senti algo em meu ventre. Fiquei imóvel por um segundo tentando entender o que tinha acontecido, parecia que Olívia tinha chutado pela primeira vez. Permaneci mais alguns segundos imóvel, mas nada aconteceu. Assim que voltei a balançar a cadeira e cantar, senti novamente. Era sim Olívia chutando. Senti uma lágrima cair e liguei imediatamente para Harry. Ele precisava saber que Olívia estar reagindo e somente à combinação de nossas vozes.

Nosso casamento seria no pequeno vilarejo Holmes Chapel, apenas para nossos familiares e amigos bem próximos. Harry tinha providenciado passagens e hotéis para minha família, aquelas 25 pessoas que ele tinha conhecido meses antes quando tinha viajado ao Brasil. Meu coração disparava toda vez que eu pensava em vê-los, já faziam 8 meses que não os via. Meus pais chegariam uma semana antes para poderem aproveitar um pouco Londres comigo. A cerimônia seria realizada ao ar livre, com muitas flores e muitas cores. Nada de casamento todo branco. Meu vestido estava quase pronto, mas como minha barriga crescia mais um pouco todos os dias, ele só teria a costura finalizada um dia antes. Niall realizaria nossa cerimônia, ele tinha conseguido a legalidade para realizá-la.

O tão esperado dia havia chegado. Eu estava instalada num quarto de hotel e mal tinha dormido durante a noite. Já no primeiro raio de sol estavam batendo à minha porta. Eu teria algumas horas de SPA antes da preparação para o casamento, como se horas de SPA fossem capazes de acalmar o carnaval que acontecia dentro de mim. Olívia parecia sapatear dentro de mim, meu estômago embrulhado, a boca seca o dia todo...

—Amanda, não adianta ficar tão nervosa! – Minha mãe me repreendia pela milésima vez.

—Como se vocês tivessem encarado os casamentos numa boa! – Retruquei para minha mãe e Anne que estava ao lado dela. As duas estavam se dando muito bem.

—Harry não vai sair correndo! – Anne brincou e minha mãe riu com ela.

—Muito engraçadas. – Resmunguei.

—Pare de fazer careta. – A maquiadora me repreendeu. Não era Lou que estava me maquiando, já que ela era apenas uma convidada.

—Não estou fazendo nada. – Continuei resmungando e então ela puxou um fio da minha sobrancelha. – Ai! – gritei.

—Fiquei quietinha. – A maquiadora se segurou para não rir.

Já tinha dado o horário marcado nos convites do casamento. Eu tinha acabado de ficar pronta. Parada em frente ao espelho de olhos fechados, apenas respirando fundo. Minha mãe e Anne gritando entusiasmadas me dizendo o quão linda eu estava. Respirei fundo uma última vez e então abri os olhos. Eu realmente estava linda. O vestido branco tomara que caia com o busto cheio de pequenos cristais, caindo solto pela grande barriga indo até a altura dos joelhos. O casamento seria na grama, nada de vestidos longos para a noiva desastrada. Meu rosto nem parecia meu, parecia uma boneca de porcelana, com o rosto liso e sem imperfeições. Meus cabelos estavam presos para trás, deixando o rosto livre, mas caindo em grandes cachos para trás. E obviamente, diversas borboletinhas roxas em meio aos cachos castanhos. Olívia sapateou novamente em meu ventre.

—A mamãe está linda não está? – Minha mãe falou me encarando. Ela tinha percebido que eu segurava minha barriga.

—Ela está chutando muito. – Minha voz saiu trêmula, lágrimas queriam cair

—Ela sabe que a mamãe está nervosa. – Anne sorriu gentilmente através do reflexo do espelho

—Não chore! – A maquiadora gritou de longe e todas rimos.

Ali estava eu, prestes a sair do carro. Meu pai me esperava do lado de fora, minha mãe e Anne já estavam em suas posições lá na frente. Olívia e meu estômago estavam brigando para saber que se remexia mais. Respirei fundo, oxigenando bem o cérebro e abri a porta do carro. Meu pai me ajudou a sair do carro e sorriu emocionado. Ao ver os olhos de meu pai se encherem de lágrimas, já senti os meus se enchendo junto.

—Você está absolutamente linda! – Ele sorria

—Papai, se você chorar eu não vou aguentar nem chegar até Harry. – Ele riu.

Meu pai começou a me guiar pelo caminho de pétalas de rosas brancas que me levaria até Harry. Todos os convidados se levantaram para me encararem.

—Ai meu deus. – Senti os joelhos tremerem.

—Um pé, depois o outro, um pé, depois o outro. – Papai me segurou com força tentando me acalmar.

Ed começou a cantar, sua voz saindo dos alto falantes cantando Thinking Out Loud.  Comecei a reconhecer rostos aqui e ali. As famílias completas de Louis, Liam e Niall. Todas as pessoas da equipe que puderam ir, estavam lá com suas famílias. Minha família ocupava um grande espaço no meio das centenas de cadeiras. Difícil um casamento pequeno com tantos familiares e bons amigos. Seguindo vagarosamente, tentando firmar os joelhos, tentando não pensar em Olívia sapateando, eu o vi. Era Zayn. No meio da multidão estava Zayn com sua família. “Se meu coração quase parou ao vê-lo, imagine Harry.” Foi então e só então, que direcionei meus olhos para Harry. Ele estava visivelmente nervoso e ansioso. As mãos pareciam meio trêmulas, o sorriso no rosto tão grande que parecia que ele explodiria em alegria. E seus olhos... Seus intensos olhos verdes carregavam lágrimas. Eu ri sozinha quando percebi que eu também chorava. Era tanta alegria que explodia pelos olhos.

Assim que paramos na frente de Harry, ele e meu pai se abraçaram rapidamente e então Harry me deu um rápido selinho. Ambos nossos rostos marcados de lágrimas e com sorrisos imensos. Ele me pegou pela mão e ficamos lado a lado na frente de Niall. Nada mais me importava. Nem os joelhos trêmulos, nem as centenas de olhares em cima de nós, nem o estômago embrulhado. Tudo o que me importava naquele momento era Harry ao meu lado. Niall sorriu para nós e piscou. Pela primeira vez, ele não parecia debochado.

—Estamos todos aqui reunidos para celebrar a união deste maravilhoso casal. – Niall começou a falar, mas minha mente estava um tanto quanto aérea.

Apenas continuei a derrubar lágrimas e me emocionar com as palavras de Niall. Minhas mãos tremendo à medida que chagava o momento da troca dos votos.  

—Amanda. – Harry falaria primeiro. – Você sabe que te amo. Sabe que amo cada detalhe em você. Amo todas as suas pintas do seu rosto, amo o seu mau humor pela manhã, amo o jeito que você ri, amo o jeito que me olha como se eu fosse a única pessoa na terra. Amo sua dedicação, sua coragem, seu jeito firme de lidar com tudo. Eu te amo até mesmo quando me chuta pra fora da cama dormindo. – Harry estava com os olhos marejados e a voz trêmula, mas todos riram. – Amo o fato de estar carregando em seu ventre o fruto do nosso amor. – As lágrimas começaram a cair pelo rosto dele, obviamente eu já estava soluçando de chorar. – Sei que prometemos que os votos seriam curtos, então quero dizer que me sinto honrado de poder passar o resto da minha vida ao seu lado. Você é a pessoa mais maravilhosa que eu já conheci. Você me mudou, mesmo sem querer. E hoje, eu já sou uma pessoa melhor e tudo graças a você. Eu te amo Amanda e prometo ser seu marido, amigo e companheiro pelo resto dos meus dias. - Ele colocou em meu dedo minha aliança. A fina aliança de ouro que simbolizava todo nosso amor.

Os convidados aplaudiram. Além dos aplausos eu podia ouvir os meus soluços e o de nossas mães que choravam descontroladas. Harry tentava controlar o choro e eu tentava controlar meu coração que parecia que explodiria e minha respiração que estava descompassada.

—Haz, Harry, Harold, Potter... – Comecei brincando para tentar me tranquilizar e Harry riu, assim como Niall. – Acho que depois de tudo o que passamos juntos e de suas lindas palavras, não tenho mais o que dizer. Apenas que você trouxe sentido à minha vida. Ela se tornou mais intensa e também um pouco mais difícil, - soltei um riso fraco e alguns convidados me acompanharam nas risadas. – mas por você eu enfrentaria tudo de novo. – Minhas palavras estavam saindo entrecortadas em meio aos soluços. – Eu tinha muito mais a te dizer, mas não consigo parar de chorar. – Risadas surgiram novamente. - Tudo o que eu tenho é meu amor por você e por Olívia. – Precisei parar para respirar um segundo, tentando controlar um pouco o choro. - Não posso te prometer conforto e nem dinheiro, mas te prometo todas as batidas de meu coração.   

As minhas lágrimas e as de Harry escorriam por nossos rostos. Coloquei nele a aliança, mais grossa do que a minha, mas no mesmo modelo. Meus soluços soando altos. Harry me abraçou forte e então nos beijamos. O gosto salgado das lágrimas se misturando em nosso beijo. A sensação de pertencimento me preenchendo. Eu pertencia aos abraços e beijos de Harry. Meu coração estava descontrolado e minha respiração ofegante. Nos separamos do beijo e só então ouvi que nos aplaudiam e assobiavam.

—Eu não autorizei ninguém a se beijar! – Niall gritou e todos rimos.

—Ande logo com isso Niall! – Liam gritou, estava atrás de Harry já que era nosso padrinho de casamento, assim como Louis.

—Ta bem,ta bem. – Potter e Potterhead, eu os declaro apanhador e pomo de ouro. – Todos gargalharam. – Ops, digo, marido e mulher.

Nos beijamos novamente, mas dessa vez eu precisei parar o beijo bruscamente. Harry me olhou preocupado e confuso. Eu estava sentindo água escorrendo pelas minhas pernas. Olhei assustada para o chão e ele estava molhado.

—Eu acho que minha bolsa estourou. – Sussurrei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Primeiro: Ainda vou postar mais um capítulo, o epílogo.
Segundo: Não vai ter segunda temporada amores :(
Terceiro: Eu tenho uma fanfic em Hiato, mas antes de voltar a ela, estou com uma fanfic nova. Ela é texting e acho que vai ficar legalzinha. Queria muito que vocês me dessem um suporte lá.
Quarto: Amo muito vocês! De verdade, cês alegram meus dias



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "If I Could Fly" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.