If I Could Fly escrita por Bahr


Capítulo 21
Half a Heart


Notas iniciais do capítulo

OLÁ OLÁ OLÁ
VOLTEI!
Como estão vocês minha amoras?

A música desse capítulo foi indicação da CarolindaMalik (Spirit)
E esqueci no último de dizer que foi indicação da Aninha1d_ (Spirit)

Boa leitura, nos vemos nas notas finais!



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Though I try to get you out of my head The truth is I got lost without you

And since then I've been waking up to Only half a blue sky

(Apesar de eu tentar te tirar da minha cabeça, a verdade é que eu estou perdido sem você

E desde então venho acordando e há apenas metade do céu)

Acordei pela manhã com Sky lambendo meu rosto. Mesmo cansada, decidi levantar, era meu aniversário e eu precisava aproveitar. Peguei Sky no colo e levei para a sala onde Harry dormia no sofá. Tínhamos voltado muito tarde na madrugada, ele estava exausto. Eu ri. Seu rosto com a expressão tão tranquila... Soltei Sky em cima dele e ela rapidamente foi cheirar seu rosto. Eles ainda não tinham se visto já que todos deitamos para dormir assim que chegamos em casa. Sky lambeu o nariz dele algumas vezes antes que ele acordasse.

—Hmm... – Ele resmungou e se mexeu na cama.

—Ela estava com saudade. – O sorriso não deixava meus lábios.

—Sky? – Harry perguntou sonolento tentando abrir os olhos e passando a mão na gatinha.

—Amanda? – Minha mãe chamava da cozinha.

—Sim? – caminhei até ela.

—Deixe ele dormir mais um pouco no seu quarto. Deve estar exausto. – Mamãe estava fazendo suco de laranja e torradas.

—Vou falar com ele. – Falei sorrindo.

—Fazia muito tempo que eu não te via assim. – Ela me abraçou e beijou meu rosto. – Estou muito feliz. Ah! Aproveite e acorde seu pai. – ela me soltou e voltou aos afazeres.

Na sala, Harry tinha voltado a dormir. Sky estava ronronando, deitada quase no rosto dele.

—Haz... – Cutuquei seu braço.

—Hm...

—Vem deitar na minha cama.

—Com você? – Ele ergueu o rosto, nem tinha aberto os olhos e já estava com um sorriso travesso.

—Claro que não. – Dei um tapa leve em seu braço.

Ele levantou do sofá. Com uma mão agarrava Sky e com a outra o lençol que tinha usado para se cobrir. Fomos até meu quarto e ele se jogou na cama. As cortinas estavam fechadas e o quarto bem escuro.

—É tão bom dormir sentindo seu cheiro no travesseiro. – Ele falou arrastado. Sky tentava se soltar.

—Vai sufocar minha gata! – Puxei seu braço pra baixo e a gata saiu correndo.

—Eu já estava me acostumando a dormir com seu cheiro. – Parecia que ele estava falando dormindo.

—Como assim? – Eu o olhava, curiosa.

—Desde que você foi embora eu tenho dormido na sua cama. – Então ele começou a roncar.

Senti minhas bochechas esquentarem. Ele estivera mexendo nas minhas coisas. Dormindo na minha cama... Harry realmente me amava, tinha dito isso na noite anterior, mas parecia mentira. Eu não tinha respondido e passamos o resto da noite separados. Deixei-o dormindo.

Grupo: JÁ PERDOEI TODOS, MENOS LIAM.

Amy: Agora já é ano novo pra todo mundo!

Nini: Feliz aniversário Cheese!

Boo: Parabéns Amy!

Amy: Obrigada ♥

Amy: Liam deve estar dormindo.

Daddy: Estou voltando pro hotel agora, já está amanhecendo

Daddy: Hey, por quê eu não?

Daddy: Feliz aniversário pequena!

Amy: Liam, eu me surpreendo com sua empolgação pra festas.

Amy: Porque você mentiu de novo.

Nini: Mentiu?

Boo: Mentiu?²

Daddy: Não! Eu só passei o contato para ele, não fiz nada!

Nini: Estou perdido.

Boo: Dessa vez não é só o Niall perdido

Amy: Liam ajudou Harry a rastrear meu telefone

Daddy: Já disse que só passei o telefone de quem fazia.

Amy: Você me disse: “Cuidado com o que deseja”, quando eu disse que queria um de vocês aqui.

Amy: Você já sabia.

Daddy: Amy...

Boo: Harry esteve aí?

Amy: Ainda está.

Nini: HMMMMMMM

Amy: Nada disso. Ele dormiu no sofá da minha casa.

Daddy: Vai me perdoar?

Amy: Vou.

Daddy: :)

Daddy: Boa noite pessoal. Vou dormir.

Amy: Até mais

Nini: Até... Hey, cadê Harry que não responde?

Amy: Ta dormindo.

Boo: Você perdoou ele?

Nini: Você vai voltar?

Amy: Não e não.

Nini: Amy má.

Boo: Mas, você entendeu tudo né? Dessa vez ele contou tudo?

Amy: Sim, contou tudinho.

Amy: É muita coisa... Não sei. Talvez a gente tenha que ser só amigo mesmo.

Nini: Eu já declarei Potter e Potterhead casados, não quero saber

Boo: Niall!

Nini: É verdade.

Nini: Nossas conversas estão muito curtas, mas eu preciso sair.

Mensagem privada

Boo: Ams, fale comigo.

Amy: O quê?

Boo: Você não vai nem tentar perdoá-lo?

Amy: Acho que a questão nem é perdoá-lo... É saber que não podemos ficar juntos.

Boo: Por... ?

Amy: Amber. Mídia. Privacidade.

Amy: Ele está certo, eu não quero minha vida sendo capa de revista.

Boo: Você gosta dele?

Amy: Estou apaixonada Boo

Boo: Só precisam saber esconder direito

Amy: Não sei... Ele fez contrato com a Amber só pra me deixar longe disso.

Amy: Minha mãe está nesse exato momento me perturbando pra perdoá-lo.

Boo: Já sou fã dela.

Amy: Parem. Não quero me relacionar com alguém que não é meu. Se vocês sendo meus amigos quase morro de saudades...

Boo: Todos temos que fazer sacrifícios.

Amy: Não posso viver em função dele.

Boo: Não precisa. Ele que vai viver em função de você.

Amy: ?

Boo: Ele foi até o Brasil... Quando ele não estiver em turnê vai querer passar todo segundo com você.

Amy: Hmm

Harry acordou na hora do almoço. Pediu desculpas por ter dormido tanto, mas a constante mudança de horários o deixara exausto. Meus pais pareciam não se importar com a presença dele na casa. Almoçamos e ele foi tomar banho.

—Amanda, vá atender a porta! Seus primos chegaram! – Minha mãe estava batendo massa de bolo na cozinha.

—Eu mal almocei! – Reclamei enquanto corria pra porta.

—Olá! – Tia Dolores já veio entrando em casa, carregava sacolas cheias até a cozinha.

Claramente que meus primos e amigos estavam junto. Eles entraram e foram direto sentar no sofá.

—E Harry, já foi? – André perguntou sem mais nem menos

—Nope. – Harry apareceu, vindo do banheiro. Roupas sujas e a toalha nas mãos, os cabelos molhados.

—Você entendeu o que eles disseram? – Perguntei só para ele (em inglês)

—Meu nome, vindo da boca dele? Ele quer saber se estamos nos pegando ou se pode continuar investindo. – Harry sussurrou pra mim.

—Me abraça. – Sussurrei de volta. Ele abriu um largo sorriso e mesmo com as mãos ocupadas, me abraçou.

—Sempre que quiser.

Depois que Harry me soltou e seguiu seu rumo, eu estava corada. André e Felipe me encarando. Dei de ombros e segui para a cozinha.

Minhas outras duas tias e agregados apareceram. Trouxeram mais comida e bebidas, quase uma continuação da festa da noite anterior.

Já era de noite, todos já tinham ido embora, a casa já estava limpa e meus pais deitados para dormirem.

—Amy, eu preciso te contar uma coisa. – Estávamos só eu e Harry na sala, assistindo TV.

—Não me assuste. – Falei brincando. Estávamos um de cada lado do sofá.

—Uns dois meses atrás eu fiz uma coisa e eu tinha esquecido, mas eu acabei de receber um e-mail e eu preciso te contar. – Harry falou baixo

—O quê? – Virei-me para encará-lo

—Eu já tinha esquecido, juro. Por isso não te contei. – Ele não me olhava.

—O quê? – Perguntei de novo. Mais firme.

—Eu te inscrevi num programa de bolsas numa faculdade em Londres. – Ele cuspiu as palavras, falou tudo muito rápido e baixo.

—Harry, o quê? – Me aproximei dele o encarando.

—Peguei seus dados pessoais e mandei para um programa de bolsas. Eu mandei uma carta explicando sua situação. Disse que você é brasileira e estava trabalhando de camareira, que não tinha nenhuma condição de pagar o curso... – Harry parecia envergonhado.

—E... ? – Porque ele estava falando sobre isso agora?

—Você foi aceita. Só precisa fazer uma prova, mas é pura formalidade. – Harry abriu um sorriso travesso e virou para me encarar.

—Eu... – Não sabia o que dizer. – Faculdade de quê?

—Gastronomia.

Passei alguns segundos em silêncio. Eu nunca tinha falado nada pra ninguém, mas era óbvio que eu queria estudar gastronomia... Como ele... Como? Mas, voltar pra Londres? Não voltaria a trabalhar na casa de Harry. E ficar sozinha em Londres? Morar onde? Harry me olhava ansioso.

—Harry... – Meus olhos encontraram os dele. – Bom, acho que devo agradecer, mas...

—Mas? – O sorriso se fora.

—Eu não sei se voltarei pra Londres. – Respondi baixo

—Pense no seu futuro profissional, só. – Ele estava triste novamente.

—Haz, não fique triste... – Puxei-o para um abraço.

—Amy, você não quer ficar comigo? – Ele sussurrou

—Haz, tem tanta coisa envolvida... – Suspirei. Ele apertou o abraço.

—Amy, eu preciso ir embora amanhã. Já tenho compromissos.

—É disso que estou falando. – Soltei-o – Eu não sei se consigo ficar sem minha família de novo. Não sei se aguento me relacionar com uma pessoa que vai poder ficar comigo uma vez no mês. – Harry puxou um cacho meu pra trás da orelha.

—Então você considerou ficar comigo. – Ele voltou a sorrir

—Eu seria louca se não considerasse. Você ta aqui, dormindo no sofá da casa dos meus pais. – O rosto dele se aproximou do meu. Minha respiração já estava irregular.

—Pode ser egoísmo meu, mas eu preciso de você. – Eu já sentia sua respiração

—Porra Harry, por que é tão irresistível? – Eu corei enquanto fitava seus lábios a milímetros de distancia dos meus. Ele riu e me beijou.

Algo como um choque percorreu meu corpo. Fazia meses desde a última vez que tinha o beijado, mas parecia o primeiro beijo. Um calafrio percorreu meu corpo todo. Ele colocou as mãos em minha cintura me puxando para mais perto, os corpos colados. O calor preencheu tudo. Levei minhas mãos a sua nuca e cabelos. O beijo foi intenso, cheio de paixão e desejo. Um beijo de saudade, beijo apaixonado, beijo com aquele medo de ser o último. Sentia meu coração batendo acelerado e o fôlego acabando. Queria que o beijo durasse pra sempre, mas meus pulmões me traíram.

—Como eu desejei isso. – Ele falou num sussurro assim que nos separamos.

—Meu coração fica descompassado. – Abri um sorriso singelo e colei nossas testas, mantendo meus olhos fechados.

—Não tem nenhuma chance de você ir embora amanhã comigo? – Podia sentir a tristeza em sua voz.

—Me desculpe Haz, mas não.

Ele me beijou novamente. Mais calmo, suave, lento... Vagarosamente explorando minha boca, as mãos deslizando por meu corpo e o calor entre nossos corpos só aumentava. Harry vagarosamente se inclinou sobre mim, fazendo com que eu me deitasse no sofá. Colocou a mão por dentro da minha blusa, apertando firmemente minha cintura e o contato da pele dele na minha me fez arfar. Ele parou o beijo e direcionou os lábios ao meu pescoço, depositando diversos beijos por toda a extensão do mesmo. Calafrios percorriam meu corpo, puxei levemente seus cabelos e soltei um gemido baixo quando ele mordeu meu pescoço, de leve.

—Harry... Pare – Pedi num sussurro/gemido

—Só porque é a casa de seus pais. – Ele falou divertido e saiu de cima de mim.

—Porra... – Reclamei enquanto me levantava do sofá ficando de pé. As pernas estavam fracas e eu ofegante.

—Onde você vai? – Ele perguntou manhoso

—Dormir longe de você. – Falei num quase sussurro, encarando os olhos verdes.

—Deite comigo só um pouco, juro que me comporto. – Ele fez cara de cachorrinho que caiu do caminhão de mudança.

—Desde que meu pai não me veja com você, tudo bem.

Deitamos de conchinha no sofá para assistirmos televisão e claramente dormimos assim.

Quando acordei, estava virada de frente para Harry. Ele me abraçando forte, meu rosto em seu tórax, a cabeça dele encaixada sobre a minha. Respirei fundo e seu perfume preencheu minha mente. Abri um sorriso involuntário. Eu o amava e isso estava claro pra mim.

—Haz... – Sussurrei

—Hmm... – Ele se remexeu, mas não me largou.

—Bom dia Haz. – Me estiquei para beijar seu pescoço, sentindo seu corpo de remexer.

—Calafrios Amy. – Falou com a voz rouca e arrastada, fazendo meu corpo também ter calafrios.

—Vamos levantar. – Tentei me soltar de seus braços

—Bom dia Mon Petit. – Ele beijou o topo da minha cabeça e se espreguiçou. Me libertando do abraço.

Levantei vagarosamente, me espreguicei e encontrei pequenos olhos azuis me olhando. Sky tinha dormido no braço do sofá e agora se espreguiçava também.

—Bom dia meu amor. – Minha mãe falou assim que pisei na cozinha.

—Oi mãe. – Abri um grande sorriso.

—Estou feliz que resolveu perdoá-lo. – Ela também sorria.

—Ele vai embora hoje. – Meu sorriso se desfez.

—E você? – Ela me olhou preocupada.

—Vou ficar com vocês.

Tinha pego emprestado o carro de meus pais para levar Harry ao aeroporto. Passamos para devolver o carro alugado e fomos ao aeroporto, em silêncio por todo o caminho. Parecia que a cada minuto no carro, meu coração se despedaçava aos poucos. Quando estacionei no aeroporto, já estava chorando.

—Amy... – Harry limpou minhas lágrimas.

—Foram os dois melhores dias da minha vida. – Abri um sorrisinho. – Apesar de não ter podido te beijar durante o dia... – Corei levemente e ele sorriu.

—Posso fazer de suas palavras, minhas.

Nos encaramos no silêncio. Soltei meu cinto de segurança e desajeitadamente passei por cima do cambio para ficar em cima de Harry. Sem hesitar colei nossos lábios. O selinho logo se transformou num beijo cheio de fogo. Mantive minhas mãos segurando seu rosto enquanto ele apertava minha cintura. Parei o beijo antes que as coisas ficassem mais intensas, estávamos num estacionamento...

—Eu te amo Harry. – Falei em seu ouvido. – Te amo, te amo, te amo, te amo... – As lágrimas escorrendo por meu rosto.

—Eu te amo Amy, mais do que jamais achei que fosse possível. – Eu estava sem coragem de olhá-lo. – Você não sabe quantas vezes eu sonhei em ouvi-la dizendo isso.

Saí de cima de Harry. Sentia meu coração despedaçado. Ele já estava atrasado. Ele saiu do carro e pegou a mala que estava no banco de trás. Ficou me encarando por alguns segundos, parado fora do carro. Meu Harry... Estava com os cabelos escondidos numa touca, óculos escuros, tatuagens cobertas, tudo para evitar ser reconhecido.

—Vá logo. – Tentei controlar meu choro.

—Eu te amo. – Ele fechou a porta do carro e seguiu apressado para dentro do aeroporto.

Assim que a porta bateu, meu choro se descontrolou. Harry tinha ido embora e levado meu coração com ele. Segui dirigindo e chorando até chegar em casa.

Meus pais me estavam me esperando na cozinha com alguns papéis sobre a mesa. Cheguei com o rosto inchado de tanto chorar e minha mãe correu para me abraçar.  Eu me sentia incompleta. Metade de mim não estava mais ali.


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Notas finais do capítulo

:'(

Eu to postando com pressa, nem revisei o capítulo, mas eu ainda vou responder os comentários!



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