If I Could Fly escrita por Bahr


Capítulo 19
I Would


Notas iniciais do capítulo

OLÁ OLÁ OLÁ
Como vocês estão?
To inspirada, dependendo dos comentários amanhã sai outro capítulo.
O nome do capítulo é da minha música preferida, cês já viram ela nuns capítulos lá atrás.
Enfim, vou parar de incomodar
Boa leitura!



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Lately I found myself thinking, been dreaming about you a lot

And up in my head I'm your girlfriend, but that's one thing you've already got

(Ultimamente eu me peguei pensando, sonhado muito com você

E na minha cabeça eu sou sua namorada, mas isso é uma coisa que você já tem)

Nessa manhã de 29 de dezembro, Harry Styles foi visto com sua namorada Amber. O casal estava embarcando num avião. Fontes seguras afirmam que o casal curtir a virada do ano com muito amor.

“Amanda como você é burra, fica procurando as coisas, aí quando acha fica chorando. Pare!” Desliguei o notebook e empurrei-o para o pé da cama. Puxei Sky para cima de mim, ela estava sonolenta, apenas relaxou o corpo em cima do meu. Rocei meu nariz no focinho gelado dela, ela bocejou e abriu os olhos azuis. Claro que me lembrava Harry. “Os olhos dela são azuis como o céu.” Depois dele ter dito isso dei o nome de Sky pra ela. Era impossível não pensar em Harry. Impossível não imaginar ele com Amber. “O casal vai curtir a virada do ano com muito amor... Tomara que o avião caia.” Bufei irritada.

Nova mensagem do grupo QUASE PERDOEI

RealBoo: Hey Ams, o que vai fazer no ano novo?

Amy: Casa da minha vó, de novo.

Amy: E vocês?

Nini: Estou na Tailândia

Amy: WHAAAAT

Nini: Sim, gosto de lugares exóticos.

Amy: Ok

RealBoo: Vou ficar perto da família dessa vez.

Amy: Não vai comemorar?

RealBoo: Vou, mas em Londres

Daddy: LA

Amy: ME LEVA PRA LOS ANGELES

 RealBoo: Hahahah, Ams não quer passar o ano novo com as tias Dolores, Denise, Darla, Dionísia, Dorotéia, Daniela, Dandara, Dominique e Daisy

Amy: Admita que você pesquisou mais nomes

RealBoo: Pesquisei mesmo. Precisava fazer essa piada.

Daddy: Engraçadão.

Amy: Enfim, não quero mesmo. Elas querem me arrumar um namorado.

Nini: HAHAHAHAHAH

Nini: Tão te achando com cara de encalhada.

Amy: Convidaram amigos do meu primo para a virada de ano. Com certeza vão me empurrar no meio deles.

RealBoo: Se arranjar outro melhor amigo por aí, eu vou até o Brasil só pra cortar relações com você

Amy: Vou arranjar, só pra você vir pra cá e eu poder te abraçar.

Daddy: Você sabe que só te dei metade do seu presente. Você pode voltar quando quiser.

Amy: Obrigada Leeum, mas não dá. Vou usar a outra metade do presente pra fazer vocês me mandarem o resto das minhas coisas que deixei na casa.

Nini: :(

RealBoo:

Amy: Parem de drama!

Amy: Vocês podem vir me visitar. Passar um pouco das férias de vocês aqui no calor ♥

Amy: MUITO CALOR

Nini: Depois da Tailândia eu posso ir a qualquer lugar

Amy: hahahahha

Amy: Não faça falsas promessas.

Nini: Não vou prometer, mas eu quero voltar e com tempo

Amy: ♥

Amy: Queria muito vocês aqui

Daddy: É difícil

Amy: AI MEU DEUS. Eu to no carro, indo pra casa da minha vó e ta tocando Drag Me Down numa rádio, na outra Perfect e na outra What a Feeling.

Amy: Não tem nada pra ouvir, só vocês.

RealBoo: É quase como se a gente tivesse aí

Amy: É, todos vocês.

Amy: DOOOOOOOOOOOOOOWN

Amy: Por que ele grita tanto?

Daddy enviou áudio. O áudio de Liam era a gargalhada dele.

Daddy: Ele fica puto quando a gente fala isso.

Amy: Como ele está?

Nini: Não vou falar nada. Depois você fica brava e me recusa bolo.

Amy: Eu ainda vou morar com você, só pra te fazer bolo todo dia.

Nini: Feito. Quando eu for ao Brasil, peço tua mão em casamento e te arrasto comigo pra Irlanda.

RealBoo: Irlanda?

Amy: Irlanda não

Nini: Então não quero mais.

Daddy: Vou voar, depois nos falamos.

Amy: Avisa quando o avião pousar, se não vou ter que rastrear teu número!

Daddy: Engraçadinha.

Nini: Também to indo, até mais.

Amy: Cheguei na vovó, tchau ♥

RealBoo: Me abandonaram.

Amy: Nunca mais ♥

...

Amy: Já é o último dia do anoooooo!

Amy: Sei que vocês devem estar ocupados, mas to irritada e preciso desabafar.

Amy: Aqui ainda é hora do almoço e já to querendo matar todo mundo. Para Liam são 8 da manhã, nem acordou ainda.  Niall ta quase na virada do ano, nem vai ver. Mas, para Louis são 4 da tarde.

Amy: Louis me respondaa

Boo: Não é pq são 4 da tarde que to desocupado

Boo: Já tentou lidar com a minhas irmãs?

Boo: É bem difícil!

Amy: Aqui já tem umas 15 pessoas, to morrendo

Boo: Você nem precisa ser famosa pra ter gente invadindo sua privacidade

Amy: Exatamente.

Boo: Desculpe Amy, mas to bem cheio de coisas pra fazer. Nos falamos amanhã?

Amy: :( Okay

Amy: Queria algum de vocês aqui

Daddy: Ta controlando meus horários?

Amy: Na verdade, to sim. Mas é só pra saber quando posso ou não mandar mensagem.

Daddy: Acabei de acordar.

Daddy: E ops, não to sozinho.

Amy: Como assim ops? Meu deus Liam, a noite de ontem foi boa pelo jeito

Daddy: Acho que sim, vou descobrir agora.

Amy: Me poupe dos detalhes.

Daddy: Boa virada de ano pra vocês.

Daddy: Cuidado com o que deseja Potterhead.

Amy: ?

Amy: me responde?

Amy: me trocou por sexo...

A tela do meu celular apagou e de repente acendeu de novo. Mas, quando acendeu apareceu um mapa e o mapa mostrava a minha localização. “Ótimo, meu celular já ta com problema!”. Larguei o celular na bolsa e resolvi ajudar a limpar a casa.

A casa da minha vó era grande, mas não pra tanta gente. Pela primeira vez em 6 anos nenhuma das minhas tias viajou para a virada, o que significava que a casa estaria mais cheio do que no natal. Além de toda a família, sempre viria um agregado. Um amigo do primo, namorado da prima... Incluindo dois amigos de Luís.

—Amandinha queridinha, você já viu os amigos de seu primo? – Tia Dolores surgiu do nada me assustando.

—Desculpe tia, mas não me interessam. – Tentei fugir de perto dela.

—Imagina! André e Felipe são ótimos. – Ela me segurou pelo braço. – Vem cá que vou te apresentar a eles. – Ela praticamente me arrastou

—Tia, é sério, não precisa não! – Tentei me desvencilhar dela, mas já era tarde.

—Oi meninos, essa é a prima do Luís que estava em Nova Iorque! Linda não? – Ela parecia um garçom tentando vender o prato do dia. Assim que me largou saiu em direção a cozinha.

—A famosa Amanda! – Falou um garoto alto, moreno, de olhos castanhos e cabelos curtos. – Eu sou o André. – Tentou sorrir sedutor.

—E eu sou Felipe. – Se apresentou um mais baixo e mais magro, de cabelos loiros.

—Vocês já sabem meu nome, então... né. – Falei sem jeito.

Os garotos estavam sentados nos sofás da sala de estar. Os celulares nas mãos, meio que mexendo no celular e meio que assistindo à um canal de clipes.

—Senta aí, melhor do que ficar no meio da bagunça que ta a cozinha. – Luís finalmente abriu a boca.

—Não, acho que devo ajudar. – Me virei para sair da sala.

—Senta aqui e conta pra gente das tuas viagens... – André pediu e abriu espaço ao lado dele.

—Ok. – Suspirei derrotada e sentei ao lado dele.

—Você estava em Nova Iorque? – Felipe perguntou

—Na verdade eu vim de Londres agora. Mas, quando eu saí daqui fui sim pra Nova Iorque. – Tentei me encolher no sofá. Estava envergonhada.

—Ficou quanto tempo em Londres? – André esticou o braço por trás de meus ombros no sofá. “Pronto, começou!”

—Uns 5 meses. – Tentei ir mais pro lado, mas eu já estava grudada ao braço do sofá.

—E por quê você voltou? – Felipe não parecia feliz com André. Meu primo Luís nem ouvia, estava vendo um vídeo no celular.

—Férias né? – Tentei soar descontraída. – Já iam fazer 3 anos que eu estava fora.

—E quando vai voltar? – André me encarava de perto.

—Por quê não vamos lá pra fora? – Me levantei rapidamente

—O quê? – O moreno perguntou confuso.

—Essa casa é muito quente. – Tentei rir e me direcionei a saída da casa

—Meu pai tava com umas cervejas lá fora. – Luís levantou e me acompanhou. Eu agradeci mentalmente.

A casa tinha um grande gramado na frente. Meus tios estavam arrumando mesas e cadeiras, já que não caberiam todas as pessoas do lado de dentro. Fora o calor que fazia lá dentro. Os garotos arrumaram quatro cadeiras de praia e algumas cervejas, então nos sentamos longe de onde arrumavam as mesas. A minha cadeira entre a de André e Felipe.

Depois de mais meia hora de constrangimentos, estávamos finalmente em silêncio. Os meninos voltaram aos celulares, vez ou outra André me mostrava algo que achava engraçado no facebook. Eu estava com minha atenção voltada para a rua. E graças a isso vi um grande carro preto parando do outro lado da rua. Quem mais seria? Ainda faltavam alguns primos, mas nenhum tinha aquele carro.

—Cara, que carro massa! – Felipe se empolgou do meu lado.

—Quem é? – Perguntei para Luís

—Não conheço não. – Ele se ajeitou na cadeira para olhar melhor.

Na porta da casa minhas primas se juntaram para ver quem era. E então a porta abriu, todos ansiosos para ver quem era.

—AH MEU DEUS, MENTIRA, MENTIRA, MENTIRA! – Rafaela e Regina, junto com outra amiga, correram em direção ao carro.

—Ei, eu conheço esse cara! – André se levantou assustado.

—É da boyband não é? – Felipe perguntou pra ninguém específico.

—Sim, ele é. – Respondi baixo e me levantei da cadeira.

Eu caminhei em direção ao carro. Meus passos lentos e arrastados. Minhas primas estavam gritando ao redor dele que tentava, sem sucesso, falar com elas. Elas sabiam falar inglês, mas na euforia... Para a sorte dele, a rua da minha vó era bem vazia e na época de final de ano só ficavam os vizinhos idosos que não o reconheceriam.

—I need to talk to Amy. (Eu preciso falar com a Amy) – Ele dizia pela terceira vez, enquanto elas tentavam tirar selfies.

—I’m here. (Estou aqui). – Respondi a alguns passos de distância e então minhas primas se silenciaram.

Os olhos verdes encontraram os meus. Minha respiração falhou por uns segundos. Tênis, short jeans, uma camiseta branca com as mangas enroladas, o cabelo preso num coque e os tradicionais óculos de sol. Ele estava ali. Na minha frente, na minha casa e com a minha família. O coração deu um salto.

—Meninas, ele vai tirar fotos com vocês. Mas, vocês vão prometer que não vão postar em lugar nenhum. Pelo menos não hoje. – Pedi com calma e eles assentiram.

Enquanto eu tentava normalizar a respiração e acalmar o coração, ele tirou fotos com elas e deixou que o abraçassem. Eu me mantive em silêncio até que elas fossem embora. Sabia que minha família nos olhava, mas eu não estava ligando.

—Amy... – Ele começou. Estava visivelmente nervoso.

—O quê você ta fazendo aqui? – Eu tentei não soar tão magoada quanto ainda me sentia

—Não é óbvio? – Ele esboçou um sorriso.

—Não. Você não estava comemorando a virada do ano com muito amor? – A magoa surgiu.

—Eu preciso te explicar tudo. Estou aqui para te explicar e pedir perdão, mas sei que não vai perdoar. – Ele remexia as mãos, nervoso.

—Bom, deve ser uma explicação muito boa pra te fazer viajar até o Brasil em pleno ano novo. Vai passar o ano novo com quem? – Virei meu rosto para o lado e pude ver de canto de olho, no gramado da casa, umas dez pessoas nos observando.

—Se não puder passar com você, talvez sozinho.

—Você ta merecendo. – Virei-me em direção a casa. – Você vai ter que se apresentar a todos eles antes de se explicar. – Comecei a caminhar.

—Certo. – Ele respirou fundo. Estava muito nervoso. – Lembre-se que entendo pouquíssimas palavras em português. – Ouvi o alarme do carro soar e seus passos atrás de mim.

Um a um, todos se apresentaram. Inclusive os amigos de Luís, que pareciam desapontados. Harry foi extremamente gentil e simpático, mesmo não entendendo nada do que era dito. Eu tinha que traduzir tudo. Minhas tias ficaram eufóricas perguntando se era meu namorado. Nesse momento eu estava grata por Harry não entender o que era dito. Eu disse a todos que ele não era meu namorado. Era meu chefe, ia passar o ano novo no Brasil e tinha vindo me visitar. Claro que minha mãe não tinha caído nessa história, mas o resto da família sim. Depois de muito esforço, consegui desviar de minha família e entrar num quarto vazio.

—Sinta-se à vontade. Agora tenho todo o tempo do mundo pra você me explicar. – Sentei na cama o encarando.

—Amy... – Ele começou falando baixo. Estava suando, poderia ser pelo calor ou por nervosismo. – não sei por onde começar.

—Primeiro, sente-se. – Sugeri. – Eu seria mais grossa com você, mas você ainda vai sofrer muito na mão da minha família, então... – Dei de ombros e ele sentou na cama. Viramos um de frente para o outro.

—Amy, eu nunca quis te envolver em nada disso. Mas, eu me envolvi com você. – Ele respirou fundo e passou mão pelos cabelos. – Eu vou te contar tudo de uma vez só. Não me interrompa. – Eu apenas assenti.


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Notas finais do capítulo

Quando o Harry e a Amy conversam é em inglês, cês entendem isso né?
Bom, agora vocês querem me matar e eu não tenho nem dúvidas.
Dependendo de como for o andamento das coisas eu consigo postar o próximo amanhã.
Então, nos vemos amanhã?

Beixooos



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