Torre de astronomia, 13 de setembro, algum lugar entre a lareira antiga e a varanda.

“Rose”

Estávamos sentados no chão da torre de astronomia. Rindo das aventuras sem sucesso da Alice, era tão típico dela. O Alvo brincava com os cabelos da Alice que estava deitada no seu colo. Scorpions comia – doces roubados da cozinha- e eu me sentia bem em está de volta a Hogwarts e com os meus amigos.

Nós quatros somos o quarteto mais inseparável que toda Hogwarts já pensou em ver em sua existência. Somos amigos desde sempre. Com o Alvo era diferente ele é da família não precisamos vim para o castelo para construir a nossa amizade, só fez fortalecê-la. Com Alice não foi diferente, assim que realmente passamos a conviver uma com a outra nos tornamos melhores amigas. Com o Scorpions foi um pouco diferente, já que nem meu nem o dele queria a nossa amizade.

- Rose! – Alice me chamou.

- Oi Alice! – eu falei e ela sorriu sacana. Ela está andando muito com o irmão do Alvo.

- Você está no mundo das maravilhas de novo! – revirei os olhos. Quantas vezes eu vou ter que corrigir a Alice?

-Alice, a historia é Alice nos Pais das Maravilhas! – falei e ela rolou os olhos, murmurando algo como sabe-tudo.

- Tanto faz! – ela deu de ombros – Só queria a atenção da minha Best um pouquinho. – bufei. Alice e as frescurinhas dela.

Alice é a filha do tio Neville e da tia Luna – que são na verdade padrinhos do Hugo, meu irmão- ela herdou os cabelos castanhos e lisos do tio Neville. E os olhos alucinados da mãe só que castanhos. Ela é mais alta do que eu – a anã- uns vinte e poucos centímetros, e junto comigo, Scorpions formamos o trio de artilheiros do time da grifinoria.  

- Rose nos pais das maravilhas! – ela brincou. Fazendo-me voltar a minha atenção para ela.

- Diga Alice? – falei pacientemente.

- É nada não Rosália, só que os meninos começaram a discutir sobre garotas. – ela falou com uma cara de nojo. A Alice era um ser engraçado e incompreensivo se ela gostava do Al por que não dizia a ele logo de vez, pronto era rápido, pratico e econômico e eu tinha absoluta certeza que ele gostava dela, apesar de não admitir isso em voz alta.   

- Liga não! Todos da raça masculina são idiotas e insensíveis! – falei e a Alice abafou uma risada.

- Ai está você Alvo! – James Sirius entrou com todo o seu barulho no meio da torre de astronomia, até então silenciosa, trazendo com ele o seu amigo inseparável e a outra metade da dupla metida de Hogwarts Matty Dalas.

James é o irmão mais velho do Alvo, e infelizmente é o meu primo. Ele é capitão e apanhador da grifinoria. Ele é garoto mais insuportável de todo castelo, eu prefiro a companhia da Piraça a dele. Pense no menino arrogante, metido, com o ego maior que o próprio ser, se acha por que a população feminina do castelo tem problemas de audição. Quem é que em sã consciência consegue ficar perto do Potter um só minuto.

Ele pode ser até bonito, com olhos incrivelmente expressivos, com o corpo bem definido, cabelos incrivelmente lisos e bagunçados, engraçado, com um sorriso perfeito e contagiante, com a pela alva, cavalheiro e leal, mas definitivamente isso não encobre todos os seus defeitos: galinha, safado, idiota, ridículo, metido, arrogante, prepotente, ciumento, orgulhoso, quebrador de regras... E perfeito. Rosália Helena Weasley Granger ele não é perfeito em nada lembra o que ele fez com você?

- Boa noite para você também Potter! – ironizei vendo que ele cumprimentou a todos e não dirigiu a palavra a mim.

- Eu já posso falar com você? – ele me perguntou.

- Não, mas você pelo menos poderia por em pratica a educação que a tia Gina gastou lhe fornecendo. Apesar de que eu acho que você não aprendeu nada, queridinho! – falei sarcástica e ele se limitou a bufar.

- Qual é Rose? Voltamos novamente ao primeiro ano seu no castelo? – fuzilei-o com o olhar e me levantei.

- Não, Potter, não voltamos ao primeiro ano. Só que certas coisas nunca mudam! – recolhi o meu All Star e o meu livro: “Hogwarts uma historia”.

Eu tinha que sair dali, antes que eu comece realmente uma daquelas discussões Alá Hermione e Rony Weasley. Não que eu gastasse do meu primo da mesma maneira que os meus pais, mas era o mesmo estilo de briga. O James me provoca, eu o acuso, ele replica, eu acuso mais uma vez, James fala idiotices – o que é normal se tratando do o senhor Eu -Sou- Melhor- Do – Que – Todo- Mundo! – eu acabava ficando aborrecida, ele zangado, começamos a gritar e quase partindo para um duelo e terminava cada um com mais raiva do outro que se possa imaginar, ou na sala da diretoria, o que não é uma opção agradável já que chamavam o papai – quando eu dava sorte – ou a mamãe, mais a tia Gina e o tio Harry.

Eu estava cansada de brigas desnecessárias, estava esgotada de ficar gritando com o Potter.

Comecei a andar até a saída, mas o idiota do meu primo agarrou o meu braço, fazendo com que os nossos corpos se chocassem e uma corrente elétrica passasse pelo meu corpo.

- P que você quer Potter? – indaguei tentando parecer forte. Eu era uma grifinoria tinha coragem o suficiente no meu sangue para enfrentar esse sentimento.

- Queria falar com você a sós! – ele falou e eu revirei os olhos em sinal de descaso.

- Não tenho nada para conversar com você, Potter! – disse num tom mais frio que eu conseguia.

Não sei por que ele insiste tanto de querer explicar uma coisa que ele já tinha deixado bem claro.

- Mas...

- Me larga Potter! – gritei.

- Jay parou ok? – Alice interveio – Largue-a! Vocês conversam depois...

- Não vai ter conversa Alice! – gritei, sabia que estava vermelha culpa dos malditos genes de ruivo. O Potter me soltou, ou melhor, o Alvo tirou a mão dele do meu braço.

Corri para o meu quarto o mais rápido possível, me trancando nele.