The one that got away. escrita por senhoritamary


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como estão ??
Capítulo bem grandão, devo admitir que me empolguei e comecei a escrever como se não houvesse amanhã, espero que gostem.
Críticas e sugestões são muito bem vindas *-*
Não esqueçam de comentar !!
;*



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Acordei depois de um sonho bom, eu não queria nem levantar da cama por medo da realidade, medo de que tudo que aconteceu fosse realmente um sonho.

Coloquei um hobby e prendi meu cabelo em um coque bagunçado, desci as escadas e fui até a cozinha pegar meu café. Robb já estava sentado á mesa tomado um copo com uma quantidade considerável de café, aquele viciado.

—Bom dia.- disse me sentando ao lado dele e com meu copo de leite e nescau em mãos.- Aonde estão nossos pais, não os vejo desde ontem de manhã.

—Eles foram pra Inglaterra, batemos mais um recorde de vendas nas franquias de lá, então você já sabe.- ele deu de ombros e respondeu uma mensagem no celular.- A propósito, melhor você arrumar suas malas pois vamos pro Caribe hoje a tarde, ah Caribe...até imagino como as mulheres são.- eu ri com o comentário final, Robb era um garanhão, estava na genética (por parte dos homens, obviamente).

—Igual a última vez, seguranças nos forçando a sair na hora ?- revirei os olhos só de pensar na possibilidade, e tinha Gavin, queria vê-lo antes de qualquer coisa.

— Sim, sabe como são nossos pais.

— Você esta bravo comigo ?- senti que ele estava um pouco seco, talvez fosse mau humor, mas ele sempre era diferente comigo.

—Você sempre me conta tudo, até o dia que usou maconha atrás da escola- o olhei com reprovação depois que ele disse aquilo, algum empregado poderia ouvir e me dedurar, mas ele continuou não se importando.- Mas quando o assunto é os pegas com o Gavin, nadinha.

—Ontem foi a primeira vez que eu o beijei.- fiquei com as bochechas vermelhas depois da olhada que Robb me deu, aquele olhar de “aham, acredito”.- hei, é sério seu besta.

—Ok, finjo que acredito. E o que vai fazer a respeito ? Sabe que é loucura já que nossos pais odeiam ele.

—Eu nem sei se vamos ter algo, meu Deus Robb!- me levantei e fui para meu quarto deixando um Robb com cara de : o que foi que eu fiz ? Fui para meu closet com o pensamento: aquele beijo pode ter sido somente um para nunca mais.

Me troquei colocando uma roupa mais confortável possível, um shorts larguinho, uma regata branca e meu inseparável all star preto (minha mãe odiava aquele tênis, ela diz que não me deixa feminina). Mas como toda vez eu mandava um foda-se.

Liguei o rádio e por coincidência Radiohead estava tocando, a mesma de ontem no carro... como eu queria poder voltar no tempo e ir direto naquele momento. Podia até sentir o gosto de menta que seu beijo tinha.

Suspirei e comecei a arrumar minha mala. Depois de mais ou menos meia hora já estava tudo pronto, como iria viajar na parte da tarde ficaria liberada e sem mais preocupações.

Abri uma aba no navegador do notebook e comecei a pesquisar por lugares e pontos turísticos do Caribe e a programar as coisas que faríamos, tinha que aproveitar o verão da melhor forma possível. Depois de ter feito isso abri meu caderninho de anotações e um pedaço de papel dobrado caiu em meus pés, era um desenho que Gavin tinha feito pra mim quando tínhamos  uns oito anos de idade, um talento que ele mantinha até os dias de hoje. Sorri vendo aquelas borboletas em aquarela.

Peguei meu celular pela primeira vez no dia e vi que tinha uma mensagem não visualizada, meu coração acelerou ao ver o nome: Gavinmen.

“Será que é possível esquecer algo inesquecível ? Preciso falar com você, gordinha.”

Algumas coisas nunca mudavam, não importava o que acontecesse. Desci e fui pra cozinha almoçar antes de ir pra casa dele.

***

Peguei um ônibus e em alguns minutos cheguei ao bairro que ele morava. Sua rua era cheia de árvores e bem deserta. Em sua metade tinha um sobradão azul royal, a casa de Gavin.

Toquei a campainha e uma  jovem de cabelos multicoloridos, branca feito papel e cheia de tatuagens abriu a porta, Lindsay.

—Little Little, como é bom ver você.- com um sorriso de orelha a orelha ela veio me abraçando, sempre me dei muito bem com a irmã de Gavin.- Quer entrar e ter a honra de almoçar comigo ? Eu fiz strogonoff.

—Infelizmente eu já almocei.- Disse morrendo de tristeza, ela cozinhava como ninguém.- Por acaso o Gavin está ?

—Ai gatinha, provavelmente ele deve estar no galpão, você sabe como ele é com aquele lugar, não sai de lá por quase nada.- concordei com ela, ele praticamente morava lá, me despedi de Lindsay e fui a pé por uma pequena rua de terra que começa no final da rua da casa dele.

Cheguei ao enorme galpão de madeira e metal mas a porta estava trancada, porém eu sabia o macete para abrí-la e assim fiz, empurrando para o lado. Ele não estava lá, mas a tela finalizada me prendeu completamente a atenção. Era eu, ele tinha me pintado noite passada pois a tinta ainda estava fresca.

Era a tela mais linda que eu já tinha visto, ele levava tanto jeito com aquilo. Queria tanto que ele estivesse ali, mas eu não podia ficar ali sozinha então voltei para a casa dele pra esperar.

Estava sentada na calçada quando meu guarda costas apareceu no carro preto, meu irmão estava no banco de trás e com o vidro abaixado olhando pra mim com pesar.

—Senhorita Brooke, sabe que não pode ficar aqui.- ele disse me pegando pelo braço, ele não me machucava, mas eu odiava fazer as coisas contra minha vontade.- E se não formos agora iremos perder seu vôo.

Fui forçada a entrar no carro e seguir viagem, nem tinha visto Gavin, não o abracei e principalmente: não tive a certeza se estaríamos bem apesar de tudo.

***

Viajei a maior parte do tempo em silêncio, sabia que a culpa de terem ido até a casa de Gavin não era do meu irmão, mas eu não estava confortável pra conversar. Quando chegamos no hotel demos de cara com meus pais no saguão, minha mãe lendo uma revista de moda e meu pai ao celular como sempre.

Quando eles nos viram pararam de fazer o que estavam fazendo e vieram em nossa direção.

—Ah que saudade meu amorzinho- minha mãe me deu um abraço apertado e depois de ver minhas roupas fez uma cara feia pro meu tênis, mas deixou passar sem me dar uma “crítica construtiva”.

Meu pai só me deu um beijo na testa e nada mais, pois meu guarda costas o chamou de canto, provavelmente iria contar que teve que me buscar na casa do Gavin, as coisas ficariam feias pro meu lado.

Meu quarto ficava de frente pro mar, com uma sacada absurdamente grande. Já tinha tomado banho e já tínhamos jantado, meu pai me olhava com uma expressão de decepção no rosto. Aquilo me magoava.

***

Estava mexendo no celular, tendo uma tentativa falha de mandar uma mensagem pra Gavin. Meu pai entrou no quarto e se sentou ao pé da cama.

—Já não te disse que não quero você andando com esse rapaz ?

—Pai ele é meu amigo.- eu queria que fosse mais do que isso, e obviamente meu pai não saberia sobre o beijo senão ele surtaria.

—Não interessa, ele não é companhia adequada pra você. Moleque desprezível, não quer nada da vida e o pior: que te corromper a não querer nada também.

—Você não sabe do que está falando, nem o conhece direito.- estava nervosa e iria arrumar a maior briga se fosse necessário.

—Basta! Não quero mais você perto desse cara e ponto final, não interessa o que você pensa ou deixa de pensar.- meu pai se levantou  e se retirou do quarto.

Não conseguia entender o porque de tudo aquilo, mas estava cansada demais pra tentar entender. Me deitei na cama e meu celular vibrou e então eu sorri, após aquela discussão apenas uma coisa poderia me acalmar e era exatamente isso que aconteceria ao escutar a voz dele.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, deixe seu comentário *-* Não deixem a leitora aqui sozinha poxa ;-;
Enfim, nos vemos nos próximos capítulos. Beijinhos ;*



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