Perspectiva ou ângulo? escrita por Lady Aska


Capítulo 1
Perspectiva ou Ângulo?


Notas iniciais do capítulo

Eu inicialmente postei essa fic em outro site de fics, porém neste site fiz uma sutil edição na história.



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Matt POV.

Certa vez no orfanato tivemos uma estranha aula, ao menos para mim foi. Era sobre perspectiva e ângulo ou qualquer coisa parecida.

Cada coisa que vemos, quando vista de um ponto diferente ela muda. Aquilo me incomodou. Depois de uma longa explanação, mesmo eu sendo considerado um dos melhores daquele lugar, eu ainda não havia compreendido.

Resolvi testar com um caderno, fato que vendo de ângulos diferentes ele assumia uma postura diferente mas ainda era um caderno. Testei com um lápis O efeito foi semelhante ao do caderno.

Quando a aula acabou, a professora com nariz de batata finalizou com uma frase de impacto. "Uma ação muda tudo..."

Na hora achei aquilo ridículo. Levando-se em conta que, é claro que muda!. Um velho clichê.

Após cozinhar meu cérebro, resolvi voltar para o quarto e jogar videogame. Passei pelo salão e vi Mello brigando com Near. A palavra clichê não me saía da cabeça.

Fiquei jogando sentado na cama, pôdia ouvir frases soltas pelas crianças que passavam do lado de fora. Mas uma me chamou a atenção: "É incrível o ódio que Mello sente de Near não?". Não sei quem falou, mas a aula matinal me veio a cabeça novamente. Junto com inúmeras formulas e figuras geométricas.

"Game over" desliguei o portátil. E saí. Já havia se passado mais tempo do que eu pensava. Desci ao salão principal, não vi Mello mas Near estava sentado na sua costumeira atividade. Um grupo de meninas parou não muito longe de mim, e de todas as baboseiras sobre o alvo menino; captei a palavra autista.

Mas eu não o via assim, e imagino que apesar de todo o suposto "ódio" Mello também não. Mas as pessoas tem esse habito, rotular o que não conhece.

Eu não conheço Near, Mello tampouco mas ao menos ele conseguiu se aproximar.

E não importa o ângulo que o vêmos. Near continua sendo Near, continuamos desconhecendo seu verdadeiro ser.

Eu ficaria ofendido se me chamassem de autista, Near não se importaria ou fingiria que não.

Quando fui me recolher Mello entrou no quarto reclamando, acho desnecessário dizer de quem. Não prestei muita atenção apenas filtrei algumas frases e palavras.

"Arrogante", "manipulador". Então esse era o ângulo de visão de Mello? Aquilo me pareceu incompleto ou inconcistente. Curioso não?

Poucos dias depois encontrei Near na biblioteca recolhendo alguns livros do chão. Resolvi ajudar, sua postura era fria e vazia como sempre. Mas não me deixei intimidar por isso e perguntei repentinamente:

- Você nunca se sente só? - não sei porque mas seu rosto pálido e sem vida ganhou expressão. Mas não ouve resposta. Nem precisava seus olhos disseram, foi muito rápido se eu não estivesse tão atento também não teria notado.

- Obrigado. - ele disse e se afastou. Fiquei parado um tempo. Depois fui jogar bola.

Linda me parou no corredor perguntando onde Near estava, parecia preocupada e dela eu ouvi a palavra "inocente". É ele pode ser isso também... ou não. Respondi a ela e saí.

Enquanto jogava vi de relance uma face pálida na janela, a observar alguém e eu sabia que não era eu.

Confesso que fiquei aliviado. E finalmente eu tinha meu ângulo.

"Arrogante, manipulador, autista, inocente" ou qualquer outro ângulo que uma pessoa possa ter a meu ver o que mais se encaixa é..

Humano!


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Notas finais do capítulo

Mais um crime cometido!!



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