Magia na Floresta escrita por Vlk Moura


Capítulo 22
Capítulo 22




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Depois de entregar Draco a Hermione resolvi ir dormir, mas minha mente não ficava quieta, coisas passavam o tempo inteiro sem me deixar dormir, eu me mexia na cama angustiada e percebi que até Peru se incomodou com isso.

'Podem ter me prendido, mas isso não irá me parar' levantei muito rápido, minha mente ficou escura, fui andar pelo colégio 'Você sabe onde eu estou, já esteve aqui antes, venha, caçadora' eu tentava não ouvir a voz, já era noite e logo o jantar seria servido, eu precisava me distrair com algo, qualquer coisa. Fui assistir um treino de Quadribol, Gina treinava os times e para minha surpresa Harry a ajudava, os dois pareciam se dar muito bem jogando. 'Venha, Agnes'

Apertei meus ouvidos como se fosse fazer a voz parar, vi mais alguém ali comigo e soube que eu não era a única, Nyack também tentava se concentrar no treino, eu estava surpresa de não vê-lo em meio aos outros. Ao me ver ele pareceu ficar tão surpreso quanto eu, veio até mim.

— Visitei o professor - ele falou - Estou me sentindo tão culpado.

'A mente dos dois não esconde, parem de resistir e venham'.

Nyack e eu nos olhamos com medo, ele falava com a gente sem dar importância, será que por estar mais próximo de nós, não sei. Mas era praticamente irrestivel, e eu entendia porque Nyack tinha acatado as ordens dele. 

Durante o jantar a voz não ficou mais calma, ela praticamente gritava em minha mente, saí do salão tentando buscar um lugar silêncio, subi as escadas que levavam até o quarto excluído eu já tinha a varinha na mão apontada para a porta quando uma mão segurou a minha.

— Podem ser homens diferentes, mas atitudes tão semelhantes - olhei Harry, ele sorria para mim - Resista, Agnes, vamos. - ele começou a me puxar.

'Não!' a voz gritou na minha cabeça 'Não! Essa criança que meu sobrinho não teve a capacidade de matar não irá me parar, não ele!'

— Estupore! - Harry voou, eu voltei os degraus, eu não respondia por mim, eu não sabia o que estava fazendo e agora eu era como Nyack, eu entendi porque ele levou esse homem até Neville e porque ficou em choque ao se dar conta do que fizera. - Fini... - alguém tapou minha boca e começou a me puxar para trás segurando minha cabeça colada em seu corpo, eu ia usar a varinha contra  a pessoa, mas seja lá quem fosse foi ainda mais rápido do que eu e tomou da minha mão.

Eu tentava me soltar, mas a pessoa só parou ao lado de Harry que se levantou meio zonzo e me encarou com a boca tapada e ainda tentando me soltar, olhou a pessoa e começou a guiar pelos corredores, entramos na casa Jacaretinga, olhei em volta tentando entender o que estava acontecendo e quem me carregada, me soltaram no sofá, trancaram a entrada. Finalmente vi que quem me parar tinha sido Draco.

— Acho que vou ficar te devendo muitas até tudo isso acabar - falei olhando o loiro que se sentou ao meu lado.

— Não se preocupe. - olhei Harry.

— Desculpa pelo feitiço.

— Não se preocupe - ele se sentou ao meu lado - Mas começo a achar que você é muito perigosa para sair por ai assim.

— Nyack! - eu levantei num pulo.

— Está sob os cuidados do Rony. - Draco falou - E da Hermione - Harry riu junto do loiro. - Acho que seria bom você passar a noite aqui, o que me diz, Potter.

— Não acredito que direi isso, mas concordo. - ele me olhou - Ele pode tentar algo com você novamente e se os dois estiverem sendo observados acho que não terá problema.

Confirmei. Peru voou pela sala tentando reconhecê-la e depois de se frustrar se sentou na minha cabeça fazendo os dois rirem.

— Ahm... Em qual quarto irei dormir?

— No meu - olhei Draco - Se não for problema.

— Tanto faz - dei de ombros, olhei Harry - Você realmente sabe como tudo isso funciona, né?

— Você não faz ideia - ele riu - Eu vou dormir...

— Harry! - ele me olhou enquanto subia as escadas para o quarto - Não sei se isso pode ajudar, mas ele disse que você é a criança que o sobrinho dele não teve capacidade de matar - olhei Draco - Isso ajuda em alguma pesquisa?

— Na verdade - ele voltou correndo - Isso responde tudo, amanhã vamos falar com a Hermione - ele olhou Draco - Já sabemos quem é esse homem.

Olhei o loiro ao meu lado, os olhos dele brilhavam, o cinza estava claro agora e quase azulado, ele me olhou e sorriu.

— Espero que não se importe de dividir quarto com um Malfoy - ele falou se jogando em uma das camas do quarto, eu me sentei na outra, Peru se equilibrou na cabeceira da cama.

— Acho que eu não tenho muita escolha, né? - ele riu - Sem ofensas.

— Não me ofendeu - ele me observou - Acho que foi a única até aqui que ainda não me ofendeu, ainda, Agnes. 

Eu ri e me deitei, fiquei fitando o teto.

— Como que te vigiam com você em um quarto separado?

Ele se deitou e também olhou o teto. Eu estava me sentindo meio Draco agora, eu li sua história, eu sabia muita coisa sobre sua infância e juventude e nunca o considerei alguém realmente mau, sempre pensei que a real culpa fora de seus pais e do Voldemort, ele cresceu tendo de acreditar no que lhe era pregado, pensar que no final ele ainda teve coragem de fugir, não penso em um ato covarde, um covarde não teria sobrevivido com todo o carma que ele carrega, um covarde teria desistido, mas ali estava ele, o último Malfoy deitado ao meu lado. Eu não estava naquilo porque queria, esse tal cara preso no quarto que passei minhas últimas semanas antes de fugir tinha me amaldiçoado, pelo menos foi o que descobrimos, e ele controlava a minha mente, eu acabara de atacar Harry Potter sem ter tido consciência do que fiz, e só parei porque Draco mostrou não ser nada delicado e me arrancou de lá sem me dar chance de me defender, um completo covarde atacando sua pobre vítima, o que dessa vez não deveria ser visto como algo ruim. 

— Costumam trancar a porta e a janela - ele se mexeu e espreguiçou - Com você aqui farão o mesmo e saiba que irão tomar nossas varinhas, também - eu o olhei, ele me olhou.

— Te tratam como um prisioneiro.

— É o que eu sou, mas eles gostam de usar o termo "ajudante até tudo acabar", depois do que você contou pro Potter, provavelmente, irei para Azkaban. - eu o olhei e franzi o cenho - Se continuar me olhando assim vou pensar que se preocupa comigo.

— Eu não tenho certeza - ele riu - Mas não acho justo que você vá para Azkaban, eu roubei magia de outros bruxos, se um de nós deveria ir para lá, esse alguém sou eu.

— Você não matou ninguém, Agnes, eu fiz coisas das quais você nem desconfia - eu ri, ele me observou atento.

— Desculpa, é que eu li sua biografia não autorizada.

— Eu tenho algo do tipo? - confirmei - Uau! Estou até me sentindo especial agora.

— Sinceramente - ele deitou de lado e eu fiz o mesmo, ficamos nos olhando - eu te acho especial, Malfoy.

Alguém bateu na porta do quarto, olhamos, Hermione estava parada e deu uma tossida.

— Desculpa atrapalhar a conversa, vem trancar tudo e recolher as varinhas.

Ela as pegou com Draco, ele a observava atento, Hermione trancou a janela com magia depois saiu e trancou a porta, ele a observava sem tirar os olhos dela nem mesmo para piscar, quando realmente ficamos trancados e eu fui conferir a janela e a porta, me sentei na cama e o encarei.

— E o que é esse seu olhar sobre a Hermione? - ele me olhou assustado.

— Não tem olhar nenhum sobre essa sangue-ruim - ele me olhou, eu ri - Desculpe, eu não queira...

— Relaxa - eu me deitei - Você ter dito isso só afirmou o que queria esconder. - eu fiquei de lado e o observei olhando o teto - Mas ela é casa com o Ronald.

— Eu sei que é, todos sabem, todos sabem da alegria da família Weasley - ele suspirou - Eu nunca tive chance com ela e nem poderia ter, sempre fui um completo idiota.

— Com isso tenho de concordar - eu ri, ele me olhou.

— Pensei que fosse minha amiga.

— Opa! Isso é novo até para mim - sorri - Mas como sua amiga tenho que te dizer a verdade e nada além da verdade.

— Isso não é um discurso num tribunal ou um casamento, Agnes.

— A amizade é um eterno discurso de tribunal, e apenas os melhores amigos dizem a verdade verdadeira.

— Acho que acabei de entender porque nunca tive um melhor amigo de verdade - eu ri.

— Eu tenho, e é sempre assim, tapa na cara seguido de soco no estômago - ele riu - Mas é sempre bom ter alguém que nos diga tudo, sabe, uma mão na consciência, mesmo que você se ache a pessoa mais sã que existe.

— Então como um amigo de verdade seu - eu o observei e tentei esperar o que estava por vir - devo te dizer que você está fingindo muito mal que nada aconteceu entre você e o Longbottom - eu olhei o teto o fazendo rir.

— Eu estou confusa - coloquei o braço sobre a testa - Eu não sabia realmente o que sentia até que ele... - eu parei de falar e olhei Draco, o cabelo grudava na testa, os olhos cinzentos pareciam mais escuros agora - Eu nunca ouvi o que a Carla dizia, eu sempre gostei do professor, mas sempre achei que fosse admiração e nada sentimental e... Não acredito que estou falando sobre isso justo com você - ele riu.

— Não se preocupe, não usarei nada contra você.

— Sei - eu ri. - Boa-noite, Malfoy.

— Boa-noite, Agnes.

Nos demos as costas e dormimos.

Minha mente estava perdida, coisas passavam e nada era definido e isso me incomodava, eu não conseguia ficar parada, imagens vinham a minha mente e u sabia o que eram, eram as feições dos bruxos tendo suas magias sugadas, a voz do homem ecoava pedindo para eu continuar, eu não queria, mas meus dedos se moviam sem que eu pudesse fazer qualquer coisa, Neville me parou, me abraçou e sussurrava pedindo para eu parar que aquela não era eu, ele realmente acreditava que aquela não era eu, mas eu sabia que era e não era só o controle do homem que me fazia continuar tinha um pouco de vontade minha, a busca pelo poder. Eu saquei a varinha e apontei para o professor, ele se afastou, mas não lutou, eu respirava cansada e apenas movimentei meus lábios, mas eu sabia o que dizia 'Avada Kedavra'.

Acordei em meio a um grito, Draco estava ao meu lado, eu percebi que eu chorava enquanto sonhava e meu rosto estava todo molhado de lágrimas, olhei o loiro ao meu lado, ele parecia preocupado. Me abraçou senti sua energia passar par amim, mas eu respirei fundo e tentei afastar as imagens que vinham a minha mente, e percebi algo, a energia de Draco não chegava até mim.

— Você está bem? - ele perguntou.

— Não! - eu me encolhi - Tive um pesadelo horrivel.

— Quando os pesadelos são bons costumamos chamar de sonhos, pesadelos já são horríveis.

— Eu matei o Neville - ele arregalou os olhos.

— Ta, esse é um pesadelo horrível - ele se sentou na minha cama.

— Estou com medo do que eu possa me tornar, eu não era eu, mas ao mesmo tempo eu gostava do que estava fazendo. 

— Calma, foi só um sonho ruim.

— Não... Parecia real.

— Ei, calma, ta? - ele me obrigou a olhá-lo - Você não é assim, Agnes, eu vi você resistir a maldição e não sugar toda minha magia, você nem seria capaz de matar o Longbottom. Isso tudo é coisa dele, ele quer te confundir - ele me abraçou - Vem cá, isso te faz se sentir melhor? - confirmei - Ótimo, agora tente dormir.

Eu realmente dormi bem, acordei e Draco estava deitado na minha cama, eu tinha dormido sobre o seu peito, a porta foi destrancada, Hermione nos olhou assustada e Rony a tirou da reta da porta, não entendeu a cara da esposa, ao nos olhar ele até deu um pulinho de surpresa. Malfoy se mexeu sonolento e me olhou, sorriu.

— Dormiu bem?

 - Dormi, obrigada - eu me sentei na cama - Já vai devolver minha varinha? - Draco olhou para a porta e pareceu levar tempo para entender quem eram aquelas pessoas.

— Esse cabelo com toda certeza é um Weasley e a julgar pelo tamanho da cara, é o Ronald. - Draco reclamou e se sentou na cama - Qual o problema, Weasley, viu uma aranha?

— Nã... Não, só que... - ele olhou Hermione que parecia estar com o mesmo problema que ele.

— Hermione - ela me olhou - as varinhas, por favor. Preciso da minha para assistir as aulas.

— Ah, sim, claro - ela piscou várias vezes, olhou o marido que a olhava parecendo tentando entender o que tinham visto, eu imaginava o que eles tinham pensado, e isso me dava nojo. - Aqui - ela me esticou a minha e a de Draco. - O café já deve estar sendo servido, vim acordá-los para isso,

— Obrigado - Draco falou se levantando e olhou os dois - Ahm... Precisamos nos trocar, senão se importam de nos deixar a sós. - essa frase com toda certeza apenas piorou o que os dois já estavam pensando de nós.

Hermione e Rony se retiraram se desculpando, Draco me olhou e não pudemos conter o riso.

— Essa frase só alimentou ainda mais o que pensavam - ele confirmou - E eu já estou pronta - falei, tinha dormido com o uniforme, apenas arrumei meu cabelo e coloquei Peru no meio do coque.

— Eu preciso me trocar - ele tirou a camiseta.

— Opa! Calma lá, Malfoy, nós somos amigos, mas não estamos nesse nível ainda - ele riu - Eu te espero lá embaixo.

— Claro.

Desci, Hermione e Rony estavam na sala, Gina e Harry saiam do quarto acompanhados por Nyack que me olhou e pareceu surpreso de me ver por ali. Draco saiu do quarto terminando de arrumar o cabelo, sorriu para todos, desconcertada Hermione puxou a fila para irmos tomar café.

— Você percebeu? - perguntei olhando Draco, ele observava Hermione, eu puxei sua mão, ele me olhou - Você percebeu?

— O quê? - ele franziu o cenho tentando entender, apertei sua mão com mais força, ele franziu ainda mais, levantei sua mão até a altura de seus olhos, ele os arregalou - Você está me tocando e não está... Isso é ótimo! Como é possível? - dei de ombros - Agnes! Isso é ótimo - ele me abraçou, senti minhas bochechas corarem.

As pessoas nos observavam.

— Agnes - eu senti meu rosto se torna rum tomate, gordo e vermelho e provavelmente quase podre. Olhamos para quem falou me nome.

— Professor - eu sorri alegre - Como está se sentindo?

— Bem - ele olhou Draco que nos observava - E você?

— Melhor - sorri ainda mais alegre - Depois de tudo, graças ao Draco estou melhor - Ele fitou Draco, percebi o quão erradas foram minhas palavras - Hoje a tarde podemos fazer a aula? - ele me olhou, por alguns segundos seu rosto tomou a forma do rosto do sonho depois que eu... 

Me afastei do professor, e tentei controlar a respiração. Draco percebeu o que tinha acontecido ou pelo menos entendeu que algo estava errado e tinha relação com o sonho.

— Podemos sim - ele sorriu.

Agradeci e fui para o salão, Carla correu para me abraçar, ela falou que tinha ficado sabendo do que ocorrera, que tinha ficado muito preocupada, principalmente por eu ter dormido com o Malfoy, eu pedi para ela falar aquilo mais baixo, ninguém precisava ficar sabendo, ela revirou os olhos e me puxou para a mesa.

— Algo aconteceu - comecei ela me olhou sem entender- Algo sério.

— Aquele cara se aproveitou de você? Eu vou socar a cara daquele engomadinho - ela procurou pelo salão.

— Não... Foi isso - Eu me debrucei na mesa e agarrei a mão de Leo, ele se assustou e tentou se afastar, mas relaxou e me olhou admirado, sorri.

— Você... - confirmei, e controlei para mostrar que eu ainda sugava a energia, mas podia controlar tudo - Isso é ótimo!

— Não é?

— O que está rolando, não estou entendendo - Carla debruçou na mesa e ficou encarando nossas mãos, ela me olhou.

— Ela controlou, não está sugando a energia - Os olhos de Carla brilharam - Você está tomando o controle, isso é ótimo.

— Eu sei. - me sentei - Agora eu me sinto mais normal.

— Mas ele ainda pode controlar sua mente e tentar fazer algo maluco como ontem, quando não deu certo com você ele tentou com o nome esquisito e as meninas o detiveram - olhei pelas mesas e encarei Hermione e Gina.

— Quem te fez parar? - Leo perguntou curioso.

— Harry tentou e Draco me parou - eu busquei por ele - Ele tem ajudado bastante.

 - Até demais para o meu gosto - Carla falou - Você tem de parar de se envolver com os caras, Agnes.

— Eu não me envolvi com ninguém - falei em minha defesa.

— Ela não tem culpa de ser tão atraente - Leo falou e recebeu um pedaço de pão na cabeça lançado pela minha melhor amiga o que fez rir - Ai! Você também é atraente, Carla, não precisa disso - eu não consegui parar de rir.

Depois das aulas fui direto para a estufa, Peru se acomodou na árvore de caça. Neville cuidava de alguns vasos e encantava algumas plantas, me aproximei silenciosamente e tapei seus olhos, ele pareceu se assustar.

— Homen...

— Ah, usar feitiços não vale - reclamei me afastando - Sem graça - ele se virou surpreso, sorri para ele.

— Você... - confirmei, ele sorriu - Isso é ótimo!

— Eu sei. Estava louca para te mostrar isso - sentei na mesa, ele ficou me olhando - Eu pensei que fosse só com o Draco - os sorriso dele sumiu - mas com Leo também funcionou e com você também - balancei as pernas - Isso é ótimo - eu forcei as imagens do pesadelo se afastarem.

— É sim - ele se apoiou ao meu lado e encarou alguns vasos - Soube sobre ontem - eu o observei ao meu lado - Você tentou soltá-lo - abaixei o olhar - Malfoy, novamente, te ajudou - ele suspirou - Isso está frequente demais você não acha?

— O que está frequente demais é você não sorrir - ele me analisou - Se for sobre o ocorrido da fazenda, saiba que eu estou realmente tentando agir como se nada tivesse acontecido.

— Você tinha de falar disso?

— Desculpa, é só que...

— Chega, Ag - eu o observei, ele estava parado a minha frente - Está difícil para mim também.

— Então porqu... - ele se aproximava, a porta da estufa se abriu, ele apoiou as mãos na mesa ao lado do meu corpo.

Olhamos a porta, Draco nos observava surpreso e estava acompanhado por uma figura também loira.

— Acho que atrapalhamos algo, Draco - eu observei aquela menina - Olá, Neville.

— Luna? - ele foi até ela e a abraçou bem forte, eu fiquei ali observando, eu a conhecia, Luna Lovegood, aprendi nas aulas e nas pesquisas dela que li. Só não me ensinaram que Neville era tão próximo dela. Draco riu.

O loiro entrou deixando os dois que conversavam como se nós não estivessemos ali, se apoiou ao meu lado.

— Está tatuado ciúme na sua testa - eu o fuzilei - Você não precisa me matar, estou fazendo meu papel de amigo e te informando a verdade - eu ri, desci da mesa.

— Quando der para termos a aula, me avisa - falei pegando minhas coisas e passando pela dupla - É um prazer conhecê-la, Luna. - sorri.

— O prazer é meu - ela sorriu encantadora, por que tão encantadora?

Peru voou até meu cabelo, eu realmente estava com ciúme e não precisava de alguém ao meu lado falando isso, fui para a biblioteca pegar alguns livros, comecei a estudar.

— Posso te ajudar - olhei Draco - Eu consegui passar nessa matéria, posso te ajudar se quiser.

— Estou aceitando qualquer ajuda.

— Ouch!

— Não, desculpa, não quis ofender, é só que...

— Precisa ocupar a mente, não se preocupe, eu entendo.

Draco realmente lembrava algumas coisas de Herbologia e vez e outra contava alguma história que tinha ocorrido durante as aulas. Era engraçado ouvir tudo aquilo. Paramos quando um avião pousou bem no meio da página do livro, o abri "Ele tentou comigo novamente, se cuida" Draco leu aquilo e pegou minha mão.

— Não se preocupe, eu vou cuidar de você.


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