O Milagre do amor. escrita por Erin Noble Dracula
P.O.V. Klaus.
As coisas em Nova Orleans saíram do controle e infelizmente tivemos que fugir para o último lugar em que eles pensariam em nos procurar.
Mystic Falls.
—Quem mora nessa casa Klaus?
—Caroline Forbes, o amor da vida do nosso irmãozinho.
Toquei a campainha e depois de alguns minutos ela atendeu a porta e eu não pude acreditar no que estava vendo.
—Jesus!
—Não Caroline, sou eu Klaus.
—Jura?
Ela estava grávida. Explodindo de grávida.
—Entrem, se não o brigadeiro vai ficar ruim.
Entramos e ela correu até o fogão e começou a mexer uma panela.
—Ainda bem.
—Que linda casa você tem.
—Obrigado. Mas, quem é você?
—Sou Freya.
—A irmã que morreu de gripe?
—Ela não morreu. Ester nos enganou, ela vendeu Freya para a nossa tia.
—Que lindo. Ester Mikaelson é um exemplo de mãe amorosa e devotada.
—E onde está a sua mãe agora?
—Morta.
Disse enquanto servia o brigadeiro numa tigela.
A porta se abre e entram duas duplicatas acompanhadas de algumas pessoas que eu nunca havia visto.
—O que eles estão fazendo aqui?! Vieram derramar mais sangue inocente?!
—Fica calma Elena. Mantenha o controle.
—Cadê o Stefan com o meu bolo?!
—Ele e o Tyler estão trazendo. Me ofereci pra trazê-lo do meu jeito, mas aqueles dois preferem complicar, então...
—Vou começar a pendurar os balões, você me ajuda?
—Claro. Afinal, aqui dentro é difícil de respirar.
Elas saíram e eu tinha que perguntar:
—Desde quando Elena e Katherine são tão próximas?
—Desde que aquela lá é a prima da Elena, a Renesmee.
—Então, temos outra duplicata?
—Óbvio. Mas, se eu fosse você não deixaria ela com raiva. Vai por mim.
Caroline tirou biscoitos do forno e os colocou para esfriar bem na hora em que Tyler e Stefan chegam carregando um bolo de três andares.
—Onde colocamos?
—Na geladeira lá do fundo. Deixa a Renesmee levar.
—Nós somos os homens da casa.
—Se acontecer alguma coisa com esse bolo, eu vou esganar vocês dois. Vou matar vocês com as minhas unhas!
—Melhor a gente chamar a prima da Elena.
—Concordo.
A garota veio e disse:
—Ponham o bolo na mesa.
Eles obedeceram, mas como uma garota de 17 anos será capaz de carregar um bolo deste tamanho? A resposta foi:
Magia. Ela fez com que o bolo flutuasse até a geladeira e se encaixasse direitinho lá dentro.
—Pronto. Nunca mande dois homens fazerem o trabalho de uma garota.
—Como é que você fez isso?
—Telecinesia. Movo objetos com a mente. Onde tem uma vassoura Caroline?
—No armário do fundo.
A casa estava parecendo um formigueiro, pessoas transitando de um lado para o outro, carregando mesas, cadeiras, toalhas. Coisas flutuantes que se colocavam no lugar sozinhas. E quando finalmente tudo ficou pronto todos respiraram aliviados.
—Pronto. Acabamos.
—Amanhã a festa vai ser um estouro. Eu amo vocês.
—A gente te ama.
—Com licença, mas quem são vocês?
—São os parentes da Elena.
—Eu sou Carslile e essa é a minha família.
—Prazer. Sou Elijah Mikaelson.
—É um prazer finalmente poder ver o seu rosto.
—O que?
—Temos duas videntes na família não é mesmo?
—Ai vovô, que bobeira. Somos pessoas normais como qualquer um.
—Você é vidente?
—Minha tia e eu somos. Certo tia Ali?
—Certo. Sou Mary Alice Cullen, mas podem me chamar de Ali.
—É um prazer senhorita.
—Cadê o Tio Emmett?
—Ele foi levar as malas e as caixas pra nossa casa nova.
—Ótimo.
—Esse é o meu pai Edward e a minha mãe Bella. Bella de Isabella.
—É um prazer senhora Cullen.
—Igualmente senhor Mikaelson.
—Silas e Amara vem?
—Sim.
—Ótimo. Cadê...
—Tio Jasper! Onde você se meteu? Aparece agora que o serviço já foi feito.
—A ideia é essa.
—Á propósito, eu sugiro que vocês tirem a menina do carro ou ela vai morrer de asfixia.
—O que?
—A sua filha Hope ainda está no carro!
—Oh Meu Deus!
P.O.V. Elijah.
Niklaus chegou com a menina no colo, a pobrezinha estava roxa de tanto chorar. Se não fosse pela senhorita Cullen nem sei o que teria acontecido.
—Obrigado.
—De nada. Ela está com fome. Você trouxe mamadeira?
—Sim. Está na bolsa.
—Então vá buscar.
—Temos que esquentar?
—Sim. Deixa, eu faço. Onde está a bolsa?
—Ali.
Segui-a até a cozinha para garantir que não faria nada e não colocaria nenhum tipo de substância na mamadeira.
—Relaxe. Eu jamais faria nada pra feri-la, é uma criança inocente.
Ela tirou o bico da mamadeira colocou água pra ferver e enquanto a água fervia ela colocava um pó na mamadeira e no fim o leite estava pronto.
Vi a garota passar a mamadeira embaixo da torneira fria.
Ela recolocou o bico e a entregou nas mãozinhas de Hope.
—Toma. É só pra você.
Pela primeira vez desde que eu consigo me lembrar Hope mamou até o fim e para nossa total surpresa ela pede:
—Mais.
—Tudo bem. Eu já venho tá?
Minha sobrinha assenti.
—Como você fez isso?
—Eu sou boa com crianças. Elas me amam.
—Notei.
—Mas, o que te aconteceu Caroline? Como ficou grávida?
—Você já se esqueceu da nossa tarde quente Klaus?
—O que? Você está dizendo que esse bebê é meu?
—Sim. E são dois.
—Dois?
—Gêmeos.
—Esses seus colares onde os conseguiram?
—O meu foi comprado num antiquário e o da Elena foi um presente do namorado dela. Porque?
—Porque eles foram feitos para nós. Um para mim, um para minha mãe e um para Rebekah.
—Legal. Você o quer de volta?
—Não. Fica bem em vocês.
—Obrigado.
—De nada.
Rebekah pergunta:
—Mas, como você escapou viva daquele acidente?
—Eu tirei-a do carro e Stefan tirou o Matt.
—Matt?
—Matt dirigia aquele carro.
—Eu vou subir e tomar banho, sintam-se em casa.
—Tudo bem.
Eu queria saber mais sobre essa duplicata.
—Manda bala.
—O que?
—Pode perguntar.
—Como...
—Leio seus pensamentos.
Ela estava com Hope no colo e a minha sobrinha puxava sua blusa.
—Não querida, vai estragar.
No mesmo instante Hope parou. Simplesmente parou.
—Boa menina. Agora, como você foi boazinha merece uma recompensa.
A senhorita Cullen deu um biscoito de chocolate para ela.
—Que gostoso tia Ness!
Como minha sobrinha não tinha dentes ela só ficava chupando o biscoito.
—Você é realmente boa com crianças. Nunca vi a minha sobrinha obedecer ninguém.
—Não é força, é jeito. Se gritar com eles, você vai assustá-los e deixá-los mais agressivos. Tem que olhar nos olhos deles, fazer uma cara de bravo e falar com voz firme.
—E o biscoito?
—Bom comportamento deve ser recompensado, mal comportamento deve ser punido e birra deve ser ignorada.
—Você sabe muito sobre crianças.
—Eu fiz pedagogia e psicologia infantil. Quase todos os meus livros de cabeceira são parte do meu trabalho. Eu amo o que eu faço e acho que é muito gratificante ajudar crianças com problemas emocionais, crianças com problemas de desenvolvimento intelectual e cognitivo.
—Como assim problemas de desenvolvimento cognitivo e intelectual?
—Crianças com dificuldade de aprendizado, com deficiência tanto física quanto intelectual. Uma amiga minha é fono, ela encaminha muitos pacientes pra mim.
—Você realmente lida com crianças deficientes?
—Sim.
—Eu tenho pena delas.
—Não deve ter pena. Eles são mais inteligentes do que se imagina, mas a pena dos outros e dos próprios pais acaba atrasando o desenvolvimento da criança.
—Onde você trabalha?
—Vou abrir um consultório aqui. O prédio é antigo e estava pra ser demolido. Tive que chamar pedreiros, engenheiros, encanadores e eletricistas. Eles tiveram que trocar toda a estrutura, o prédio foi reconstruído do zero.
—E como a obra foi concluída tão depressa?
—Ás vezes, eu trapaceio. Coloco uma poção na comida deles que lhes concede mais energia e uma força inumana. Eles recebem e nunca ficam sabendo de nada.
—Uau!
—Eu não gosto de desperdiçar meu tempo, nem meus recursos. Antes de se investir você deve considerar todos os prós e contras, benefícios e prejuízos.
—Inteligente.
—Eu sei.
P.O.V. Caroline.
Tá rolando um clima entre o Elijah e a Renesmee. Só um cego não vê.
Ele está oficialmente muito impressionado com ela. Também, ela é um gênio, é linda, estudada, tem muita classe, valoriza sua família acima de tudo e tem muito jeito com crianças. Ela é amorosa, tem classe, é graciosa, delicada e super poderosa.
Renesmee toca piano, dança, canta. Sabe recitar poesia, escreve canções, histórias e sonetos. Ela sabe lutar uma ampla variedade de artes marciais, cozinha, lava, passa, trabalha, cuida de criança, faz eventos de caridade. Ela é o exemplo de boa moça. A garota perfeita e ainda por cima é duplicata.
—Gente! Cheguei! Que tal eu fazer o jantar?
—Não. Eu faço. Você tem que descansar.
—Tem...
—Tenho.
Ela fez um rabo de cavalo no cabelo e começou a cozinhar.
P.O.V. Elijah.
Fiquei realmente impressionado. Ela fez um delicioso jantar, arrumou a mesa e serviu a comida. E fez tudo isso usando apenas a mão esquerda já que com a direita ela segurava Hope.
—Gente! O jantar tá pronto!
A senhorita Cullen cozinha maravilhosamente bem. Ouvi ela rezar e Hope imitar o que ela fazia. Ao perceber que minha sobrinha a imitava ela mudou o jeito de rezar.
—Amado papai do céu, nós agradecemos pela comida e pela companhia. Pela saúde e pela nossa família, sempre nos proteja e proteja quem nós amamos. Amém.
—Ama!
Era o jeito da minha sobrinha dizer amém. A senhorita Cullen deu um sorriso para Hope.
—Atacar!
Hope riu. Era fascinante observar a interação entre as duas.
Quando deu umas dez horas os Cullen estavam se despedindo de nós. O que não agradou Hope.
—Ei, não seja mal criada. Amanhã nós vamos nos ver de novo e vamos comer um montão de porcarias na festa da Tia Caroline. Certo?
Ela assentiu.
—Vem. Dá um uta na tia.
Elas se abraçaram.
—Beijinho?
Hope beijou a bochecha de Renesmee e Renesmee beijou a dela.
—Até amanhã querida. Dorme direitinho, porque amanhã vamos aprontar bastante.
Minha sobrinha foi para o colo do pai sem reclamar. Apesar de estar visivelmente triste pela senhorita Cullen ter de partir.
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