Pov. on Jade

—Bebida, pornografia, algemas e chicote! Jade? –Minha mãe perguntou! Confesso que fiquei sem ação, mas aquela deveria ser a melhor de todas as desculpas que iria dar em minha vida. Bom... “Deveria”! O Meu pai pegou o papel que estava em minhas mãos e leu em voz alta para que todos pudessem ouvir.      

—Jade Gardel! Eu vou perguntar apenas uma vez: O que significa isso?-Falou ela gritando.

—Calma Lucrécia isso... -Tentou Ed me defender quando fora interrompido pela minha mãe.

—Cala a boca Ed! Não se intrometa onde não é chamado. -Disse rude! Minha vez de falar.

—Eu... Eu não sei! Isso não é meu. -Falei com segurança. -Afinal não está endereçado para mim.

—Meu Deus!!!-Disse ela com as mãos entre os cabelos. –Minha filha anda se...

—Lucrécia, o que é isso a Jade é uma menina centrada, de bem, ela jamais entraria nessa vida de “Acompanhantes de programa”- Tentou Ed, visando acalmar a minha mãe. Mas onde ela tava com a cabeça em pensar isso de mim?

—Já falei pra não se intrometer Ed!

—Mãe, acredita em mim. –Pedi!- Isso não é meu eu jamais me passaria pra isso e pela milésima vez, não está endereçado a mim. Ai diz “Minha Dama” - Digo referindo-se ao o que estava escrito no papel. Aquele filho da mãe me paga quem ele pensa que é pra mandar presentinhos pra minha casa?! –Se é que Dama é nome. –Tentei me explicar.

Pov. off Jade

—Eliza, leva essa porcaria daqui e joga no lixo. -Ordenou Lucrécia

—Mãe eu...

—Calada! Você ainda não me convenceu com essa historinha Jade. Afinal das contas você sai todas as noites sabe se lá Deus pra fazer o que e...

—Lucrécia agora você tá passando dos limites. -Disse Ed!

—A filha é minha e eu falo o que quiser. -Disse Lucrécia enquanto Jade permanecia calada.

—Com licença! –Fez Jade correndo para o seu quarto.

Pov. Jade on

—Ah!!!- Gritei entrando em meu quarto enquanto jogava um dos meus bibelôs no chão. Quem aquela “Cobra criada” pensa que é pra se meter comigo. Que raiva, que raiva! Eu estava com tanta raiva que seria capaz de mata-lo com minhas próprias mãos.

—Filho da mãe! –Você me paga!

Descia as escadas e os meus pais já haviam se recolhido. Fui em direção à cozinha e ainda haviam alguns empregados por lá. Perguntei pela caixa a qual minha mãe havia mandado jogar fora e fui a sua procura. Por sorte ela ainda não havia sido jogada fora, estava largada em um canto qualquer da área de limpeza. A peguei nos braços e segui para o meu quarto. Tinha alguns litros de bebida, uns dvd’s pornográficos, chicote e uma algema, que por sinal era bem fuleira. “Quanto clichê!” Tiro todas as coisas daquela caixa e fito aquele maldito cartão.

“Q.G Quartel General, Suplementos em geral”.

Era o que tinha escrito numa das laterais da caixa de papelão.

—Q.G! Então você tem uma toca?! Adorei saber.

Pov. off Jade

***

No dia seguinte...

—Cobreloa!!!-Chamou Lobão

—Diga lá mestre?!

—Hoje a Noite, vão chegar uns carregamentos de suplementos alterados. Nada de errado. É só um amigo meu que pediu pra batizar uns atletas que andam se gabando de mais. Então eu mandei lá pro seu Q.G. Já que hoje eu não vou cair por aqui. Eu sei que você se garante!-Disse batendo em seu ombro.

—Mas...

—Mas nada rapaz! O a vã com as caixas chega por volta das duas da madruga. É só você colocar pra dentro. –Explicou! E dessa vez rola uma "graninha" pra fazer você feliz. Tudo certo? –Perguntou ele de forma intimidadora.

—Tudo, tudo certo mestre!

—Esse é o meu garoto!!!

***

—Lucrécia aonde você vai?-Perguntou Ed a sua mulher que se preparava para sair.

—A reunião Ed! Aonde mais eu poderia ir?

—Mas eu achei que os Domingos fossem meus?

—Você sabe que a minha vida é reuniões, compromissos, minha casa e você “Amor”. –Disse de tal maneira soando irônico ! –Não reclame! Se não está contente, foi você quem escolheu se casar comigo. –falou deixando o seu marido boquiaberta, pois da maneira que falava parecia referir-se a si e não a ele. –Estou atrasada não me esperem para o jantar. -Disse enquanto saia.

—Depois o maluco sou eu! –Pensou alto enquanto respondia algumas palavras cruzadas.

(...)

—Eu ainda não tô acreditando nisso. - Dizia Joaquina dando risadas depois de ouvir tudo o que a amiga tinha pra falar sobre a noite passada.

—Não vi graça alguma nisso. -Fez jade sem humor.

—Tem certeza?

(risos)

—Para! É sério, a minha mãe ficou uma fera. Não sei como ela não me colocou de castigo ou algo do tipo.

—E cadê ela?

—Saiu. Disse que iria a uma reunião. Se é que ela foi há uma reunião mesmo  né?

—E... e o que você vai fazer ?

—Vou me vingar, aquele filho da mãe vai conhecer do que a Dama é capaz.

—É... Jade! Eu tava falando da sua mãe. -Disse Joaquina certificando-se que o interesse da amiga naquele tal rapaz era inegável.

—A Jô! Não confunde as coisas.

—Hmmm... Vingancinha é?

—Para! Daquele alí eu quero distancia.

—Sei! Mas quem desdenha amor, que comprar. –Disse saindo do quarto da amiga depois de uma “enxurrada” de travesseiros em sua cara.

***

Mais tarde....

—O Q.G Tá fechado volta  amanhã. –Disse Cobra ainda virado de costas, pois teria que fechar o Q.G. cedo, para não levantar nenhuma suspeita, devido à carga que iria chegar.

—Que droga você tem dentro da cabeça que se achou no direito de mandar essa porcaria pra minha casa? –Perguntou jade enquanto jogava a caixa em cima do balcão.

—Eu sabia que você viria. -Disse ele com um sorriso lascivo nos lábios. –gostou do presentinho? –Perguntou!

—Seu... seu

—Ai! Fala vai! Xinga que eu gamo mais! –Disse ele.

—Quer saber? Fica aí com essas porcarias. –Disse ela indo em direção a porta.

Pov. Jade On

Fui até o tal Q.G. pra tirar satisfações com aquele cara. Quem ele acha que é pra mandar aquilo pra mim?

—Espera aí! –ele disse segurando forte em meu braço – Aonde você pensa que vai?

—Me solta seu marginal ou... -Falei sentindo o seu corpo colado ao meu. De uma coisa eu tinha certeza; Aquele infeliz tinha pegada.

—Ou se não o que? –Disse me soltando.

—Eu tenho nojo de você!

—Wouuu!!! Não foi isso que pareceu quando você me beijou, quer vê? –Ele disse e quando me dei conta sua língua já estava dentro de minha boca. Os seus dedos adentraram em meus cabelos e pude sentir a parede gélida em minhas costas devido ao ar. Seus lábios descem para meu pescoço e suas mãos agora estão a caminho de minha blusa; por dentro!

—Para! Eu sussurro enquanto o mesmo de forma bruta me vira de frente para a parede colando o seu corpo ao meu. Uma de suas mãos sai de minha barriga e agora está em encontro há meus cabelos, os levantando sobre a minha nuca. Um som involuntário sai de minha boca e eu posso ouvir um sorriso vitorioso em seus lábios. Ele deposita alguns beijos molhados ali, o que faz com que me arrepie em quanto a sua outra mão sobe um pouco mais.

—Adorei sua tatuagem, a sua mamãe sabe? –Ele perguntou referindo-se a uma pequena estrelinha que havia feito há um tempo. Enquanto encostava-se mais a mim fazendo com que o sentisse.

—Cala a boc...a!- Eu tento! Ele me vira novamente de maneira mais  bruta ainda e me olha mordendo os seus lábios com um desejo tentador. –Cala a boca e me beija!