Eu não Amo Chuck Bass escrita por Neline


Capítulo 7
O pós-trauma


Notas iniciais do capítulo

Esse foi rápido, não? Espero que gostem ;*



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- Sinto muito senhor Bass, mas a entrada nas primeiras horas é permitida apenas para parentes. – Tentei me controlar para não socar o rosto daquela enfermeira – que falando nisso tinha um corpo... – porque sabia que ela não tinha culpa.

- A mãe dela não está nos EUA agora. – Abri minha carteira e fiz a melhor cara de anjo que consegui. Não que isso fosse fácil. – E não acho que seja bom ela ficar sozinha. – Entreguei algumas notas que não parei para olhar de quanto eram para a moça, ela discretamente pegou, e me acompanhou até o quarto. Mas antes de sair me entregou um papel com um telefone. Provavelmente o telefone dela. Ótimo. Entrei no quarto devagar e ela estava de olhos fechados, mas não estava dormindo. Conhecia aquela mania de bater os pés insistentemente.

- Está melhor? – Eu pedi enquanto me sentava.

- Para sua infelicidade sim. – Tentei, e até vi um pequeno sorriso na sua boca. Era um avanço. Ela nunca sorria perto de mim... Depois de tudo.

- Você tem uma historinha para me contar. – Sai da cadeira e sentei na beira da cama. Ri da maneira que ela olhava para o soro com cara de desgosto e bufava. Era a cara dela fazer isso.

- Só se tirar essa porra de soro do meu braço. – Eu revirei os olhos e ela sentou-se mais ereta na cama. – Encontrei a peça que faltava. Bridget não era vítima, e sim cúmplice. Ela e o Owen são irmão. – Ela falou a última parte quase em um sussurro. Não tinha certeza se ela queria que eu tivesse escutado, mas escutei.

- Eu sabia que tinha algum detalhe faltando. Mas e aquela história de quererem te matar? – Essa parte não coincidia com todo o resto. Quer dizer, ninguém ia pagar por ela morta.

- Mandaram me matar. Owen é um matador de aluguel. Provavelmente descobriu que o Carten me conhecia e usou-o para descobrir detalhes. Depois, ele mandou a Bridget inventar aquele monte de mentiras para tirar nossos pensamentos do caminho certo. O que, por acaso, funcionou maravilhosamente certo. – Ela falava com uma naturalidade assustadora. Certo que no Upper East Side existem pessoas malucas, mas contratar um matador de aluguel parecia meio assustador.

- Ainda não se encaixa. Por que atropelariam a Serena? – Era a única peça que faltava.

- Não sei. Talvez por ser mais fácil seqüestrar ela do que eu, e com ela debilitada, eu aceitaria a troca com mais facilidade. Ou talvez por adrenalina, vingança. – Ela deu de ombros. – Por quanto tempo vou ter que ficar aqui? Eu juro que quando sair dessa porta quero ficar um mês sem ver nada branco. – Eu ri. – É sério. – O quarto era em um todo, agradável. As paredes eram brancas, assim como o teto e o chão. Os móveis eram de madeira marfim. Havia uma televisão encima de um pequeno balcão, um criado mudo com telefone e despertador de um lado, e outro com um vaso de rosas – que eu tinha dado – do outro. Ela entrará há menos de 30 minutos e o quarto estava cheio de balões com a escrita ‘melhoras’ , várias flores e ursinhos de pelúcia.

- E o pior, é que quando sair daqui vou ter que encontrar uma substituta para a Bridget. – Perfeito. Tinha alguém tentando matar ela e ela preocupada com substituições – Sabe como é difícil encontrar boas súditas hoje em dia?

 

Uma enfermeira me pediu para voltar depois, porque ela precisava consultar a Blair. Sai do quarto e resolvi visitar Serena. Não fazia idéia do numero do quarto dela, e mesmo não gostando – nenhum pouco – de hospitais, andei pelo corredor e fui observando os quartos. Vi o quarto da S., era o 312, e o da Blair era o 307.

Entrei o quarto e ela deu um sorriso fraco, que retribui da melhor maneira que consegui. O quarto estava como o da Blair: inabitável pela grande quantidade de balões, ursos e flores. Passei por toda aquela tralha da melhor maneira que consegui.

 

- Está melhor? – Eu pedi enquanto me aproximava da cama.

- Acho que sim. Como está a Blair? Ninguém quer me falar nada! – Ela parecia exaltada.

- Fique calma se não quiser que essa agulha atravesse sua veia e sua pele. - ela se acalmou – Ela está bem, apesar dos protestos pelo soro. – Dei um meio sorriso enquanto ela gargalhava.

Ficamos conversando por alguns minutos. Ela ria e parecia bem melhor do mau-humor, vulgo TPM.  Olhei no relógio e vi que já estava ali há quase 1 hora. Resolvi voltar para o quarto da Blair. Se o achasse. Qual era o número mesmo?

 

 

Blair Waldorf

 

 

A enfermeira saiu do quarto e logo Nate entrou. Achei estranho porque tinha certeza que as visitas só eram permitidas depois de algumas horas. Chuck? Talvez tenha entrado escondido ou só subornado a enfermeira.

 

- Está melhor? – Todas as pessoas que eu vi depois do... Hm... acidente, me fizeram a mesma pergunta. Não que eu não esperasse por isso, mas era simplesmente muito irritante ter que responder.

- Estou sim. – Respondi, com a graça de Deus, pela última vez e dei um pequeno sorriso forçado. Ele pareceu não perceber e só se sentou do meu lado.

- Fiquei preocupado quando o carro bateu. – Ele parecia sério, pensativo. Apenas sorri, dessa vez, naturalmente.

- Não vão se livrar de mim tão fácil. – ele gargalhou e vi de novo aquele sorriso.

- Espero que não. – ele me fazia tão bem. Olhei de novo para aquela porcaria de soro e bufei.

- Será que não dá para tirar essa porcaria da minha veia? Que droga, eu quero comer comida de verdade! – ele riu. – Que bom que meu drama te alegra. – Ele apenas riu ainda mais.

- Você acaba de sair de um acidente e já quer comer “comida de verdade”? – ele disse desenhando as aspas com os dedos. – Vamos com calma senhorita Waldorf, o que vem depois, whisky? – foi minha ver de rir.

- Na verdade, não. Não gosto de whisky. Mas adoraria um Martini. – A aparência dele estava maravilhosa, como sempre. O cabelo dourado, com um brilho radiante, levemente bagunçado, exatamente da mesma maneira que me lembro desde a primeira vez que o conheci. Os olhos azuis profundos e aquele rosto tão... sexy!

- Você não muda mesmo, Blair. – ele disse entre risos. – Ah! As Mean Girls mandaram melhoras e balões e ursos. – Meu quarto já estava inabitável de tantos balões, ursos e flores que tinha. Não sei como Nate conseguiu entrar.

- Então... como está a S.? – ainda não tinha tido noticias dela. A enfermeira disse que ela está bem, mas mesmo se a S. estivesse em COMA provavelmente ela diria a mesma coisa.

- Ela está bem. Foi difícil trazer ela aqui, mas depois que entrou, acho que ficou a vontade. – Imaginei quantas vezes a S. tentou sair correndo, pegar um taxi, fugir.

- E o Humphrey? – Não que eu estivesse preocupada, mas se ele tivesse sido atropelado, morto, ou algo do tipo, queria começar a planejar minha festa.

- Foi para casa agora pouco. Acho que ele precisava comer. – ou tomar banho. Resolvi guardar minhas irônias e forçar novamente um sorriso.

 

Ficamos conversando durante bastante tempo. Nate sempre foi alguém engraçado e fácil para conversar.  Falamos de vários assuntos aleatórios e sem importância. Lembramos os velhos tempos. As guerras de neve, as corridas pelo ateliê da minha mãe, a maneira que enlouquecíamos o pai do Nate e quantas vezes roubamos a torta da Ação de Graças. Lembramos até do primeiro post da Gossip Girl e de algumas bebedeiras da S. Tentei me lembrar da última vez que tinha me divertido tanto em toda a minha vida. Detalhe: eu estava em um hospital. Mas excepcionalmente, não me sentia mal, deprimida, e nem aquele monte de balões horríveis e ursinhos cafonas me tiravam no sério. Me sentia bem, feliz e aliviada. Mesmo sabendo que tem alguém tentando me matar.

 

 Chuck Bass

 

Que porra toda é essa? Parei na porta da Blair, reconheci pelo monte de balões e porcarias, e vi o Nate e a Blair. Bem próximos. Senti aquela porra no estômago se misturando com ódio e raiva. Eles riam e se divertiam. Pareciam tão... felizes. Merda. Entrei no quarto como um sopro, pisando no fio de alguns balões, não que isso me importasse.

 

- Espero não estar interrompendo nada. – cheguei mais perto e lutei contra meus músculos para sorrir. Não consegui. Consegui, no máximo, diminuir as chamas dos meus olhos. Nate deu um sorriso sarcástico que me fez pensar em 1001 maneiras de matá-lo. Blair, por sua vez, estava ocupada demais gargalhando para notar minha presença. Não pense que isso me afetou, porque não afetou.

- Ah, Chuck, não tinha percebido que tinha entrado. – Ela mantinha um sorriso encantador no rosto. Eu ainda lutava com meus músculos que finalmente cederam a um sorriso quando vi os olhos da Blair. Eu ainda estava tentando descobrir o que sentia por ela. Não queria nem imaginar se poderia ser certo sentimento de 4 letras. Poderia ser atração. Ou numa hipótese pior, paixão.  Mas não podia ser a palavra de 4 letras.

- Nathaniel, a Serena está irritada porque ainda não foi ver ela. – Eu falei colocando as mãos no bolso. Não estava mentindo. Ela estava irritada. Apenas não tinha falado isso.

- Ah é! Eu tinha me esquecido. Nos falamos depois, Blair. – Ele disse dando um beijo no testa dela. Um beijo.

- Nos falamos depois. – Ela sorriu.

 

Depois que o Nate saiu, conversei um pouco com a Blair, até ela ter alta. Tentei falar para ela passar mais algumas horas no hospital, falei que não era bom ir a policia logo depois de sofrer um acidente daqueles. Mas é óbvio que ela não me ouviu. “Esse lugar é mais branco que o Pólo Norte, eu juro que se ficar aqui mais 10 minutos, eu enlouqueço e mando pintar esse lugar com tinta de cabelo se for preciso!”. Eu ri. Entrei no carro, seguido por ela que já tinha trocado a velha roupa de hospital por uma saia vermelha de cintura alta, uma blusa amarela e um cinto preto, combinando com o sapato preto e uma bolsa amarela.  Não me deixaram entrar junto com ela na delegacia. Owen já tinha sido pego, e Carten e Bridget ainda estavam sendo procurados. Pelo menos foi isso que algum dos policias me disse. Eu tentei pensar em quem poderia ter armado tudo. Afinal, era muito fácil perder o foco. Pois mesmo tendo executado o trabalho sujo, aqueles 3 estavam cumprindo ordens de alguém.

 

- Estou pronta. – Blair disse enquanto saía da sala acompanhada pelo delegado.

- Certo, podemos ir. – O delegado me olhava de uma maneira estranha. Mesmo assim, sai da delegacia, com meus braços apoiando Blair pela cintura e observei enquanto ela entrava no carro. Entramos no quarto. Blair permaneceu calada por alguns minutos, fitando no nada e levemente encolhida no banco. Parecia séria, pensativa.

- Bass, foi você que mandou me matar? – Meu corpo todo se congelou. O tom de voz dela era frio e sua face era simplesmente ilegível. Ela simplesmente continuava fitando o nada. Sacudi a cabeça tentando me libertar do transe que em que havia entrado.

- Me diga você, Waldorf. – Eu falei enquanto me aproximava perigosamente. – Você acha que eu mandaria te matar? – Comecei a beijar seu ombro. Ela não respondeu e não me tirou dali. Comecei a tirar sua blusa e ela se ocupou da minha calça.

- Não. – Ela murmurou no meio do nosso beijo. Era por isso que eu gostava tanto da minha limusine.


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Notas finais do capítulo

Gente, um pouquinho de atenção!

Não sei se vocês imaginam o quanto é dificil arrumar tempo para postar. Deixar das minhas coisas um pouco para disponibilizar os caps para vocês.
Povo, eu estudo! Eu tenho minhas atividades, mas mesmo assim, posto!

Ai eu faço tudo com carinho, arrumo, gasto meu lindo tempo, para você não poderem gastar 1 minuto dando review?

Já é dificil arrumar animo para continuar, se não tiver review, desanimo de vez.

Espero que se coloquem na minha situação, os mais de 300 leitores e deem review!

Mesmo assim, amo vocês ;*

XOXO. Neli