História da Magia Brasileira Revista e Atualizada escrita por Leo Fi


Capítulo 1
História da Magia Brasileira Revista e Atualizada




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História da Magia Brasileira Revista e Atualizada

Volume II

11 Edição

Altamiro Moscada

Editora Magi Letras

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Introdução

(...) O território brasileiro, que nos últimos 500 anos foi sendo demarcado por trouxas, recebeu muitos bruxos vindos de diversas partes do globo muito antes dos primeiros trouxas Europeus "descobrirem" a região. (...)

(...) servindo durante muito tempo como principal porta de entrada de grandes ondas migratórias para toda a América do Sul.(...)

(...) As Grandes Imigrações são divididas em Três Partes:

Primeira: Pré-história - Primitivos Trouxas e Bruxos

Segunda: História Antiga, Primeira Formação - Bruxos Fenícios.*

Terceira: Grande Formação - Trouxas e Bruxos Europeus (Principalmente Portugueses e Espanhois)**

    * Ler o capítulo As Sete Famílias Ancestrais

** Época que os trouxas denominaram como "Grandes Descobrimentos" ou algo assim.

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Cap 313 (O Desastre do Basilisco)

Por volta de 1600 um pequeno povoado do nordeste brasileiro foi o palco de um dos episódios mais trágicos da História da Magia Brasileira, causados pela ousadia e ambição de uma bruxa notoriamente conhecida por sua capacidade de se meter onde não devia.

Como sabemos, muitos trouxas (na maioria holandeses) resolveram conquistar parte do nordeste brasileiro, o que causou muitos problemas para os bruxos que viviam na região e para o MMB - Ministério da Magia Brasileiro que queria evitar a qualquer custo que a comunidade bruxa interferisse.

Aproveitando-se dessa situação, muitos bruxos vieram clandestinamente da Europa, alguns por suas opiniões políticas em seus países sobre os trouxas, outros por maus feitos e magia das trevas e até para explorar meios comerciais alternativos (contrabando de materiais mágicos proibidos pela Confederação Internacional dos Bruxos) que um país (bruxo) em formação poderia oferecer, muitas vezes todos os anteriores.

Entre esses clandestinos vieram muitas famílias, inclusive em navios trouxas, onde algumas vezes forçavam e aterrorizavam os trouxas a fazer o que queriam ou se ocultando por magia, pois, era uma época conturbada pelo Estatuto Internacional do Sigilo em Magia. Algumas famílias inclusive transfiguravam seus filhos menores em objetos ou animais de estimação.

Como muitas dessas famílias se conheciam de suas vidas pregressas, formaram pequenas comunidades onde se ajudavam e cuidavam da educação de seus filhos, mais por temer serem expulsos e voltar para seus países de origem, mas no que dizia a respeito ao MMB (que já sabia dessas comunidades) a política era fazer vista grossa contanto que não causassem muitos problemas.

Havia desconfiança na época de que rolava ouro, já que muitas dessas famílias tinha recursos.*

*Leia mais no quadro: Grandes Acontecimentos da Política Mágica no Brasil pag. 425 sobre a condenação por corrupção do Ministro Jeremias Costaquente.

Uma dessas famílias eram os Black, descendentes de notórios bruxos de reputação sombria da Inglaterra, que resolveram largar seus parentes na Europa para explorar o filão de oportunidades que o "Novo Mundo" possibilitava. Eles eram Orion Black, sua esposa Hydra e sua recém nascida, Intrometida Black, que nasceu em pleno Atlântico Sul. Em pouco tempo Orion Black, conhecido por seu pendor para as artes das trevas e jeito para os negócios, logo alcançou uma posição de destaque em sua comunidade e não via logo a hora de sua filha Intrometida crescer e herdar seus negócios.

Intrometida foi criada como uma princesa e sobre a orientação e educação de seus pais se tornou muito talentosa em magia, principalmente sombrias, mas tinha outra particularidade, já aos 17 anos era notória por sua capacidade de se meter no que não era chamada e sabia segredos escusos de pessoas de sua comunidade e fora, além de sua grande ambição, ter sua comunidade reconhecida e liderar todos aqueles ligados a ela. Para isso ela precisaria de poder, que mesmo sendo talentosa, existiam outros ainda mais fortes que ela. Foi quando em extensas pesquisas mágicas e ledas locais, já aos 40 anos, descobriu aquilo que envergonha muitos bruxos eruditos brasileiros até hoje, a existência de um Basilisco, selado no subsolo de um pequeno povoado do Ceará.*

*Leia mais no Capítulo 260 O legado das Sete Famílias.

O plano de Intrometida era o seguinte: Inspirada pela ancestralidade de seus pais que estudaram na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, sobre os preceitos de Salazar Slytherin notório ofidioglota e bruxo sombrio, teve a ideia de libertar o Basilisco achando que poderia controla-lo, mesmo não sendo ofidioglota, simplesmente usando suas habilidades, o que faria com que seus desafetos e inimigos, cuja influencia mesmo na chantagem não era forte suficiente, fosse permanente e ainda mostrar que sua comunidade, que não era bem vista nem reconhecida oficialmente tivesse seu lugar na política do país bruxo, através da ameaça de uma criatura monstruosa.

Mas ela nunca chegou a nem sequer olhar para a criatura. Investigações após a tragédia relatam que a entrada da galeria de grutas onde estava a criatura havia uma poderosa maldição que muito provavelmente Intrometida não conseguiu lidar, mesmo com suas habilidades, morrendo instantaneamente mas resultando na liberação do mosntro que estava livre para causar terror por onde passava.

Era um amanhecer calmo de verão, os moradores trouxas do povoado mal tinham acordado para ir a missa, quando o primeiro grito foi houvido ao longe e o segundo, seguido de um silencio agourento, o que fez com que as pessoas fossem verificar e o caos se deu. Relatos dos poucos sobreviventes que tiveram a incrível sorte de terem sido apenas petrificados, dizem que antes de perder a consciência tinham visto pessoas simplesmente caindo mortas no chão ou terem visto através do reflexo da água pessoas sendo dilaceradas e engolidas pela medonha criatura.

No meio do caos surgiu a esperança, o Auror Benvindo Lagoas tinha sido designado para ficar de olho na Comunidade e em Intrometida, que já estava começando a chamar a atenção de alguns setores do governo, por tanto, estava no local quando o desastre se abateu. Documentos comprovam que Benvindo estava no encalço de Intrometida antes da tragédia e que só não a impediu de entrar na gruta por causa de uma emergência (faltam documentos e alguns estão rasurados), mas quando percebeu a situação seguiu direto para o povoado onde encontrou uma verdadeira carnificina.

No meio do caos, tentou mandar um sinal para companheiros que estavam a quilômetros de distância, mas o reforço não chegou a tempo então resolveu tomar uma atitude, que entrou para a história como o maior ato de coragem e de abnegação já vista até então, a seguir o relato para o Diário Mágico que Benvindo Lagoas deu anos depois de seus feitos, já idoso:

"-Eu estava protegido por uma das poucas casas que não tinham sido derrubadas pela criatura. Eu a via de costas mas não arriscava lançar um feitiço com medo de que ela se virasse e olhasse diretamente pra mim, pois, eu tinha reparado que quem fizesse isso morria instantaneamente, nunca tinha visto nada parecido e algumas pessoas, ainda que não olhassem para ela, ficavam duros como pedra. Então alguma loucura me abateu, foi ai que pensei no plano que mudaria minha vida, eu chamaria a atenção da criatura para mim, mas antes eu..."

Benvindo, num ato de extremo heroísmo, se posicionou atras da criatura enquanto ela estava em sua sanha hedionda e se cegou usando mágica.

"-Tem que entender, eu estava apavorado, nunca tinha visto uma criatura daquelas na minha vida, não tive treinamento para isso, o esquadrão havia sido criado a pouco tempo, não sabia como para-la, então eu imaginei que me cegando resolveria, admito que não pensei direito, só depois que houve o inquérito, que eu soube o que era o Basilisco e que o canto do galo liquidava aquele monstro, se não eu teria transfigurado um ali na hora, não havia notícias de um Basilisco desse lado do Atlântico antes, acho que fui o primeiro que viu um em todas as Amáricas."

"-Quando no desespero eu me ceguei, algum poder misterioso me tomou, pois meus outros sentidos começaram a ficar mais aguçados, sentia cada fibra da minha varinha de Ipê em minha mão esquerda, pude sentir o cheiro de morte que impregnava o local, principalmente vindo da criatura, e a escutava com clareza, seu chiado horrendo, sibilando. Foi então que tive uma ideia súbita, chamei a atenção da criatura, ela veio direto pra mim, o fedor e o sibilado chegando mais perto, quando ela chegou o mais perto para me abocanhar, conjurei uma lança de Pau-Ferro, não me pergunte o porquê, até hoje não sei de onde saiu a ideia, talvez de uma brincadeira de dardos conjurados com os amigos em Castelobruxo, mas nunca uma lança, enfim, atravessei o crânio daquela coisa de uma vez só, ela estrebuchou antes, demorou a morrer a danada..."

Quando seus companheiros Aurores chegaram, lá estava o herói, cego, sentado dobre a carcaça recem morta de uma criatura das trevas. Os reforços do Ministério chegaram, as memórias dos trouxas foram apagadas e desculpas foram dadas. Mais tarde, depois que o inquérito foi concluído, a culpa em parte recaiu encima de Intrometida Black, pois, mesmo que ela em sua ganância tenha liberado o Basilisco, ele já existia ali.

Por incrível que pareça, a Comunidade não se saiu tão mal. Algum tempo depois teve o reconhecimento oficial do MMB e muitos integrantes que já não concordavam tanto com a maneira da Comunidade lidar se integraram a Comunidade Bruxa Brasileira, inclusive mudando sues sobrenomes.

Os Black seguiram essa linha, além de sofrerem o baque de ter perdido a filha daquela forma, ainda tinha os negócios que estavam sendo legalizados e seu segundo filho Ophiuchus Black que gozada de boa reputação, inclusive sendo o primeiro Black a estudar em Castelobruxo, começava a despontar.

Algumas famílias bruxas do Brasil hoje em dia são descendentes direto de Ophiuchus, que depois da tragédia, resolveu trocar seu sobrenome para um comum bruxo/brasileiro.

Hoje uma cidade foi fundada onde outrora aconteceu o desastre, mas bruxos atentos que passarem por lá podem ver o monumento em homenagem ás vítimas e ao Grande Herói Abnegado que deu sua visão para salvar vidas.


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