Signals escrita por Tessa Herondale Carstairs


Capítulo 2
Quem procura, acha.


Notas iniciais do capítulo

Oie :3
Sobre a rapidez do cap: eu estava inspirada, então fluiu ^u^ não prometo demorar tão pouco pro próximo, pq vou ficar um tempo sem internet; mas vou deixar pronto pra que quando eu entrar eu possa postar >
Obg pelos comentários, tanto os que vieram pelo nyah quanto os que não *u* ♥
Não tenho muito o que falar, então enjoy~~



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Ainda encarando a tela de seu celular, Miguel digita outra desculpa, para logo descarta-la também. Faziam três dias que Albert pegara seu celular e enviara uma mensagem para sua vizinha da frente dizendo “você fica muito bem com aquela toalha”. Fora um plano até elaborado, se fosse parar para pensar.

Ele pegara o celular de Miguel, então saíra do campo de visão dele; no banheiro, a partir do próprio celular, pegara o contato da vizinha ─ Anjolie ─ e salvara no celular de Miguel. Com o contato dela salvo, mandou uma mensagem via whatsapp para ela com os dizeres infernais, para então com o próprio celular, novamente, mandar outra mensagem para ela, esta dizendo que “meu novo irmão comentou que você entrou no quarto de toalha. Parece que ele gostou da vista”, o que obviamente enfureceria qualquer um. Mas a raiva dela parecia até ter um valor diferente, se ele fosse prestar atenção como ele estava sendo tratado por todos os caras da escola e grande parte das garotas.

Ninguém, além de Albert, falara com ele ainda; e haviam algumas teorias fofocadas de que o meio irmão só o fazia por pena.

Desistindo pela enésima vez de mandar uma mensagem, ele larga o celular ao lado da cama e se permite dormir, apenas para acordar na manhã seguinte com dor de cabeça e se perguntando por um segundo onde estava enquanto seu celular vibrava ao seu lado.

Olhando confuso para a tela do aparelho ele vê na barra de notificações algumas do snapchat, do facebook e do whatsapp ao mesmo tempo, como se disputando espaço pela sua atenção. Ele clica na do snapchat e vê que Albert tinha lhe enviado um. Olhando desconfiado para o irmão do outro lado do quarto, vê que ele está sentado na cama rindo, com o celular apontando em sua direção.

─ VOCÊ NÃO FEZ!

─ Espalhar fotos de você dormindo sem camisa? Claro que fiz.

─ VOCÊ ENLOUQUECEU?!

Um som de um soco vindo da parede ao lado, seguido da voz de sua irmã “MIGUEL, SÃO SETE HORAS DA MANHÃ, VAI PRA ESCOLA E CALA A BOCA”, e ele decide baixar o tom de voz enquanto encara o meio irmão.

─ Sabe, Rebecca gostou particularmente da cara que você estava fazendo. Não que ela tenha visto algo além daquilo, claro. Não faz sentido mandar fotos de outro homem nu para a minha namorada, entende?

─ Você não era algum tipo de nerd comportado na escola antes de virmos para cá?

─ Não mesmo ─ ele respondeu rindo, fazendo aquela expressão engraçada de sempre. Ele fechava os olhos e acabava franzindo todo o rosto quando ria, deixando toda a pele próxima da boca esticada com aquele sorriso assustadoramente enorme dele, e as covinhas em suas bochechas distorcidas.

─ Alguém já disse que sua cara de riso é hilária?

─ Acho que você está dezessete anos atrasado para ser o primeiro.

─ Que exagero, você nem mesmo tem como lembrar tão longe.

─ É, talvez, mas você não vai abrir minha mente e vasculhar minhas memórias para saber, então não faz diferença. E você poderia ao menos ter a consideração de olhar a foto, antes de reclamar.

Ele dirige mais um olhar raivoso ao irmão antes de desbloquear o celular e entrar em seu snapchat. Ele abre o motivo da notificação e vê uma foto de si que era indescritivelmente horrível. Era ele deitado de barriga para cima, atirado na cama, sem camisa e com a cueca pouco coberta por um cobertor. Seu rosto era a pior parte, onde Albert desenhara por todo seu rosto, inclusive, muito infantilmente, um bigode abaixo de seu nariz, que ficava mais grosso até preencher completamente suas bochechas.

Contendo por mais um pouco sua raiva ele abre a câmera do celular e encara aquela obra do inferno; as provas estavam ao lado de Albert, onde dois marcadores de CD estavam casualmente atirados ao seu lado.

─ Lindo, não concorda? Aposto que hoje pelo menos você não vai ser ignorado.

─ Eu não precisava de sua ajuda com isso.

─ Ah, mas não se preocupe, só sete pessoas além de mim e você têm essa foto. Se eles vão espalhar ela... não é comigo ­─ disse dando de ombros.

Sete? ─ foi tudo que conseguiu perguntar sem estrangular seu irmão.

─ Pelo menos da escola.

─ O quê?!

Albert começou a rir antes de responder.

─ É como os sete escolhidos de Percy Jackson, se for parar para pensar. Acho que eu seria o Leo entre eles, inclusive até porque minha namorada não faz parte do grupo no geral.

─ E eu seria quem?

─ Ninguém, você não faz parte do grupo. Mas se sairia bem entre a gente, acho. Mas a Jo ainda tá meio puta com você, então acho que você não tem chance.

─ Sabe que eu ainda vou me vingar de você, não?

─ Sabe que você não tem muito tempo para limpar a cara antes de ir para a escola, não?

Dirigindo outro olhar de raiva para o meio irmão ele levanta da cama, mas pausa pouco antes de sair do quarto.

─ Você não falou ainda para ela que foi você que enviou a mensagem?

─ Contei a verdade, apenas. Eu entrei no quarto e vi você olhando para ela através da janela, quando ela estava de toalha ─antes que ele conseguisse interromper seu irmão o mesmo continua. ─ Obviamente contei que você não tinha me falado nada, mas isso não a impede de ficar brava com você. Se alguém estivesse observando você agora mesmo, o que você diria?

Ele pensa em responder, então repara na janela aberta e sai correndo do quarto. Uma pena não ter tido tempo de dizer que um roxo na testa também combinava com o irmão.

*¬* *¬* *¬* *¬* *¬* *¬* *¬* *¬*

Uma mulher abre a porta para ela, sorrindo com carinho enquanto a convida a entrar. Aceitando o convite para sua “segunda casa”, ela dá um beijo na bochecha da pequena mulher em sua frente.

─ Bom dia, mãe.

─ Bom dia, filha. Caio já saiu, mas você não quer tomar café? É tão cedo.

─ Ah, não, obrigada. Eu só tinha vindo buscar ele mesmo, mas parece que ele foi mais rápido.

─ Certeza mesmo que não vai tomar café? Ontem eu fiz aquele bolo que você gosta.

─ Tenho sim. Mande um beijo pro “pai” ─ Anjolie disse rindo e abraçando Marie, mãe de Caio e sua segunda mãe. Ela sai da casa acenando para a mulher que parecia preocupada, mas que acena de volta sorrindo.

Que maldição, ele sabia que ela ia vir ali hoje? Ela já não o fizera por três dias, quatro remoendo aquela declaração incompleta já era demais. Bom, a escola era grande mas ela sabia onde encontra-lo facilmente, então não fazia muita diferença.

Sorria levemente consigo mesma conforme caminhava em direção à escola onde estudavam, até que vê o meio irmão de Albert em frente ao portão encarando o próprio celular com uma intensidade assustadora; principalmente com a cara de mau humor habitual que ele tinha. Seria divertido encontrar alguém para ele...

─ Bom dia ­─ ele disse um pouco tenso. Ele não parecia uma pessoa ruim, e realmente não fora ele que mandara a mensagem, mas... o acordo com Albert agora estava arruinado, já que tinha outra pessoa dormindo no mesmo quarto que seu amigo. Ia ser um tanto complicado lembrar de manter as cortinas fechadas.

─ Bom dia, Miguel. Não veio com seu irmão hoje?

─ Ele saiu correndo dizendo que tinha que encontrar alguém e eu fui abandonado.

Um grupo de alunos chega e avalia o garoto dos pés à cabeça, antes de olharem para ela com uma pergunta nos olhos. Ela avalia-o também, então dá um sorriso para eles.

─ Bom dia ─ os mesmos dizem em grupo, antes de passarem pelo portão como se nada tivesse acontecido. Apesar do olhar de dúvida que o garoto dirige à ela, ela responde o cumprimento e passa por ele.

─ Muito bonita a sua borboleta ─ ela comenta rindo, deixando ele encarando o celular para trás. Mesmo de longe ela tem a impressão de ouvi-lo xingar Albert algumas vezes antes de desaparecer.

Apesar de andar por, pelo menos, dois terços da escola antes da aula começar, e perguntar a todos que via se sabiam onde Caio estava, ninguém sabia de nada, nem tinham visto ele. E é claro que adorariam avisá-la se acabassem encontrando-o antes dela.

Ela entra na sala do grêmio estudantil e encontra as duas amigas se encarando com olhares irritados, mas que param logo que percebem sua presença.

─ Bom dia Jo, ainda procurando o Caio? ─ Anna pergunta sorrindo, enquanto Sarah faz uma careta.

─ Bom dia meninas. Tudo bem? Eu acho que interrompi uma briga... não sei se isso é bom ou ruim.

─ Ótimo. Obrigada. Nós não vimos ele desde ontem, e não falamos com ele desde esta manhã. Os gêmeos também não fazem ideia de onde ele pode estar.

─ Mas que raio de garoto, fica se escondendo assim. Bom, tenho que ir, a aula já vai começar. Até depois. Vão pro ponto de encontro?

­─ Vamos, até ─ Sarah respondeu abandonando um pouco do mau humor. Anna acenou para a garota antes que ela se virasse para sair.

Caminhando pelos corredores em direção ao seu armário ela só conseguia pensar em como Caio desaparecera e a borboleta na testa do aluno novo.

*¬* *¬* *¬* *¬* *¬*

Havia um garoto o encarando pelo reflexo do espelho do banheiro. Ele estava andando de um lado para o outro dentro da cabine, e aparentemente parara quando Miguel entrara ali para lavar o próprio rosto mais uma vez, tentando apagar a maldita borboleta que Albert desenhara com o marcador vermelho bem no meio de sua testa.

Como dizer... um garoto (particularmente bonito), dentro do banheiro, lhe encarando, era estranho. Não só por causa disso, mas também porque tinha a impressão de conhecer aquela pessoa.

─ Ora, o “tarado imbecil” deu as caras. Bom dia, senhor Miguel.

─ Senhor...?

─ Ah, você não deve me conhecer. Albert tem feito um bom trabalho sequestrando você todos os dias para mantê-lo longe de nós. Me chamo Caio, prazer em conhecer.

─ Hmmm... Prazer, Miguel. Eu atrapalho...?

─ Não, desde que não diga à Jolie que estou aqui, já fico feliz. Se você me entregar pra ela, por outro lado ─ ele tinha uma expressão malícia levemente assustadora agora ─ talvez ela comece a gostar de você.

─ Prefiro manter o silêncio, obrigado.

─ Então, não tem interesse nela?

─ Não que precise ser conquistado arruinando os planos dos outros.

─Oh, meu Deus. Onde Albert te encontrou? Nossa pequena Jo até não ficaria mal com alguém como você.

─ Você fala como um pai ─ ele comenta rindo da expressão que o outro garoto faz.

─ Nem morto eu aguentaria ser pai daquela garota. Ser amigo e ser considerado irmão já é demais para qualquer um.

─ Mas você praticamente acabou de dizer que eu deveria ficar com ela.

─ Mas isso ainda dependeria da vontade dela. Pequeno ser irritante e seletivo, ela.

─ Não consigo entender, você parece gostar e não gostar dela ao mesmo tempo.

─ Errado, eu amo aquele pequeno ser irritante. Mas isso não me impede de achar ela insuportável às vezes. Por exemplo, quando quer saber alguma coisa.

─ Sua voz carrega uma experiência levemente assustadora.

─ É, talvez. Boa sorte ─ Caio sai do banheiro rindo, e Miguel fica sem entender absolutamente nada. Ele amava ela, mas era melhor amigo; disse para que ficasse com ela, mas também que seria difícil; parecia conhece-la muito bem, e ainda assim conseguia falar dela daquela forma. Que povo estranho esse que estudava com Albert... bom, exatamente como ele, afinal.


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Notas finais do capítulo

Yay, voltay! o/
Corri contra o tempo pra escrever o final! Já to quase saindo!!!!!! Nem pude revisar tudo ;-; espero não ter muitos erros gritantes que eu precise consertar quando voltar :c
Bom, novamente: vou ficar sem internet por um tempo, então não só a postagem vai atrasar um pouco, como também não vou poder responder comentários (q trágico, adoro responder comentários...)
Espero "vê-los" em breve :3 até o/



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