A Duel Against the Past and Love. escrita por CeciTezuka


Capítulo 5
Capitulo 5 - There She Is


Notas iniciais do capítulo

_Voltei pessoal e aqui está o novo capitulo, que depois de muitas revisões e correções finalmente ficou pronto!
—Espero que estejam gostando da historia! ;)



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Os sinos voltam a ressoar pelas torres e naquele momento em que Cassandra entrou na igreja clamando por santuário quando um grupo de homens a chamou de bruxa, assim que o vento fez seu capuz cair e revelou a cidade seu cabelo loiro com as manchas vermelhas.

As mulheres que carregavam crianças saiam correndo.

 E com medo de ser encontrada pelos ladrões, fechou a porta da igreja e se escondeu na arte mais funda.  

Que ficava distante da população que vinha assistir a missa ou fazer suas orações.

Não queria que mais ninguém a encontrasse e estava cansada de ser vista como uma bruxa por causa de seu cabelo.

 Apenas queria ser normal.

Como todos os que viviam em Paris.

Começou a pensar em tudo o que havia acontecido em sua vida e se perguntava se a morte seria a solução ideal para tudo aquilo.

Foi então que a curiosidade lhe invadiu de imediato e ela resolveu voltar para a parte de cima da catedral, onde havia passado a noite anterior. E ainda se perguntava como fora parar ali em cima.

“acho que um anjo me carregou até lá e quis me deixar em um lugar mais confortável para ter uma boa noite de sono.” Pensou ela ao mesmo tempo em que continuou subindo as escadas.

Os sinos que continuavam ressoando até aquela exata hora se calaram e de um deles apareceu uma criatura corcunda e ruiva pendurada e uma das cordas.

 Cassandra levou um susto, mas por incrível que parecesse, não saiu correndo nem gritou.

 Apenas permaneceu parada, enquanto ele a fitava nos olhos.

—Você voltou! Pensei que tivesse ido embora!- disse o corcunda que saiu por de trás das sombras dos sinos.

Sua voz era harmoniosa e agradável, como um canto de um rouxinol. 

E seus olhos azuis brilharam de encontro com a luz do sol que estava se pondo.

Cassandra se assustou ao fitar seu rosto, mas viu que ele parecia ser uma boa pessoa e não um monstro.

—foi você que me trouxe até aqui?- pergunta ela ainda fitando para os olhos dele.

—Sim. -responde ele pacificamente e se aproximou ate onde ela estava.

—mas por quê?- pergunta Cassandra ainda confusa e receosa.

—por que uma cigana linda como você merece um lugar confortável para passar a noite. - disse ele deixando Cassandra cada vez mais incrédula.

—De onde você veio?-perguntou o corcunda a fitando de um jeito carinhoso, como se quisesse mesmo saber a seu respeito.

—De muito longe. –respondeu ela com um desespero visível- Estive viajando por vários dias para me livrar de uma pessoa que me atormenta desde minha infância. Mas parece que aonde quer que eu vá... Ela me segue, por que vejo gente me dizendo que sou uma bruxa, feiticeira vinda do inferno... - ela começou a soluçar e logo depois cerrou os olhos, deixando as lagrimas escorrendo sem cessar.

— E-Eu não tenho mais lugar pra ficar. -continuou- Tudo o que eu tinha, que eu valorizava, fui obrigada a deixar tudo pra trás para fugir dela. Foi por causa dela que eu estou perdida! E amaldiçoada! É tudo culpa dela!

—De quem?- perguntou Quasimodo curioso enquanto fitava os olhos dela

—Da mulher que  se apossou do coração do meu pai! Ela que é a verdadeira bruxa e que fez isso comigo!-declara ela baixando o capuz e lhe exibindo o cabelo com as mechas vermelhas.

—A madrasta?- perguntou Hugo por trás da cortina.

As gárgulas até aquele instante haviam conseguido ouvir tudo o que Cassandra contara a Quasimodo.

Hugo e Laverne se entreolharam e pensaram por um instante. Mas acabam por concluir que não poderia ser a madrasta.

Afinal Cassandra não havia deixado muito claro a respeito daquilo.

E continuaram observando o que aconteceria a seguir.

Cassandra se ajoelhou e se recostou na parede e cobriu o rosto com os joelhos, soluçando mais forte e chorando de mais completo desespero.

Era provável que se sentia sozinha e desabrigada, como todos os mendigos e sem teto de Paris. Até mesmo as crianças que eram abandonadas na porta da catedral.

Quasimodo a abraçou, como se quisesse dar consolo a ela.

Afinal esse era seu instinto.

Queria ajudar os desesperados, mesmo que eles pensassem que era um monstro.

Quando olhavam diretamente para sua aparência, ao invés de olharem para dentro de sua alma e entenderem que ele era bom, como um anjo.

—Eu não sei mais o que fazer. -suspirou ela ainda chorando.

Quasimodo a ajudou a se levantar e acariciou seu cabelo, como um gesto de amizade, deixando claro que nunca faria nenhum mal para ela.

—Você vai ficar bem. Não pense mais naquela pessoa que te atormenta tanto. Está livre dela agora!-dizia a ela enquanto continuava a acariciar seu cabelo, e se perguntando como aquelas mechas vermelhas haviam aparecido.

Minutos depois, quando estava mais calma, ela se levantou auxiliada por Quasimodo.

Ele a levou para outra parte da torre onde havia uma pequena mesa com alguns bonequinhos de madeira, uns sinos dos ventos feitos com vidros coloridos, coisa que fez Cassandra ficar maravilhada.

Depois de subirem outra escadinha, Quasimodo apresentou a ela os sinos.

—Esta é a pequena Sofia. E Jean Marie, Anne Marie e Lis Marie, são trigêmeas. -disse ele se balançando nas vigas de madeira da torre onde os sinos podiam ser vistos pendurados.

—E quem é este?- pergunta Cassandra assim que viu outro sino no andar de cima e subiu as escadinhas.

—La Fidele! É o mais lindo de todos pra mim!- respondeu Madeleine que apareceu ao lado de Cassandra, sorrindo e aos olhos de Quasimodo, bem melhor do que a noite anterior.

Cassandra se espantou ao ver um brilho colorido por debaixo do sino e, curiosa como era se abaixou e contemplou o sino do lado de dentro.

Foi uma coisa linda de se ver.

Ainda debaixo do sino, ela ouve Quasimodo se aproximando de Madeleine e perguntando completamente preocupado se estava bem.

Madeleine lhe garante que naquela noite estava bem melhor e que não sentia mais nada a incomodando.

Foi então que Cassandra teve a impressão de estar vendo alguma coisa acontecendo com Quasimodo e Madeleine diante de seus olhos.

 E ouvindo sons dentro de sua mente que a deixaram perturbada.

Teve a impressão de ver o vulto de uma criança pequena crescendo no ventre de Madeleine e depois ouvir o choro dela ecoando quando cerrou os olhos querendo impedir que aquela visão.

Odiava-se pelo fato de ter visões que muitas vezes poderiam acontecer.

Coisa que a fazia se sentir amaldiçoada e desmerecida.

“Acho que ninguém iria gostar de uma mulher que vê coisas e ouve vozes” pensou cabisbaixa enquanto continuava se controlando para não ficar atormentada com a visão.

Porem não contou nada disso a eles assim que saiu de debaixo do sino e foram dormir.

“Espero que essas visões parem de vez amanhã. Não agüento mais isso.”  Pensou enquanto se deitava no colchão.

Porem, naquela noite, Cassandra sonhou com um vulto.

O vulto de um homem que possuía uma voz doce e que cantava para ela.

Sussurrava-lhe tolices de amor, mas parecia se importar muito com ela, e ao sentir ele tocar em seu rosto de uma forma carinhosa e gentil, sentiu o coração batendo forte.

Por mais que tentasse, não conseguia ver seu rosto, mas os olhos castanhos que brilharam como duas pedras de âmbar com a luz fraca da lua puderam revelar a ela a aparência do homem misterioso que estava

E assim que ele beijou seu pescoço, sentiu milhares de calafrios se espalhando em seu sistema nervoso e indo para seu cérebro, fazendo-a acordar e se perguntando o que estaria acontecendo.

Se estaria ficando louca, ou delirando com um homem que nem existia por causa de algum feitiço vindo daquela que a atormentou desde a infância.

Afinal tudo o que ela mais desejava era que ela parasse de desejar tanto o seu mal desde que havia fugido do lugar que antes costumava viver com seu pai antes mesmo dela aparecer.

“Minha vida antes era tão boa antes de isso tudo acontecer.” Pensou enquanto pensava em como teria sido mil vezes melhor se o pai tivesse fugido do alcance daquela mulher louca, abusiva e controladora.

Mas ao ver o sol brilhando forte nas torres e ouvindo os sinos das torres, percebeu que aquele era mais um dia começando.

E lhe dando a chance de começar de novo.

 Como uma pessoa livre de todas as coisas ruins.

Ela fitou as três gárgulas paradas ao lado de sua cama e se perguntou como elas haviam ido parar até ali.

Sendo que na noite anterior, elas haviam ficado próximas a mesa onde Quasimodo fazia seus bonequinhos de madeira.

Ela deixou essa questão de lado e se levantou da cama, a fim de ver Quasimodo tocando os sinos e ficou admirada ao ve-lo pendurado nas cordas da torre e sorrindo para os sinos.

Ele parecia ser mesmo apegado aos sinos e eles pareciam dizer através de seus sons distintos, mensagens de esperança e positivismo para aquele novo dia estava começando.

E através daquela melodia, Cassandra pensou ouvir eles dizendo para seu coração que tudo o que ela mais esperava de sua vida, estava prestes a acontecer e que tudo iria dar certo.

Ainda de olhos fechados e escutando atentamente os sons, Cassandra sorriu e teve confiança e os agradeceu em pensamento.

Depois se levantou e foi apreciar a vista que a sacada da catedral oferecia.

Olhando atentamente para o sol nascente que se erguia brilhando forte e iluminando os telhados das casas e o rio Sena corria pacificamente,sorriu e ergueu os braços.

Um novo dia havia começado.

Onde teria a chance de tentar coisas novas e quem sabe fazer novas amizades.

Afastou as lembranças ruins e continuou sentindo o vento do amanhecer soprar em meu rosto.

Aquilo parecia dizer a ela que tudo iria ficar bem e que nada mais iria atormentá-la.

E pela primeira vez, sentiu-se abençoada pelos novos amigos que havia conquistado nos dias anteriores.

“Que nada de ruim aconteça a mim!” pediu ao reino dos céus enquanto louvava ao Senhor por mais uma vez ter tido a chance de continuar viva.

E depois começou a dançar cantando em uma língua totalmente desconhecida.

As gárgulas, junto de Quasimodo e Madeleine observaram os movimentos suaves de seus braços e mãos admirados.

Os pés que ainda calcavam as delicadas sapatilhas pretas davam saltos que pareciam fazê-la voar e a saia rodava lindamente fazendo o tecido vermelho da longa saia flutuar com os movimentos fluidos.

E perceberam que queriam muito desvendar os mistérios por trás do passado oculto de Cassandra

E quem sabe ajudá-la a se ver livre da suposta maldição que ela tanto se sentia atormentada.

“Acho que o Clopin é perfeito para isso” concluiu Quasimodo ao mesmo tempo em que decidiu que naquela mesma noite a levaria para o Pátio dos Milagres para apresentá-la aos outros ciganos e quem sabe o líder conseguiria acolhe-la muito melhor.

Afinal ele conhecia muito bem o rei dos ciganos.

E adorava o fato de ele ficar contando a historia de sua vida para as crianças do vilarejo com seu teatro de bonequinhos

Mesmo que já haviam se passado três anos depois de tudo aquilo.


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Notas finais do capítulo

_Vocês devem estar se perguntando o que está acontecendo com a Madeleine,não é?? Nos próximos capítulos mostrarei a vocês o que realmente está acontecendo com ela. Aposto que ficarão chocados!!

—Muito obrigada por lerem e não se esqueça de deixar de seus comentários!! Não deixem a autora no vácuo!! Por Favor!!



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